segunda-feira, dezembro 21, 2015

SINTO +


Primeira Liga
14ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto
2015.12.20

                  FC do PORTO, 3 - Académica, 1
                                  (ao intervalo: 1-0)

FCP: Casillas, Maxi P., Maicon, M. Indi, M. Layún, Danilo P., Rúben Neves (73', Evandro), H. Herrera, Y. Brahimi (78' C. Tello), Aboubakar e Corona (85', Bueno).


Arbitro: Bruno Esteves (AF Setúbal)

GOLOS: 1-0, aos 7', por Danilo P., num desvio com a cabeça de pontapé de canto. Antes, o FC do Porto criou duas oportunidades de marcar em jogadas corridas; 2-0, aos 54', por Aboubakar, também com a cabeça, na sequência de um canto apontado por M. Layún; 3-0, aos 72', com H. Herrera a concluir num gesto "à Rabat Madjer" uma magnífica assistência do compatriota J. Corona  depois de executar um slaloon e assistir para a concretização espetacular do médio portista. Aos 84' a Académica chegou ao 3-1 em colaboração com a equipa de arbitragem que validou a jogada na qual tanto Rabiola, que fez a assistência como José Pedro que fez o remate estavam claramente em situação de fora de jogo, no momento no início da jogada.


                  Deixo aos adversários do Futebol Clube do Porto e aos adeptos portistas que se juntam a eles a oportunidade de apontarem os aspetos menos positivos que julgam ver na equipa, que os tem certamente como outra qualquer em toda a parte do mundo, para destacar o que a mim mais me satisfaz e merece o meu aplauso, pois, deste modo, SINTO +.

                 A mais relevante é que o Futebol Clube do Porto chegou e vai entrar no novo ano no primeiro lugar da classificação geral e leva para o próximo jogo em Alvalade um ponto a mais do que o (agora) segundo da geral. Nada mau.
                 Depois de ter vindo da Madeira onde "papou" o gordo borrego que os média alimentaram nos últimos dois anos com os três pontos no porão do avião para moralizar o Dragão, assistimos de cadeirão ao empate do lampião chorão e ao abate do leão fanfarrão com um único tiro direto ao coração. Dupla consolação!

                 A equipa do FC do Porto somava em cada jogo livres e cantos tantos que me perdia a contá-los, sem que algum deles acabasse dentro da baliza. Para além de agora não repetir demasiado a respetiva execução técnica do lance, ontem à noite dois valeram golos. Melhorou.

                 Anotaram que vamos na sexta vitória consecutiva em jogos da Primeira Liga? 

                 Que continuámos nas três (todas!) as frentes das provas do calendário nacional e numa das duas maiores competições europeias?

                  E no golaverage, que lhes parece? Há melhor? Aonde?

                  Já fizemos treinadores como Mourinho, Jesualdo, Vítor Pereira, Vilas Boas, Paulo Fonseca, Luís Castro, os quais, com maior ou menor brilho e títulos conquistados, são dos mais considerados nos países onde agora exercem a profissão. Somos, portanto, uma escola fazedora de técnicos qualificados e não me espantaria que Jorge Mendes, arguto e bem informado que é,  viesse abrir uma sucursal no Dragão para contratar algumas dezenas deles que até das bancadas do estádio, com um cartucho de pipocas numa mão e uma Super Bok na outra,  são tão capazes na ciência de treinar como um Guardiola, Henrique, Simeone, Hiddink, quanto mais um basco teimoso que nem um risco ao meio sabe traçar no cabelo...

                 Peço desculpa se o nome dele não é Mariano, mas o novo treinador da Académica, se interpretei bem o que afirmou, só perdeu o jogo por causa das "bolas paradas". Quer dizer: não se marcando pontapés de canto ou livres só valem os golos como o obtido por Corona e Herrera. Como apontado daquele modo foi apenas um e porque a sua equipa conseguiu outro em "jogada fora de jogo", o resultado justo seria um empate a uma bola. LOL.

                Danilo P., o MVP, Héctor Herrera, ascendente, Jesús Corona, Rúben Neves, M. Indi, os mais influentes. Maix P., Aboubakar, Maicon e Casillas, a seguir. Dos utilizados, sem reparos negativos.

                


quinta-feira, dezembro 17, 2015

ABOUBAKAR A ABRIR, HELTON A FECHAR.


