segunda-feira, dezembro 31, 2012

COMO MISTURAR DUAS PAIXÕES NA PASSAGEM DO ANO.



                                                                   FELIZ ANO NOVO.
MUITAS PAIXÕES E GRANDES EMOÇÕES. SÓ PARA DRAGÕES FUTUROS CAMPEÕES.

domingo, dezembro 30, 2012

TREINAR A JOGAR PODE DAR AZAR.



João Moutinho salva dragão sem chama colombiana

Taça da Liga
No Estoril, Campo Coimbra da Mota

             Estoril Praia, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2

                Depois de ter estado afastado cerca de um mês de jogos de muita exigência competitiva, era previsível que Vìtor Pereira levasse ao Estoril os seus melhores atletas, com vista ao afinamento da rotina e retoma do entrosamento que só os jogos difíceis poderão proporcionar. As longas viagens a que alguns atletas sul-americanos tiveram que fazer no regresso das "férias" e o escasso tempo de que dispuseram para a recuperação, não deixariam de se reflectir num confronto de grau bastante elevado de risco como era o de hoje. James Rodriguez, ausente por opção quiçá em poupança para o que vem a seguir e a lesão de última hora de Kléber eram handicap de peso para a pretensão do Dragão alcançar o triunfo com um jogo em poupança de esforço.

               A deslocação ao Estoril não se antevia fácil pois que a equipa da linha é sem dúvida uma das melhores segundas equipas da principal Liga portuguesa, e, a jogar no seu terreno, (a relva é muito pouca) as dificuldades aumentam ainda mais. 

              Apesar de tudo seria expectável que o FC Porto conseguisse vir do Estoril com uma vitória que o poria desde logo na fase seguinte da prova. Não conseguiu, porém, mais do que o empate bastante sofrido e só se salvou do desaire pela raro pontapé de Moutinho que deu um golo monumental.

              O marcador abriu logo aos 15' do primeiro tempo, na transformação de um livre por falta de Danilo sobre o lado esquerdo da área, que R. Vitória concretizou, ao ângulo, sem dar qualquer hipótese a Helton de o evitar. Aos 30', Jackson Martínez empate num golpe de cabeça antecipando-se à saída em falso do gurda-redes do Estoril, que, aos 61', em resultado de uma grande penalidade, por Otamendi ter jogado a bola com a mão dentro da área, talvez traído por um ressalto do esférico. O mesmo Vitória transformou. O golo do empate ocorreu iam decorridos 82', em resultado da pressão que o FC Porto exercia sobre os da casa em busca, pelo menos da igualdade.


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              Penso que o Futebol Clube do Porto fez o jogo possível neste momento. Não fez, definitivamente, um jogo agradável, mas, apenas e só aceitável. Talvez não precisasse de mais.

             Individualmente as coisas também não correram lá muito bem. Agressividade muito comedida na recuperação de bola, falhas e más opções de passe e erros que saíram caro de Danilo e Otamendi. Kelvin, neste jogo, nem com o corte de cabelo conseguiu impressionar alguém. Varela, também esteve longe dos seus melhores dias. Também me pareceu que todo o meio campo nunca conseguiu contrariar completamente o jogo dos estorilistas. E ficou definitivamente claro que não há alternativa neste momento a Jackson Martínez. Perigoso...

            É da terra do Cosme mas Jorge Ferreira não foi responsável pelo empate. Não parece que tenha andado na mesma escola do Machado.

              

sábado, dezembro 29, 2012

SPORTING CLUBE de SÃO PATRÍCIO.

           
Luís Vieira

                    



                     É chocante, medonho, irreal ver ao ponto a que chegou este Sporting Clube de Portugal! É dramático para os sportinguistas ter um clube com um passado riquíssimo de vitórias, ecléctico e possuidor de uma massa adepta fiel e apaixonada, e ver a sua principal equipa de futebol humilhada semana a semana, de competição em competição, de treinador em treinador, de direcção em direcção, de derrota em derrota, de frustração em frustração, à espera do golpe de misericórdia que ponha fim ao suplício !

               Nem jogadores, nem equipa, nem futebol! Nem crença, nem alma, nem paixão. Derrota, a palavra maldita.

               Nem já sequer as (honradas e gloriosas) camisolas com riscas horizontais verdes e brancas têm coragem de vestir. Ou, alguém entenderá que melhor será preservá-las das misérias presentes...

