quinta-feira, novembro 29, 2018

MELHOR, SÓ AS TRIPAS À MODA DO PORTO.



Liga dos Campeões
Fase Grupos - 5.ª jornada
Estádio do Dragão, o mais belo do mundo!
Via tv - Hora: 20:00
Tempo: frio (13.º) sem chuva
Relvado: bem tratado
Assistência: 41 603 espect.
2018.11.28 (4.ª feira)

          FC do PORTO, 3 - SCHALKE 04 (Alemanha) 1
                                (ao intervalo: 0-0) 

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), aos 85', Hernâni, Óliver Torres, Jesùs Corona, aos 79' Otávio, Yacine Brahimi, aos 74' Adrán López e Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Vaná, Diogo Leite, André Pereira e Sérgio Oliveira.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição.

SCHALKE 04 alinhou com: Farhmann, Caligiuri, aos 62' Schopf, Naldo, Nastasic, Stambouli, aos 74 Rudy, e Mendyl, aos 46' Harit, ; Mascarell, e Bentaleb; Di Santo, Konoplyanka e Skrzybski;
Suplentes n/utilizados: Nubel, Serdar,  Baba, Sané.
Equipamento: cor vermelha
Treinador: Domenico Tedesco.

Árbitro: Ovidiu Hategan (Roménia) 


FC Porto-Schalke (equipas): Herrera no apoio a Marega
    GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 52', por ÉDER MILITÃO: Alex Telles, no lado esquerdo do topo S do relvado, bate de pé esquerdo o pontapé de canto fazendo com que a bola sobrevoasse a grande área sobre a marca de grande penalidade; aí, vai aparecer Éder Militão a elevar-se obliquamente para trás relativamente à trajetória da bola e, no ar, num movimento corporal de notável elegância artística, bate de cabeça a bola de cima para baixo para o canto esquerdo da baliza. Primeiro golo da carreira na Liga dos Campeões, com registo de "direitos de autor", e quinto aos vinte anos (!) do percurso como profissional de futebol. Aos 55', 2-0 por JESÙS CORONA, a obra de arte que identifica o génio da criatividade do autor, digna de de constar da galeria dos eleitos: com a bola grudada às chuteiras o irreverente e versátil mexicano ataca o bico da grande área do adversário e endossa-a a Yacine Brahimi, o qual, apercebendo-se do movimento para o interior da área lhe cede a novo a bola; Corona afaga-a e indica-lhe o sentido certo de criar o golo, de nada valendo o desespero do defesa alemão ao tentar interromper o força do destino. 
Caída dos céus, a equipa alemã foi obsequiada com a oportunidade de reduzir o marcador aos 88', quando o "maestro" prodígio "meia leca" no tamanho intentou, dentro da área, acariciar a bola com a mão, o que, manifestamente, não lhe era permitido fazer mesmo que a intenção não merecesse censura. Assim, entendeu o senhor Juiz Ovidiu, testemunha idónea do delito e agente público de intervenção, penalizá-lo com a marcação de penalti de que um tal BENTALEB, sofregamente aceitou executar com o nosso bem estimado Iker a facilitar-lhe a tarefa tapando o lado oposto ao que a bola seguiu. O frenesim germânico gelou pouco tempo depois, quando MOUSSA MAREGA aos 90'+4' selou o desfecho da sinfonia de futebol e de emoções que preencheu a inolvidável noite do estádio mais belo do mundo, ao isolar-se no meio campo contrário, desenhar um "sombrero" mexicano na cabeça do guarda redes do Shalcke , abrir o dentrífico sorriso branco de orelha a orelha, cruzar sobre o peito as mãos do agradecimento e "despachar" as visitas gulosas a salivar pelo bolo com a cereja no topo que prendiam comer.
    Com uma exibição memorável, o Futebol Clube do Porto garantiu invícto à quinta jornada o primeiro lugar no grupo e o acesso à fase a eliminar na mesma situação, tendo até agora cedido um único empate, em Gelserkirchen, na Alemanha (1-1).

    Com a ressalva dos dez primeiros minutos de jogo em que a equipa portista teve comportamento idêntico ao de alguém que é surpreendido em sua casa com um numeroso grupo de inconvenientes visitas de que não estava à espera, e tenta arrumar à pressa o espaço para os acolher, o anfitrião Futebol Clube do Porto assumiu totalmente o controle da situação e submeteu a seu belo prazer a gestão dos acontecimentos até ao final da festa.

