quarta-feira, fevereiro 27, 2019

SÃO OS DETALHES QUE DEFINEM O VALOR DA OBRA.

 
Taça de Portugal 
1/2 final, 1.ª mão 
Estádio do Dragão, Porto 
Tv em direto - Hora: 20:15 
Tempo: céu limpo e temperatura amena 
Relvado: bem cuidado 
Assistência: +- 34000 espectadores
2019.02.26 (terça feira)


               FC do PORTO, 3 - SC de Braga, 0
                                           (intervalo: 1-0)

FC Porto alinhou com: Fabiano, Wilson Manafá, Felipe, Pepe, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, Otávio, aos 79' Danilo Pereira, Jesús Corona, Adrián López, aos 82' Yacine Brahimi, e Fernando Andrade, na 2.ª parte Tiquinho Soares.  Suplentes n/utilizados: Iker Casillas, Maxi Pereira, Hernâni e Moussa Marega. 
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição

SC Braga alinhou com: Marqafona, Sequeira, Raul Silva, Bruno Viana, Esgaio, Ricardo Horta, aos 68' Murillo, Claudemir, Palhinha, 68' Ryller, Wilson Eduardo (C), Fransérgio e Dyego Sousa, aos 74' Paulinho. Não utilizados: Tiago Sá, Ailton, Xadas e João Novais.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Abel Teixeira

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga). Auxiliares: Bruno Rodrigues/Nuno Eiras.
4.º árbitro: Rui Costa
VAR: Hugo Miguel 
AVAR: António Godinho

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 37' por ALEX TELLES, na conversão de pontapé de grande penalidade, a castigar falta de Marafona sobre Hèctor Herrera, ao falhar o gesto de interceção de um centro sobre a baliza acertando com os punhos na cabeça do capitão portista; a execução da falta apenas ficou concretizada no quinto minuto após ter acontecido, ao que pareceu por força de interrução por avaria das comunicações áudio com o VAR; Pinheiro acercou-se do visor do estádio apenas para testar o estado dos auscultadores e não viu imagens do lance que deu origem à marcação da grande penalidade. O 2-0 viria a acontecer aos 63' da segunda parte, sendo apontado por TIQUINHO SOARES, o qual, recebeu a bola vinda de um centro de Otávio no flanco direito a roçar a cabeça de Esgaio, dominou-a com o interior da coxa da perna esquerda, e com a serenidade do cirurgião no manejo do bisturi bateu de pé esquerdo para o golo. Óliver, foi o insígne inventor da espetacular jogada que o talento de YACINE BRAHIMI converteu, aos 90'+3', no mais brilhante golo da noite do Dragão, quando colheu a bola à entrada do meio campo dos bracarenses, arrancou na direção da baliza acossado de perto por um jogador contrário que tentou a falta sem o conseguir, resistiu à queda e ao toque, e já perto da área traçou à régua e esquadro a trajetória da bola até ao lado oposto ao encontro do argelino mágico, o qual, depois de pincelar a tela do quadro com os arabescos inatos do costume, rematou a meia altura para colocar a cereja no topo da festa do triunfo.

      A primeira mão da meia final da Taça de Portugal que colocou frente a frente no estádio mais lindo da Europa o campeão nacional em título e um credenciado e empenhadíssimo pretendente em participar no Jamor na festa do futebol luso, constituiu uma excelente partida de futebol. Com equidade relativa na determinação e no empenho postos na obtenção do desfecho do jogo que melhor satisfizesse os objetivos de cada um dos conjuntos, a vitória pertenceu com inteira justiça à equipa que mais e melhor desempenho conseguiu no cômputo final, não obstante ser justo conceder que a equipa vencida teve comportamento digno e valoroso, sem que se lhe não possa apontar um certo "estado de nojo" em razão dos menos bons resultados que obteve nos dois últimos confrontos.

      São os "detalhes" que justificam a nota vinte dos melhores.

