quarta-feira, setembro 28, 2016

FALTOU CUTELO PARA MATAR O BORREGO.


(O JOGO online)                  Danilo Pereira e Slimani

Liga dos Campeões
2ª jornada - 1ª mão
King Power Stadiun, Leicester,Inglaterrra
2016.09.27 - 19:45h
Tempo: ameno e sem chuva
Espectadores: 32000 (esgotado)


            Leicester city, 1 - FC do PORTO, 0
                                           (ao intervalo: 1-0)

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, André Andre´(C), aos 63' Hèctor Herrera, Óliver Torres, aos 77´Jesùs Corona, Otávio, Adrián López, aos 63' Diogo J e André Silva. Suplentes não utilizados: José Sá (gr), Rúben Neves,  Depoitre e Boly. Yassim Brahimi e Maxi Pereira, dispensados.

Treinador: Nuno Espírito Santo

LC: Kaspar Schemeichel, Hernandez, Morgan, Huth, Fuchs, Amartey, Malvez, aos 88' Demaray Gay,  Drinkwater, Albighton, Slimani e Vardey, aos 90' + 3' Ahmed Musa.

Treinador: Cláudio Ranier.

 Equipa de arbitragem: Cüneyt Çakir (Turquia), Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Orgun



 Marcador: 1-0, aos 25' por Slimani, em remate de cabeça feito no centro da área na sequência de um centro vindo da ala direita com Felipe, de costas para o argelino a encolher-se deixando o marcador à vontade.

               O Futebol Clube do Porto desaproveitou uma boa oportunidade de vencer na Inglaterra pela primeira vez em dezasseis deslocações efetuadas. O Leicester city, campeão em título da Premier Chip, revelou-se nesta partida um adversário menos difícil do que seria suposto ser. O modo como decorreu a segunda parte, principalmente depois das alterações sofridas, mostrou ser possível ao FC do Porto somar os três pontos da vitória.

              A equipa portuguesa levou quarenta e cinco minutos a encontrar-se e só após o regresso ao jogo percebeu que para vencer é imperioso marcar golos. Não basta tentar evitar que o adversário o faça, o que não foi capaz de impedir, nem pode desperdiçar-se uma oportunidade que porventura se consiga criar. Se os ingleses souberam aproveitar numa jogada simples mas eficaz para, com um único golo vencer a partida, o FC do Porto mostrou-se incapaz de concretizar duas ou três jogadas passíveis de obter êxito para evitar sair de Leicester vergado a mais uma comprometedora derrota.

               Nuno Espírito Santo voltou a surpreender ao manter a formação inicial do último jogo no Dragão, contrariando os prognósticos de muitos comentadores que previam mexidas, mesmo que pontuais. A realidade demonstrou que continua a não ser feliz nas escolhas primeiras e  as alterações bem sucedidas que veio a introduzir  no decorrer do jogo confirmaram o fracasso das opções iniciais. Nos acertos como nos desacertos, só ele tem que responder.

               De, Iker Casillas, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, André André, Óliver Torres, Otávio, era expectável que produzissem mais. Adrián López, só por (muito) boa vontade se pode dizer o mesmo. Danilo Pereira, esteve na frente da luta contra as iniciativas em força do inimigo..
               Miguel Layún teve atuação  "à inglesa", na luta sem perda de folgo e usando do modo simplificado e prático do futebol do país de Sua Majestade. André Silva, só contra o mundo no primeiro tempo e com vigilância triplicada à vista, bateu-se com a valentia de quem sente a camisola como sua. Sonhou a glória aos 3' quando fez subir o balão que acabou por detrás da baliza.

                Héctor Herrera, Jesùs Corona e Diogo Jota provaram aos cépticos e aos detractores, em menos de meia hora, que o Futebol Clube do Porto é (muito) melhor equipa do que o Leicester city.  E que, quando as jogadas ocorrem nas imediações da baliza contrária, as possibilidades de obter golo crescem tanto e tão depressa como a dívida externa portuguesa. Os derradeiros vinte minutos de jogo foram de verdadeiro pânico para a defesa da equipa de Cláudio Ranieri e só por injustiça dos deuses o borrego não foi degolado no King Power Stadiun.

                Saúde, para a equipa turca de arbitragem.

RC.     


