sábado, outubro 29, 2016

APENAS FALTOU AO PINHEIRO MANSO VALIDAR AO BENF... SETÚBAL O GOLO EM FORA JOGO.)

 
Pinheiro manso e o auxiliar só podem desculpar-se com o nevoeiro no Bonfim

Liga NOS
9ª jornada
Estádio dos Arcos, em Setúbal
2016.10.29


                Vitória de Setúbal, 0  - FC do PORTO, 0

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, aos 74' Rúben Neves, Hèctor Herrera (C), aos 62' Jesùs Corona, Otávio, Diogo J., aos 74' Yassine Brahimi e André Silva.
Equipamento: alternativo de cor preta.

Treinador: Nuno Espírito Santo. 

Árbitro da AFBraga, José Pinheiro.


         Três adversários teve o Futebol, Clube do Porto que enfrentar no Estádio dos Arcos, em Setúbal: o primeiro, Jo Pinheiro e os seus correligionários vermelhos, de Braga; o segundo, a ineficácia da equipa na conclusão das inúmeras jogadas de golo iminente criadas no decorrer do "massacre" da equipa do norte que decorreu nesta partida; terceiro, o adversário.

         É o que se pode classificar de resultado condicionado por erros graves de arbitragem a que somente escapou a invalidação de um golo a favor da equipa sul do Seixal, obtido na execução de livre onde não existiu falta alguma e concluído numa situação de fora de jogo de cerca de um metro.

         O problema da eficácia na conclusão de jogadas passíveis de golo que a equipa criou e não aproveitou é da exclusiva responsabilidade do treinador Nuno Espírito Santo e da sua equipa técnica e só a eles compete resolver. No jogo de Setúbal os jogadores do Futebol Clube do Porto mostraram-se incapazes de converter em golo algumas excelentes ocasiões para construir uma vitória robusta e falharam. A culpa, também neste capítulo não ficará solteira por escassearem pretendentes.

         Independentemente da aleatoriedade do resultado que uma partida de futebol contém, não é aos árbitros permitido agir de forma a condicionar o trabalho de uma equipa a favor da outra (ou de outras porque a prova é coletiva sujeita a efeitos colaterais...). É impensável que Pinheiro e os seus parceiroso tenham consciência de que é assim e  não de qualquer outro modo. 

         Não haverá observador nesta partida com o mínino distanciamento clubista e dotado de honestidade, que não confirme que o árbitro da AF de Braga, José Pinheiro, teve uma atuação descaradamente persecutória em claro prejuízo do Futebol Clube do Porto. No decorrer de toda a partida e não somente no lance em que Otávio sofreu inequívoca falta passível de ser punida com a marcação de grande penalidade, mas numa inacreditável constatável parcialidade de critério na avaliação das disputa de bola individuais desde o início ao fim da partida nas quais aos jogadores portistas foram apontadas faltas inexistentes enquanto aos sadinos foram consentidas irregularidades não sancionadas. Para exemplo, reveja-se o lance que aconteceu aos 77' de jogo em que Pinheiro (ou o seu auxiliar) ordenou o livre que resultou no golo anulado por fora de jogo e descortinem a falta que lhe deu origem. E, nos últimos vinte minutos de jogo, o desconserto do chefe da orquestra foi absurdamente inadmissível.

        A segunda equipa em campo que o Futebol Clube do Porto também  não conseguiu derrotar, equipava de vermelho. O chefe da trupe encarnada é conhecido adepto do atual líder do campeonato, por coincidência o adversário que veste camisolas da mesma cor e vai estar no próximo jogo no Dragão. Curioso, nem de propósito este resultado desfavorável antes de uma partida de tamanha importância para a decisão do vencedor da prova. Contudo, o clube da Dona Victória jogará com uma almofada de conforto de cinco pontos que uma derrota possível não chegará para o desalojar da cadeira. E, se se juntarem as pontas do lenço facilmente se destapará o "véu diáfano" que paira sobre o intrigante processo dos kits, vouchers e camisolinhas eusebianas que há de acabar ao mesmo tempo que forem liquidados os milhões dos calotes ao Novo Banco e à Caixa Geral de Depósitos...
     
         E, fiquem tranquilos, haverá sempre um Soares Dias ou Jorge Sousa à "mão de semear"...

         Então, e o jogo? Ah, o jogo...  o baralho está marcado. Estou fora!