               Levanta-te, leão! A selva não será a mesma sem ti.

               Que São Patrício o recomende ao Além e guarde.

              

             

               

sábado, dezembro 22, 2012

QUEM DERA QUE ESTE MÁLAGA FOSSE O REAL MADRID.

   MARCA.com          

 Madrid

"No me planteo dimitir y no temo por mi puesto"

[foto de la noticia]

                                 Quem viu o jogo entre o Málaga e o Real Madrid que há pouco terminou com a vitória dos pellegrini por 3-2 sobre os mourinhos, deve ter pensado como eu que melhor teria sido para o Futebol Clube do Porto lhe tivesse calhado em sorte os madrilistas do que estes surpreendentes andaluzes! 

                      A vitória dos estreantes na Liga dos Campeões, que relega o Real para uma posição da tabela classificativa a sete (!) pontos do segundo classificado -Atlético, de Falcao e a 16 (!!!) do Barça, de Tito Villanova, foi totalmente merecida e nada surpreendente face ao que as equipas realizaram. 

                      A equipa do chileno Pellegrini, que fracassou na orientação da equipa da capital espanhola vale essencialmente pela sua coesão, rigor táctico e extrema concentração e valor dos seus atletas. Cada jogador parece saber bem o que tem a fazer e faz, como o prova a tranquilidade da equipa técnica no banco e, as poucas intervenções em que intervieram para corrigir ou dar instruções para dentro do campo. Individualmente, no jogo desta noite, os destaques poderiam ir para qualquer um deles, mas Isco, Joaquim, Eliseu, Santa Cruz, o Saviola, o guarda-redes, e os defesas foram excelentes.

                     O facto do Real ter estado esta noite estranhamente irreconhecível, com o CR7 desastradamente desinspirado, Pepe nervoso e ausente, Benzama apagadíssimo, tal Ozil idem aspas, Alonso absorto e desgastado, Ramos a coleccionar faltas a roçar as agressões e Casillas a teatralizar emoções dúbias no banco, não desvaloriza a vitória da equipa de Anadaluzia, que, a fazer um jogo tal como o desta noite teria, com muitas probabilidades, vencido da mesma forma os milionários de Santiago Bernabéu.

                     Vítor Pereira não terá deixado de ter ido a Málaga. Como técnico atento e conhecedor dos pormenores que influenciam o rendimento das equipas, não deve ter ficado surpreendido com o que viu. E deve ter regressado satisfeito por ter visto o Málaga que, não tenham dúvidas, lhe vai aparecer pela frente quando tiver que defrontar na eliminatória de Liga dos Campeões. 

                        Um "osso" duro de roer.

                     

quinta-feira, dezembro 20, 2012

OPORTO, VISTO LÁ DE FORA.

 O jornal espanhol "Marca"publica, na versão on-line, declarações do dirigente do Málaga Martins Aguilar sobre a equipa do FC Porto reconhecendo que era a última equipa que desejavam lhes saísse em sorte na Liga dos Campeões.

Mesmo para quem não domine correctamente a língua espanhola, o essencial das declarações é facilmente entendível.

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"Nos enfrentamos al mejor equipo de la Champions"

  • A pesar de todo es optimista, "con un poquitín de suerte espero que nos volvamos a ver en el sorteo"



"El consejero del Málaga, Francisco Francisco Martín Aguilar, ha asegurado que el conjunto andaluz se enfrentará "al mejor equipo de la Champions", el Oporto, un equipo que cuenta con "grandísimos jugadores", pero que irán "a por ellos" para tratar de alcanzar los cuartos de final de la competición.
"Conforme iba avanzando el sorteo se iban descartando los rivales que preferíamos", señaló el dirigente malaguista.
Martín Aguilar no tuvo reparos en reconocer que era el último equipo al que querían enfrentarse. "No era el rival que teníamos en mente ni el que desearíamos. Es el más fuerte que nos podía tocar, es un gran equipo y que tenemos que afrontar con la misma ilusión y ganas que hemos tenido en toda la Liga de Campeones. Con un poquitín de suerte espero que nos volvamos a ver en el sorteo", confesó.
Por último, el consejero blanquiazul espera superar el cruce. "Tenemos puesta esa ilusión. El Oporto es un grandísimo equipo, con grandes jugadores, y será difícil eliminarlo, pero vamos a ir a por ellos", aseguró."

