sábado, março 31, 2012

CAMPEÃO OU CAIXÃO!

               











             Não há mais margem para titubeações ou calculismos oportunistas. Chegou o tempo das provas finais e de mostrar quem é melhor e capaz de vencer. Sim ou sopas. Campeão ou...caixão!

              O Futebol Clube do Porto depende apenas de si próprio para não ter que abdicar do título de campeão e continuar a ostentar nas camisolas o símbolo das quinas. Não depender de terceiros significa que o sucesso ou o insucesso é uma responsabilidade própria cometida exclusivamente ao grupo de trabalho o qual, para que seja bem sucedido, terá de usar todos os seus trunfos e, com eles, superar todo e qualquer obstáculo que se lhe depare para o alcançar. Agora, quando ainda é tempo de agarrar a oportunidade!

          

               Esta noite, no Dragão, não vamos defrontar a melhor equipa do mundo mas seríamos tolos se fossemos para o jogo a pensar que o Olhanense não o é. Todos sabemos quão fácil é muitas vezes vencer um grande clube como simples é sucumbir às mãos de um anão habilidoso e bem-aventurado. David venceu Golias, e o exemplo bíblico tem sido repetido tantas vezes desde então que já só já espanta os que teimam em ser insensatos e descuidados.

              Voltar hoje à liderança para lá ficar até ao fim é o desiderato que se espera, e confia, venha a suceder. Mais tarde, lá para as bandas de mouraria se saberá às cavalitas de quem. Tanto faz. Se for o competente Jardim a ficar com a totalidade do folar, será Jesus a iniciar a caminhada para o Calvário sem esperar que chegue a Páscoa; se o dividirem cristãmente quem dele mais e melhor comerá poderá ser o Dragão bem sucedido no encontro precedente. 

              
                Braga tomará, assim, para o Futebol Clube do Porto, no fim de semana seguinte, o estatuto de candidato disposto a desalojar do trono o Dragão que o defenderá a qualquer custo. Aí se decidirá de uma vez por todas se ganhámos direito às faixas de campeão ou ao caixão para um triste e merecido  enterro.

              Há que entenda o futebol como uma religião. Não será tanto assim. Como crente, não é em vão que espero, nesta época de celebração da Páscoa cristã, proclamar com toda a confiança

              ALELUIA, ALELUIA!

             

              

terça-feira, março 27, 2012

BRAGA, NO LIMITE DA FAMA E DO...PROVEITO.

     
Nuno André Coelho
Nuno André Coelho foi formado no FC Porto.

              A fantástica carreira do Sporting Clube de Braga feita até agora na Liga, é um prémio justíssimo à competência do treinador madeirense Leonardo Jardim e à categoria individual da maioria dos jogadores que formam o seu plantel, alguns dos quais rejeitados dispensados de clubes como o Futebol Clube do Porto e Benfica.

            Afastado das competições internacionais com alguma dose de injustiça, o Sporting de Braga falhou recentemente em Barcelos a possibilidade de disputar a final da Taça de Liga, quando parecia ter o jogo na mão e Jardim entendeu poupar a mais esforços as suas pedras mais influentes no rendimento da equipa: o magnífico Mossoró e o gestor do jogo, o barcelense Hugo Viana.

             Ontem à noite no AXA, os bracarenses venceram uma Académica que pareceu amedrontada por ter de defrontar uma equipa que é já a sensação desta época, por ter vindo a ser a mais regular nas exibições e a que é tida, por alguns, a que exibe o melhor futebol. Os minhotos agradeceram por terem sido eles a impor, desde o início, o ritmo (baixo) de jogo que mais lhes convinha e foram tranquilos para o intervalo a vencer por 2-0, com um golo de execução exemplar de Mossoró e, outro, "à Lima" no fim dos 45+1' do primeiro tempo.

              Pedro Emanuel fez o que devia no balneário porque os academistas encararam o segundo período com muita mais determinação, o que obrigou o Braga a esgotar o depósito para manter a máquina a funcionar sem ir abaixo. Jardim, nem precisou de ir ao bloco para ver que Mossoró já dera o (muito) que tinha a dar, e, porque estava a prever um mar agitado, sobretudo depois do estouro de trinta metros a passar por Quim a 106 k/h (!) e colocar o marcador num perigoso 2-1. Entre os 80' e 85' os arsenalistas estiveram por conta da Senhora do Sameiro, obrigando os antigos habitantes do território índio do Clube da Dona Victória e agora adeptos ferrenhos do "braguinha"  a ver da bancada o jogo de terço na mão, com efeitos milagrosos imediatos no sufoco a que a equipa esteve sujeita e nos caprichos da (des)fortuna que fez a bola rechaçar repetidamente em mil pernas, até na de Quim, e, logo a seguir, esbarrar como um pedra no poste.