            

         


          

sábado, setembro 24, 2016

A VENCER SE APRENDE A CRESCER.


Foto OJOGO online

Liga NOS
6ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Sexta feira, 19:00 h - SportTv
Equipamento: tradicional
Espectadores: 31 210
Tempo: Céu limpo 

  
                 FC do PORTO, 3 - Boavista FC, 1
                                (ao intevalo: 2-1)

FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, André André (C), aos 74' Hèctor Herrera, Óliver Torres, Otávio, aos 87' Yasime Brahimi, Ádrian López, aos 69' Diogo Jota e André Silva.

Treinador: Nuno Espírito Santo


Arbitro: Nuno Almeida (Algarve)

GOLOS: 0-1, aos 5' por Nuno Henrique. Livre a cair no centro da área com o central boavisteiro a rematar de cabeça para o lado esquerdo de Iker Casillas. Golo irregular por fora de jogo do marcador. 1-1, aos 19', por André Silva servido por Otávio num passe magistral a cair nas costas dos defesas com o ponta de lança portista a emendar sem preparação com a bola a bater no corpo de Agayev; e, aos 86', num centro forte efetuado por Alex Telles do lado esquerdo do relvado com o guarda redes azeri a deixar escapar a bola das mãos para dentro da baliza.


                 A justiça do resultado no primeiro derby da época entre as equipas rivais da cidade do Porto não levanta quaisquer  objeções. O Futebol Clube do Porto foi a equipa que mais fez para alcançar o triunfo e a sua superioridade sobre o Boavista FC, em quase todo o tempo de jogo, pode ser amplamente demonstrada. Mas, se ficou cumprida a imperiosa obrigação de somar os pontos em disputa, porque seria desastroso não os obter, não se pode escamotear que a equipa portista nem sempre terá feito o melhor para  o conseguir. 

                Ninguém terá ficado surpreendido com as mexidas feitas na equipa pelo mister Nuno relativamente ao jogo com o Tondela. Algo estranho terá sido terem ficado no banco Hèctor Herrera, Yasime Brahimi e Jesùs Corona. É de aceitar que o treinador Espírito Santo tenha decidido assim a pensar já na estratégia para o jogo de terça feira, em Leicester. Vamos ver.

               Numa apreciação global não posso ter ficado satisfeito (e tranquilo) com o futebol que a equipa mostrou ser capaz de fazer neste momento. Voltámos à posse de bola excessiva, com dobragem de passes improfícuos, às vezes a destempo outros perdidos, "invenções" desnecessárias falhadas e tendência para afunilar o jogo de ataque quando o que seria, neste caso, abrir os lances e fazer correr a bola pelos extremos. E aconteceu de novo o fenómeno estranho de, estando o resultado na diferença mínima, ser a equipa do Boavista a reagir na segunda parte à procura do empate e a provocar instabilidade no FC  do Porto, a jogar na sua própria casa. Reparei que o primeiro remate direcionado à baliza do estreante Agayev só aconteceu aos 75' (!!) por intermédio de Danilo Pereira! A meu ver tarde, Nuno Espírito Santo levou ao jogo Herrera, Brahimi e D. Jota e só então o FC do Porto assumiu as rédeas do jogo.

             Os homens do jogo terão sido André Silva pelos dois golos apontados; excelente na desmarcação no genial servido de Otávio, no primeiro, e frio e certeiro no penalti, o pequeno-enorme brasileiro Otávio e Óliver Torres. Depois Danilo Pereira, Ivan Marcano, Ádrian eTelles se não contarmos com os centros mal sucedidos; André André e Casillas, sem rasgos; Herrera e Diogo Jota, entraram muito bem na partida, Brahimi, nem tanto. Miguel Layún deve ter feito o pior jogo desde que chegou ao Dragão: mal nos cruzamentos, nos passes, nas saídas. Depois, teve pela frente um pequeno diabrete que lhe deu água pela barba: Bukia. Até coxinhas lhe fez. Não costumo fazer apreciações dos jogadores adversários mas o central Fernando e este extremo africano causaram-me "água na boca".