(Público online)

Taça de Portugal
1/8 de Final
Santa Maria da Feira
2015.12.16

                   CD  Feirense, 0 - FC do PORTO, 1
                                      (Ao intervalo: 0-1)

FCP: Helton, Layún, Maicon, M. Indi, M. Angel, Danilo, Evandro (91',m Brahimi), Sérgio Oliveira (80', Rúben Neves), Bueno, Aboubakar e Tello (63', Corona).

GOLO: aos 10', Aboubakar, desviando com a cabeça a bola um canto apontado por Sérgio Oliveira. 

Árbitro: Tiago Martins.


                         Como era previsto, o Futebol Clube do Porto levou à Feira  uma equipa constituída na sua maior parte por jogadores com menos tempo de jogo na formação principal, não obstante os feirense serem sérios candidatos à subida ao escalão maior do futebol português estando, neste momento, bem situado na classificação geral para o conseguir.  Como o decorrer do jogo veio a confirmar, os comandados do jovem treinador Pepa  mostraram ter argumentos muito consistentes para conseguir aceder a um lugar entre os maiores.

                         A partida decorreu de modo pouco interessante pelo ritmo menos intenso que ambos os conjuntos  imprimiram no desenvolver das jogadas, com os locais muito bem fechados na metade do relvado que defendiam, para, com critério e velocidade, tentarem surpreender o adiantamento da equipa portuense explorando o adiantamento dos laterais de José Angel e Layún, chegando a causar algum perigo aos 17' e 38'. O FC do Porto, como lhe competia, manteve sempre uma postura de ataque usando frequentemente alguns lançamentos longos para os extremos, onde também apareciam J. Angel e Layún em iniciativas individuais pelos respetivos corredores. Cristián Tello, muito apático e lento, transmitia a imagem de um peixe fora do aquário...

                          Com o decorrer do encontro o jogo tornou-se um pouco mais aberto e o FC do Porto criou situações de maior possibilidade de chegar ao segundo golo, principalmente a partir da entrada de Bueno, que ameaçou desfeitear o gigante feirense da baliza aos 60' e logo aos 61'. Também Aboubakar, aos 71' podia ter feito muito melhor num lance em que se isolou, mas o keeper da Feira não permitiu com uma defesa de grande gabarito. No canto que se seguiu, Bueno não soube concluir com êxito. Corona, que entrou para aos 63' para substituir Tello, logrou isolar-se estavam decorridos 90'+1' da partida, contornou o guarda redes mas o remate foi travado antes de transpor o risco da baliza por um defesa local.

O momento do jogo, porém, sucederia na baliza contrária onde Helton, em golpe de grande elasticidade física e enorme frieza de raciocínio negou, numa defesa fantástica, aos locais o justo prémio de levarem o encontro para mais trinta minutos de prolongamento.

                           Mesmo tendo em conta que a equipa do FC do Porto jogou sem alguns jogadores tidos por titulares, a exibição ficou bastante aquem do que seria expectável. A sucessão de jogos em curto período de dias não me parece bastante para justificar uma tão modesta exibição. No entanto, não é justo que não se diga que a passagem aos quartos não foi merecida.

                           Se tenho que mencionar jogadores que estiveram em evidência, Helton merece ser o primeiro. Sérgio Oliveira trabalhou muito. A este nível, José Angel, esteve bem. Danilo e Corona, também. Os demais, assinaram o ponto.

                           Nada a dizer quanto à equipa de arbitragem.

terça-feira, dezembro 15, 2015

LEVANTEM O TAPETE E VEJAM O QUE ESTÁ POR BAIXO...

            Andam alguns adeptos do Futebol Clube do Porto muito empenhados em se juntarem à campanha orquestrada contra Julen Lopetegui, com origem nos salões palacianos da Corte alfacinha em benefício (evidentemente, do Dragão!?) que já mandaram para as calendas gregas o caso da Porta 18 e o tráfego das atractivas malas colombianas ou se desinteressaram do andamento de caracol doente do inquérito sobre os ingénuos vouchers dos jantarinhos e dos quentinhos pijamas de rosas encarnadas estampadas. A alguns, até terá passado pela cabeça (agora que o génio da táctica foi promovido a visconde), comprar uma game box ou ceder ao anúncio do clube da Dona Victória para aquisição de um lugarzinho na catedral saudita Emyrates e trocarem o estádio mais lindo da Europa pelo aborto taveirino de Alvalade.

