segunda-feira, fevereiro 27, 2012

DIGERIR FOGAÇA COM UM PORTO SEM PALADAR.

      
FC Porto vs Feirense (José Coelho/LUSA)

    Estádio do Dragão (O Mais Belo da Europa)

            2012.02.26

                           FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2 -  Feirense, 0

            A possibilidade de o Futebol Clube do Porto recuperar na noite de ontem os três pontos que o separavam do primeiro lugar da classificação geral anulando, em apenas duas jornadas, os cinco de desvantagem que muitos já tinham como impossível de superar, fez pensar à falange de adeptos portistas de que a sua equipa iria mostrar contra o Feirense, de forma concludente e definitiva, a gana e o futebol suficientes para chegar ao título.

             Não estive no Dragão e vejo os jogos pela TV com total ausência de som. Como não sou diferente de qualquer comum adepto, o modo como fui reagindo ao que se ia passando no relvado não seria muito distinto dos que assistiam ao vivo no estádio e, ainda não tinha o tempo de jogo atingido os trinta minutos e a confiança de que se confirmassem os meus desejos tinha ido para "os quintos dos infernos" bem acompanhadas com girândolas de impropérios só permitidos a adultos empedernidos. (Sosseguem, estava sozinho). Com efeito, o que me entrava pelos olhos era tudo menos aquilo de que estava à espera. Mau, mau demais para ser tolerado.

             Não tenho a veleidade de que alguém com autoridade na matéria venha a ler estas linhas e me lembrar o desgaste do jogo de Manchester, que a maioria dos jogadores está para partir para os jogos das selecções dos seus países, que na próxima sexta-feira será jogada a chave da Liga 2012/2013 e há necessidade de gerir o esforço, que o Feirense tinha à baliza um jogador que nunca tinha sofrido um golo no Dragão (já agora, quantas vezes lá jogou?) e é uma boa equipa, argumentos que até podem ser aceitáveis mas não bastantes para perdoar aqueles intragáveis 47', da etapa inicial.

             Em nenhuma das melhores equipas das Ligas europeias que conheço, Yanko teria oportunidade de vestir a camisola ou pisar o relvado. Nenhuma. Nem o Atlético de Madrid. O Futebol Clube do Porto ombreia com qualquer dos melhores plantéis da UE  pelo que, actuando com um jogador com as características técnicas do austríaco fica descredibilizado e os colegas da categoria de Hulk, James, Lucho, Moutinho, Varela, para citar apenas alguns, vêem o seu esforço defraudado pela inépcia e vulgaridade do ex-Twente. Ouvi José Fernando Rio, um comentador que ouço e muito aprecio, no Porto Canal, a repetir argumentos gastos e triviais sobre a mobilidade do austríaco na área, na erosão que provoca nas defesas, a vantagem da sua altura para os lances aéreos. Não bastam, para as aspirações e responsabilidades duma equipa como a nossa que, em jogo onde lhe são oferecidas tantas e tão boas oportunidades de marcar como ontem, nem uma chegou ao fundo da baliza. Quem espera que, em jogos decisivos de uma única chance de chegar ao golo, ela a aproveite? Lembram-se de Renteria, há anos atrás, no último lance do jogo com o resultado em 1-1, no Estádio do Clube da Dona Victória, falhar o golo sem estar ninguém para defender a baliza?

                Vítor Pereira vai jogar na Luz, mas Yanko não. Não pode. Hulk, Varela ou James (se puderem jogar), Álvaro Pereira ou Cristián Rodriguez (opção válida), teriam de arrancar uma dúzia de centros para um deles tabelar na cabeça de Yanko e bater Artur, coisa que ninguém está à espera que eles consigam fazer na sexta-feira. E, tem Djalma que, no pouco tempo que lhe concedeu ontem, lhe apontou o bom caminho para a decisão acertada...

                       

sábado, fevereiro 25, 2012

IR A COIMBRA METER A VIOLA NO SACO.

     

Peiser deu nota zero à eficácia do Benfica
                                      0-0


                  0-0 significa que os 5 pontos de avanço que o líder do campeonato da Liga esperava sucedessem em Coimbra, são agora TRÊS que são os que o Futebol Clube do Porto precisa ganhar amanhã no Dragão para chegar ao topo e partilhar o PRIMEIRO lugar da prova com os pré-indigitados futuros campeões nacionais indiscutíveis. Sem equívocos ou palavreado barato: o Futebol Clube do Porto não depende senão de si próprio para renovar o titulo de campeão 2011/2012.