      O Futebol Clube do Porto está próximo do seu melhor momento da época. Provam-no as exibições e os bons resultados alcançados. Os atletas aparentam saúde física e índices técnicos elevados. O sistema de jogo adoptado nos últimos confrontos é surpreendente, para quem vê e para os adversários, e está a dar frutos a liberdade posicional e as ações de cada um, quase se perdendo a noção do lugar próprio no quadro da constituição da equipa. Alguém terá dito que o "caos é a perfeição", e quando se vê Pepe, em notável grande forma, ao ataque, Herrera a disputar a bola na área ou em auxílio à defesa, Jesús Corona, extremo, a vagabundear como pirilampo na noite por todos os setores da equipa, Óliver Torres à solta a escapar aos radares mais sofisticados e às biqueiras das botas dos adversários, Alex Telles no "fanico", Manafá a consolidar a candidatura à titularidade, Otávio, mafarrico, acima-abaixo, fica-vai, e, na linha, à frente do cofre, o senhor gerente do banco recheado de ouro de lei, a confiança não tem limites.

      A sorte do árbitro Pinheiro foi o jogo não ter situações bicudas para julgar. A falha mais notada e para a qual não se descortina justificação, aconteceu na desculpabilização de entradas "a doer" aos jogadores arsenalistas, e bem assim às repetidas interruções faltosas de jogadas de contra ataque cometidas sobre jogadores do FC do Porto. Lamentável a paragem de 5' até à execução do penalti, quando a partida estava ainda com o resultado em branco, e Marafona "a moer" a cabeça ao imperturbável Alex.

sábado, fevereiro 23, 2019

TORRES DO TAMANHO DOS CLÉRIGOS!


 
 ÓLIVERRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!
(foto OJogo online)

Liga  NOS
Estádio João Cardoso, Tondela 
Tv - Hora: 21:15 
Tempo: temperatura amena - 14.º 
Relvado: irregular mas aceitável 
Assistência: acima de 4000 (estimada)
2019.02. 

                CD de Tondela, 0 - FC DO PORTO, 3
                                 (intervalo: 0-1) 

CD de Tondela alinhou com: Cláudio Ramos, Moufi, Ricardo Costa, Ricardo Gomes, Joãozinho, Jaquité, aos 42' João Pedro, Bruno Monteiro, Delgado, aos 69' Murillo, Peña, Xavier, aos 59' Pité e Tomané. Suplentes n/ utilizados: Pedro Silva, Ícaro Silva, Tembeng e Chico Arango.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Pêpa 

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Wilson Manafá, aos 68' Maxi Pereira, Felipe, Pepe, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), aos 75' André Pereira, Óliver Torres, Jesùs Corona,, Otávio, Fernando Andrade, aos 70' Yacine Brahimi e Ádrian López. Suplentes n/utilizados: Vaná, MBemba, Bruno Costa e Hernâni.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora). Auxiliares: Rui Teixeira e Valter Rufo. 
VAR: Carlos Xistra.
AVAR: Marcos Vieira

Escolha de campo: CDT

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 11', por PEPE; na sequência de um livre assinalado à boca da área por falta de Ricardo Costa cometida sobre Alex Telles, este, ajeitou a bola no local tendo a seu lado Óliver Torres; o médio portista assumiu a marcação batendo a bola em arco para as costas da defesa local sem que esta a conseguisse afastá-la, ficando ao dispor do central portista que bateu para a baliza rasteiro e colocado fora do alcance de Cláudio Ramos; o 0-2 ocorreu aos 52' de jogo, numa "bomba" saída do pé direito do genial ÓLIVER TORRES, inventada num inspirado gesto de extrema elegância feito em suspensão, batendo a bola de pé direito imprimindo-lhe a força e a trajetória veloz de um bólide teleguiado, a qual raspou a tinta da parte interior do poste e ressaltou para um golo de encaixilhar! Aos 74' foi o capitão HÉCTOR HERRERA que concluiu com toda a serenidade do mundo à boca da grande área uma jogada que envolveu os setores do conjunto e quase todos os jogadores da equipa, a partir de uma reposição de bola de Iker Casillas: do lado esquerdo da defesa passou para o lado contrário, prossegui pela ala direita, foi ao centro, chegou a Yacine Brahimi isolado na ponta esquerda que a endereçou, redondinha, para o médio portista a meter na caixa do correio carimbada e selada. Cerca de uma dúzia de toques, quase sempre um por cada intermediário, foram mais os namorados do conjunto que a afagaram dos que testemunharam a belezura da criatura.