            Ora leiam (e abram a boca de orelha a orelha) a seguir, e aprendam como fazer verdadeiros "negócios da China" que enchem de parangonas as primeiras páginas da informação escrita e ocupam semanas do espaço televisivo a imitar a propaganda bolchevistas doutras eras, sem mais comentários, sobre o que há dias atrás espantou a populaça do rincão "à beira mar" estacionado, transcrito, com a devida vénia, do jornal online do Público.Melhor do que "isto" só mesmo os 85 milhões da cláusula de rescisão do fenómeno do Renatinho, versão IV de Leonel Messi.

           

Opinião

Benfica, NOS e SportTV: Uma história muito mal contada


14/12/2015 14:01
Benfica, NOS e SportTV: Uma história muito mal contada

Há histórias muito mal contadas. Como parece ser o caso desta que envolve a Nos, os direitos dos jogos caseiros do Benfica, a SportTV e a BTV. Porque ficam algumas perguntas muito mal respondidas. O que leva a Nos a substituir-se à SportTV na compra de jogos de futebol que só esta última pode transmitir? O que levou o Benfica a recusar, em 2013, 23 milhões da SportTV pelos seus 15 jogos na Luz – avançando para a rutura e a aventura da BTV – e a aceitar, em 2016, 27 milhões por 17 jogos (praticamente o mesmo?) O que permitiu à SportTV ir perdendo conteúdos ao longo de três anos (ficou sem os desafios do Benfica ou sem a empolgante Premier League) e esvaziando a oferta aos seus assinantes sem ter baixado, correspondentemente, o elevado preço da sua assinatura?

Percebe-se que o marketing do Benfica tenha colocado grande parte da comunicação social a cantar hossanas a um suposto negócio das Arábias de 400 milhões (podiam até falar de 1.000 milhões, admitindo que o contrato se prolongue por 25 anos), um negócio que apenas tem validade segura por três anos e por valores inferiores aos inicialmente propalados. Também se percebe que a imprensa afeta ao clube da Luz tenha feito de Luís Filipe Vieira uma espécie de Rei Midas e de águia dos ovos de ouro. Quando, de facto, Vieira terá somado perdas, de 2013 a 2016, de 15 milhões de euros com a brincadeira da BTV, em relação aos 23 milhões anuais que a SportTV lhe oferecia. Fazendo, ainda por cima, a BenficaTV  regredir agora à pobre condição de canal residual e de audiências mínimas.
O que já custa mais a perceber é o que levará a comunicação social a omitir o grande vencedor deste negócio: Joaquim Oliveira, dono de 50% da SportTV (a Nos tem os outros 50%). Oliveira recupera tudo o que havia perdido para a BTV (jogos do Benfica, de Inglaterra e outros), não gastando, aparentemente, um tostão, pois a Nos chamou a si o encargo do investimento, dele dispensando o seu depauperado sócio (que já tivera que se desfazer da Controlinveste).
O que será ainda mais difícil perceber é um – já anunciado mas inaceitável – aumento da assinatura da SportTV em 2016, em troca dos mesmos jogos que oferecia há três anos. É  preciso muito descaramento. E ganância.
jal@sol.pt

PENALTIS, MAIS DE MIL EU JÁ CONTEI.

O Jogo
                
         Volto aos "casos" da arbitragem de Jorge Sousa no jogo da Madeira contra o CD Nacional, no qual se verificaram dois lances dentro da área do FC do Porto, cuja avaliação pelo árbitro da AF do Porto terá sido erradamente interpretada. Antes de divulgar a minha opinião sobre o assunto, esclareço desde já que não assisti a qualquer dos programa que passam nas tvs privadas ou na pública (era o que me faltava!), com excepção do "noventa minutos à Porto" no Porto Canal e, hoje, num vista instantânea pela apreciação dos árbitros comentadores habituais no diário "O Jogo".