    E deu ao incómodo e ambicioso conjunto alemão o tratamento vip que ele provavelmente não previu, privilegiando-o com um espetáculo de futebol de  fino recorte técnico, momentos empolgantes na pintura de jogadas coletivas e individuais, leal e honesto, com um elenco de estrelas fulgentes em palco de emoções incontroláveis, golos de encantar e para desfrutar com prazer.

   -Não é para agradecer (menos ainda de retribuir) esperámos que tenham adorado conhecer a cidade, provado do delicioso e afamado vinho do Porto e degustado com deleite as deliciosas tripas "à nossa moda", façam boa viagem de regresso e voltem sempre. Clientes como vós são sempre bem-vindos.

  É tarefa ingrata nomear os melhores quando todos, cada um segundo a sua competência e empenho, os que formaram a equipa e foram protagonistas exímios num triunfo tão útil quanto significativo para o prestígio do Clube, deram o melhor de si para obter o justo prémio de uma magnífica exibição global, traduzido num triunfo justíssimo que poderá pecar por defeito em função das várias oportunidades de golo criadas. Poderiam nomear-se Éder Militão e do parceiro Felipe (que golo daria aquela bicicleta que fez abanar a trave!), o fôlego e a precisão do passe de Alex Telles, de Jesùs Corona, o alquimista-ilusionista irreverente, Danilo Pereira (que jogaço!) com remates à distância de fazer tremer a Torre dos Clérigos, Óliver Torres, o tira-linhas para longas e pequenas distâncias, Yacime Brahimi e do "terror" que provoca a ponto de o treinador dos alemães ter escalado esquadrão especial para anular as suas diabruras estonteantes com a bola, Moussa Marega, que pode fazer de uma defesa o que um elefante faria numa loja de louça, na genica e savoir fair do capitão Hèctor Herrera, dos inesgotáveis recursos de Maxi, capaz de mudar de chip conforme as exigências do momento (veio com outro depois do descanso), de um Iker com a calma de quem está seguro do que fazem os que estão à sua frente, enfim, o saca-rolhas especial Otávio, a dar golos de bandeja (e de bandeira!) aos colegas, de um Hernâni à espera de entrar na auto-estrada para usar o turbo, e de um Adrián pés de veludo a experimentar as sensações virginais de jogar na Liga dos Campeões.

E Sérgio Conceição, a personificação de um FC do Porto vencedor e campeão.

Acho que (finalmente!) conheço o modelo-tipo do que entendo ser um juiz-árbitro de um jogo que se chama futebol. O romeno Ovidiu Hategan, se não conseguiu uma arbitragem perfeita, a mim pareceu-me que fez, não terá estado longe de o conseguir. Especimen raro, merece a melhor atenção para que se não extinga e possa servir de modelo para reprodução. Lá fora e cá dentro...
    
Farhmann; Caligiuri, Naldo, Nastasic, Stambouli, Mendyl; Mascarell, Bentaleb; Di Santo, Konoplyanka e Skrzybski.

Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/desporto/futebol/detalhe/conheca-o-onze-do-fc-porto-para-o-jogo-decisivo-na-liga-dos-campeoes-frente-ao-schalke?ref=DET_relacionadas
Farhmann; Caligiuri, Naldo, Nastasic, Stambouli, Mendyl; Mascarell, Bentaleb; Di Santo, Konoplyanka e Skrzybski.

Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/desporto/futebol/detalhe/conheca-o-onze-do-fc-porto-para-o-jogo-decisivo-na-liga-dos-campeoes-frente-ao-schalke?ref=DET_relacionadas
Farhmann; Caligiuri, Naldo, Nastasic, Stambouli, Mendyl; Mascarell, Bentaleb; Di Santo, Konoplyanka e Skrzybski.

Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/desporto/futebol/detalhe/conheca-o-onze-do-fc-porto-para-o-jogo-decisivo-na-liga-dos-campeoes-frente-ao-schalke?ref=DET_relacionadas

domingo, novembro 25, 2018

CHUVA FOI MÚSICA NA SERENATA DE CORONA.