        

          

         

domingo, outubro 23, 2016

CRESCER (DEVAGAR) A VENCER, PARA CHEGAR (MAIS) À FRENTE.


(O Jogo online)


Liga NOS
8ª jornada
Estádio do Dragão, Porto.
Hora: 20:30h
2016.10.22
Espectadores: 31 310
Tempo: chuva.


          FC do PORTO, 3 - FC de Arouca, 0
                               (ao intervalo: 1-0) 

FCP - Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, aos 65' Rúben Neves, Jesùs Corona, aos 65' Yassin Brahimi, André Silva e Diogo J, aos 80' Silvestre Varela.

Equipamento: oficial tradicional.

Treinador: Nuno Espírito Santo 

Árbitro: Manuel Mota, AF Braga.

GOLOS: 1-0 aos 43', por ANDRÉ SILVA: Diogo J, no flanco esquerdo mete a bola para o centro da área onde o avançado portista atira para a baliza com serenidade; 2-0 aos 78', de novo por ANDRÉ SILVA em jogada de entendimento com Yassine Brahimi, com o André a dar para Jota e a receber deste  a devolução do passe para picar com classe por cima de Bracalli; 3-0 aos 90'+1' por YASSINE BRAHIMI em jogada individual do argelino a entrar na área em dribles sucessivos concluída com um remate de "raiva" perto do poste sem defesa possível. 

COMENTÁRIO:

Meia hora inicial de assédio à baliza do topo sul em ritmo estonteante com Jesùs Corona no flanco direito a baralhar a defesa arouquense em dribles curtos e a levar a bola ao interior do poste da baliza de Bracalli aos, 5' em remate  a concluir jogada individual espetacular. Sempre adiantada em sessenta metros do relvado, a equipa da casa desacelerou o ritmo depois da meia hora de jogo mas continuou à procura de um golo tranquilizador, o que apenas viria a consegui a dois minutos antes do intervalo. Resultado escasso, nesta altura, dadas as oportunidades criadas, com destaque para uma de Óliver aos 10' e, aos 34' e 45', por Diogo J. No recomeço da partida a toada de jogo não se alterou apesar da equipa de Lito Vidigal tentar uns tímidos arremedos de querer entrar no meio campo portista, anulados sem grandes dificuldades. Aos 67', Yassine Brahimi é agarrado por um adversário dentro da área, contudo Manuel Mota achou que o argelino se atirou para o relvado para as orações da noite a Alá e não quis perturbar. Já anteriormente, aos 58', André Silva, isolado dentro da área é puxado pela camisola; contudo, nem o árbitro magarefe nem ao auxiliar apetece apontar a falta que o derrube merece.

A crescer a ganhar é bom. O Futebol Clube do Porto vence a crescer. Ontem esteve mais tempo melhor do que em Brugges, também outra coisa não seria de esperar, não querendo isto significar que os arouquenses jogaram ainda menos do que os belgas. Vamos ver como será nos próximos jogos em Setúbal e no Dragão onde se esperam bem maiores dificuldades do que contra esta equipa bem organizada mas bastante fragilizada orientada por Lito Vidigal

A defesa portista não comprometeu e os seus componentes dão sinais de melhor entendimento e bom nível de autoconfiança; no miolo continuam as maiores fragilidades da equipa porque é neste setor onde o jogo se define. Falta aqui um verdadeiro "catedrático" ainda que Otávio possa vir a assumir este importante lugar e Yassine Brahimi venha a merecer um papel de primeira figura. Como ontem o génio brasileiro não alinhou, a debilidade do coração da máquina foi (ainda) mais notada. Na frente há a esperança de que Óliver Torres, Diogo J e André Silva venham a ser a trindade mais sublime dos últimos anos vista nos estádios de Portugal e da Europa.

Fiquei impressionado com a explosão de raiva de Yassin Brahimi depois da obtenção do terceiro golo, resultante da segunda tentativa para o conseguir sozinho em dribles sucessivos. Se teve intenção de se "vingar" dos assobios com que alguns pretendem mostra-lhe desagrado da sua forma de jogar, compreendo e aplaudo. É sinal de que não está contente consigo próprio e a explosão é natural.

