terça-feira, fevereiro 24, 2015

TRIUNFO TÃO MERECIDO QUANTO DIFÍCIL.


Liga NOS
22ª Jornada
Estádio do Bessa
2015.02.23


                          Boavista FC, 0 - FC DO PORTO, 2
                                 (Ao intervalo: 0-0)

GOLOS: 0-1, aos 80', por Jackson Martínez (17º do campeonato); aos 87', por Brahimi.

FCP: Fabiano, Ricardo, Maicon, Marcano, José Angel, Héctor Herrera, Rúben Neves, Juan Quintero, (64' Brahimi),Ricardo Quaresma (83' Evandro), Jackson Martínez e Hernâni (Tello, aos 55').

Árbitro: Hugo Miguel (AFL)

        
               Como era esperado o Futebol Clube do Porto não teve vida fácil no Bessa. Contudo, fez um bom jogo e o triunfo não suscita reservas tão clara foi a superioridade sobre o (sempre) aguerrido adversário do derby portuense..

         Com alterações compulsivas na formação mais recorrente das últimas partidas, Julen Lopetegui foi ao plantel buscar seis novos elementos tendo como referência o jogo anterior. Hernâni, o extremo que pertenceu ao Guimarães até ao mês passado, fez a sua estreia oficial em jogos da Liga,

        Só em alguns momentos circunstanciais da partida o Boavista não foi completamente dominado pelos azuis e brancos. Privilegiando um sistema que procura estar sempre atrás de linha da bola e esperar uma desatenção ou a marcação de livre para chegar à baliza contrária, os boavisteiros tentavam suster as sucessivas investidas atacantes do FC do Porto com marcações individuais bastante agressivas beneficiando do critério permissivo de Hugo Miguel, tardo em punir disciplinarmente algumas entradas a roçar a violência, sobretudo sobre o novel e rápido reforço Hernâni. Contudo, apesar do domínio territorial e de posse de bola, o FC do Porto só esteve verdadeiramente perto do golo aos 44' num lançamento genial de Juan Quintero para a desmarcação a propósito de Jackson Martínez que, completamente isolado perante Mika mas com aparente displicência desperdiçou atirando ao lado.

A segunda parte abriu no mesmo plano do primeiro tempo e Julen Lopetegui usou o investimento que angariou na rotatividade inicial da época tão vilipendiada. Fez entrar  C.Tello para sair Herrnâni e com Ricardo Quaresma, à direita e o espanhol, à esquerda abriu o leque como as plumas do pavão. O Boavista teve o seu momento de pressão ao beneficiar de dois pontapés de canto, que terá sido o seu canto de cisne sobretudo porque Brahimi foi a jogo substituindo Juan Quintero já em sub rendimento. A defesa dos panteras entrou em pânico atordoada com as variações de lances e, num deles, Ricardo Quaresma fez a bola sobrevoar a floresta e foi C. Tello que a segurou do lado oposto. Centro, rasteiro, Jackson Martínez emenda e engana um defesa e a bola, sorrateira e preguiçosa, transpõe o risco branco sem necessidade de olho de falcão. Aos 80', logo aos 87', já depois de R. Quaresma ter saído do jogo e entrado Evandro, Tello serve o argelino Brahimi, serpenteia e ganha posição frontal, rematando colocado para o segundo bem justo e suado.

A defesa comportou-se à altura do jogo e os laterais Ricardo e José Angel não desmereceram de Danilo e Alex Sandro. Marcano, soma pontos e cresce em solidez e confiança. No miolo, Juan Quintero, vagabundo e estrategicamente recuado, tirava a régua e compasso passes de precisão milimétrica. Héctor Herrera não esteve brilhante mas subiu com o passar do tempo. Rúben Neves é uma certeza que aguarda o seu momento. Na frente, o estreante Hernâni só não fez mais por causa da excessiva agressividade do seu polícia. Não se encolheu, porém, e isso demonstra que está pronto para o que der e vier. Ricardo Quaresma está mais consciente do seu valioso papel dentro da equipa e não sabe jogar mal. Joga e contagia e mostra a paixão quem dedica à camisola. Jackson Martínez está no seu melhor. Tello fez trabalho relevante e decisivo para abrir o ferrolho. Como Brahimi foi a gazua que aquela porta axadrezada requeria. Evandro é bom, útil nestes jogos, mas tem vida difícil com tão elevada concorrência.