 Taça: FC Porto-Belenenses, 2-0 (crónica)

Taça de Portugal
4.ª eliminatória
Estádio do Dragão, Porto
Pela tv - Hora: 20:45
Tempo: chuva constante
Relvado: bem tratado
Assistência: 17700 (+ baixa da época)
2018.11.24 (sábado)

       FC DO PORTO, 2 - CF "Os Belenenses", 0
              (ao intervalo: 1-0)

FCP alinhou com: Fabiano, Jesùs Corona, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), Óliver Torresm, aos 86' MBemba, Otávio, aos 66' Sérgio Oliveira, André Pereira, aos 76' Moussa Marega, Tiquinho Soares e Adrán López. Suplentes não utilizados: Vaná, Hernâni, Yacine Brahimi e Danilo Pereira.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

FC "Os Belenenses" alinhou com: Mika, Diogo Viana, Gonçalo Silva, Sasso, Reinildo, Nuno Coelho, aos 60' André Santos, Eduardo, Matija, aos 68' Dálcio, Lucca, na 2.ª parte Henrique e Keita.
Equipamento: alternativo azul escuro c/ símbolo da cruz de Cristo.
Treinador: Silas

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve); auxiliares: António Godinho e Paulo Ramos. 4.º árbitro: João Bento.

GOLOS E MARCADORES: 1-0, aos 12' por TIQUINHO SOARES; jogada de ataque de execução individual e entendimento coletivo perfeitos, iniciada por Jesùs Corona no flanco direito e a infletir para a cabeça da área onde cedeu a bola a Adrián López, com este a "picá-la" com carinho em arco para as costas dos defesas no interior da área onde, de novo Corona, a recebeu, controlou e assisitiu num passe cruzado rente  à relva no sentido do poste direito da baliza para Tiquinho Soares, que, com o pé direito bateu, sem precipitação,  para o fundo das redes. O 2-0 alcançado aos 58', foi obtido por OTÁVIO a culminar uma jogada individual em que cirandou com a bola colada aos pés por entre vários adversários (cinco ao que me pareceu), e já sobre o marca de penalti encaminhou serenamente a bola para o lado esquerdo de Mika o qual saíra ao seu encontro.
     Aos 54', na sequência de um lance de pontapé de canto apontado à direita por Alex Telles, o capitão Hèctor Herrera, perto de linha de golo, foi rasteirado por Reinildo quando se voltava para rematar; falta inequívoca que Nuno Almeida sancionou com a marcação de penalti do qual se encarregou Otávio, batendo a bola em pontapé a meia altura algo denunciado, e que o guarda redes de Belém defendeu batendo com os punhos a bola ao encontro de Adrán López (?) já dentro da área tendo este rematado ao lado do poste oposto.

     A noite fria e com a chuva a cair do início ao fim da partida, não estragou um jogo em que o Futebol Clube do Porto corporizou excelente exibição, logrando obter uma vitória a todos os títulos merecida cujo pecúlio traduzido em golos teve expressão bastante abaixo do mérito do trabalho realizado, quer pelos atletas individual e coletivamente, quer pela bem concebida e sucedida táica do mister Sérgio Conceição.

     Optando por jogadores não utilizados nas seleções a que pertencem dos países envolvidos na competição europeia que decorreu recentemente, Sérgio Conceição levou para esta partida relevante os atletas que mais tempo trabalharam com ele no Olival, tendo de reserva no banco dos suplentes ou não convocados, alguns dos que mais frequentemente são chamados à equipa, como Iker Casillas, Maxi Pereira, Danilo Pereira, Moussa Marega, Yacine Brahimi, designadamente. E, sem especial surpresa mas com visão estratégica e sobretudo muita coragem escalou Jesùs Corona, ponta direita da raiz, para om, lugar de lateral direito! E não é que o mexicano se saiu tão bem da leitura e incarnação do conteúdo do texto que lhe coube que foi considerado o MELHOR DA TURMA? 

      A equipa do Futebol Clube do Porto superiorizou-se ao FC "Os Belenenses" em, praticamente, todo o tempo da partida. No primeiro período a supremacia foi mais acentuada e visível na pressão exercida em todo o espaço, sendo menor no período complementar porque as condições do relvado, muito alagado, se tornaram menos favoráveis à rápida troca de bola travada na água sob a relva. Apesar de tudo, a equipa campeã nacional soube superar as contrariedades naturais, bem como as que o adversário resistente e insistente nunca desistiu de o confrontar na expetativa de acontecer e aproveitar um golpe de sorte ou deslize penalizador a que o futebol não é imune.

     A equipa do Futebol Clube do Porto, está bem, muito obrigado.

     No pouco trabalho a que foi sujeito, Fabiano cumpriu. Felipe e Éder Militão, pendulares como normalmente; Alex Telles, sempre muito ativo é dono e senhor do corredor esquerdo; no miolo está a virtude e o cérebro da equipa: Hèctor Herrera, a esbanjar experiência e ação, Óliver e Otávio, a precisão e visão do passe e o irrequietismo e o improviso dos predestinados, André Pereira, a querer mostrar-se e afirmar-se, Tiquinho obcecado pela baliza a esbanjar perigo na área florestal contrária, e um Adrián López obsequioso, delicado e cada vez mais prestável e...feliz!