Se os jogadores lhe tivessem complicado o trabalho, Manuel Mota voltaria a mostrar a sua falta de qualidade para ser juiz de futebol. Não basta apenas soprar na gaita.  

quarta-feira, outubro 19, 2016

SALVAÇÃO "IN EXTREMIS"


(O JOGOonline)

Liga dos campeões
Fase de grupos 
3ª jornada - 1ª mão
Brugges (Bélgica)
2016.10.18
Espectadores: cerca de 28000 
Apoiantes do FCP: 2000


                Clube Brigge KV, 1 - FC do PORTO, 2
                                   (ao intervalo: 1-0)

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), aos 60' Yacine Brahimi, Óliver Torres, Diogo J, aos 60' Jesùs Corona, Otávio, aos 72´André André e André Silva.

Equipamento alternativo: cor amarela.

Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro: Paolo Taglianento (Itália)

MARCADOR: 1-0, aos 12', por Vossen, que pela esquerda passou por Miguel Layún sem oposição ativa, rematou no interior da área contra Felipe, tendo a bola a sobrado no centro da mesma para o belga, sem marcação e beneficiando da passividade de M. Layún, apontar calmamente para o lado superior esquerdo da baliza sem hipótese para Ikar Casillas Aos 68', por Miguel Layún, no aproveitamento rápido de contra ataque a partir da linha do meio campo,  servido por passe para a facha direita de Otávio, com o mexicano a ganhar posição em corrida e junto da linha da grande área a bater forte e colocado fora do alcance do guarda redes do Brugge. Excelente lance de futebol e belo golo. O tento do triunfo aconteceu aos 90'+2' (a 1' do termo da compensação) da partida na conversão de pontapé de grande penalidade apontada por André Silva de forma imparável (para o lado contrário do movimento do guarda redes), por rasteira inequívoca sobre Jesùs Corona.


COMENTÁRIO DO JOGO

      Para efeitos de qualificação para a fase seguinte, o triunfo nesta partida era absolutamente crucial. Sem obter os três pontos em jogo, as aspirações do Futebol Clube do Porto na prova maior do futebol europeu terminavam aqui.


      A massa adepta portista tinha fundadas razões para acreditar que a equipa tinha condições para ultrapassar o campeão belga de Michel Preud'Home. Pelo que foi dado perceber nos media centralista portugueses, os portuenses iriam encontrar menos dificuldades para vencer fora os comandados do antigo guarda redes encarnado do que aquelas com que se deparou no jogo da Taça de Portugal, no Dragão, para bater o CD da Gafanha para a Taça de Portugal. E, por mais que se realce que não há jogos ganhos antes de se jogarem, não falta quem embarque nos cantos da sereia e por ela se deixe enganar dando por adquirido o que só a classe pode dar. Certo é que nas últimas prestações do FC do Porto foram apontadas algumas melhorias na produção do jogo da equipa e nas prestações individuais, que vieram criar uma onda positiva de otimismo quanto a valia da equipa e esperançosos desempenhos futuros. Por isso, para além de um inquestionável triunfo na partida, do Futebol Clube do Porto aguardava-se que esta viagem a Brugges constituísse a confirmação das boas impressões dadas nos últimos jogos.

 A realidade crua e nua é a de que o Futebol Clube do Porto, sim, cumpriu um objetivo imediato vencendo, mas, falhou redondamente quanto à demonstração do atual valor da equipa.

Os primeiros vinte e cinco minutos do Dragão foram atrozes. Mau de mais. Um desnorte completo, um retrocesso na qualidade do jogo coletivo, uma anarquia posicional das pedras no relvado. Valeu a fragilidade do adversário ao Dragão, porque, fosse o Brugges, neste momento, um conjunto de categoria e o desenrolar do jogo em noventa minutos seria um suplício insuportável de ver para os adeptos portistas. É certo que à meia hora a equipa portuguesa deu sinais de pretender assumir o jogo, desceu em jogadas quase sempre em rasgos individuais até à área contrária, mas sem  inspiração e sem eficácia não o conseguiu.

Espantosamente, Nuno Espírito Santo, a perder e a ver o descalabro da sua equipa, apenas uma hora decorrida procedeu a alterações, fazendo entrar Yassine Brahimi e Jesùs Corona, saindo Diogo J. e Hèctor Herrera. Aos 72' André André substituiu Otávio. Aí, sim, o Futebol Clube do Porto, conseguiu ser nitidamente melhor do que o Brugge, construiu jogadas para dezanove remates à baliza contra três da equipa da casa e virou o resultado desfavorável para um triunfo "in extremis" embora de penalti, pela diferença de 1-2, sem poder negar que a sorte o bafejou.