              O futebol é uma ciência em que todos sabem muitos e ninguém sabe nada. Como me incluo (justificadamente) naquele número, atrevo-me a sugerir que ao Braga vai escassear fôlego para subir ao topo do mundo (futebolístico) nas "duas ambas" (v.g. Jorge Jesus) jornadas que se seguem. Defrontar o Benfica na Luz, é problemático sob vários pontos de vista. Ali, os encarnados "jogam melhor", dizia o insuspeito treinador anti-bloqueios em comentários recentes sobre o desempenho dos árbitros... Mas, não será só a decisiva pressão vinda das bancadas a condicionar o resultado do jogo, porque a condição física individual e colectiva vão ser fundamentais para determinar o vencedor. E a diferença de qualidade dos "artistas", também. E, aqui, o actual terceiro classificado terá vantagem, porque, tem mais e muito melhor arsenal disponível para refrescar a frente operacional das hostilidades e impor um desgaste que deverá ser fatal às ambições dos minhotos, meus patrícios.

              O duelo final será na Bracara Augusta contra o campeão em titulo onde não deixarão de se sentirem as sequelas da refrega da segunda circular, na zona de Benfica. Ver-se-à como a ela chega o referenciado candidato ao Olimpo e o que sobre a candidatura tem a dizer o atípico e enigmático Dragão da era "victoperina".

               Como não tenho melhor saída para responder às questões acima colocadas, acho melhor e mais cómodo, socorrer-me da frase que João Pinto sabiamente "inventou" para acabar de vez com todas as incertezas: 


- Prognósticos? Só no fim  do jogo"

                  

segunda-feira, março 26, 2012

QUEM VAI ABAIXO DE BRAGA?

            O Sporting de Braga tem vindo a fazer um percurso de sucesso tudo fazendo para não dar muito nas vistas, evitando comprometer-se publicamente com objectivos  ambiciosos. Tivesse sido mais precavido na deslocação a Barcelos e não visse fugir das mãos o galo que tinha quase pronto para a cabidela teria cumprido um percurso acima do que muito poucos julgariam ser possível.

             Assim, sem que directamente muito tenha feito para isso, poderá hoje aceder ao primeiro lugar da Liga em virtude do convite simultâneo do FC Porto e SLB lhe endereçaram este fim de semana, o que, a suceder não surpreenderá  assim tanto atendendo à regularidade e qualidade evidenciadas pela equipa de Leonardo Jardim na prova.

             Há, a meu ver, dois factores que, entretanto, podem influenciar, e dificultar o acesso dos bracarenses ao primeiro lugar do podium: a dificuldade de enfrentar uma equipa como a Académica que parece predestinada a contrariar as equipas com um tipo de futebol como é o do Sporting de Braga, e, a pressão  que os  minhotos não deixarão de sentir com a expectativa de poderem chegar à liderança.

             Caso venha a concretizar-se o feito arsenalista, as duas jornadas seguintes poderão ser verdadeiramente escaldantes.

A AZIA DO "DAY AFTER."


 
            Quando uma equipa comete falhas como a que ontem aconteceu  ao Futebol Clube do Porto com o as consequências que esta teve, é incontornável a atribuição individual de culpa a quem mais directamente terá contribuído para que ela acontecesse. No lance de que resultou o golo do empate pacense que ficará, provavelmente, na história deste campeonato como o do adeus ao título, surpreende a desatenção e lentidão no posicionamento da toda a defesa portista, mas, para além disso, a inexplicável atitude de Rolando em não ter esboçado sequer a elevação que se impunha para, sem qualquer dificuldade, anular o lance. Como aceitar pacificamente que, depois de se ter assistido a sucessivas oportunidades de golo falhadas a pronunciar o infortúnio do resultado, a equipa consinta aquele golo a um jogador que, dadas as suas características, só mesmo sem oposição o poderia ter feito?

              Rolando é, sem dúvida o réu sem direito a perdão. Mas foi apenas o interveniente principal num lance dos muitos que não correram de feição em toda a partida. Pena não tivesse sido apenas o dele, porque, se Otamendi tivesse estado em Paços, Sapu tivesse lá ido para jogar futebol, Défour tivesse uma bússola para se orientar e o robot austríaco tivesse sido atirado para o espaço, tudo seria diferente na Mata Real.

domingo, março 25, 2012

NÃO "QUEREM" GANHAR.