     Mas em cima, na ara da glória, Jesùs, Jesùs, Jesùs CORONA.......!! 

     Nuno Almeida, reconheço, está melhor do que antes até há uma época. Mas, a melhoria, se for para continuar, não quer dizer que se converteu, repentinamente, num bom juiz de futebol. Competência pode ser inata. O que me parece é que (finalmente!) enveredou por assumir uma atitude de isenção e os erros que (ainda) comete são equitativamente distribuídos.

    



domingo, novembro 11, 2018

PORTO MERECEU VENCER, BRAGA NÃO MERECIA PERDER.

 
       Tiquinho Soares, mais alto e melhor, bate de cabeça para o golo do triunfo
 (Foto internet)

Liga NOS
10.ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Transmissão tv - Hora: 20:30
Tempo: s/ chuva
Relvado: bom estado
Assistência: 47 929 
Na "caixa" dos visitantes: 2000 aprox.
2018.11.09 (sábado)


          FC do PORTO, 1 - SC Braga, 0
                                (ao intervalo: 0-0)

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, aos 63' Otávio, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Jesùs Corona, Danilo Pereira (C), Óliver Torres, aos 83' Hernâni, Yacine Brahimi, aos 72' Hèctor Herrera, Moussa Marega e Tiquinho Soares. Suplentes não utilizados: Vaná, MBemba,Sérgio Oliveira e André Pereira. 
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição

SC Braga alinhou com: Tiago Sá, Marcelo Goiano, aos 90'+1' Fábio Martins, Bruno Viana, Pablo, Sequeira, Esgaio, Fransérgio, Claudimir, Ricardo Horta, aos 82' Wilson Eduardo, Paulinho, aos 79' Palhinha e Dyego Souza.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Abel Ferreira

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto). Auxiliares: Rui Lucínio e Paulo Soares; 4.º árbitro, Manuel Oliveira. VAR: Luís Ferreira; AVAR: Valdemar Maia.

GOLO: aos 88' por TIQUINHO SOARES: no alinhamento do limite da grande área do topo sul, Jesùs Corona executa um lançamento da linha lateral no flanco direito para Otávio; o pequeno brasileiro contorna um adversário e traça um centro perfeito para o poste mais afastado, onde, Tiquinho, elevando-se mais alto do que o defesa que o marcava, bateu de cabeça como martelo em bigorna para as redes perante o voo inútil de Tiago Sá. Lance sem mácula de ilegalidade.

   Belo jogo de futebol! 

   Duas equipas sérias, empenhadas em superar o adversário pela competência da sua organização coletiva e qualidade técnica dos seus componentes, pela crença na vitória, esbanjando esforço, aplicação e arte num duelo leal, intenso, emocionante e expectante de princípio ao fim.


   Dois técnicos inteligentes, perspicazes e muito interventivos.

   Estádio com uma moldura humana apaixonada pelo espetáculo a incitar a equipa favorita com calor e desportivismo.

   Venceu (merecidamente) o mais eficaz e feliz.


   Arbitragem não isenta de falhas (não há juízes perfeitos) mas imparcial, sem influência lesiva na verdade do resultado. 

   Os bracarenses atravessam um momento de excelente forma. Foram para o jogo para enfrentar o poderoso adversário "de frente". Taticamente perfeita na construção do jogo, tendencialmente a partir da bem estruturada defesa, a equipa de Abel Teixeira conseguia incomodar séria e frequentemente a retaguarda da equipa de Conceição; valeu a ação preponderante e eficaz da defesa do campeão nacional e a constante insistência dos portistas em desbloquear a bem organizada defesa arsenalista e do inspirado Tiago Sá. Ambas as equipas dispuseram de oportunidades para marcar, sendo as mais salientes porque esbarram na trave, duas do Braga. Mérito (ainda) para a proeza da defensiva azul e branca ao ter impedido que o temível Dyego Souza usasse os seus mortais golpes de cabeça e tivesse ficado "em branco".

   O SC Braga, mantendo este formato e ambição, tem legitimidade para se afirmar como real candidato ao título.

   O Futebol Clube do Porto nunca deixou de ter na mira a vitória. Construiu mais jogo ofensivo, somou mais remates enquadrados com a baliza, teve mais percentagem de bola, mais livres e pontapés de canto e uma mão cheia de lances passíveis de obter golo. Vindo de uma série de jogos, alguns particularmente desgastantes como foi o da Liga dos Campeões contra o Lokomotiv, a equipa mal disfarçou o desgaste que aqueles encontros provocaram na "saúde" da equipa, sobretudo porque a "frescura" do adversário, menos sobrecarregado de jogos, mostrava claramente mais leveza física. Valeu a oportuna e atempada intervenção de Sérgio Conceição, ao recorrer "ao banco"para abastecer de oxigénio o depósito a esgotar-se da máquina portista.