               No lance ocorrido aos 48', a bola vai à mão de Marcano e, na minha visão virtual, justificava sanção de grande penalidade. Mas a avaliação do árbitro, nestes casos, é subjectiva e soberana e sanciona, ou não, segundo o seu critério. Há inúmeras situações destas ocorridas em jogos em toda a parte do mundo que têm idêntico tratamento. Não me recordo de muitas outras iguais decididas a favor do FC do Porto. Entretanto, para quem não viu, procure recuperar os vídeos do jogo entre o Tondela e o SC de Braga (0-1) e o Vilareal - Real Madrid (1-0) em Espanha, da mesma noite, e terão a confirmação de que lances muito idênticos aos da Choupana neles verificados, não foram penalizados com a marcação de falta. E, no jogo entre espanhóis, estava a dirigi-lo o actual juiz mais conceituado do mundo!

               No outro caso em que intervieram, de novo Marcano e, aqui, João Aurélio, para além de a bola já ter sido afastada pelo jogador madeirense, se tivesse havido (para mim as imagens virtuais não o comprovam...) pontapé do central dos Dragões no tornozelo do Aurélio, com a impetuosidade que a imagem transmite, não sei como teria ficado o tornozelo do jogador insular! E, o que se viu foi "a vítima" levantar-se num gesto impulsivo e atirar-se ao árbitro com ganas de o devorar.

              Podem não gostar do que vou dizer, mas, mesmo que, porventura, o Jorge (antipático) Sousa tivesse assinalado penalti nos lances em questão, saindo assim o FC do Porto beneficiado em dois pontos, deve ser levado à conta do plafond  altamente credora das nossas cores acumulado pelos árbitros que nos escamoteiam penaltis e os atribuem inexistentes, ou poupam às dúzias por época, aos nossos rivais.
    
           

segunda-feira, dezembro 14, 2015

CHEGAR A BOM PORTO APESAR DO NEVOEIRO.




Campeonato da I Liga
13ª Jornada
Estádio da Madeira, Funchal.
2015.12.13 e 14.

               CD Nacional, 1 - FC do PORTO, 2
                              (Ao intervalo: 1-2)

FCP: Casillas, Maxi P., I. Marcano, M. Indi, M. Layún (Maicon, aos 48') Danilo P. (Imbula, aos 27', por lesão), Rúben N., H. Herrera (cap.), J. Corona, Aboubakar e Y. Brahimi (Evandro, aos 82').

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

GOLOS: 0-1, por Marcano, na sequência de um pontapé de canto, com I. Marcano de costas para a baliza a "pincelar" com o pé esquerdo a bola a desenhar uma tela para uma bela moldura. Aos 8', Willyan faz o empate para os madeirenses em lance em que toda a defesa do FC do Porto se deixa surpreender, descobrindo o seu lado esquerdo, com o trajeto da bola antes de entrar a desviar no corpo de M. Layún, assustado com a presença do autor do golo de honra do União. Aos 14' o FC do Porto volta a adiantar-se no marcador com Y. Brahimi a concluir uma jogada que passou por Rúben N., M. Layún e H. Herrera e o argelino a encostar para dentro a bola sem ser incomodado.

       Para além das quatro (!!!) enervantes interrupções da partida causadas pelo espesso nevoeiro que obrigou ao cumprimento, ao início da tarde de hoje, dos últimos quinze minutos que faltavam jogar para o seu termo, assistiu-se no estádio da Madeira a um excelente espetáculo de futebol, com o Futebol Clube do Porto a alcançar um justo triunfo e a dar indicações seguras de que possui argumentos fortes para alimentar esperanças quanto ao êxito final nas quatro provas em que está envolvido. Se o resultado que se verificava no momento da interrupção tem que se considerar justo, o mesmo se dirá depois de completados os último quinze, porquanto, tanto num como noutro complemento do tempo, os Dragões foram a única equipa que criou as melhores e únicas jogadas cuja conclusão poderia dar outra expressão ao resultado, não tendo dado conta de que a equipa do professor Manuel Machado, não obstante o seu bom futebol e o seu espírito de luta,  alguma vez estivesse perto de bater Casillas para além do golo de Willyan.

        Globalmente, a equipa portista logrou ter um desempenho meritório, tendo sabido gerir o jogo depois de obtida a segunda vantagem, aspeto que se verificou também neste quarto de hora final jogado hoje, no decorrer do qual e tal como se verificou ontem, criou situações suficientes para "matar" o jogo, tivesse sido Aboubakar aquele jogador que pensámos ser o que vimos no início desta época. Para mal dos resultados tranquilizadores de que precisamos para comprovar a superioridade da equipa nas partidas até agora decorridas, o simpático e altruísta camaronês anda, no item da concretização, uma verdadeira lástima!