    Quem tomou conhecimento do comentário do técnico do Tondela, Pêpa, sobre a forma como decorreu a partida e da justiça do resultado, não deverá ouvir ou ler outro tão assertivo e isento. Surpreendente, sem dúvida, tão habituados que estamos a que não se valorize o mérito dos adversários e a ouvir toda a panóplia de acusações e desculpas na tentativa de branquear as derrotas claras e inequívocas, tentado convertê-las em vitórias fracassadas.

    O campeão compareceu em força e em classe nesta deslocação cheia de armadilhas a Tondela, e pela primeira vez em quatro visitas, venceu por mais de um golo. Com mérito e classe irrebatíveis, limpa e merecidamente! 

    A equipa campeã nacional em título evidenciou coesão, determinação e (muita) classe individual. Taticamente inovadora em relação ao modelo mais usado nas últimas partidas, o posicionamento variado de algumas pedras do sistema resultou em toda a linha. Sérgio, alargou e função dos laterais e deu outra dimensão ás ações no miolo das operações, coartando as habituais saídas da equipa de Tondela, que estão habitualmente a cargo dos excelentes Xavier prolongadas no ataque pelo perigoso Tomané, ontem, completamente neutralizados. E, primeiro deu a intensidade a direita e, depois, à esquerda. Na vida política, nunca é assim... Com arreganho, excelente domínio e espírito de vitória, os portistas tiveram trinta minutos iniciais de abafamento do adversário, que esboçou depois uma tentativa de obter ar para respirar melhor até ao fim do primeiro período. Com o fuzilamento perpetrado pelo impiedoso autor do atirador (Gu)Oliver, o Tondela empalideceu, amarelou o verde das camisolas, a preparar a carta do armistício com a honra e a digindade possível.

    Falar de mérito de prestações individuais quando todos os que defenderam a bandeira o tiveram, é correr o risco de praticar má justiça. Sem desmerecimento da ação importante dos mais calejados, é uma satisfação constatar a valia de Wilson Manafá, a crescente recuperação do valor nato do estilista Adrián López, da impressionante entrega ao jogo de Fernando Andrade e André Pereira e as funções altamente úteis dos mexicanos azuis e brancos de coração Corona e Hèctor Herrera.

    E do "menino-Homem", do tamanho e beleza artística dos Clérigos, o incomparável TORRES, Óliver TORRES.

    O sr. Godinho alentejano pode gabar-se de ter dois excelentes auxiliares. Assim, é como é, cumprir com as normas aprovadas. Ao chefe não foram apresentados casos de difícil julgamento, não se criaram casos bicudos, o encosto de Ricardo Costa a tirar Otávio da jogada dentro de área não terá sido letal, e quatro ou cinco apitadelas a faltinhas no meio campo não se notaram para aí além no andamento corrente do jogo. mas eram evitáveis como o cómico amarelo com que Pepe foi contemplado por "demora de reposição de bola". É de (só) rir.

domingo, fevereiro 17, 2019

SADINOS ORGANIZADOS E AVINAGRADOS




Liga NOS
22.ª jornada 
Estádio do Dragão, Porto 
Transmissão tv - Hora: 20:30
Tempo: s/chuva - temperado (11.º)
Relvado: bom
Assistência: + 41000 espectadores
2019.02.16 (sábado) 


             FC do PORTO, 2 - Vitória SC Setúbal, 0
                                           (intervalo: 1-0) 


FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, William Manafá, ex-Portimonense, estreia como titular, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, aos 30' Óliver Torres, Hèctor Herrera (C), Jesùs Corona, Otávio, aos 61' André Pereira, Ádrian López, aos 76' Fernando Andrade e Tiquinho Soares. Suplentes n/utilizados: Vaná, Maxi Pereira, Pepe e Hernâni.

Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição.