Iván Marcano confirmou o bom momento de forma que está a atravessar. Miguel Layún, um desastre na acumulação de erros, salvo no equilíbrio da balança pelo grande remate que deu o empate. Iker não falhou, Felipe não jogou. Alex Telles fity-fity; Hèctor Herrera, erra e emperra de mais, tem jogos que atrapalha mais do que trabalha; Danilo Pereira, esteve bastante bem na luta e na vontade de empurrar a equipa par a frente, conseguiu, o que se poderia dizer, um bom jogo. Otávio, muito vigiado e apertado pelos defesas, foi quem mais se distinguiu no ataque. Jota, em esforço, não pode ser criticado mas não lhe correu bem quanto ao resultado do empenho. Óliver Torres andou apagado bastante tempo para aparecer na meia hora final no melhor da equipa. André Silva, não recebeu expediente preparado para colocar a sua assinatura. Fantástico na frieza de que se revestiu na marcação de um penalti de tanta responsabilidade. André André, dentro do que se lhe pode exigir.

Tanto Yassine Brahimi como Jesùs Corona, foram fundamentais para a remontada mo marcador. Porque, foram responsáveis influentes na viragem, dir se à que entraram no hora certa. Sorte tem o Nuno ES pois ninguém poderá garantir que tivesse sido a mexida mais cedo o sofrimento não teria existido.

NOTA FINAL: Voltou à equipa do FC do Porto o péssimo (e intragável!) recurso aos passes para a retaguarda e para os lados, dando tempo de sobra para que o adversário pudesse recompor-se. Não devem ter reparado, mas eu não me recordo de, em todo o tempo de jogo, de ter visto os jogadores do Brugge atrasar a bola, uma vez que fosse.

Com duas ou três faltas (mal) apontadas contra do FC do Porto, o árbitro italiano Paolo Taglianento e os seus auxiliares não prejudicaram o resultado final.

      

    
 

domingo, outubro 16, 2016

GAFANHÕES COM ASPIRAÇÕES NÃO ATRAPALHAM DRAGÕES.

 
 (O Jogo online)

Taça de Portugal
3ª eliminatória
Estádio Municipal de Aveiro
Assistência: cerca de 8000 esp. 
2016.10.15

         G. D. da Gafanha, 0 - FC do PORTO, 3
                                          (ao intervalo: 0-1)

FCP: José Sá, Maxi Pereira, Iván Marcano, Oly, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, Diogo J, aos 65' Jesùs Corona, Otávio, aos 65' Yassime Brahimi, André Silva, aos 65' Depoitre.
Equipamento: alternativo/preto.

Treinador: Nuno Espírito Santo

Árbitro: Jorge Ferreira (Braga) 

GOLOS: aos 32', por Otávio, resultante de jogada individual em remate rasteiro e colocado junto ao poste mais distante da sua posição: 0-2, aos 70' por Jesùs Corona, aproveitando junto ao poste um desvio de cabeça de Ivan Marcano,em lance de pontapé de canto; e, aos 90', por Depoitre, também de cabeça e junto ao poste, em centro da direita de Jesùs Corona. 

            
            Sem competir oficialmente há duas semanas por interrupção das provas em que participa, o treinador do Futebol Clube do Porto fez alinhar inicialmente nesta eliminatória da Taça de Portugal, contra o primeiro classificado, sem derrotas, da série B do campeonato de Portugal, o GD da Gafanha, nove dos jogadores até aqui mais utilizados, estreando José Sá na baliza e Oly na posição até agora entregue ao central brasileiro Felipe. Fez bem Nuno Espírito Santo, porque a equipa está em formação e carece de rotinas de jogo e tem compromissos a curto prazo de transcendente importância para o futuro, um dos quais importantíssimo já na próxima terça feira para a Liga dos Campeões contra o Brugge, na Bélgica.
           