            Vai ser lindo de ouvir e ler agora o que têm para dizer os sábios comentadores da imprensa instalada na "Capital do Império" sobre a crise que a equipa de Eusébio evidencia neste momento, como o atestam os resultados dos três últimos jogos com duas derrotas e um empate em três jogos realizados, que, só terá surpreendido quem não viu as paupérrimas exibições dos encarnados naqueles jogos, quando já vinham a considerar encerrada a questão do título. Expliquem-me lá, então, mas bem explicadinho porque é que em São Petersburgo perderam um jogo contra uma equipa desfalcada dos seus principais jogadores e vinda do defeso, que foi à sua agência de Guimarães entregar sem espinhas os três pontos em disputa, e, esta noite regressou de Coimbra com a viola no saco dando graças aos rouxinois do Choupal por estes não saberem cantar de noite. Ah, tá bem, não jogou o "Rabi" Garcia, o martelo-pilão que bate para furar. Que pena! Com o frio da noite, com a "lenha" que ele costuma distribuir talvez que o motor desenvolvesse o necessário.

             Para mim que, quando vejo jogar o Clube da Dona Victória, sou tão isento como o Rui Gomes da Silva ou o Sílvio Cervan (não menciono outros "pássaros" porque pretendo acabar o post antes da meia noite), dois factores fulcrais explicam mais este "desgosto" de consequências imprevisíveis para o estado de saúde de Eusébio: ter passado a jogar com nove jogadores a partir da entrada em campo do Yanik Djaló, quando já vinha desde o começo da partida a alinhar apenas com dez por não ter podido contar com os préstimos do árbitro de quem sempre espera algo que lhe resolva os casos bicudos.

            Boa noite. Amanhã vou ter de passar o dia a procurar o meu sobrinho Remígio e, reparem bem, o seu filho Nuno. O pai, para lhe mitigar o desejo de me ver e o filho para o ajudar a apanhar as canas dos foguetes com que, há oito dias, andava a atirar logo de manhã. Rapazes, não fui eu que tive a culpa que vos tivessem desviado do bom caminho que vos ensinei...

           

terça-feira, fevereiro 21, 2012

CARNAVAL DE 2012 DE UM BENFIQUISTA.

A GRANDE FARRA DO D. AFONSO HENRIQUES:

 
 

          - Ao menos, deveriam ter marcado o jogo com o Guimarães para a quarta-feira de cinzas...

           - Eu te esconjuro, Pinto da Costa! gggrrrrggggrrrrggggrrrrrr.....

domingo, fevereiro 19, 2012

REFRESCO DE LARANJA ACABOU AO INTERVALO.

        (Visionamento pela TVI, com ausência total de som enquanto o jogo decorreu)



Dragões cumprem a tradição no Bonfim (1-3)    
      Primeira Liga
            Setúbal, Estádio dos Arcos
            2012.02.19

                  Vitória de Setúbal, 1 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3

                       Com uma primeira parte de bom nível e a outra a pensar na viagem a Manchester, o Futebol Clube do Porto foi a Setúbal cumprir a tradição e somar os três pontos que estava proibido de perder, obtendo uma vitória sem contestação assegurando, pelo menos até amanhã, as distâncias pontuais para o primeiro e terceiro lugares.

                       Nos primeiros quarenta e cinco minutos os campeões nacionais foram senhores do jogo do princípio ao fim, entrando praticamente a vencer com o golo de Ianco, logo aos 2' de jogo, respondendo de cabeça ao centro vindo da direita com a chancela de Moutinho. Um golo vistoso com estragos psicológicos nos setubalenses que não contariam tão cedo com ele, nem com o ímpeto dos Dragões que pareciam determinados a resolver a questão o mais cedo possível. Poucos minutos depois de Moutinho ter ensaiado o golo com um belo remate fora da área que Ricardo desviou com uma grande defesa para canto, surgiu aos 25' o 0-2 por Fernando (!) solicitado num contra ataque rápido por um passe de Hulk, batendo lesto e forte fora do alcance do guardião ex-internacional protegido do Scolari.