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(o itálico e a cor são da minha autoria)

MÁLAGA PATA?

          

Jogos oitavos-de-final:

FC PORTO-Málaga
Valencia-PSG
Real Madrid-Man. United
AC Milan-Barcelona
Shakhtar-Dortmund
Arsenal-B. Munique
Galatasaray – Schalke
Celtic – Juventus

               


              Calhou-nos em sorte nos sorteio para a Liga dos Campeões um adversário dos menos cotados em palmarés dos que ultrapassaram a difícil fase de grupos. Realce-se, todavia, que os malaguenhos venceram a sua série com doze pontos, à frente do AC Milan. Não é para qualquer um.

               É bom ter em conta que os espanhóis não devem ter ficado menos optimistas do que nós, quanto à possibilidade de venceram esta eliminatória. Sobrar-lhes-à de  motivação o que teoricamente lhes poderá faltar em diferença de carreira na maior prova do futebol europeu. Mas, manda a prudência e a modéstia que se não amoleça a determinação e a concentração que a importância do jogo exige. Os espanhóis nunca foram "favas contadas" quando nos enfrentam e há que manter, por isso, o nível de exigência dos grandes confrontos que já tivemos que ultrapassar.

              Que o Futebol Clube do Porto possui argumentos necessários para vencer o Málaga, tem. Todos sabemos, porém, que uma partida de futebol contém muito de aleatório, de fortuito, alimenta-se dos caprichos da "sorte", da inspiração dos atletas e do treinador. Para além de tudo, o que não pode faltar é a crença na vitória. Também nisso somos capazes de ser maiores.

             

segunda-feira, dezembro 17, 2012

ENSINAR A ROUBAR NA ERA DA TÉCNICA.

         

Marítimo vs Benfica (Homem de Gouveia/LUSA)
              Nenhuma equipa tem o desplante de ir a Camp Nou enfrentar o Barcelona da forma como fez o Benfica de Jorge de Jesus para a Liga dos Campeões. Não me recordo, de entre os muitos jogos que vejo na TV da equipa de Messi, Iniesta, Xavi, Xàbregas e mais uns quantos toscos, disputados no seu reduto (e, até, fora dele), com o atrevimento, desrespeito e desplante do clube alfacinha. Nem Mourinho, o segundo melhor do mundo ousou ir tão longe com os seus CR7, Casilhas, Coentrões, Di Marias, Benzamas, Kakás o conseguiu nas várias vezes em que lá esteve e saiu derrotado!

              (Aquela "cena" de dez jogadores -o guarda-redes ficou na baliza- encarnados a fazer o cerco a Messi dentro da sua área, fez lembrar as hilariantes corridas dos espontâneos atrás do touro na "vaca das cordas", em Ponte de Lima. Que lástima, ter sido por tão pouco tempo!).

              Simeone, o treinador do Atlético de Madrid que seguia em segundo lugar na Liga espanhola a seis pontos do Barcelona, regressou a casa com nove de diferença. Isto,  porque, nem o Atleti é o Benfica, nem  o Cardozo, o Lima ou o Rodrigo são o (enorme) Falcao. Por isso, nada de surpreendente nos 4-1 do resultado final, com dois de Messi, o último dos quais oferecido como prenda de Natal para ele levar ao Messinho recém-nascido. É óbvio que o treinador dos colchoneros não assimilou a lição de táctica que o Jesus deu à equipa che...

              No sábado a família de D. Victória recebeu no salão de festas do "clube do norte" a embaixada do Marítimo comandada por Pedro Martins, ruborizado por dentro e por fora e com t-shirt a condizer. Era mais um dos cerca de trinta e cinco mil "subsidiados" (incluindo as crianças) presente na catedral a celebrar antecipadamente o Natal que está aí a chegar. Os discípulos de Jesus até estavam a ser simpáticos e nem por isso os incomodou a desfeita do golo maritimista a abrir o marcador: 0-1.

             O 1-1 com que se chegou ao fim da primeira parte já incomodava até a parte deserta das bancadas do recinto avícola da águia quando o anjo Bruno, o Miguel, abriu a prenda que trazia para os anfitriões, estava a festa a vinte minutos de terminar e o jogo teimava a ficar enrolado, entalado, enfadado e, vezes de mais, parado. Penalti, pois claro! E expulsão, que este Roverge, para além de não ser dado a festas e ter feito (muito bem) por merecer o que lhe pagam trabalhando como os emigrantes fazem no seu país, levou para o jogo, além de excelentes pés e cabeça, um braço a mais. -Pega, Tacuara, para bateres o record. Porreiro, pá! (Quem é que disse isto?).