         Na apreciação individual nenhum dos nossos jogadores me desiludiu e considero as exibições positivas constatando que, de uma forma geral, todos eles estão a caminho do seu melhor nível, especialmente H. Herrera e Yacine Brahimi. 

         Não sei quantas faltas dentro da área cometeram os jogadores do FC do Porto, mas Jorge Sousa não deve ter visto pelo menos uma quatro ou cinco naquela altura em que o nevoeiro não permitiu ver o que se passava no retângulo relvado. Porque, em relação às pretensões do treinador do CD Nacional que aponta dois lances passíveis de marcação de penalti, ambas protagonizadas por I. Marcano e na área onde se situa a marca, a bola vai bater na mão do central espanhol estavam passados 18' e o sancionamento ou não do lance depende do critério do juiz. Num lance muito semelhantes ao atrás referido que ocorreu ontem à noite entre o Vilareal e o Real Madrid, depois do jogo da Madeira,  o atual melhor árbitro do mundo ajuizou tal e qual J. Sousa, não punindo uma bola no braço de um defesa vilarealense. Quanto aos apelos desesperados de João Aurélio que esperava ver D. Sebastião surgir do nevoeiro para fazer justiça a seu favor, Marcano acerta de facto no seu pé e derruba-o mas o esférico já andava longe dali. É por esta razão que eu acima deixo escrito que terão existido razões para serem apontadas contra o FC  do Porto tantas grandes penalidades, mas, tal como estas ficcionadas nesta partida reclamadas, só o ilustre chinelo que jamais chegará a sapato e o madeirense Aurélio, seu ajudante sapateiro, viram. Que eu, pelo passado do árbitro de Rio Tinto nas arbitragens que tem feito nos jogos em que o FC  do Porto tem participado fiquei "banzado", é verdade que estou e continuarei. Abrenúncio, va de retro, coisa má! Fico à espera de ver o que a seguir o futuro no reserva...

      

quinta-feira, dezembro 10, 2015

FALTOU UM PONTO PARA SUTURAR A FERIDA.

FC Porto está fora da Liga dos Campeões


Liga dos Campiões
Fase de grupos - Última jornada
Estádio Stamford Bridge (Londres)
2015.12.09

                   Chelsea FC, 2 - FC do PORTO, 0
                                                 (Ao intervalo: 1-0)

FCP: Casillas, Maxi P. (aos 57', Rúben Neve), Maicon, Marcano, M. Indi, Herrera (aos 721 Tello), Danilo P., Imbula (aos 57' Aboubakar, Layún, Corona e Brahimi
Treinador: Julen Lopetegui

Árbitro: Cunekt Çakar (Turquia)

GOLOS: 1-0,  aos 12', por Marcano, (p.b.) e, aos 52', por William.


                 Depois do insucesso contra o Dínamo de Kiev, no Dragão, a possibilidade de o Futebol Clube do Porto prosseguir na Liga dos Campeões dependendo apenas de si próprio obrigava a que fosse a Stamford Bridge derrotar o adversário mais difícil do seu grupo, o Chelse FC, de José Mourinho, uma vez que o concorrente directo apenas teoricamente não venceria, na Ucrânia, o Maccabi de Israel, último classificado e com apenas um golo marcado nos seis  jogos da competição.

              Tarefa muito complicada que apenas a fé dos adeptos mais crentes poderia esperar. Como o jogo veio a demonstrar, o FC do Porto não exibiu argumentos capazes de derrotar no seu reduto um adversário ontem à noite muito mais forte, a atravessar um fase negra a nível interno que ninguém seria capaz de prever no início da época e, por isso proibido de sofrer um desaire da dimensão de um afastamento prematuro de tão importante competição.

              Noite de breu para o Dragão na última ronda da prova com tudo a sair-lhe às avessas: a estratégia de Julen Lopetegui no mind game da constituição da equipa, o lance infeliz e fortuito do primeiro golo desmoralizador e quase mortal de Marcano, com a bola defendida por Casillas e bater-lhe no peito e a entrar na própria baliza, a comprovação de que há no plantel um número elevado de jogadores de categoria sobrevalorizada e, pior do que isso, a generalização de um estado de falta de confiança da equipa para se superar e transpor os grandes obstáculos onde a garra e a alma se sobrepõem  às demais insuficiências. E a má sorte de ter entrado em grupo onde nem dez pontos somados lhe garantiram a passagem à fase seguinte. Um ponto a menos e a ferida ficou por fechar.