Hugo Miguel condescendeu desde muito cedo com a agressividade incomum no futebol português que o Boavista de Peti pratica e usa como arma. Esta forma de atuar é aceitável se não exceder os limites do razoável. E, ontem, claramente, nem todas as disputas de bola o foram inclusive uma de Jacksson Martínez, mesmo que mais intempestiva e desajeitada que maldosa.

Mal, muito mal mesmo, esteve o lisboeta Hugo Miguel ao perdoar ao Boavista uma grande penalidade logo aos 15' de jogo, por rasteira dentro da área a Hernâni. Enfim, onde é que o FC do Porto já viu isto?

           Onde Julen Lopetegui continua a comandar é nas conferências de imprensa. Quem manda, é ele! De quem é, de quem é treinador? Também de jornalistas? Só mesmo no FC do Porto!

           


 

        

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quinta-feira, fevereiro 19, 2015

EURO RESISTIU À PRESSÃO DA LIBRA NO BANCO SUÍÇO.

S
‘Dragão’ sai vivo da Suíça
 Danilo, apontou de penalti o golo do FCP. (Foto "O Sol)

Liga dos Campeões
Oitavos de final
Em Basileia (Suíça)
2015.02.18
Espectadores: 35 000

                FC Basileia, 1 - FC DO PORTO, 1
                             (Ao intervalo: 1-0)

Árbitro: Mark Cletemburg (Inglaterra)


Golos: 1-0, aos 11', por Gonzalez, no aproveitamento de um lançamento longo de bola ainda dentro do meio campo portista com desmarcação rápida e oportuna do paraguaio a escapar-se bem a Alex Sandro e Maicon e bater Fabiano tardo a sair. Este, haveria de ser o único remate que o Basileia conseguiu em toda a partida.

           1-l, aos 79' por Danilo, na conversão de uma grande penalidade por intercepção da bola com o braço de V. Samuel sem margem para os árbitros errarem. Senti um arrepio quando vi que seria Danilo a apontar o penalti, mas o brasileiro não tremeu e bateu forte e rasteiro de nada valendo ao guarda redes do Basileia lançar-se para o lado por onde a bola entrou.

           
           Quinze remates direcionados à baliza suíça, quarenta e sete ataques, nove pontapés de canto, vinte e  quatro faltas cometidas pelo adversário contra catorze, uma grande penalidade negada por derrube a Jackson, um golo validado pelo árbitro e pelo auxiliar da bandeira  e anulado um minuto depois com a bola no centro do relvado para reiniciar a partida, uma expulsão perdoada a um jogador do Basileia por não penalização de segundo amarelo e uma agressividade excessiva não punida, são apenas pormenores de um excelente jogo da equipa do Futebol Clube do Porto a que apenas faltou "a sorte do jogo" e maior eficácia para trazer da Suíça o cartão da permissão de entrada nos quartos.

           Em termos de justiça o Futebol Clube do Porto mereceu muito mais do que trouxe da Basileia. Produziu um trabalho de grande valia técnica, foi valente, lutador, corajoso, confiante e perseverante, batendo claramente em todos os capítulos de jogo um adversário muito forte na sua organização defensiva, agressivo quanto baste e às vezes fora das marcas, coeso e solidário globalmente e ambicioso e muito mais incómodo depois de se ver em vantagem no marcador num excelente lance de futebol mas também muito feliz.

          Este Futebol Clube do Porto está a tornar-se uma equipa personalizada, subindo na organização e movimentação coletiva de jogo para jogo. Os jogadores estão em bom nível físico e técnico e as opções são fiáveis e há garra, vontade e categoria. Venha a sorte que sempre sorri a quem é melhor e faz por ela e teremos condições para viver momentos de glória.

         O FC do Porto alinhou com: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Héctor Herrera, Casemiro, Óliver Torres (aos 68' Rúben Neves), Brahimi 61' Ricardo Quaresma), Jackson Martínez (cap.) e Cristian Tello, (aos 81', Juan Quintero).