              Depois, veio a pândega. Terreiro alargado, convidado enfastiado. -Dançai vós que não queremos chegar atrasados ao avião. Cardozo brinda, a turba delira.

              As declarações à TV do Pedrinho com ar de menino com beicinho são comovedoras: -nós não jogamos nada (isso, todos os que não usam óculos vermelhos viram. Era  bom que explicasses porquê...). O Benfica é tão bom que até vai a Barcelona desfalcado e empata, só não goleando por deferência de Jesus. Arbitragem? O quê, havia um árbitro? Francamente, não vi nada. Passei o tempo de jogo a olhar para a taça de "campeão de inverno" que o "meu clube" já conquistou. Achas mal? (Não é citação sic, sou eu a intuir).

              Acabar de ver na TV um qualquer jogo entre equipas inglesas e, logo a seguir, entrar numa transmissão onde se confrontam a maior parte das equipas da Liga portuguesa, é mesma sensação que se sente quando, perante o extracto da conta bancária, constatamos que nos roubaram o subsídio de Natal... 

              
              

             

              

quinta-feira, dezembro 13, 2012

CAMPEÃO DO MUNDO DE CLUBES: TÍTULO EXCLUSIVO EM PORTUGAL DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO.

       
O FC Porto conquistou num relvado repleto de neve, em Tóquio, o seu primeiro título mundial. (Abençoado pela neve e a intercepção divina de Bella Guttman...)


           CAMPEÃO DO MUNDO DE CLUBES, é o título que, EM PORTUGAL, geográfico e real,  SÓ  O FUTEBOL CLUBE DO PORTO possui. Nenhum outro, por mais voltas e cambalhotas que alguns queiram ensaiar subiu, até hoje, tão alto e tão longe. Esta é uma verdade para a qual ninguém se atreve  a inventar argumentos, a arranjar subterfúgios para desvalorizar uma conquista sem mácula, heróica e estóica pelas condições exóticas em que o feito se desenrolou. 

            O êxito alcançado em Tóquio há 25 anos foi de novo confirmado mais tarde, com a conquista de novo título que desmontou a teoria de que o primeiro foi obra da sorte e, por isso, irrepetível. Não é possível sujar, desmerecer, caluniar esta verdade: em PORTUGAL o FUTEBOL CLUBE DO PORTO é o único que pode exibir nas suas vitrinas DUAS TAÇAS  DE CAMPEÃO DO MUNDO DE CLUBES!

            Obrigado, Pinto da Costa.

     

terça-feira, dezembro 04, 2012

IR A PARIS E NÃO SER FELIZ.

             Liga dos Campeões
             Parque dos Príncipes, em Paris
             2012.12.04


s



                      Paris S.G., 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
                                         (Golo de Jakson Martinez, 33')

              

               O Futebol Clube do Porto não conseguiu em Paris segurar o primeiro lugar da sua série, ao ser derrotado no Parc des Princes pelo Paris SG, pelo resultado de 2-1, com 1-1 ao intervalo, sendo relegado para o 2º lugar do grupo.

             A vitória dos franceses comandados pelo italiano Marco Ancelotti é aceitável pelo ligeiro ascendente que tiveram durante grande parte do tempo, ficando os bi-campeões portugueses a dever a si próprios a possibilidade de alcançar um resultado mais favorável não fossem alguns erros individuais cometidos. 

             A exibição da equipa portuguesa terá ficado àquem do que eram as suas esperanças de alcançar a vitória prestigiante e lucrativa, embora haja que reconhecer que lutou para obter melhor resultado conseguindo em boa parte do tempo igualar, e até superar o seu valoroso adversário.

             O primeiro golo francês resultou da marcação de um livre perto da linha lateral da grande área, tendo Thiago Silva surpreendido a defesa portista num golpe de cabeça que levou a bola a bater na barra e a entrar na baliza. 
             Decorridos apenas 4' o FC Porto empatava por Jackson Martinez, que bateu fulgurantemente de cabeça um centro de Danilo a meia altura.