   Sérgio, sabe fazer.

   Difícil distinguir os melhores quando todos eles estiveram ao nível do que de (muito bom) sabem fazer. Acho que todos deram tudo o que nesta fase estavam em condições de disponibilizar. Na relevância que tiveram na execução do lance que resultou no golo do triunfo, englobo e personifico em Otávio e Tiquinho Soares,l os excelentes desempenhos individuais nesta partida dos demais componentes da equipa.

   A equipa de arbitragem comandada por Artur Soares Dias, não esteve totalmente bem. O árbitro portuense e os seus auxiliares (nem sequer invoco o VAR porque confio tanto nele com Soares Dias...) poderia e deveria ter feito melhor. É inadmissível que em cima do lance tivesse deixado sem sanção o braço na bola de Sequeira dentro da área, aos 45'+1', tivesse dado por findo a primeira parte com a equipa do Porto dentro da área do Braga, sem compensar o tempo antes perdido, e fossem assinalados sem motivo fora de jogo em dois lances do ataque dos portistas. Apenas.

  


quarta-feira, novembro 07, 2018

NOITE DOS VENDAVAIS, VENHAM MAIS.


Liga dos Campeões
Fases de grupos (D) 
4.ª jornada - 2.ª mão
Estádio do Dragão, Porto
Acompanhamento audiovisual
Tempo: vento, frio e chuva
Relvado: ensopado mas bem tratado
Assistência: 34 616
2018.11.06


    FC DO PORTO, 4 - Lokomotiv Mouscou (Rússia), 1
                                 (ao intervalo: 2-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Oliver Torres, aos 84' Sérgio Oliveira, Jesùs Corona, aos 77' Hernâni, Yacine Brahimi, aos 68' Otávio e Moussa Marega. Não utilizados: Vaná, Diogo Leite, Ádrian López e André Pereira.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

LM alinhou com: Guilherme, Ignatyev, Corluka, Howedes, Idowu, Denisov, Krychowiak, Aleksei M., Anton M., Manuel fernandes, aos 49' Farfan, e Éder, aos 71' Smolov.
Equipamento: vermelho
Treinador: Yuré Semin

Árbitro: Davide  Massa (Itália)

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 2', por HÉCTOR HERRERA. Ainda não estavam na bancada acomodados os 34616 indefetíveis e fiéis adeptos, e já no ensopado relvado do Dragão a equipa das camisolas azuis e brancas se envolvia numa celebração de euforia espontânea louvando o êxito da jogada que resultou na abertura do resultado. Recuperando a bola na intermediária dos moscovitas, o capitão H. Herrera conduz e assiste pelo flanco direito Moussa Marega que por ali se esgueirava para o assalto à área contrária, e tendo este, apesar de acossado por um defesa, conseguido meter a bola rente à relva no interior da área, o médio portista antecipa-se ao marcador direto e bate Guilherme; aos 42' os mesmos autores e atores da obra do golo inaugural, trocaram de papel mas não de qualidade de interpretação. Foi assim: H. Herrera ganhou a bola na posição próxima da jogada acima descrita, "pica" para as costas dos opositores à sua frente para MOUSSA MAREGA. que o acompanhava pela ala direita e a  recebe em corrida desenfreada, invade a área e à saída do guarda redes com um remate forte faz com que a bola "fure" por entre as pernas do desolado guarda redes russo. O Lokomotiv obteve o que viria a ser o "golo de honra" aos 59' por FARFÁN, o qual havia entrado no jogo dez minutos antes, na sequência de um livre de canto. A bola chegou por alto à área portista onde estavam concentrados alguns adversários e o marcador, sem oposição, fez o golo em remate de cabeça. Aos 67' aconteceu o momento alto deste encontro daqueles que distinguem os artistas da bola e ficam vivos na memória por muitos anos: o "Siza Vieira"  da equipa portista, Óliver Torres, sem régua nem esquadro ou tira-linhas, ou sequer GPS inovador porque no websummit ainda ninguém o apresentou, risca a trajetória do esférico até ao ponto exato onde se encontra JESÙS CORONA; e que "passou-se" na cabeça do pré-papá expectante? -põe quietinha a bola junto à bota, faz com suavidade uma "revienga" a deixar na posição de uso da sanita ao infeliz que aparece na frente, desanuvia o espaço, e...ponto final! 
Vamos ao golo de OTÁVIO, criado aos 90'+3' (atrasou-se pois estava previsto para os 90'+2', ah, ah), para concluir com uma "bomba" de festa uma noite de vendaval de efeitos benéficos.