Vitória SC Setúbal alinhou com: Cristiano, Gastardo, Artur Jorge, Nuno Valente, Éber Bessa, Vasco Fernandes, Sílvio, Hildeberto Pereira, aos 75' Mano, Mendy, aos 69' Sergotya, Semedo e Jhonder Cadiz, aos 79' Valdo.
Equipamento: alternativo azulado.
Treinador: Sandro Mendes

Árbitro: Manuel Oliveira (AFAlgarve): auxiliares: Venâncio Tomés e Paulo Rosa.
VAR: Rui Oliveira. AVAR: João Bessa Silva.
4.º árbitro: Humberto Teixeira

Escolha de campo: Hèctor Herrera. S/N

GOLOS: 1-0 aos 15' por HÈCTOR HERRERA; ataque iniciado na ala esquerda com Àdrian López a assistir Jesùs Corona, que prossegue a jogada apertado por um defesa até a linha de fundo, livra-se da marcação e entrega de novo a Ádrian López já perto da esquina da grande área, este remata mas contra um defesa sadino, indo a bola até ao capitão portista que executa um fulgurante remate de cabeça a bater Cristiano sem remissão; 2-0 aos 65' por TIQUINHO SOARES, concluindo com  um golpe de cabeça numa elevação"à Tiquinho" com a bola a entrar junto ao poste, dando seguimento a mais uma excecional assistência à direita de Alex Telles, numa jogada de grande recorte técnico.

     Numa situação desconfortável na classificação geral, o Vitória de Setúbal luta luta desesperadamente por permanecer na I Liga. Esta deslocação ao Dragão não era o estádio nem o momento ideal para que o novo treinador da equipa sadina aspirasse somar ainda que apenas um ponto, a não ser por feliz coincidência de alinhamento favorável dos astros ou artes estranhas contrárias às leis que regem o jogo. 

     Cedo se percebeu que a equipa do Sado não veio ao Dragão disposta a jogar o jogo pelo jogo. Não obstante na composição da equipa houvesse jogadores com características ofensivas, os sadinos adoptaram jogar num sistema de bloco baixo, e tentar explorar o espaço aberto criado pelo adiantamento da equipa portista, bem como na marcação de livres, além de  excessivo uso de entradas viris na disputa de lances, como o que tirou do jogo Danilo Pereira, aos 36', em consequência de uma intervenção claramente evitável do litigioso Éder Bessa ao pisar o calcanhar de Aquiles do internacional portista quando a bola já nem estava com ele.

      Porque o Futebol Clube do Porto nunca se deixou impressionar com a rudeza e sistema usados pela formação sadina, nem alimentou ansiedade pela escassez do resultado, assumiu a condução integral da partida durante a quase totalidade do tempo de jogo (96') metendo nos quarenta e cinco metros do relvado à sua frente toda a equipa setubalense, e só não lhes encheu um cesto de sardinhas frescas porque não há licença para a pesca fora da época.

      O Futebol Clube do Porto realizou uma excelente exibição. Sérgio alterou, com alguma surpresa, a composição habitual da equipa (é pago para isso mesmo, diz ele), estreando a lateral direito como titular William Manafá, deixou no banco o internacional Pepe e entregou de novo a Éder Militão a parceria com Felipe, e sem Yacine Brahimi, lesionado, "puxou" para dentro Jesùs Corona no apoio às jogadas atacantes. E como Óliver Torres se adaptou estrondosamente a uma missão diferente da que cabia a Danilo, o Futebol Clube do Porto funcionou como um computador nas mãos de um genial haker que dá pelo nome de Rui Pinto.

      É verdade! À baliza de Iker Casillas não houve um único remate enquadrado em toda a partida; Felipe e Militão, é uma sociedade sólida e lucrativa; William Manafá, é pá, é bom é! Todos o veem, e promete...Ora, Alex Telles, ele aí está, como o conhecemos e desejamos ver, engenheiro tira-linhas e...a vista aos adversários! Senhor Hèctor Herrera, senhor comendador Danilo Pereira, Otávio diabruras, Ádrián Lopez, Xico fininho, levezinho, é como a roda de um moinho, vai abaixo vem acima, e o Tiquinho Soares vai lá arriba e...bota abaixo.

      André Pereira, dá-se bem quando há jogo dentro das áreas, Fernando Andrade, nas pontas, como Hernâni, quando entra com tempo.

      Quem encanta, o homem da pauta, o regulador do trânsito, o afinador do piano, é Torres, ÓLIVER TORRES!