             Este algarvio N. Almeida não possui qualidades básicas inatas para ajuizar. Age sem critério, lida mal com os jogadores e falta-lhe autoridade para se impor apesar da estatura de pinheiro velho. Falhou vezes de mais no julgamento de lances faltosos e quase sempre para o mesmo lado. A validação do golo ilegal do Boavista é da responsabilidade do "invisual" da linha, mas as entradas aos calcanhares dos jogadores do Porto sem punição só ele as poderia punir...se quisesse.

              
 

segunda-feira, setembro 19, 2016

MALÉFICA ESCORREGADELA EM TONDELA


 Tondela-FC Porto, 0-0 (destaques)


Liga NOS
5ª jornada
Estádio João Cardoso, Tondela (Viseu)
2016.09.18 - 18:00h
Equipamento: tradicional oficial
Bom tempo 


                GD de Tondela, 0 - FC do PORTO, 0

fcp: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Oly, Alex Telles, Rúben Neves (C), André André, Otávio, aos 77' Jesùs Corona, Yassim Brahimi, aos 56' Óliver Torres, André Silva e Depoitre, aos 68' Àdrian Lopez.

Treinador: Nuno Espírito Santo

Árbitro: Hugo Miguel (AFL)


               O que deveria ter sido uma boa oportunidade de regressar às vitórias e de dar um  sinal claro de que a equipa avança no seu processo de evolução para um nível compatível com o seu passado recente, a exibição do Futebol Clube do Porto contra o modesto Tondela, último da classificação geral, e o decepcionante empate a zero golos (!) constituiu, afinal, uma amarga e preocupante desilusão. Noventa e três minutos de um filme sem enredo entendível, atabalhoado, com protagonistas desinspirados a incorrerem em demasiadas gaffs de principiante desastrado. Mau de mais para uma equipa com aspirações internas e a participar na prova maior do futebol europeu.

              Com surpreendente alterações de pedras no xadrez da equipa por opção técnica para voltar ao sistema de dois avançados, Nuno Espírito Santo deixou de fora Marcano, Danilo Pereira, Hèctor Herrera, Óliver Torres e Jesùs Corona. Quando era expectável que o FC do Porto se apresentasse em Tondela com uma equipa formada por todos os elementos do jogo anterior ou com um ou outro ajustamento necessário, porque não há treino mais proveitoso do que se faz na competição, Nuno Espírito Santo entendeu continuar com as experiências que vem a fazer em todos os jogos até agora realizados e voltou a dar-se mal: quer nos escolhidos, quer no nível exibicional da equipa.

             O Futebol Clube do Porto nunca conseguiu assumir as rédeas do jogo nem submeter o seu adversário a um domínio intenso com exceção dos derradeiros cinco minutos do tempo legal e dos três da compensação do critério do árbitro em que ocorreram pelo menos três grande oportunidades para decidir a partida a seu favor.  André Silva (aos 82' e duas vezes, aos 92'), Miguel Layún e Àdrian López (76' e aos 93'), perdoaram a Cládio Ramos o castigo, como já o tinham feito no período inicial Depoitre, André Silva e Otávio, as mais flagrantes. Mas poderia até ser pior, não fora Iker Casillas (aos 72') ser o que é no um para um e negar um golo cantado ao avançado local, repetindo um lance parecido no primeiro tempo. Com (ainda) mais azar...

             Iker Casillas, garantiu um ponto, Felipe e Alex Telles cumpriram serviços mínimos, Boly andou por ali, que eu por acaso vi. Rúben Neves (C) e André André estiveram na aula atentos contudo não puxaram para a nota elogiosa; Otávio pequeno foi o "bombo da festa" preferido dos tondelenses porque o árbitro só não foi polícia porque vê muito pouco ou nada; Yassim Brahimi provou estar a 200% quanto ao empenho mas não tanto na influência positiva dos seus lances que executa, Depoitre e André Silva rivalizaram na disputa do título de "rei dos falhanços" e se o belga não tem desculpa por ter jogado tão pouco, o talentoso jovem português parece estar a passar uma crise de confiança comprometedora que coloca em dúvida a sua imprescindibilidade no eixo de ataque.

              Hugo Miguel (AFL) nada poderia fazer se os jogadores do FC do Porto tivessem usado de eficácia nos remates de golo. Contudo, se de facto tivesse categoria, algumas entradas agressivas dos jogadores do calceteiro Petit sobre Otávio, p.ex., teriam merecido da sua parte análise mais pronta e punitiva. O amarelo dado a Miguel Layún, com o jogo a esgotar-se, revela bem a sua incapacidade para julgar. 

