sexta-feira, dezembro 24, 2010
PAIXÕES DA VIDA NÃO ACABAM NA MORTE.
Falar do João Quintas para as pessoas que o conheceram e com ele privaram, é uma redundância inútil que a sua imagem e figura dispensam.
O João foi daquelas personagens que soube construir uma imagem distinta, com carácter, que soube edificar a sua figura estruturada numa personalidade própria invulgar, um cidadão que granjeou o direito a ser respeitado pelo exemplo da sua vivência particular e em sociedade.
Figura popular e de temperamento prestável e voluntarista, o Quintas, era de uma disponibilidade e simpatia sem limites. A par da profissão que exercia, ganhando com muito esforço e diligência canseirosa o sustento da família, dextro e competente na execução da obra quiçá excessivamente condescendente nos orçamentos e nas cobranças..., o Quintas estava em todas: militância política, actividades desportivas, peditórios de solidariedade, integrante do grupo coral religioso e festividades anuais tradicionais da freguesia (onde colaborava no lançamento do fogo de artifício), hábil na matanças do porco, trabalhos domésticos e de lavoura, sempre que alguém, ou comissão, recorriam aos seus imprescíndiveis méritos de "trabalhador da retaguarda", entrementes, alguém recorria ao seu precioso contributo.
A amor pela família e, mais recentemente, o de duas netinhas, eram o seu horizonte de vida.
Uma das mais salientes peculiaridades da personalidade do João Quintas era a sua paixão pelo Futebol Clube do Porto. Vivia intensamente a vida dos Dragões, vibrando com as suas vitórias como ninguém, fazendo questão de manifestar publicamente o seu regozijo através do lançamento de foguetes a partir da sua residência, quando ocorria o "seu" Porto ganhar um troféu ou jogo decisivo contra os seus mais acérrimos rivais. Quando isso acontecia e se ouvia o estrondo do foguetório no fim da transmissão na TV, às vezes já a noite ia longa, toda a freguesia sabia que era o João a festejar e a saudar os seus amigos e, ao mesmo tempo, a contribuir para envinagrar o humor dos que, nos (poucos) insucessos do seu eleito azul-e-branco, lhe moíam a tolerância no dia-a-dia.
O João Quintas deixou-nos nesta quadra de sentimento e solidariedade, por coincidência na mesma altura em que se apagou uma das mais proeminentes figuras do clube da Invicta, o dr. Pôncio Monteiro; este, pela relevância da figura que deixou no historial do Futebol Clube do Porto, com o tratamento mediático requerido; o "nosso" Quintas, na grandeza da sua humildade, com recatado mas incomensurável sentimento de perda dos seus inúmeros amigos que nunca dele se esquecerão.
Até já, João.
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Um feliz Natal e um óptimo ano novo.
ResponderEliminarQue no próximo ano continuemos esta magnífica série de vitórias!
Um abraço
Condolências à família e aos amigos.
ResponderEliminarUm abraço
Todos os bons Portistas merecem reconhecimento e homenagem, em especial os mais desconhecidos, ou seja aqueles que nunca aparecem ma comunicação social, mas são mais que outros.
ResponderEliminarE, no dia do aniversário do nosso Presidente, também apetece dizer:
ResponderEliminarGrande Presidente, o Maior! Do qual só posso acrescentar mais que, para mim, é o Dirigente que sempre mais admirei, o heroi que mais enche as minhas medidas... Portistas.
Parabéns, Presidente, nesta data feliz!
Um abraço
http://longara.blogspot.com/