                      A segunda parte não tem história, ou melhor, tem uma história das substituições de Vitor Pereira a tirar do jogo Lucho, Moutinho e Hulk e a fazer entrar Défour, Jámes e Cristian Rodriguez, e os golos, primeiro o do Setúbal aos 75' em resultado de um livre à entrada da área para punir uma falta de Otamendi sobre Mayong, que logrou comover o árbitro depois de ter ensaiado o lance em todas as vezes que a bola lhe chegou aos pés enquanto esteve em campo. Mas valeu a pena: fez um grande golo com uma bela execução e conseguiu que, durante pouco mais de 2', pairasse nos Arcos um ambiente de milagre para chegar ao 2-2, pois, num lance em que Cristian Rodriguez teve o maior mérito ao ir à linha e servir para trás Varela como mandam os cânones, que este só teve de encostar e encerrar o jogo, eram passados 78', o Bonfim não aconteceu.

                     Globalmente, o Futebol Clube do Porto fez uma exibição aceitável, sem deixar transparecer qualquer pressão ou sequelas da derrota de quinta-feira na Liga Europa. Houve entre-ajuda, aplicação e bons desempenhos individuais e a harmonização das ligações defesa ataque estabelecia-se com naturalidade. Helton não foi posto à prova com excepção de uma defesa muito boa a um remate mal intencionado, Sapunaru regressado ao lado direito actuou no seu registo habitual, dando nas vistas na parte final do jogo com um lance de boa iniciativa concluído com um remate à trave.Rolando bastante activo não teve falhas e Otamendi, hoje, pareceu-me que está preocupado com Mangala, ou, até Maicon. Continua, porém, a dar motivos ao árbitro para assinalar faltas. No miolo, foi Fernando quem imperou e, com ele, a casa nem treme; Moutinho agradece e cada vez sobe mais de rendimento. Lucho, estabiliza, ordena e coordena mas parece pouco "fresco". Hulk, bem melhor do que contra o City, ora à direita ora à esquerda, não há dique que resista à sua força. Quanto a Varela, hesito entre ele e Fernando, mas acho que merece ser tido como o melhor, esta tarde-noite. Défour, Cristian e James, que entraram para dar folga aos jogadores nucleares, dos três, o melhor terá sido o Cebola e James mostrou-se algo apático.

               Deixei para o fim Alex Sandro e Ianko. O brasileiro é bom. Tranquilo, postura no lugar, defende, ataca, não recorre à falta, alto nível de concentração e joga limpo. Álvaro Pereira será um dos melhores do mundo, agora; mas o miúdo segue na sua peugada e vai longe. O austríaco assemelha-se a um pau de vassoura com a  piaçaba para cima. É um mastro sem bandeira, um violão sem cordas. Não encaixa numa equipa de Moutinhos, Luchos, James, Hulks, etc.. Destoa na arte e a bola rejeita-o. Marcou um golo. Marcou, e então? É assim tão difícil  marcar um golo ao Setúbal se a bola lhe é apontada à cabeça com uma bala saída da espingarda de um exímio atirador? Basta estar la, de pé. E já refila, como se fosse o árbitro o culpado. Muito maus devem ser Kléber e Valter!

          Só árbitros devem ser avaliados. De futuro, se encontrar um, darei a minha opinião.

              


                     

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

MANCHESTER TURKY.

   

       Liga Europa


           Estádio do Dragão


                                  FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1 - Manchester City, 2
                                  

            O Futebol Clube do Porto realizou na primeira parte do jogo desta noite no Dragão contra o actual líder do campeonato inglês, uma exibição de grande qualidade que há muito não acontecia, não tendo conseguido, porém, obter maior vantagem do que um golo, obtido aos 26' por Varela, numa jogada de belo entendimento entre Lucho, que criou o passe para Hulk centra, rasteiro, e, o internacional português ganhar em rapidez a um defesa do City e a abrir o marcador. Um minuto antes, quando Hulk junto à linha de cabeceira se preparava para executar um centro, sofreu um empurrão de um defesa do Manchester que o afastou do esférico, sem que o árbitro turco assinalasse qualquer falta.