              Parabéns à claque, pela compreensão e pelo apoio.

              Há ainda muita pedra para polir, lá isso há. Veremos se não falta a paciência...


             


                

quinta-feira, setembro 15, 2016

FRIO NÓRDICO GELOU O DRAGÃO

FC Porto-Copenhaga, 1-1 (crónica)
(Maisfutebol online)


Liga os Campeões
Fase de grupos - 1ª jornada - 1ª mão
200º jogo do FC Porto na prova
Estádio do Dragão, Porto, Portugal
2016.09.14
Equipamento: tradicional azul e branco.
Expectadores: cerca de 40000
Tempo: instável, sem chuva

  
  FC do PORTO, 1 - FC COPENHAGA (Dinamarca), 1
                                             (ao intervalo: 1-0)


FCP: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), aos 70' Yassim Brahimi, Óliver Torres, Jesùs Corona, aos 62' Depoitre, André Silva e Otávio, aos 82' Diogo J.
Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro: Matej Juj, Eslovénia.
Assistentes: Matej Junic - Manuel Vidali

GOLOS: 1-0, aos 13'.Pela esquerda, Alex Telles inicia a jogada na esquerda, Otávio recupera a bola, serve André Silva que já dentro da área a devolve de calcanhar ao pequeno brasileiro, o qual, à entrada da área executa um estupendo remate sem defesa possível: grande lance de futebol e golo de espetáculo! 1-1, aos 52', por Andrea Cornélius, explorando a passividade defesa portista, principalmente de Alex Telles e a diferença de altura em relação ao defesa brasileiro para ganhar a bola e enviá-la, de cabeça, por cima de Iker Casillas.

                 SÍNTESE: Uma boa primeira parte do FC do Porto coletiva e individualmente, no decorrer da qual conseguiu neutralizar o ímpeto inicial da equipa dinamarquesa e chegar à vantagem no marcador antes do primeiro quarto de hora, mantendo a partir daí e até ao intervalo fundamentadas esperanças de poder aumentar a vantagem no marcador. No reenício da partida foram os visitantes que mostraram maior capacidade para mandar no relvado e mais dominadores, com um FC do Porto estranhamente amorfo, algo desconexo e intranquilo, incapaz de reagir como seria exigido ao gelo do golo do empate, acordando do sono nos últimos cinco minutos do tempo regulamentar em que encostou à parede os nórdicos sem contudo conseguir a estocada fatal apesar das oportunidades criadas, a última no derradeiro segundo.

                 No deve e haver das contas, a divisão dos pontos é justificada.

                 Não alinhei na euforia generalizada que concedia ao FC do Porto a teórica  "vantagem de favorito", relativamente ao valor dos antagonistas do grupo a que pertence. Como se isso pudesse acrescentar algo àquilo que os conjuntos valem por si mesmo. Mais uma vez ficou provado que o favoritismo no futebol é uma falácia para entretenimento dos adeptos e que os factos ocorridos no passado servem a estatística e para mais nada. Grandes ou pequenas, as equipas são iguais na ambição de vencer e nenhuma pode garantir antecipadamente a vitória.

                Certo, é que o Futebol Clube do Porto não deveria ter perdido dois pontos em casa e para evitar que isso acontecesse, teria que ser superior ao seu adversário e não o conseguiu, fosse ou não favorito. Desperdiçou uma folga para partir mais confiante para o confronto com o Leiscester, que se antevê obstáculo bem mais complicado e potencialmente devastador para a confiança na passagem aos oitavos da competição no caso de total insucesso.