             Numa exibição medíocre do conjunto não emergem jogadores com desempenho acima do suficiente. Corona, Danilo P., talvez. Brahimi? Raramente saiu dos labirintos em que se perdeu...
Imbula, uns pontos acima do que tem vindo a fazer; Casillas não tem responsabilidade nos golos sofridos.
             

             Enfrentando a realidade do momento com lucidez e objectividade, não há outra alternativa que não seja fazer, no futuro, mais e melhor. Empenho total na prova europeia de segunda classe para chegar o mais longe possível, sem prejuízo e com absoluta prioridade, para as provas nacionais segundo o grau de importância de cada uma delas.

            

            

domingo, dezembro 06, 2015

RISCO DE INCUMPRIMENTO DA META ESTABELECIDA COM TANTO DESPERDÍCIO DE OPORTUNIDADES DE GOLO.

Jornal Público

I Liga
12ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto.
2015.12.05
Mais de 26 000 espectadores

          FC do PORTO, 2 - CD Paços de Ferreira, 1
                                    (Ao intervalo: 1-1) 

FCP: Casillas, Maxi P., Maicon, M. Indi, Layún, H. Herrera (88' Evandro) Rúben Neves, André André (66', Danilo P:) Jesús Corona, Aboubakar e Y. Brahimi (78, C. Tello)

GOLOS: 0-1, aos 8', por Bruno Moreira; 1-1, aos  29', por Jesús Corona; e, 2-1, aos 66',  por Layún, na conversão de uma grande penalidade.

Árbitro: C. Xistra (Castelo Branco)

               Com tanto desperdício de oportunidades de golo o Futebol Clube do Porto corre sério risco de falhar o cumprimento dos votos de festejar na Avenida dos Aliados o título de campeão nacional no final da época em curso. Com efeito, umas mais flagrantes do que outras, os jogadores apenas conseguiram concretizar duas de uma boa dúzia de oportunidades de golo criadas no decorrer do encontro.

                No entanto, foi um excelente jogo de futebol que tivemos ocasião de presenciar, com um Paços de Ferreira surpreendentemente bem organizado e a produzir muito meritória exibição ao nível das melhores que nesta época as equipas visitantes alcançaram no Estádio do Dragão. 

                Assinala-se que o FC do Porto viu ser marcado a seu favor o primeiro penalti da época à 12ª jornada em consequência de uma falta clara e inequívoca cometida pelo jogador pacense Marco Baixinho sobre H. Herrera, muito bem executada por Layún , que rendeu ao Dragão os primeiros pontos da prova obtido desta forma.

                Num registo cronológico dos lances criados pela equipa e não foram concretizados, alguns de forma absolutamente incrível, foram protagonistas Maicon aos 3' na sequência de canto, aos 13' por Aboubakar, por Corona aos 43' isolado perante Marafona e H. Herrera aos 45'+2' da mesma forma, aos 53', de novo por Aboubakar, outra vez pelo camaronês à passagem dos 71' isolado e apenas em luta directa com Marafona, aos 85' na sequência de uma grande jogada colectiva com o guarda redes do Paços a negar o golo a C. Tello numa defesa aparatosa e, por último, a perdida escandalosa da noite pelo misericordioso e muito amável Aboubakar a mandar para os Super Dragões a bola "a centímetro e meio" da linha de golo!

            A vitória do Futebol Clube do Porto é merecida e sem mácula. O lance que deu origem à grande penalidade não suscita quaisquer dúvidas e não deixou margem a Carlos Xistra para errar, como é seu apanágio, tâo evidente foi a falta de Baixino sobre o mexicano H: Herera que se aproveitou do desentendimento entre ele e o seu guarda-redes.

            A exibição global do Futebol Clube do Porto pecou principalmente pela ineficácia da concretização dos lances criados. Contudo, verificam-se ainda número elevado de lances mal concluídos ao nível do passe, bem como situações de ataque corrido com envolvimento de poucos jogadores metidos na área do adversário.