             Com o City depois do descanso decidido a dar a volta ao resultado, uma bola metida para a área para Boloteli com Álvaro Pereira na marcação, foi por este desviada de Helton que saía ao seu encontro estabelecendo o 1-1. O FC Porto tentou reagir ao infortúnio nas os jogadores, apesar dos seus esforços, já não puderam assumir as rédeas do jogo entretanto perdidas, passando o jogo para o domínio dos ingleses que, aos 84' beneficiando dos espaços abertos no nosso meio campo, chegaram ao 2º golo acabando com as esperanças em alcançar um resultado positivo.

             Faltou ao Futebol Clube do Porto esta noite uma estrelinha benfazeja, porquanto, no que fez de bom e foi bastante mostrou que tinha argumentos para sair vitorioso esta noite. E um árbitro que não tivesse cometido tantos erros, a maior parte dos quais em prejuízo dos actuais detentores do troféu da Liga.

             A necessidade de Hulk ter que voltar ao lugar onde comprovadamente não rende o que poderia, ou à direita ou à esquerda do ataque, aliada à sua quase total desinspiração (o passe para o golo foi tudo o que de melhor fez em toda a partida), facilitou a tarefa dos defesas adversários no apagamento das suas muitas tentativas feitas para os ultrapassar, de tal forma que terá sido umas das menos conseguidas exibições em jogos desta importância. Jámes Rodriguez, no período complementar, foi ainda menos feliz do que já o fora na primeira parte. Um e outro, nunca conseguiram fazer a diferença.

             Varela fez uma primeira parte brilhante e obteve o golo da equipa. Helton e Maicon, merecem nota alta, e, Fernando, acompanhou-os em igual plano. Como Moutinho e Mangala. Lucho pareceu-me estar melhor no segunda do que na primeira parte. Álvaro Pereira, foi infeliz no lance que beneficiou o City o que prejudicou o (bom ) trabalho que fez. Défour e Kléber, já não eram deste baile quando chegaram ao salão.

            A categoria do Manchester City, a lesão de Danilo (pareceu estar determinado a fazer um grande jogo), e a arbitrariedade das decisões do árbitro (os auxiliares estiveram bem), voltaram-se contra as nossas aspirações. Missão impossível no jogo da segunda mão? A realidade indica vida difícil para os Dragões. Mas nada é definitivo e eu confio que (ainda) desta vez também não será.

domingo, fevereiro 12, 2012

NEM TUDO ESTÁ BEM QUANDO BEM ACABA.

            (Visionamento do jogo na Sportv1, com total ausência de som durante todo o tempo de jogo)




James transforma vitória sofrida em goleada (4-0)




         Liga Zon Sagres

           Estádio do Dragão.

                                 FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 4 - UD Leiria, 0

           Cinquenta e oito minutos decorreram para que à equipa do FC Porto tivesse chegado o antídoto  para acabar com a praga "cajudiana" de gafanhotos dos desertos do norte de África, que se julgava circunscrita de uma vez por todas lá para as terras do Profeta. Aos 30' de jogo, já eu tinha mandado há mais de dez o Varela à farmácia do Bolhão comprar uma caixinha de ...chicletes e antecipava a entrada do Jámes Rodriguez  mesmo que infringisse a regra contratual de só entrar a jogar a 25' do fim. E, como o Hulk não podia ser desviado para o centro do ataque e o Valter está lá para Belo Horizonte e não chegaria a tempo para este jogo e Kléber muito convenientemente lesionado, diria para dentro do campo, em inglês porque não tive tempo de estudar austríaco, para que Janko recuasse até à linha de meio campo da nossa equipa para evitar foras de jogo e deixar de estragar os passes que lhe eram dirigidos. Entretanto, porque ainda não terão decorrido os catorze dias que dão direito a devoluções, e, se Orlando Sá ainda joga futebol e está disponível talvez o Twente não tivesse mais tempo para esfregar as mãos de contente.

              Bem vi que Hulk jogou de acordo com o que de bom se lhe reconhece, que Danilo é um caso sério, Mangala vai impor-se aqui e, depois, no seu país, que o Álvaro é um excelente profissional, Moutinho a formiga que não cansa, Fernando imperial e Lucho (nós conhecemo-lo porque é da casa) nem sempre pode jogar a grande altura mas mesmo quando não cintila brilha, e, Jámes Rodriguez, se estava a ser ocultado para quinta-feira para jogar contra o Manchester Citty numa opção enigmática e improdutiva, MAICON tem o meu voto de MELHOR em jogo, esta noite.