      
    Atentem: Nuno Almeida, o árbitro, "viu" sete, SETE (!) faltas cometidas pelos jogadores setubalenses, e puniu CINCO destas com cartão amarelo; não viu Éder Bessa tirar da partida (e quiçá das próximas) Danilo Pereira; e deu o tempo que cada um dos jogadores do Setúbal entendeu para repor a bola e reiniciar a partida nas muitas interruções havidas. Almeida, no seu melhor.

     Deselegantes, antidesportivas, inapropriadas e desalinhadas da realidade  do jogo, as declarações de Sandro Mendes. E, estranhamente, também, de Jorge Andrade...Porquê? Ele saberá.

    

  















quarta-feira, fevereiro 13, 2019

-VAMOS PASSAR!, "DISSE" A EQUIPA, EM ROMA.


 

Liga dos Campeões 
1/8 Fase final - 1.ª mão 
Estádio Olímpico de Roma, Itália 
Transmissão tv - Hora: 20:00 
Tempo: frio (9.º) s/chuva 
Relvado: bom 
Assistência: +51000 espect., 4000 portugueses
2019.02.12 (terça feira)


                        AS ROMA, 2 - FC DO PORTO, 1
                                            (intervalo: 0-0)

AS Roma alinhou com: Mirante, Florenzi, Manolas, Fazio, Polarov, Cristante, De Rossi (C), Pelegrini, aos 83' Nzoni, Zaniolo, aos 87' Santon, Dzeko, e El Sharawy, aos 90' Kwlvert. Não utilizados: Olsen, Juan Jesus, Iván Marcano e Pastore.
Equipamento: oficial tradicional cor bordeau c/meias amarelas
Treinador: Eusébio De Francesco

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Éder Militão, Felipe, Pepe, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 84' Hernâni, Yacine Brahimi, aos 68' Adrán López, Tiquinho Soares e Fernando Andrade, aos 76' André Pereira. Suplentes n/utilizados: Vaná, Maxi Pereira, Bruno Costa e Óliver Torres.
Equipamento: oficial tradicional, camisola com duas listas verticais azuis e calção azul.
Treinador: Sérgio Conceição 

Árbitro: DANNY MAKKELIE (Holanda). Auxiliares: Mário Diks e Hessel Steegstra.
4.º árbitro: Kevin Blom
VAR: Polvan Boekel - Estreia na Liga dos Campeões do sistema VAR

Escolha da bola: FC Porto

Guardado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao malogrado William Sala, morto em acidente de aviação.

MARCHA DO MARCADOR: aos 70' 1-0, por ZANIOLO, com um remate rente à relva que passa entre e desvia nas pernas de Alex Telles, sem possibilidade de defesa; a jogada resulta de uma falha da defesa portista que permite a Dzeko assistir o marcador; aos 75' de novo por ZANIOLO, na sequência de remate de Dzeko que bate no poste, ressaltando o esférico ao encontro do jovem avançado da Roma que atira sem oposição para a baliza; 2-1 aos 79' por intermédio de ADRIÁN LÓPEZ, o qual tinha substituído Yacine Brahimi aos 68', num lance feliz em que Tiquinho Soares envia a bola para a entrada da área da Roma onde Ádrian López a devolve de cabeça para trás, com Tiquinho ensaiar um remate em força mas a bater mal e a bola vai enrolada para dentro da área ao encontro de Ádrián que a controla com serenidade e atira para o golo.

     Três minutos de desconcentração da equipa do FC do Porto por motivo da perturbação face à lesão de Yacine Brahimi quando o resultado da partida continuava sem golos golos a vinte minutos do fim, foram avaramente aproveitados pela equipa romana ao apontar dois golos em conclusão de jogadas felizes, contrariando uma fase do jogo em que a equipa portuguesa atravessava um bom momento à procura de um resultado favorável nesta primeira parte da eliminatória. Sem se desconcertar, porém, o Futebol Clube do Porto reagiu com estoicismo à súbita e injusta desvantagem e assumiu o comando da partida tendo alcançado um golo que recupera a dúvida da eliminatória para o jogo no Dragão, tendo estado muito próximo de empatar o marcador quando o capitão Hèctor Herrera com um estupendo remate executado aos 83' fez passar a bola como um bólide a tirar tinta ao poste de Mirante.