       A equipa valeu pelo seu todo e em querer, esforço e vontade de vencer estiveram ao mesmo nível. A defesa apenas não terá estado bem no lance do golo, pois pareceu-me surpreendida pela precisão do lance. Ricardo Quaresma entrou muito bem no jogo e foi parte importante na exibição da equipa. Óliver Torres e Jackson Martínez com estupendas participações merecem destaque. O colombiano só não marcou porque foi travado ilegalmente no lance do penalti que lhe foi escamoteado. Casemiro melhor que Héctor Herrera, ontem menos influente. Cristian Tello foi, quiçá, a surpresa e cumpriu, continuando porém a concluir menos bem o que de bom começa. Rúben Neves fez tudo bem no pouco tempo que jogou.

Gosto das arbitragens "à inglesa". Acredito no profissionalismo do árbitro MARK CLETEMBURGO, MAS ONTEM A NOITE NÃO TEVE UMA NOITE FELIZ...

No golo anulado ao FC do Porto aos 48' apontado numa recarga de Casemiro que colocaria o resultado em 1-1 logo no começo da segunda parte há, com efeito, dois jogadores portistas perto e em frente ao guarda redes em posição ilegal, mas não fiquei convencido que tivessem tido influência na jogada. O árbitro e o juiz de linha deram golo sem qualquer hesitação, do que se depreende que viram bem o lance. O que aconteceu depois é um enigma que só o seu responsável poderia deslindar...

          


              

sábado, fevereiro 14, 2015

SOLTEM OS CÃES! ANDAM LOBOS NA FLORESTA...


Liga NOS
21ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
2015.02.13
Espect.: 26 108

                  FC DO PORTO, 1 - Vitória SC, Guimarães, 0
                                   (Ao intervalo: 1-0)

GOLO: BRAHIMI, aos 30', servido por Óliver Torres dentro da área, com o argelino a fazer passar a bola sob as pernas do defesa vitoriano.

FCP alinhou: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Héctor Herrera (Rúben Neves, aos 65'), Casemiro, Íliver Torres, Ricardo Quaresma (HernânI, aos 87'), Brahimi (Tello, aos 65')e Jackson Martínez.

Árbitro: Nuno Almeida (AF Faro)


                      Nesta semana ocorreram duas arbitragens que são paradigma das que se têm verificado nos jogos realizados nesta época pelas equipas do Benfica e do Futebol Clube do Porto. Em Lisboa, para a Taça da Liga, Rui Costa, árbitro da AF do Porto, ofereceu aos encarnados a final da prova menor do calendário português, ao negar logo aos 3' de jogo um penalti e a expulsão do central Lisandro por derrube faltoso do avançado setubalense e, mais tarde, expulsar e assinar grande penalidade contra o Vitória, aos 26', premiando uma encenação burlesca do avançado da equipa alfacinha o qual se dobrou como uma alheira mirandesa quando sentiu os dedos da mão do defesa do Setúbal roçar-lhe o ombro, restando ainda dúvidas sobre se o jogador artista da camisola vermelha não terá dominado a bola com o braço...

                    Ontem, no Dragão, o algarvio Nuno Almeida permitiu a um Vitória estranhamente agressivo que os jogadores desta equipa atuassem "em roda livre". Casemiro, sobretudo, sofreu mais faltas que toda junta a equipa de Guimarães e não está hoje numa cama do hospital com as duas pernas partidas porque o brasileiro beneficiou da proteção divina, sendo o gesto do caceteiro "premiado"  com um belo cartão amarelo. Já Alex Sandro, o próprio Casemiro e Danilo, por acaso no limite dos cartões amarelos não vão poder defrontar o Boavista na próxima jornada no Bessa,  porque Don Nuno d'Almeida, rei dos allgarves e membro da alcateia dos lobos predadores se encarregou de lhes oferecer o descanso com uma cartolina por faltas banalíssimas ou mesmo inexistentes..

                   -É preciso preservar o futebol, diria Julen Lopetegui no final, visivelmente incomodado com o que vira no decorrer do jogo. Pois, sim! Que interessa a esta gente que haja grandes espetáculos? Que lhes importa que o FC do Porto possa is a Basileia sem metade dos seus jogadores e seja vencido? O Dragão é para abater, custe o que custar. E preservar o espetáculo e os atletas que o fazem não é anular jogadas por sinalizar foras de jogo a jogadores "em linha" como se viu aos 43', nem permitir "entradas" "de sola" com os dois pés às canelas dos protagonistas mais dotados.