       E fica tudo dito.

       Agora, é cantar,

       

Remígio Costa
      











domingo, novembro 04, 2018

COMO UM TORNADO, OTÁVIO DESMANTELOU EM TRÊS MINUTOS O VELHO FERROLHO

 
Otávio e Tiquinho (foto internet)

Liga NOS
8.ª jornada
Estádio do Marítimo, Funchal
Transmissão tv - hora: 18:00
Tempo: estável - temperatura: 13º
Relvado: razoável
Assistência: estimada em 9600 
(com elevada presença de adeptos portistas)
2018.12.03 (sábado)


          SC Marítimo, 0 - FC do PORTO, 2
                  (ao intervalo: 0-0)

MARÍTIMO alinhou com: Amir, Bebeto, Marcão, Zainadine, Lucas Áfrico, aos 73' Correia, Fábio China, Vucovic, Jean Cléber, Fabrício, aos 79' Carlos Valente, Danni, Joel, aos 90' Rodrigo Pinho.
Equipamento: oficial tradicional (verde e vermelho)
Treinador: Cláudio Braga

FC DO PORTO, alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, aos 67' Otávio, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, Jesùs Corona, Yacine Brahimi, aos 79' MBemba, Tiquinho Soares, aos 75' Hèctor Herrera e Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Vaná, Hernâni, Adrián López e André Pereira.
Equipamento: oficial tradicional, cor azul e branca.
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo BVranco). Auxiliares: Nuno Pereira-Luciano Mais. VAR: Jorge Sousa (Porto)

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 75' por OTÁVIO. Acabado de entrar, o pequeno médio brasileiro participa em mais uma iniciativa atacante da equipa do FC do Porto, recebendo na intermediária do Marítimo a bola e entregando-a célere a Brahimi, que, sempre em progressão a entrega a Mousa Marega, o qual por sua vez usando o calcanhar chama à jogada Tiquinho Soares, que por sua vez com idêntico gesto a remete para Otávio já desmarcado ao seu lado direito, este progride alguns metros contornando um adversário, e já dentro da área bate "com raiva" e fulmina Amir, paralisado ao dar conta das redes da baliza a abanarem. Lance de entrar em compêndios da arte e beleza do futebol! Três minutos depois do início do tornado, é outro pequeno génio da lâmpada mágica de Aladino mas espanhol, Óliver Torres, (conhecem?) que à saída da área defendida pelo FC do Porto, onde os jogadores da equipa madeirense raramente apareceram em todo o jogo, e condu-la como criança quando recebe um brinquedo até cerca do meio campo, e ai chegado cede ao pedido do "mano" Otávio que anseia afagá-la ainda mais um bocadinho, mas resolve chamar à alegria o "bonzão" Moussa, sem jeito para afagar meninas muito tempo porque, sendo MAREGA, tem obrigação de "marcá". E marcou, pois não! Três minutos durou o tornado, de nada valendo a "velha e retrógada" tática falhada (!!) do "manhoso" Cláudio.  


   
        Que credibilidade merece um treinador de futebol que vem para a comunicação social afirmar no final de um jogo em que a equipa de que é responsável mete dentro da área ONZE jogadores em muito do tempo da primeira parte, faz um único remate em toda a partida, soma menos de um dezena de esboços atacantes, tem posse de bola cerca de 38%, nem um quarto de ataques consegue em relação ao adversário, permite (ou manda?) distribuir lenha sem contenção nem vergonha e acha que "merecíamos pelo menos o empate?"  É preciso ter "lata"!


     Na primeira parte, o jogo não teve estória. Não se pode dizer que há futebol quando apenas um dos contendores sabe e quer jogar. Foi o que aconteceu e se viu no estádio dos Barreiros no qual a equipa de Cláudio Braga, principalmente, no decorrer de todo o primeiro em tempo, em que a formação da casa, seguindo uma tática de "tudo a monte" e fé nos deuses dos incompetentes, esperou por milagre de ter um pontinho de um pai natal generoso e compassivo. Cada treinador sabe da sua vida e manda os seus comandados jogar como bem entender. Mas quando tudo corre ao contrário do que esperava, deve ao menos saber conter-se e ter vergonha na cara. Empate? Dá graças por não ter o tornado durado apenas três minutos!