     O FC  do Porto encarou a partida com serenidade mantendo a formação romana sob controle sem abdicar do sentido de ataque sem, contudo, ter criado jogadas de perigo na área adversária ou remates enquadrados, nem as ter permitido ao adversário, com  exceção de uma quando aos 37' em excelente conclusão de ataque o perigoso Dzeko rematou contra o poste mais próximo de Casillas.

     No período complementar o jogo decorreu mais vivo e mais emocionante, sucedendo-se lances nas duas áreas onde o golo andou por perto. Aos 57' e na sequência de um canto apontado por Alex Telles, Danilo Pereira elevou-se acima de todos e desviou a bola de cabeça na direção contrária a qual percorreu a linha de baliza para sair junto ao poste do lado aposto. Nesta fase da partida e por ação de De Rossi e Dzeko, dois "monstros" da bola, a Roma não deu descanso à intermediária portista onde Otávio, Danilo Pereira e Hèctor Herrera trabalhavam duramente para anular as ações atacantes do "selvagem" trio atacante dos romanos à baliza defendida por um sensacional Iker Casillas, interventivo e seguro. Salvo no período fatídico em que aconteceram os golos romanos, a equipa portuguesa protagonizou bons momentos de futebol nesta Liga maior do continente europeu, andou por cima do valoroso adversário em largos períodos, terminando a partida corajosamente ao ataque na busca de um resultado que fez por merecer saindo do Estádio Olímpico da Cidade Eterna sem beliscar o prestígio que lhe é devido.

    Iker Casillas transmite confiança à equipa tendo tido um comportamento à medida da sua classe e fama. A defesa sentiu algumas dificuldades que um ataque de nível agrava, mas Danilo Pereira, Otávio e Hèctor Herrera, foram gigantes; Fernando Andrade e Tiquinho Soares foram guerreiros, e o ex-Santa Clara, há um mês de Dragão ao peito, não se deixou impressionar com  o ambiente quente do Olimpo; Yacine Brahimi, foi figura relevante na boa prestação da equipa e poderia ter sido determinante para desfecho com resultado mais feliz. Muito bem entraram no jogo, Ádrián López, André Pereira e Hernâni.

    No decorrer do jogo não me apercebi de qualquer falha na arbitragem do holandês Danny Markellie, tendo ficado com uma imagem muito favorável do seu desempenho. Porém, à vista das repetições da televisão, há duas "nódoas" graves que mancham a nota alta que me pareceu merecer. Yacine Brahimi não se magoou por ele próprio ao torcer acidentalmente o pé na relva, mas porque De Rossi o pisou no calcanhar de Aquiles e condicionou a posição e torção do pé; Hèctor Herrera foi penalizado com cartão amarelo num lance em que chega primeiro à bola que De Rossi (de novo) e nem sequer lhe toca e é jogador italiano que comete falta grave ao pisar perigosamente o médio portista, tendo encenado a não falta com um espetacular mergulho de piscina. Não foram pormenores, são dois lances muito relevantes.

    Havendo ainda uma "segunda parte" para decidir a passagem aos quartos, agora no Dragão, o resultado deste jogo é "simpático" mas, só e apenas, simpático. A AS Roma não virá ao Porto fazer turismo, sabem que a altura nem sequer é a melhor. O Futebol Clube do Porto tem equipa para ultrapassar a AS Roma sexto classificado do campeonato italiano, a um reduzido número de pontos do segundo, mas não o conseguirá se não souber jogar ao seu melhor nível e se não conseguir melhor eficácia da que, presentemente, está a conseguir.

    

    


sábado, fevereiro 09, 2019

JUSTIÇA NO RESULTADO DO JOGO

 Moreirense-FC Porto, 1-1 (destaques)

Liga NOS 
21.ª jornada
Parque Joaquim de Almeida Freitas, Moreira de Cónegos 
Tv - Hora: 20:30 
Tempo: ameaça de chuva e frio (11.º)
Relvado: tratado, algo irregular
Assistência: cerca de 3500 espectadores
2019.02.08 (sexta feira)

                    Moreirense SC, 1 - FC do PORTO, 1 
                                            (intervalo: 0-0)