               Em termos individuais destacaram-se Iván Narcano e Felipe na defesa; Miguel Layún, não foi tão influente como costuma, cumpriu. Danilo Pereira, esteve bem fisicamente e travou a meio campo duelos corajosos, Óliver Torres não defraudou as expectativas e destacou-se com exibição notável, é valor confirmado; como Otávio, enquanto não esgotou as pilhas. Grande mérito no golo apontado, com direito a espaço no álbum da carreira; Jesùs Corona, trabalhou com denodo e cumpriu; André Silva, com a entrega do costume ficou aquem do que a equipa precisava nesta partida, tão poucas vezes conseguiu rematar à baliza, faltando-lhe apoio. Registe-se o belo calcanhar que deu a Otávio o golo da noite; Yassim Brahimi, é figura intocável no plantel e na equipa. Nuno E. Santo tem lugar para ele, é necessário. Depoitre, mexeu com o ataque e esteve a milímetros de se tornar o herói da noite, mas Rabah Madjer houve só um e o molde perdeu-se. Diogo J teve pouco tempo para mostrar o seu valor. Dos restantes não tenho muito para dizer (de bom...).

              Nuno Espírito Santo, depois de bem ter estudado o adversário,  entendeu regressar ao modelo de jogo clássico da equipa antes testado contra do Vitória, a alternativa 4x4x2. Em face do resultado desfavorável tentou, como era exigido,  o plano B. Não resultou porque sem golos não há tática que faça milagres. Talvez, Jesus...  

              A equipa eslovena dirigida por Matej Jug teria merecido nota positiva pela atuação, não fora a decisão de deixar sem punir um empurrão, intenso e claro a Jesùs Corona dentro da área, ocorrido aos 32', com o resultado em 1-0; aos 49' Otávio sofre falta na esquina da área e Jug, esquece; aos 61' é o auxiliar que corta uma jogada de ataque do Porto assinalando fora de jogo inexistente. Não abona o seu favor o ter expulso Greas, aos 67', porque pareceu compensação já que entradas iguais ocorridas não mereceram cartão amarelo. Goza do benefício de não ter a má fama justificada dos seus pares portugueses que sempre que erram o fazem em prejuízo do FC do Porto.

              No belíssimo Estádio do Dragão acontece o que talvez em nenhum outro recinto desportivo do mundo se verifica: é o caso, feio, insólito e aberrante, de alguns espectadores que se dizem seguidores do FC do Porto se juntarem aos apoiantes da equipa adversária para assobiarem a sua própria equipa e às decisões dos treinadores, em momentos difíceis da partida, quando o que seria inteligente e quiçá vantajoso era ouvirem-se incentivos e cânticos de encorajamento. Eu interrogo-me por que não ficam em casa estes indesejados e nocivos "apoiantes" a beber umas Super Book bem geladinhas e descarregam na família as suas frustrações e cobardias poupando aos indefectíveis e fiéis adeptos do nosso glorioso Clube a vergonha de os ter dentro do mesmo templo onde se guarda o espírito e a dignidade do prestigiado Dragão.

         

domingo, setembro 11, 2016

CONTRA VENTOS E ONDAS O BARCO SEGUE NO RUMO CERTO.


 

Liga NOS
4" Jornada
Estadio do Dragao, Porto
Espectadores; 40 105
Noite amena
2016.09.10


      FC do PORTO, 3 / Vitoria Sport Club, de Guimaraes, 0
                                       *ao intervalo. 1/0

FCP / Iker Casillas, Miguel Layun, Felipe, Ivan Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Andre Andre #c#, Otavio, aos 69- Diogo J, Oliver Torres, aos 76 Ruben Neves, Depoitre, Andre Silva, aos 69 Jesus Corona.

Treinador; Nuno Espirito Santo

Arbitro; Jorge Sousa *AFP#

GOLOS; 1 / 0, aos 38-, por Ivan Marcano. Canto apontado do lado direito por Miguel Layun, Depoitre ganha de cabeca na pequena area desviando para o segundo poste onde o central portista bate de sola para o fundo das redes> 

2/0, aos 46 por Otavio. O lance principia no lado direito com Andre Silva que serve Oliver Torres a entrada da area, este passa a Otavio que acompanhava a jogada pelo flanco esquerdo, o pequeno brasileiro executa um remate a meia altura que tabela em Oliver Torres entretanto desmarcado na area da marca do penalti e desvia a trajetoria da bola traindo Douglas. Provavelmente o remate de Otavio sairia rente ao poste ou viria a ser defendido nao fora a tabela em Oliver mudar a sua direcao, mas, se o esferico bater nos ferros da baliza e for golo ninguem o ira atribuir a um dos postes ou a trave.