                   O Futebol Clube do Porto produziu na primeira parte do melhor futebol que até agora se viu neste campeonato em qualquer estádio. Foi estonteante, demolidor, soberano, soberbo. Não foi feliz na concretização porque se o tivesse sido nem a segunda parte mereceria ser jogada.

                   No segundo tempo o FC do Porto apareceu mais contido e  Basileia deve ter tido influência nisso. Por outro lado o Vitória subiu mais no relvado e ainda mais na agressividade e o prato equilibrou sem jamais ter colocado a vitória do Dragão em causa, perpassando somente a sombra de uma decisão arbitral que viesse a condicionar a justificada e merecida vitória portista. Havia fundadas razões para crer que pudesse vir a acontecer.

                  De saudar a estreia de Hernani que esteve perto de assinalar a estreia com um bom golpe de cabeça defendido in extremis pelo ex-companheiro Assis.

                 Boas prestações de quase todos os jogadores portista apesar de me parecer notória alguma precaução (e preocupação...) em jogadas de maior risco. E com uma arbitragem deste jaez não há motivo para espanto.

                Para além de estar a provar a sua valia técnica como treinador, Julen Lopetegui está a revelar-se nas conferências de imprensa um mestre na forma de lidar com os representantes dos media. Vai precisar de alargar os bolsos da roupa porque já o espaço neles começa a ser escasso...

                 

domingo, fevereiro 08, 2015

PORTO DE LOPETEGUI CRESCE E APARECE.



Jackson Martinez já leva 16 golos no campeonato
José Coelho/Lusa
Passeio do 'dragão' coloca pressão nos rivais
I Liga
20ª Jornada
Em Moreira de Cónegos (Famalicão)
2015.02.07

                        Moreirense FC, 0 - FC do PORTO, 2
                                     (Ao intervalo: 0-1)

FCP: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Héctor Herrera, Óliver Torres (82' Brahimi), Ricardo Quaresma, Jackson Martínez (90´+1´! Aboubakar) e Cristian Tello (aos 75', Evandro)

Golos: aos 28', por Jackson Martínez, dando o melhor tratamento a um belo serviço de Héctor Herrera para o interior da área. O goleador colombiano entrou na História do FC do Porto como o marcador do golo 5000 em jogos oficiais. Aos 60', por Casemiro, de novo servido magistralmente por Héctor Herrera.

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)


                       De jogo para jogo a equipa do FC do Porto corre mais, comete menos erros, faz menos passes laterais e aumenta o ritmo ofensivo. Anda, ainda, à procura de maior eficácia mas melhora, também, neste item.

                       A equipa de Julen Lopetegui cresce em futebol praticado e no nível de confiança.


                       Esteve bem a equipa em Moreira de Cónegos, contra um conjunto bem organizado, generoso no esforço e a tentar tirar vantagem de um relvado de menores dimensões, que exigiu uma atenção constante dos portistas pela forma rápida inteligente e astuta como explorava as saídas de contra ataque. Fabiano e a defesa azul e branca estiveram longe de ter uma noite tranquila e livre de perigo.


                      A supremacia do FC do Porto foi clara e inequívoca de princípio ao fim. Os jogadores apresentam-se com níveis elevados de rendimento, a confiança é notória, a melhoria de passes é acentuada, a equipa está mais rápida, consegue manter ritmo de jogo acelerado, é solidária e joga cada vez melhor.


                      Fabiano, teve mais trabalho do que provavelmente estaria à espera, mas fê-lo bem. Danilo, "não encaixa" nas minhas concepções sobre o que é bom ou mau nos jogadores de futebol por mais que eu tente. Joga na seleção brasileira, fala-se que tem mercado em grandes europeus. Fico satisfeito se for verdade. Seria uma uma porta aberta para Ricardo a sua saída...Maicon, fez um bom jogo, sofreu uma falta que daria um penalti logo aos 10' a favor do FCP, mas Xistra é Xistra e tem cadastro com história à Sócrates, também alvicastrense...Marcano, é uma solução credível para substituir Indi e mereceu a chamada; Alex Sandro este perto daquilo que já mostrou saber fazer. Bom jogo. Héctor Herrera, Casemiro e Óliver Torres, um meio campo de excelência!! O mexicano com duas assistências para os golos, o brasileiro fez um muito oportuno, o espanhol espalhou classe sobre a relva. Ricardo Quaresma, foi "o dos velhos tempos":esforçado, artístico, solidário, tranquilo: dos melhores. Jackson Martínez, mereceu o "golo especial". Está temível e trabalha honestamente. Só joga futebol, não faz "fitas", "leva" e não dá. Não há muitos assim. Cristian Tello, tem um problemazinho que pode fazer com que nunca mais regresse à equipa da Catalunha: ineficácia! Só e apenas: capacidade de concluir o que faz bem.