MOREIRENSE SC alinhou com: Jhonatan; João Aurélio, Halliche, aos 90'+1' Ivanildo, Iago e Rúben Lima; Neto e Fábio Pacheco; Arsénio, aos 90' Bruno Silva,  Chiquinho e Heriberto, aos 72' Pato; Texeira.
Suplentes: Pedro Trigueira (GR), Alan Schons, Ivanildo, Patito Rodriguez, Pedro Nuno, Bruno Silva e D'Alberto.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Ivo Vieira 

FC DO PORTO alinhou com: Iker Casillas, Éder Militão, Felipe, Pepe, aos 59' Otávio, Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, aos 59' Fernando Andrade, Hèctor Herrera (C), Jesùs Corona, Yacine Brahimi, aos 75' André Pereira e Tiquinho Soares. Suplentes n/ utilizados: Vaná, Loum, Wilson Manafá e Hernâni.
Equipamento: alternativo de cor azul
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Jorge Sousa (AFP) - Auxiliares: Nuno Manso/Valdemar Maia
VAR: Luís Ferreira (AFB)
Escolha de campo: Moreirense: S/N

Guardado um minuto de silêncio em homenagem às jovens vítimas do incêndio nas instalações do Flamengo (Brasil).

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 79' por TEIXEIRA, na recarga a um remate de Hachide que bateu na barra na sequência de um pontapé de canto; 1-1 aos 90'+2' por HÈCTOR HERRERA, na conclusão de uma jogada que envolveu cinco jogadores do FC do Porto concluída com uma assistência perfeita de Otávio ao segundo poste, onde o capitão portista bateu de cabeça para o empate.

        Até à meia hora de jogo o Futebol Clube do Porto manteve a equipa do Moreirense controlada, praticando um futebol consistente na defesa e com pendor ofensivo ostensivamente marcante, como aliás é corrente no processo habitual de jogo da equipa. Com o aproximar do intervalo o quinto classificado do campeonato tinha logrado equilibrar a partida, e a equipa portista perdido algo da coesão e acertividade que tinha evidenciado até então. No segundo período e salvo os minutos subsequentes ao golo e até ao seu termo, quando o campeão lutava sofregamente por chegar ao golo, o encontro decorreu taco-a-taco com o Moreirense a mostrar-se adulto, desinibido, lúcido e verdadeiramente competente, sem recurso a manhas, entradas violentas, falsas lesões para roubo manhoso ao tempo legal do jogo. Palmas para Ivo Vieira.

       Pretendendo dar a Danilo Pereira tempo para readaptação ao lugar de que era titular e deixou durante meses por lesão, o mister Sérgio Conceição teve que optar por um esquema diferente no miolo da equipa alterando as posições habituais de algumas pedras, tal como foi forçado a fazer no ataque pela necessidade de suprir a ausência forçada de Moussa Marega. Fosse por falta de rotina, de inspiração de Óliver Torres e de Yacine Brahimi, ou pela eficácia nas marcações e bom desempenho da equipa adversária, ou, quiçá, porque no subconsciente dos jogadores portistas fervia já o jogo de Roma na terça feira para a Liga maior do futebol europeu, a equipa não correspondeu às expetativas, e globalmente, falhou. Mas não morreu, está aí para na luta e o que não nos mata torna-nos mais fortes e mais ambiciosos. Ver-se-à.

       Até ao minuto 90'+4, Jorge Sousa não se deparou com casos de difícil resolução. Os jogadores não se excederam, não aconteceram lances com dificuldade de julgamento dentro das respetivas áreas, tudo decorreu em conformidade com as regras. E dialogou com todos os intervenientes, o que é notável e novidade em Portugal. Esteve sempre bem, como os auxiliares. Duvidoso e confuso e de difícil resolução (durou quase 5' a decidir...) foi o abalroamento feito a André Pereira por um defesa local, e que, deliberadamente, Jorge Sousa não considerou faltoso. Fora ou dentro da área, é a única dúvida legítima: a falta é notória e insufismável, o avançado portista foi derrubado, ponto! O árbitro compensou o dislate antes cometido, dando falta sobre Danilo Pereira e mais de trinta metros da baliza, que, por azar de Fernando Andrade e competência do excelente Jhonatan, o livre não desfez o empate no derradeiro lance do jogo. Mas só pelas oportunidades criadas pelo campeão o triunfo não escandalizaria.