3/0, aos 55 por Joao Aurelio. Andre Andre inicia o lance e passa a Miguel Layun, na direita, que centra raso e tenso para a frente de Douglas, com o defesa madeirense em desespero a antecipar/se a Depoitre e introduzir a bola na propria baliza.

AOS 19 O ERRO MAIS GROSSEIRO DO ARBITRO JORGE SOUSA, QUE ANULA UM GOLO MARCADO POR ANDRE SILVA NA SEQUENCIA DE PONTAPE DE CANTO APONTADO POR MIGUEL LAYUN, NUMA JOGADA EM CIMA DE PEQUENA AREA COM INTERVENCAO DE VARIOS JOGADORES DE AMBAS AS EQUIPAS MAS SEM QUE ALGUEM TENHA DESCORTINADO UMA INFRACAO DO JOVEM PONTA DE LANCA PORTISTA, COMO SE VIU NAS IMAGENS DA TV FOCADAS DE VARIOS ANGULOS E REPETIDAS MUITAS VEZES.

      Apresentando um esquema de jogo ainda nao experimentado na presente epoca em jogos oficiais com Andre Silva e Depoitre no ataque, com  Hector Herrera ausente e com Andre Andre numa missao *ainda# mais ampla no meio campo e Oliver Torres no papel de municiador do ataque, a equipa portista levou algum tempo a engrenar e a estabilisar o seu jogo individual e coletivo, tambem porque, surpreendentemente ou talvez nem tanto, o Vitoria nao o consentiu partindo para o jogo afoitamente e de forma muito assertiva impedindo os jogadores da casa de chegar a bola e de executar com precisao as jogadas quando na posse dela. O jogadores do FC do Porto pareciam intranquilos, nao conseguiam libertar/se da pressao movida pelos vimaranenses e tardavam a encontrar a necessaria presenca de espirito para finalizar com exito duas ou tres oportunidades de abrir o marcador que, apesar de tudo puderam criar. Quando foi validado o segundo o golo depois de um primeiro ter sido negado por Jorge Sousa aos 19 ja o Vitoria estava apanhado nos seus movimentos e a equipa de NES por cima da partida. E, quando a um minuto do recomeco do encontro o resultado passou para 2/0 ninguem mais duvidou que triunfo dos donos do Dragao era assunto arrumado. Apos os 3/0 que chegou aos 55- os azuis e brancos adotaram uma atitude de controle de jogo impondo o ritmo que mais lhes convinha, podendo entao alguns dos elementos mais criativos da equipa soltar o virtuosismo das suas capacidades, interpretando jogadas de belo recorte e espetacularidades a causar frisson aos milhares presentes nas bancadas.

    Individualmente, e com algumas ressalvas das fracas entradas no jogo de alguns, como Otavio, Felipe e ate Marcano, todos conseguiram bons desepenhos. Nota alta para Oliver Torres, Depoitre e muito especialmente, Andre Silva a jogar mais livre na frente de ataque onde o belga se mostrou utilissimo e fulcral, muito ativo, trabalhador profissional, compenetrado e leal so lhe interessando a bola e ajudar a equipa. O jovem avancado portista parece ter encontrado a melhor posicao para mostrar todo o mancial do seu enorme talento, tende alcancado uma das melhores exibicoes que ate agora lhe vi fazer. Jesus Corona entrou muito bem na partida, e tanto Ruben Neves do Diogo J nao destoaram dos restantes apesar do pouco tempo em jogo e do ritimo menos vivo dos companheiros.

Tenho que falar de Jorge Sousa. Nao compreendo o que acresenta a sua carreira a sua manifesta preocupacao em temer enganar/se em beneficio do FC do Porto e se erra, como ontem mais do que uma vez claramente sucedeu, o prejudicado ser sempre o mesmo, isto e, a equipa portista. Qualquer conhecedor primario das regras do futebol pode, mais uma vez, constatar ontem a noite o uso de criterio diferente no julgamento de lances indenticos, nao viu uma grande penalidade cometida sobre Danilo Pereira, deixou passar ja no dealbar da partida uma agressao de Ruben Ferreira a Otavio e, ANULOU UM GOLO LEGALISSIMO ao FC do Porto, que seria o primeiro e por isso muito importante. 
Como pode Jorge Sousa dormir tranquilo. *interrogacao#