    Sérgio Conceição sabia o que ia encontrar, e teve a coragem e o discernimento de aguardar o tempo certo para intervir drasticamente. Contra o que teve de enfrentar na primeira parte, o antídoto não foi aplicado ou entendido pelos jogadores. Usando muitas vezes o cruzamento com a bola pelo ar, para um espaço onde o Marítimo concentrava TODA a equipa, muito raramente os ataques e livres que a equipa conseguia (e eram constantes) causavam mossa na muralha engrossada do " bafiento ferrolho" maritimista.

  No período complementar o espetáculo subiu de nível por ação da maior rapidez na troca de bola em progressão da equipa campeã nacional sendo nítida a intenção de chegar ao golo e desfazer de uma vez por todas as esperanças dos locais, designadamente do seu inepto responsável. Mas foi a partir da chegada ao relvado do vendaval (ou terramoto?) chamado Otávio que o Futebol Clube do Porto se exibiu à altura da sua valia. A partitura que a orquestra interpretou para chegar ao golo de abertura foi um genuíno louvor ao espetáculo futebol!

 Iker Casillas foi uma única vez posto à prova numa situação acidental ocorrida aos 28' quando um jogador do Marítimo encostado à linha e perto do poste rematou à figura. Mas onde Casillas tem vindo a mostrar-se importante para a equipa é sobretudo nos incitamentos e na correção das posições defensivas. Felipe e Éder Militão sobem a cada jogo no bom entendimento; quer Maxi quer Telles tiveram papel preponderante no desenrolar do jogo, mas não deixaram de cumprir. No miolo Danilo Pereira é cada vez mais a cambota de um motor disel, Óliver Torres a consolidar o voto de confiança que lhe foi (finalmente!) concedido; Brahimi não se adaptou à rudeza e densidade da floresta de pinheiros que pretendia desvendar, tal como Tiquinho, ambos lutadores, sem reparo mas sem o brilho habitual. Marega cjumpriu á sua maneira peculiar o TPM (trabalho de casa), executou como devia a grande penalidade que proporcionou ao guarda redes Amir uma defesa de grande aparato, Herrera entrou bem na partida, MBemba sem tempo para ser notado.

     Bendito tornado, este Otávio:  golo do desbloqueamento do catenácio e a colaboração na jogada e assistência no da afirmação da sentença. No melhor.

     Sem casos dúbios, Carlos Xistra aguentou os minutos iniciais violentos dos jogadores do Marítimo para travarem Corona, Danilo, Óliver e mais avançados portistas, com amarelos "avermelhados". Expulsou o avinagrado Danni (capitão do Marítimo!!!) por agressão sem causa a Otávio, (a não ser o do seu mau génio e hábitos vadios de urinar fora do penico...). Tal como se vem a constatar esta época com vários dos seus pares (atente-se na surpreendente arbitragem de Nuno Almeida na vitória do Moreirense na catedral dos casos de justiça), Carlos Xistra está diferente, para melhor. Quem diria!

  
 

quinta-feira, novembro 01, 2018

BRIGADA ESPECIAL CHAMADA A COMBATE.



Taça da Liga
Fase de grupos - 2.ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Tv - Hora: 19:00
Tempo: seco e frio (11ºgr.)
Relvado: bem tratado
Assistência: 17 824
2018.10.31


 FC DO PORTO, 4 - Varzim Sport Clube, 2
                                       (ao intervalo: 1-1) 

FCP alinhou com: Vana; João Pedro, aos 65' Tiquinho Soares, Chidozié,  MBemba, Jorge, na 2.ª parte Jesùs Corona, Sérgio Oliveira (C), Bazoer, aos 77' Óliver Torres, Otávio, Hernâni, Adrián López e André Pereira. Suplentes n/ utilizados: Iker Casillas, Diogo Leite, Marius e Moussa Marega.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Concceição

VARZIM SC alinhou com:Emanuel, Payne, Nelson Agra, Silvério, Rui Coentrão, Estrela, João Amaro, aos 68' Babá, Pavlovski, Jonathan, aos 77' Ruster, Staneley, aos 59' Haman e Ruan Telles. 
Equipamento: alternativo de cor base preta
Treinador: Nuno Capucho