     

segunda-feira, fevereiro 04, 2019

VITÓRIA SAFOU-SE POR UNHAS NEGRAS


Liga NOS
20.ª jornada 
Estádio D. Afonso Henriques, Guimarães
TV - Hora: 20:00 
Tempo: seco e frio (6.º) 
Relvado: bom estado 
Assistência: + de 25000 
2019.02.03 (domingo)

                          Vitória SC, 0 - FC do PORTO, 0

VSC alinhou com: Douglas, Sacko, Vernâncio, Pedrão, Rafa Soares, Wakaso, Joseph, aos 81' Mateus Oliveira, Tozé, Pepé, aos 71' Rochinha, Dawvison e Guedes, aos 71' Welton. n/utilizados: Miguel Silva (gr), Edmond e Florent Hamin
Equipamento: oficial tradicional brancoTreinador: Luís Castro

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Éder Militão, Felipe, Pepe, aos 93' Hernâni, Alex Telles, Jesùs Corona, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, Yacine Brahimio, aos 67' Otávio, Tiquinho Soares e Moussa Magrega, aos 76' Fernando Andrade. Suplentes n / utilizados: Vaná, Manafá, Danilo Pereira e Mohamed Loum (ex-SCBraga, estreia na convocatória)
Equipamento: alternativo de cor azul
Treinador: Sérgio Conceição 

Árbitro: Rui Costa (AF Porto) - Auxiliares: Pedro Ribeiro/Tiago Costa
VAR: Rui Oliveira
Escolha de campo: FCP S/N

     Há jogos que se decidem nos pormenores e outros nos... pormaiores. O desfecho do que ontem à noite ocorreu em Guimarães entre o Vitória e o campeão nacional, foi claramente determinado pela mão cheia de oportunidades de golo criadas e não concretizadas "por uma unha negra" pela equipa do Futebol Clube do Porto. Quer na primeira como na segunda parte, o golo esteve à vista na baliza do Vitória em várias situações, só não sendo consumadas por pormenores circunstanciais de execução técnica menos conseguida dos protagonistas dos lances, mas, também, por manifesto capricho dos deuses da bola e da valia do opositor.

     A partida desenvolveu-se até ao fim de modo apaixonante, quer pela incerteza do desfecho quer pela entrega ao jogo das duas formações. Bem organizada defensivamente e batalhadora no miolo do relvado, a equipa vitoriana nunca perdeu de vista a baliza à guarda de Iker Casillas, contudo, não logrou incomodar seriamente a solidez da defensiva portista, a qual não permitiu ao adversário uma única clara oportunidade de chegar ao golo. Por sua vez, e salvo momentos pontuais em que os vimaranense conseguiram equilibrar o domínio do jogo, foi o Futebol Clube do Porto quem susteve nos pés as rédeas do confronto em constante modo de ataque, não dando tréguas no combate à defesa adversária nem às vicissitudes insuperáveis que tiraram mérito ao engenho e arte dos atletas. Com um pingo de fortuna a história do jogo teria texto bem diferente. É o carisma do futebol.

     Muito bem estudados foram por Luís Castro os pontos fortes do conjunto portista e Brahimi, Corona e Hèctor Herrera foram alvos preferenciais a anular, o que em parte aconteceu; nenhum dos três conseguiu aplicar as suas excecionais qualidades não obstante o empenho posto em cada ação; na luta, Tiquinho esteve em grande e fez por chutar sem que a trave jogasse contra ele; Marega, infeliz na execução e na lesão contraída; talvez, se a substituição tivesse acontecido mais cedo... Otávio, Fernando Andrade e Hernâni trouxeram frescura e ainda mais intensidade ao assalto à baliza de excelente Douglas.


    Grande, enorme jogador é, OLIVER TORRES!


    Numa partida que foi viril não entraram os excessos. Um ou outro lance mais contundente não forçou as regras à rotura. Tudo aceitável num jogo disputado com alma e desportivismo. Com isto não pretendo qualificar como boa a arbitragem de Rui Costa. Lá está, trinta e oito assopros no instrumento em 99' de jogo é muito ar gasto, esvaziou o depósito ; se bem tivesse visto todos e bem tocado teria ficado menos esfalfado


   Ah!, tenho o direito de duvidar da linha do fora de jogo assinalado pelo VAR no golo obtido por Pepe aos 90'+2'.