                Este modelo de futebol cujo original se encontra em exclusividade na Catalunha e tem a patente registada em nome do excepcional Pepe Guardiola, é uma estupada contra equipas que não arriscam para além do seu próprio meio campo. Apesar de a nossa equipa ter ensaiado, ora pela esquerda com Álvaro, ora pela direita com Hulk e Danilo, o jogo em quase todas as tentativas de chegar ao golo através de cruzamentos esbarravam nas pernas milhentas dentro da grande área leiriense, interceptados pelos defesas e,ou, defendidos pelo excelente guardião da cidade do Liz quando o Janko não andava por ali a dar trabalho ao bandeirinha.

                Foi preciso um lance irregular para dar trela aos cães à solta para furar o bloco de cimento armado. Não seria o único erro do fiscal porque vários outros foram praticados em prejuízo grave dos nossos interesses legítimos, com dois penaltis escamoteados a Lucho, na primeira parte empurrado dentro da área (com benefício da dúvida para Rui Silva que poderia não ter o melhor ângulo para analisar o lance), e, uma entrada a Hulk, já na segunda, que até um morto se levantaria da tumba se tivesse lá TV para ver.

                        O texto termina aqui. Pode ser que ainda pegue nele amanhã, se o tempo e a disposição o consentirem. Talvez, até, o travesseiro ajude a encontrar mais aspectos positivos do que negativos e, porque não há razões para censurar a entrega e o grande empenho dos jogadores para alcançarem uma vitória que valia a redução de oito para cinco os pontos de atraso em relação ao que vai em primeiro, é muito reconfortante manter pelo menos três de avanço em relação ao que está abaixo de nós.

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

JOGADOR JOGA, NÃO TWITTA.

          
Sony Ericsson Xperia mini pro

              Está na moda recorrer ao Facebook, ou o Twitter mais recentemente, por parte de detentores circunstanciais de cargos públicos, políticos que buscam notoriedade, desportistas e suas namoradas e outras espécies indiferenciadas em vista à divulgação de mensagens pessoais, ou, no caso dos jogadores de futebol que aqui pretendo comentar, para desabafar descontentamentos ou intentar mandar recados para o treinador e direcção de quem dependem.

            Excluindo liminarmente qualquer negação do direito à livre expressão individual, no espaço ou no tempo, entendo que a um jogador profissional de futebol, que assinou livremente um contrato de prestação de serviços que o obriga a cumprir o objecto nele estabelecido,e, julgo eu, a aceitação tácita ou escrita no contrato de trabalho, não deveria ser permitido produzir publicamente declarações que respeitam ao exercício da sua actividade enquanto atleta integrante de um grupo hierarquicamente organizado, designadamente as que envolvam as opções da exclusiva competência do treinador. Não é aceitável, nem beneficio para qualquer das partes, a exposição pública de descontentamentos ou dissidências que deveriam manter-se circunscritos ao perímetro interno do grupo de trabalho, não se logrando qualquer vantagem na submissão dos casos pessoais ao veredicto popular.

                 Um jogador de futebol pago a peso de ouro, mimado e idolatrado, perde muitas vezes a noção de que a sua obrigação é JOGAR à bola, que normalmente se faz com os pés e com a cabeça, e não a twitar carregando teclas com os dedos das mãos (dele, ou por amor da namorada...).

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

MÉDICO PROENÇA TRATA A DOENÇA.

Quatro anos depois, Sporting está no Jamor



             Taça de Portugal
             1/2 Final

             Na Madeira:
                                       NACIONAL, 1 - Sporting, 3

            Um Sporting à beira de um colapso cardíaco, foi à ilha da Madeira receber um coração novo sem necessidade de recorrer ao famoso cardiologista e sócio leonino doutor Barroso, porque  beneficiou da disponibilidade do curandeiro Proença que, de Lisboa, se deslocou à Choupana, o qual teve oportunidade de brilhar a grande altura pondo à prova toda a sua reconhecida habilidade cirúrgica, extirpando a golpes de bisturi o coágulo que estava a obstruir o acesso ao coração do sangue indispensável para lhe poder restituir o último folgo, usando na transfusão o plasma sanguíneo sugado a um dador compulsivo.