Árbitro: João Capela (AF Lisboa). 4.º árbitro: José Rodrigues

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 30' por JONATHAN. Com vários companheiros envolvidos na jogada dentro da área portista, a bola chega a Jonathan que, sem marcação, tem tempo para controlar e preparar um excelente remate a fazer a bola entrar no ângulo superior da baliza de nada valendo o voo de Vaná. Excelente golo! Aos 42' BAZOER empata a partida na sequência de jogada do ataque portista e concluída individualmente por ele à entrada da área com um remate em trivela entre dois adversários. Estreia a marcar com a camisola azul e branca do reforço vindo do Ajax. Belo golo. TIQUINHO SOARES, aos 73' consegue a "remontada" na sequência de pontapé de canto apontado por Sérgio Oliveira, à direita, com o marcador a subir mais alto de que os defensores varzinista e a atirar de cabeça para as redes. Aos 75' Sérgio Oliveira na intenção de atrasar a bola para Vaná, entrega-a a JAQUES AMMAN, o qual segue com ela isolado, contorna Vaná que saíra ao seu encontra a atira para a baliza deserta; aos 81' Adrián López ganha a bola no flanco esquerdo e centra para a área onde, junto ao poste, Tiquinho e PAYNE disputam o lance, sendo o varzinista o último a tocar na bola a qual entraria de mesmo modo; ANDRÉ PEREIRA aos 88' fecha com excelente golpe de cabeça o resultado em 4-2, depois de uma ESTONTEANTE jogada de Jesús Corona no flanco direito, contornando em  íncríveis dribles sucessivos uma mão cheia de adversário dentro da área, assistindo o marcador com um passe preciso. ESPETÁCULO! e raras vez a palavra é tão bem ajustada.

     Mais um bom jogo de futebol aconteceu no nosso belíssimo estádio. Um FC do Porto formado quase totalmente por jogadores ainda em fase de ambientação e experimentação, alguns chamados à equipa pela primeira vez, e inicialmente apenas com Sérgio Oliveira e Otávio entre os que fazem parte do plantel há mais tempo e mais jogos contam na equipa considerada principal. Do outro lado, um Varzim constituído por um conjunto de excelentes jogadores, bem rodados e corajosos, onde sobressai Jonathan Moro, um tecnicista de muito bom nível, a atuar sem se intimidar com o ambiente e ainda menos com o opositor, a lutar lealmente pelo melhor resultado possível e merecer chegar aos 81' na situação de igualdade no marcador, obrigando o responsável do FC do Porto a recorrer à "brigada de elite" do plantel para desmantelar a ousadia da formação poveira e poder manter-se na rota da conquista da Taça que ainda não consta da panóplia dos troféus do glorioso FC do Porto.

     Quem viu a equipa de Nuno Capucho no jogo anterior na Póvoa de Varzim em que venceu o Belenenses por 2-1, estava alerta quanto à possibilidade dos varzinistas irem para o jogo do Dragão com a mala cheia de fé e esperança. E calculando que o seu amigo e antigo colega de equipa Sérgio Conceição não deixaria de recorrer aos jogadores do plantel menos utilizados, Capucho terá mentalizado os seus comandados de que um bom resultado estaria ao alcance dos jogadores, embora a diferença do escalão a que as equipas pertencem.

     Pode dizer-se que a partida decorreu equilibrada sendo que a equipa de casa atacou mais e teve mais posse de bola, mais remates, cantos e livres. Contudo, os varzinistas mostraram muito boa coesão defensiva, boa organização coletiva e nunca esbanjaram oportunidades para lançar-se ao ataque: sem autocarros, antijogo, simulações de lesões e demoras excessivas no retomar do andamento do jogo. 

    O erro inesperado do Sérgio Oliveira, que capitaneou neste jogo, trouxe ao resto da partida emoção acrescida pela dúvida quanto ao desfecho final. Sérgio Conceição, que assumiu corajosa e conscientemente o risco de um insucesso fatal, estava precavido para tal eventualidade e "reforçou" o banco com a "brigada de emergência" e salvou o batalhão em dificuldade.

   Das estreias na titularidade, Mbemba e Bazoer revelaram nível para serem primeiras escolhas. Estão aptos. Os jovens brasileiros não puderam dar muito nas vistas, principalmente João Pedro, substituído por lesão aos 65' por Tiquinho; Jorge, bastante improdutivo, foi o escolhido para dar entrada a Corona(!): em boa hora, diria. Quanto aos componentes da "operação relâmpago" - Jesùs Corona, Tiquinho Soares e Óliver Torres, por esta ordem, pode afirmar-se que foram decisivos.

   Ora, João Capela, que se espera de um apitador que se exibe "à capela"? Apitar, apita. Muito. Em excesso. Desafinado, vezes de mais. Para onde está virado, como jogador que bate para qualquer lado para safar um lance. Um Paixão, com paixão mas sem "mão".