           O confronto no estádio aveirense decorreu de modo surpreendentemente  interessante porque o GD da Gafanha demonstrou possuir um conjunto bastante bem estruturado, constituído por muito bons elementos e com um espírito de luta no limite da entrega, a que só terá faltado melhor finalização nos remates efetuados à baliza de José Sá, mas que, ainda assim obrigou a defesa portista a manter vigilância muito apertada para suster com sucesso as investidas atacantes da equipa da vila da Gafanha. Coesos e solidários na defesa e com o guarda redes Diogo a exibir-se com muito acerto, os avançados portistas dificilmente criavam condições de finalização propícias para as muitas jogadas levadas até à área contrária, tendo precisado de 32' para abrir o marcador num lance cujo mérito pertence por inteiro à criatividade de Otávio. Mesmo em desvantagem, a equipa de Ílhavo não esmoreceu nem baixou a guarda , só vindo a baquear notoriamente nos últimos vinte minutos quando Jesùs Corona fez o segundo golo, aos 70' e, já na declinar da partida, viu Depoitre  bater de cabeça para o fundo da baliza um centro à medida de Corona vindo do flanco direito.

          Não há discussão quanto à justiça do resultado porque o Futebol Clube do Porto, apesar das cautelas para evitar lesões e o ritmo que não precisou de elevar para nível alto porque o resultado assim o proporcionou, foi a olhos vistos merecedora da passagem á eliminatória seguinte, até porque a diferença do valor individual dos jogadores de ambas equipas não admitia comparação. Mas fica a convicção da categoria da equipa da Gafanha da Nazaré e a certeza de que em breve estará no escalão maior do futebol luso.


          José Sá não foi sujeito a trabalho difícil, contudo, o jogo exigiu que se mantivesse sempre atento e concentrado e o "barbudo" conseguiu-o. E fê-lo, com serenidade. A defesa, com Maxi Pereira regressado em boa forma e Oly de novo testado, foi o setor da equipa que melhor entrosamento e assertividade revelou. Iván Marcano está em excelente momento de forma, A. Telles bastante ativo e já com rotina bastante para subir e descer no relvado. Danilo Pereira fez um excelente jogo em todo o tempo, Héctor Herrera, nem tanto. Óliver Torres e Diogo J, sempre em movimento e imaginativos, desenharam lances de belo efeito e cheios de veneno para os defesas contrário; André Silva, ontem bastante comedido, poupado na divisão dos lances, deverá ter seguido à risca os conselhos do mister para não se meter em lances de risco e evitar contactos físicos. Otávio está a converter-se (justamente) na estrela da companhia e o seu futebol de magia e ilusionismo é já um atrativo à parte no espetáculo do futebol de ataque que empolga e seduz. Jesùs Corona, Yassime Brahimi e Depoitre, mesmo considerando que foram a jogo já numa fase de alívio de pressão e desgaste do adversário, lograram vinte e cinco minutos de muito bom desempenho e transmitiram uma ideia positiva quanto à qualidade que possuem e do que podem vir a fazer num futuro próximo.


           Este jogo decorreu de modo viril, algumas vezes, mas leal e sem casos difíceis para julgar, pelo que Jorge Ferreira, desta vez, não teve oportunidade para inventar e de se enganar o que se regista com agrado.


R.C.

     
           

           

domingo, outubro 02, 2016

NO DIA DO IDOSO, O FESTIVAL FOI DA JUVENTUDE.

 O Jogo

Liga NOS
7ª jornada
Estádio da Madeira (RAM), Funchal
2016.10.01
Bom tempo.
Claque de apoio numerosa.

              CD da Madeira, 0 - FC do PORTO, 4
                                (ao intervalo: 0-3)

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, aos 80' Rúben Neves, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, Otávio, aos 76' Yasine Brahimi, André Silva e Diogo Jota, aos 72' Maxi Pereira.

Equipamento: alternativo de cor amarela

Treinador: Nuno Espírito Santo 

Equipa de arbitragem: Rui Costa, Tiago Costa e João Matos, AFP.

GOLOS: 0-1 aos 11' por Diogo J, concluindo uma troca de bola com Otávio e frente ao guarda redes rematou rasteiro de pé esquerdo; 0-2, aos 38' de novo por Diogo J em passe de André Silva isolando o marcador que "pica" a bola por cima do guarda redes em lance vistoso; 0-3 aos 44' ainda por Diogo J a chegar ao primeiro hat trik da carreira, em jogada iniciada por Otávio no flanco direito a entregar a Miguel Layún que centra para o poste esquerdo onde aparece J a bater de cabeça para o fundo das redes; o 0-4 aos 58' foi apontado por André Silva numa jogada iniciada por Óliver Torres, continuada por Otávio no flanco esquerdo a servir o ponta de lança a desmarcar-se pelo centro, veloz, e a rematar forte e rasteiro.