             O nível de exibição individual dos jogadores foi, em geral, aceitável, com reparo para a defesa no lance que deu origem ao golo dos pacenses pela falta de atenção ao marcador. De resto, Jesús Corona, Brahimi, Héctor Herrera, Layún e Danilo Pereira, terão estado, no meu entendimento, acima dos restantes. Aboubakar, em crise de confiança, teve a virtude de lutar de princípio até ao fim. O lance da noite foi protagonizado pelo mexicano Jesús Corona, na execução fantástica do belo tento que obteve.



                

                


quinta-feira, dezembro 03, 2015

BICHO DA MADEIRA NÃO AFETOU O DRAGÃO


(Foto O JOGO online)

I Liga
Estádio da Choupana, Arquipélago da Madeira
2015.12.02

                    CF União, 0 - FC do PORTO, 4
                                    (Ao intervalo: 0-3)

FCP: Casillas, Maxi P., Ivan Marcano, M. Indi, Layún, Danilo P., André André (88' Evandro), H. Herrera (cap), Corona (78' Maicon), Osvaldo e Y. Brahimi.

GOLOS: 0-1, aos 12',  por H. Herrera; 0-2 aos 14', por Brahimi; 0-3, aos 23', por Corona; e, aos 90'+1', por Danilo P.

Árbitro: B. Paixão (AF Setúbal)


               De modo categórico, o Futebol Clube do Porto foi à Madeira derrotar na Choupana o CF União, pondo fim ao mito que vinha a ser alimentado pela informação social (da corte lisboeta...) de ser incapaz de quebrar os insucessos verificados nos últimos dois anos nos confrontos realizados naquela Região Autónoma. Entrando na partida com determinação a equipa continental esteve perto de inaugurar o marcador logo aos 8' num remate de cabeça do capitão H. Herrera que passou rente à trave, o que viria a verificar-se 4' minutos depois com o internacional mexicano a responder da melhor maneira a uma assistência de Layún, fazendo ainda com a cabeça um remate com a bola a ser desviada por Joãozinho antes de transpor o risco de baliza. O segundo demorou apenas mais 4' num  com preparação e remate "à Yasmine  Brahimi", numa assistência de Maxi P. com o argelino no canto da grande área e criar um belo remate com força e colocação. O terceiro golo resultou de um momento feliz de Corona, o qual, ainda longe da área, aparentemente com intenção de fazer chegar a bola ao centro da área dos madeirense, beneficiou de um pequeno ressalto desta ao executar o pontapé fazendo com que ela tomasse altura e efeito para entrar no canto da baliza fora do alcance do jovem guarda redes local. Já nos descontos, aos 90'+1', foi Danilo P. que deu o último toque numa bola cruzada da direita para as costas da defesa da equipa de Norton de Matos.

              O Futebol Clube do Porto não fez uma partida de grande intensidade e qualidade de jogo, mas jogou o bastante para merecer os três pontos que o aproximam da liderança do campeonato que era o seu objetivo primordial. Sendo um jogo "para ganhar" e nunca para perder ou sequer empatar, o FC do Porto não denunciou qualquer ansiedade, foi dono e senhor da bola em todo o tempo de jogo e no relvado, geriu a vantagem adquirida bem cedo o que lhe permitiu uma melhor gestão do esforço com vista ao jogo em Stanford Bridge para a Champions no próxima quarta feira tendo acabado com o mito que vinha a ser alimentado pela "querida imprensa" dos clubes da segunda circular alfacinha. E para quem tiver a tentação de desvalorizar este triunfo e os quatro golos obtidos pelo ataque portista, apenas lembro que a defesa do CF União tinha sido batida por apenas quatro vez nos dez jogos realizados esta época.

              Héctor Herrera, promovido neste joga a capitão, Y. Brahimi, Corona e André André, bem como toda a defesa, sobressaíram, sem que se diga que os companheiros não o tivessem conseguido por fracas prestações. Quem nos vem habituando (pelo menos a mim) a que se não dê por ele a não ser pelo look de artista de passarelle ou pista de dança de discoteca, foi Dani Osvaldo que jogou por Aboubakar, o qual, todavia, foi  a vítima selecionada ontem à noite por (com)Paixão, ou por quem lhe ordenou o fizesse fora das quatro linhas, para lhe exibir o cartão encarnado numa disputa de bola absolutamente normal ocorrida aos 73' de jogo em zona longe das balizas. Nada, mesmo nada surpreendente.