            Recuando no tempo quatro anos os lagartos voltam a Oeiras, com a esperança de que, não podendo recorrer já aos préstimos de um Lucílio, no Olimpo dos árbitros renegados há já algum tempo (infelizmente muito pouco), lhe possa vir a tocar na rifa um discípulo dilecto do "sábio" comentador da TV.

            

           

 

terça-feira, fevereiro 07, 2012

UM ÁRBITRO (MUITO) CORAJOSO!

            

             No último Benfica- Marítimo disputado no Estádio da Luz para a Taça da Liga, aconteceu um lance em que um jogador dos ilhéus disputou, no ar, com Jávi Garcia o cabeceamento da bola, levantando o braço direito à altura do rosto do espanhol, num gesto natural mas que passível de marcação de falta. O árbitro do jogo, numa atitude verdadeiramente drástica e exagerada em relação à gravidade do lance, sacou parenptoriamente do cartão vermelho e expulsou o faltoso.

            Sendo controversa, a decisão arbitral enquadra-se no poder discricionário do juiz e, como tal, tem que ser entendida e aceita. O que verdadeiramente acho insólito e, até, algo irónico é que a vítima protegida da "agressão" ter um currículo de verdadeiro especialista na arte da aplicação do cotovelo na cara dos seus adversários e companheiros de profissão, de tal forma contumaz e intencional que faz dele um jogador que dificilmente jogaria noutro clube fora de Portugal, caso não alterasse o seu procedimento dentro do campo. Aliás, não está sozinho nesta "qualidade" específica do seu estilo agressivo e impiedoso para os adversários, pois tanto Cardozo como Maxi Pereira, tudo fazem para honrar a escola a que pertencem.
Queremos irradicar Artur Soares Dias


            Por isso, cuidado quando o árbitro ASD voltar à Luz. É que o portuense é, com efeito, um árbitro (muito) CORAJOSO,e, jogando o Jávi, o Cardozo e o Máxi, tenho a certeza de que o Benfica não termina o jogo com onze jogadores em campo...

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

COMO UMA LUVA!

           Taça da Liga

           Estádio do Dragão
           2012.02.05


                             Quem tem vindo a acompanhar os jogos do FC Porto esta época deve ter alguma dificuldade em encontrar semelhanças entre as exibições antes produzidas e aquela que, ontem à noite, se verificou no Dragão. Isto, porque ficou claro a partir dos minutos iniciais em que os protagonistas da casa se "arrumavam" nas respectivas posições, que equipa tinha uma pauta com peça escolhida e um maestro que sabia a música de cor. E, curiosamente ou talvez não, mesmo aqueles intérpretes que vinham a desafinar nos concertos anteriores e sopravam tristemente os seus instrumentos, voltaram à sua condição de grandes executantes.

                              O Futebol Clube do Porto precisava de um Lucho González assim que jogasse e fizesse jogar, um catalizador que fluísse o jogo e um fiel equilibrador da balança entre a defesa e o ataque que  assumisse naturalmente o papel de referência da equipa. Como uma luva!

                              Ianko, deu uma ideia clara do jogador que é e para o que vem. Ninguém espere dele outra coisa que não esteja dentro do que se lhe viu na estreia. Prático no remate, com o território preferido nas imediações da baliza, disputa pelo esférico nas alturas e avidez de golos. Os seus movimentos são de régua e esquadro e James Rodriguez, Álvaro Pereira ou Hulk, bem podem afiar os tira-linhas porque o austríaco será um ponto de referência com a importância de um marco geodésico. E cumpriu: marcou um golo...com o pé!

                              Danilo só quer rotina na equipa. Está feito e bem feito e o lugar só pode ser seu. Alex Sandro vai dar luta a Álvaro Pereira, mas o Palito é "dono" da posição.

                              Foi um gosto ver jogar João Moutinho ontem à noite! Enorme Messinho!Que grande exibição! Solto, sereno, incansável. Que bom é ter um luxo Lucho como companheiro! E Fernando, que não completou o jogo mas estava muito bem quando teve que sair.