            O golo da vitória dos parisienses aconteceu aos 61', com Helton a falhar a intercepção do remate fraco junto à base do poste, vendo a bola escorregar-lhe das mãos e a passar por baixo do corpo.

            Jackson Martinez e Lucho Gonzalez, aos 70' perderam, no mesmo lance, respectivamente, duas grande oportunidades para restabelecer o empate.

            Alex Sandro, Otamendi, Mangala, Moutinho, Fernando e Jackson Martinez estiveram bastante bem durante todo o jogo. Dos restantes era suposto fazerem mais e melhor. James foi intermitente mas fez algumas jogadas de bom recorte.

            O FC Porto alinhou de inicio: Helton, Danilo, Otamendi e Mangala; Moutinho, Fernando e Lucho (cap.); Varela, Jakson Martinez e James Rodriguez. Défour, aos 71'entrou para o lugar de Fernando e cumpriu; Varela deu no lugar a Atsu, aos 84' e, aos 86' é Sandro que sai para entrar Abdolaye.

            Wisky escocês com esta qualidade nem ao preço da zurrapa.

           

            

            

segunda-feira, dezembro 03, 2012

COMANDANTE É PARA COMANDAR.

   
Vítor Pereira gere FC Porto para Braga e PSG, mas garante qualidade para vencer
               

                Ninguém pode garantir que o Futebol Clube do Porto teria ganho ao Sporting de Braga no jogo que realizou no Estádio Axa na última sexta-feira, a contar para os 1/8 da Taça de Portugal, se Vítor Pereira tivesse optado por fazer alinhar todos os jogadores habitualmente tidos como os melhores do plantel, ou, que tivesse preferido introduzido três ou quatro alterações de menor risco.

               O treinador do FC Porto, ao decidir defrontar uma equipa do gabarito do actual Sporting de Braga, no seu próprio estádio em momento particularmente delicado para os minhotos resultante dos insucessos da equipa nos últimos jogos e numa partida de que dependia a continuação numa prova que se desejava vencer, não o fez por mero acto de gestão de jogadores, pois seria estulto e irresponsável da sua parte, mas, assente em pressupostos resultantes do conhecimento directo que possui em relação ao plantel que comanda e à equipa que iria defrontar.

                  Todos os jogadores que iniciaram a partida em Braga têm maturidade e experiência em jogos oficiais, têm qualidade acima da média, anseiam por uma oportunidade para mostrar o que valem, são jovens e querem ser alguém no futebol. Amadurecem em partidas jogadas "a sério", que eles muito desejam vencer, porque (pelo menos alguns deles), ainda estão em fase de jogar com o coração e sentem a camisola que vestem. Vítor Pereira arriscou consciente de que a equipa de Peseiro (pelo menos alguns dos seus jogadores mais influentes) apresentam sinais de indisfarçável desgaste físico, como Alain, Hugo Viana, Custódio e Mossoró, que teriam de enfrentar jogadores "frescos", ambiciosos, irrequietos, "chatos", sedentes de protagonismo. 

               Até à expulsão de Castro, Vítor Pereira teve fortes razões para crer que a sua estratégia iria resultar. A equipa exibia-se sem complexos, adiantou-se no marcador, o Braga mostrava-se nervoso, intranquilo e não conseguia impor o seu jogo habitual. Com a saída de Fernando, a falta de Castro por expulsão no centro das operações permitiu ao Sporting de Braga a assumpção do comando da partida. O FC Porto oscilou e, por razões espúrias, Danilo, num gesto artístico mal copiado do modelo Madjer, agracia o seu treinador com um punhal nas costas oferecendo, de graça, o empate aos bracarenses.

                São as contingências de um jogo de futebol para as quais os treinadores não têm antídoto, não podem modificar ou corrigir no momento em que acontecem, da mesma forma que não podem evitar as decisões tomadas por uma arbitragem desqualificada, errónea, anti-espectáculo, lesiva do esforço dos atletas e equipas técnicas e desprestigiantes para credibilidade do futebol.


                Vítor Pereira foi corajoso, arriscou, assumiu. É o que deve fazer um comandante e os comandados gostam de ter um assim. E eu, como portista, estou contente por poder confiar num COMANDANTE com a competência e a audácia do actual treinador do Futebol Clube do Porto, o que é, afinal, próprio do MELHOR CLUBE DE PORTUGAL.