                     Evandro e Brahimi, pela ordem, deram nas vistas. E Aboubakar aoas 90'+1', em 92'? Não percebo...


                     Carlos Xistra cometeu dois erros imperdoáveis: não assinalou o penalti sobre Maicon, por Marafona e "deixou passar em claro uma falta que ele próprio cometeu sobre Óliver Torres, derrubando-o e anulando uma jogada de perigo è entrada da área do Moreirense. Deveria, pelo menor, mostrar a si próprio o cartão amarelo..."




                   

sábado, fevereiro 07, 2015

O OLEGÁRIO FOI REPROVADO!

Olegário Benquerença ‘chumbou’ nos testes escritos
    

                        Não passou na prova escrita. O Olegário Benquerença, árbitro de 45 anos em fim de carreira e  ficou reprovado nos testes prova a que são obrigados os juízes de futebol, pelo que está impedido de arbitrar até que seja submetido a nova prova e obtenha o carimbo de APROVADO..

        Reparem: o leiriense é arbitro há já vários anos e chegou a internacional, mas NÃO CONHECE AS REGRAS DO JOGO!. Pasme-se! Não são erros de avaliação de jogadas decididas em  segundos, é uma prova teórica que exige o conhecimento de regras onde lhe é dado tempo para estudar, pensar e responder, para a qual tem obrigação de estar convenientemente preparado.

        Por estas e por outras é que se constata que não é apenas o mérito que conta na progressão da carreira da arbitragem em Portugal.

      

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

HERNÂNI



Hernâni: "Cheguei ao topo do futebol" DR
         

           HERNÂNI, o avançado que acaba de ingressar no Futebol Clube do Porto, foi um dos jogadores que mais se destacou na primeira volta da I Liga, exercendo grande influência na excelente carreira do Vítória SC de Guimarães. 

            Tem apenas 23 anos, é português e demonstra grande apetência e alegria em jogar futebol o que nem sempre acontece com muitos que o praticam. Possui qualidades acima do comum e importantes para uma carreira de sucesso, assentes na velocidade com ou sem bola, boa capacidade para driblar, remate forte e espontâneo. 

            Para render na plenitude das capacidades que se lhe reconhecem e poder aspirar a ganhar um espaço assíduo na equipa, terá contudo de moderar algum excesso de jogo individual que se lhe nota, uma maior assertividade nos cruzamentos e saber escolher o bom  momento para rematar, combinar ou de cruzar conforme os interesses da equipa.

            É, potencialmente, uma aquisição com futuro. Não vai ter vida fácil e pode levar algum tempo a afirmar-se. Para já cumpriu um sonho de chegar onde está. Agora, que seja fundamental para atingirmos os nossos.

           

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

ENTRA DE TRIVELA NO RUMO CERTO.


I Liga
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
19ª Jornada
2015.02.01


           FC DO PORTO, 5 - Paços de Ferreira, 0            
                             (Ao intervalo: 3-0)

Golos: Jackson Martínez, aos 29; Ricardo Quaresma, aos 40' (gp) e 44' (trivela); Héctor Herrera, aos 47´e Cristian Tello, aos 79', livre direto.

FCP: Fabiano, Danilo, Maicon, Ivan Marcano (Rúben Neves, 65'), Alex Sandro,Casemiro, Óliver Torres, Héctor Herrera (Evandro,82'), Ricardo Quaresma (69' Juan Quintero), Jackson Martínez e Cristian Tello.

Árbitro: Marco Ferreira.


              Com mais fulgor e brilhantismo no primeiro período de jogo, o FC do Porto produziu ontem à noite no Dragão frente ao Paços de Ferreira, uma das mais conseguidas exibições da época.  Assumindo o comando da partida praticamente desde o início de jogo, os comandados de Julen Lopetegui cortaram quaisquer veleidades ao Paço de Ferreira de poder vir a colocar em dúvida o resultado da partida, dada a avalancha sucessiva de ataques à sua baliza e à rapidez com que a bola circulava entre os jogadores da equipa da casa. E, ao contrário do que era normal o FC do Porto fazer, a troca de passes repetidos, mal direcionados, para as laterais e para trás estava estava reduzida ao mínimo, impedindo o adversário de ter bola e limitando as possibilidades de se organizar ofensivamente. Daí resultou que os pacenses não tivessem logrado efetuar um único remate à baliza de Fabiano.