                              O defesa central Maicon actuou irrepreensivelmente em todo o jogo. Não tenho memória de um erro. Mangala, convence quem o vê mas os técnicos é que sabem...

                              Varela e Cristián Rodriguez trabalharam bastante todavia sem brilho. O "Drogba da Caparica" "desapareceu" muitas vezes do jogo e, Jámes Rodriguez, fez muito mais no tempo em que jogou. O uruguaio suou e lutou com valentia mas foi, vezes de mais, inconsequente. Défour, correspondeu à chamada e gostei da sua entrega e movimentação habituais. Bracali, não cometeu erros de maior.

                               Sem dúvida, neste jogo, o Futebol Clube do Porto esteve bem melhor do que vinha fazendo esta época, especialmente na defesa e, com destaque, no meio campo. No ataque é que o entendimento não foi o desejável. Houve demasiados passes interceptados, fintas e dribles mal conseguidos e, muitas vezes, foram os adversários que levaram a melhor. Algumas semelhanças com o passado recente. Com Hulk e Jámes, a conversa deve ser outra.

                                Momento do jogo: o extraordinário golo de Lucho González! É classe pura! Fantástico!

                                Vasco Santos não complicou. Pareceu-me deixar por marcar um penalti contra o Setúbal, aos 27' da primeira parte, por mão de um defesa setubalense. Pode não ter visto ou considerado bola no braço, mas este lance não foi idêntico a outro onde, de facto, não haveria lugar à marcação de falta porque a bola bateu com o jogador de costas para a bola. Tenho visto muito pior.
   


sábado, fevereiro 04, 2012

CAPITÃO HULK.

           Há fortes razões para crer que o Futebol Clube do Porto está a reagir à instabilidade que parece ter-se verificado esta época no plantel e que emergiu de forma iniludível em Barcelos, com a derrota perante um Gil Vicente jeitoso a atravessar um bom momento, mas que um sério campeão em título e determinado a defendê-lo tinha obrigação de vencer.

            As contratações de Lucho e Yanko fazem inteiro sentido, podem é pecar por tardias e terem a importância dos bombeiros quando chegam ao incêndio com o pinhal em cinzas. "El Comandante" regressa para tomar conta do lugar que não teve substituto à sua dimensão desde que partiu, o holandês está destinado a suprir uma carência descarada do centro do ataque portista que parecia durar mais que a crise portuguesa. Hulk, reencarnará Hulk e voltará a ser "incrível". 
   
            O espaço interior da equipa ficou mais ventilado com a saída de Guarin e Belluschi e, com a emergência de Danilo, talvez Vítor Pereira desista de "fazer" de Maicon um lateral direito para o qual não é dotado. E Sandro, terá de sair da sombra.

            Mangala "desistiu" quase  no topo da escada de desalojar um Otamendi que treme mais que um surfista na crista da onda, o que contribui para o pânico do sector onde surfa. Se o francês retomar o ponto onde já se encontrava, o argentino vai ter que dançar o tango sozinho...

            Nunca me pareceu que um guarda-redes tivesse condições para exercer a missão de capitão de equipa. Está quase sempre na periferia do jogo, e, para se dirigir ao árbitro quando é imperioso, pode ter que percorrer muitos metros fora da sua área, expondo-se ao amarelo que aos "juizes" parece o mais fácil de conceder. Hulk, tem agora mais espaço para abordar o árbitro e, se usar de prudência e discrição nas abordagens, poderá lucrar com isso. Lucho, com naturalidade, rapidamente se converterá no prior do balneário.

            Não vai ser fácil a Vítor Pereira chegar ao lugar de "melhor treinador português". Pelo que se assiste na extraordinária comunicação social da corte alfacinha, até Mourinho já passou à história como melhor treinador do mundo, superado pela "inteligência" e proezas de Jesus SuperStar, que tem no seu curriculo de três anos à frente do clube da Dona Victória  pouco mais de um título de campeão e umas negociadas taças Calsberg, e já anda a arrotar postas de pescada porque leva cinco pontos de avanço na classificação sobre os campeões nacionais quando ainda mal dobrou o Cabo da Boa Esperança.

                  Que alguma coisa tinha que ser feita não restam dúvidas a nenhum portista. Se dar certo, e vai dar, há tempo de sobra para depenar muita galinha.