              Alex Telles (23), Danilo Pereira (22) depois Rúben Neves (20), Óliver Torres (22), Otávio (21), André Silva (20) e Diogo J (20), foram os principais artistas do festival da juventude que ocorreu no Estádio da Madeira, contribuindo de forma significativa para a robusta vitória alcançada pelo Futebol Clube do Porto na primeira deslocação desta época à Região Autónoma da Madeira.

             Quando uma equipa vence por uma margem dilatada de golos pouco previsível e fora de casa, o que de menos bom fizer o vencedor parece ter pouca relevância. E, se o merecimento da vitória do Futebol Clube do Porto está amplamente justificada e os números pudessem até ser (bastante) ampliados, a verdade é que nem tudo o que se viu fazer à equipa do Porto foi impecável. Melhorou quase tudo relativamente ao que se viu nos últimos jogos, sem dúvida, mas permaneceu em percentagem elevada a falta de eficácia, o desaproveitamento das ditas "bolas paradas" e o exagerado (imperdoável!) desperdício de passes. Tudo isso acabou superado pela extraordinária capacidade técnica dos atletas, pela irreverência, saúde física e entendimento de uma juventude promissora a transmitir uma mensagem de esperança aos adeptos, que esteve na origem dos melhores momentos que a equipa logrou fazer em todo o tempo de jogo e nos embates nesta época realizados. Num 4x4x2 de matriz, com as nuances que as circunstâncias do desenrolar do jogo requeria, Nuno espírito Santo viu, finalmente, a ideia de jogo tipo que deseja implantar e consolidar na equipa azul e branca.

             Diogo Jota terá sido o jogador mais valioso ao conseguir um espetacular hat-trick, mas André Silva, Danilo Pereira, Otávio e Óliver Torres e Alex Telles, por esta ordem de grandeza relativamente ao desempenho deram brilho ao triunfo alcançado. Iker Casillas, não foi importunado e apenas aos 90'+1' o Nacional logrou fazer um remate com algum perigo. Felipe um furo acima de Marcano, constituíram uma barreira a varrer o perigo de modo prático. Alex Telles, esteve comedido mas seguro; Miguel Layún está empenhado em ajudar a equipa e a aumentar a (boa) dor de cabeça ao treinador; é pau para toda a obra e merecia o golo no livre que a barra lhe negou; no meio, Danilo Pereira fez de pêndulo na ligação do jogo a meio campo, sempre na posição certa, conseguiu (talvez) a exibição mais regular da equipa. Saíu para dar minutos a Rúben Neves numa decisão acertado do mister; o capitão Hèctor Herrera trabalhou bem, com altos e baixos. Óliver Torres, pisando áreas atrasadas, conduziu a batuta da orquestra com mestria -no passe longo, encantou; no ataque, o trio maravilha: Otávio, André Silva e Diogo J. Espetáculo! o joven André, contudo, corre e esforça-se de mais! Tem a ânsia de fazer tudo, é louvável, mas precisa dosear a sua entrega, que é enorme! Esbanja esforço sem necessidade. Precisa de controle, de refrear a genica que possui e que, aliada às qualidades inatas e ao treino da técnica que tem hão de fazer dele um ariete de respeito do futebol nacional e europeu! Rúben integrou-se no ritmo da partida melhor do que Yassine Brahimi, muito "apegado" ao esférico.


            O árbitro portuense Rui Costa produziu uma arbitragem que primou pela vulgaridade, no que foi imitado pelos seus auxiliares, os quais, anularam cinco (!!!) jogadas ao ataque portista por fora de jogo sem que em qualquer deles tivesse havido alguma irregularidade. Imperdoável que, aos 36', Diogo J tivesse sido atingido com o punho num ouvido por um jogador do Nacional, sem que o auxiliar, perto, e Rui Costa tivessem visto a agressão e deixassem que a partida prosseguisse algum tempo com o jovem avançado no relvado sem assistência. Porém, com o FC do Porto a exibir-se deste modo, equipas de arbitragem sem categoria não irão impedir a vitória da competência e do (bom) trabalho.

RC.