              Com o resultado de 3-0 ao intervalo o FC do Porto abrandou o ritmo do jogo na segunda metade, aliás de encontro ao que previa, mas tal fato não impediu que a partida tivesse baixado de interesse tanto mais que o Paços de Ferreira passou a equilibrar o nível do relvado reclamando o direito de também ter tempo de bola, conseguindo acercar-se mais vezes da baliza portista tendo, inclusive, rematado uma bola à trave. Em tempo algum, porém, a reação do Paço ou o abrandamento do FC  do Porto colocou em causa a supremacia dos donos da casa ou o resultado do jogo. Curiosamente, a estatística final de posse de bola apresentava  números pouco comuns no Dragão como a equipa de Paulo Fonseca a obter um das mais altas percentagens de equipas visitantes.

             Também a melhoria da atitude dos jogadores foi ontem de molde a agradar e daí o bom jogo do conjunto. Muito disponíveis para a pressão sobre os jogadores do Paços, os jogadores da casa não se pouparam e "deram o corpo ao manifesto". Abafavam os adversários quando estes tinham a bola, recuperavam-na e, uma vezes em passes curtos outras a longa distância, entregavam-na com precisão a um colega raramente se perdendo um. É óbvio que o excelente desempenho individual dos jogadores foi determinante para o jogo ter decorrido de modo tão satisfatório e produtivo.

            O Paços de Ferreira vinha de uma vitória moralizadora e de uma exibição brilhante contra do líder destacado com nove pontos de avanço a pensar que era o Titanic. Caiu, afundou-se em Paços de Ferreira e não foi por acaso. Aconteceu que os Paulo Fonseca foram melhores do que os de Jesus e nem precisaram do Paixão para ganhar com inteiro merecimento. E se foram goleados no Dragão é porque o FC do Porto fez uma grande jogo coletiva e individualmente e o Paços de Ferreira mostrou qualidades que a colocam entre as melhores na sua categoria do futebol português.

             Como nota a destacar a excelente exibição individual de Ricardo Quaresma e os dois golos por ele apontados: uma trivela made in Ricardo Quaresma e um grande penalidade com a classe de um prestidigitador cigano. Bem vindo Harry Potter!

             A defesa não foi seriamente incomodada mas Marcano revela-se excelente. Casemiro, torna-se importante para a equipa mas continua a ser alvo privilegiado da arbitragem. Terá que retirar o rótulo da testa e usar um bip que lhe lembre que ao segundo aviso já não tem margem de manobra para cometer qualquer falta. Falta-lhe o estatuto de poder cometer dezassete e não ver qualquer sanção... Jackson Martínez trabalha sempre com honestidade e é uma ameaça para qualquer baliza. Muito bem. Cristian Tello com menos bola do que no jogo anterior falho menos também por isso cumpriu. E apontou superiormente o livre direto que fechou a conta. Óliver Torres menos espetacular do que estamos habituados.

            Se se desvalorizar o cartão amarelo dado a Casemiro por falta insignificante cometida a meio campo, Marco Ferreira foi o árbitro que nos jogos deste ano menos preconceito denunciou contra os jogadores do FC do Porto. O seu trabalho pareceu.me imparcial, esteve bem ao assinalar a grande penalidade, mas, neste lance e no que resultou no livre que Tello transformou superiormente, ambos por derrube a Jackson que ficaria isolado frente a Defendi, ou as regras foram alteradas ou os infratores teriam que ser punidos com vermelho direto, coisa que, sendo o Paços Ferreira a vítima, nada me alegraria. De resto, foi a arbitragem onde o FC do Porto não foi prejudicado além do razoável na presente época.

            Julen Lopetegui merecia ter jornalistas capazes de formularem boas perguntas nas conferências de imprensa. Estas, não são para ele, deve sentir-se desconfortado quando tem que as fazer. É claro, os rapazes da informação sofrem do complexo de Jesus...