          

Melgarejo abre alas para o Sporting de Braga líder

  Liga Zon Sagres.
             Em Paços de Ferreira, Mata Real.
             2012.03.25

                Paços de Ferreira, 1 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
                                     (0-1, ao intervalo)

            Confirmaram-se as previsões mais pessimistas: o Futebol Clube do Porto desprezou, esta noite na Mata Real, contra uma equipa de tostões e contrariando todas as esperanças dos seus adeptos, a oferta de Páscoa que o Olhanense lhe ofereceu, jogando fora uma vantagem pontual que lhe deverá ter custado a renovação do título.

             Há que ser realista e aceitar que "este" Futebol Clube do Porto não tem estofo de campeão.

             Sobram argumentos para justificar aquela realidade.

             Veremos o que o Braga tem para dizer a tal respeito...

            

            

            

           
            

IR A PAÇOS E TRAZER A MOBÍLIA.


                           Belas mobílias, em Paços de Ferreira. Não vai ser fácil a escolha porque a qualidade é muita e o que é bom exige muito esforço e empenho. Mesmo que seja preciso "marralhar"  até cansar o prémio final vale a pena.

                            "Ai, se eu te pego"


sábado, março 24, 2012

AIMAR À "RABI" GARCIA.

   

       Quem verdadeiramente gosta de futebol adora ver jogar executantes predestinados que "fazem da bola o que querem", que lidam com ela tal como uma criança com o brinquedo estimado ou a delicadeza duma carícia no rosto da pessoa amada. Artistas predestinados como Messi, Ronaldo, Hulk, James Rodriguez, para só mencionar apenas alguns do top ten da actualidade são a essência suprema do espectáculo futebol que fascina e alimenta multidões.

             Já várias vezes referi neste blogue nos comentários que faço aos jogos a que assisto pela TV, que os árbitros devem aplicar com o máximo rigor o que as normas estabelecem sobre a violência de que são vítimas estes jogadores punindo de forma exemplar os caceteiros contumazes que recorrem à falta criminosa e planeada com vista a eliminar as mais valias do opositor para tentar equilibrar a diferença das forças em presença.

             Aimar, o argentino que milita no Benfica, é um fora-de-série, um artista criativo e de raro talento que executa e pensa como poucos a arte de jogar à bola a que só faltará, porventura, uma maior capacidade física para ombrear com os melhores atletas da actualidade. O seu perfil adequa-se, sem qualquer dificuldade, aos dos que merecem ser resguardados das marcações cirúrgicas dos "perna de pau" que pululam por aí à rédea solta.

             Ontem à noite, em Olhão, porém, Aimar "passou-se". Num ápice, a imagem de querubim alado e auréola cintilante capaz de seduzir o mais empedernido anti-lampião como é qualquer portista que se preze,
metamorfoseou-se de "Rabi" Garcia e "investiu" taurinamente como de engodo se tratasse o tórax do jogador olhanense. Céus, como é possível? Não foi o espanhol bilhardeiro, o Cardozo cotoveleiro, o Max fiteiro ou o Luisão matreiro a quem já não se estranham tais radicais gestos!!. Foi Aimar, senhores, Aimar o mártir, o flagelado, o sofrido, o favorito alvo de tantos treinadores que intentam dar-lhe o mesmo fim que teve Bid Laden.

             Nem Jesus, que é tido como isso pela falange que frequenta o templo da segunda circular, quis ver a "desconexão temperamental" do seu discípulo que terá exorbitado nas funções em que é mestre para se juntar à maioria qualificada que segue o catecismo que se treina no Seixal, onde os bloqueios ou obstruções são apenas simples exercícios de preparação para os mergulhos na área e provocar baixas por "acidentes" nas hostes contrárias. Tanto no flash interviw como na conferência de imprensa que se lhe seguiu, Jorge Jesus, confundido e frustrado, pelo resultado negativo, pela paupérrima actuação da sua equipa e crueza do acto do seu pupilo, tentou em vão justificar o que era injustificável e, ao mesmo tempo, branquear o desgaste físico dos seus jogadores onde apenas Luisão foi excepção.

     

sexta-feira, março 23, 2012

SEM ALTERNATIVA PARA ALÉM DA VITÓRIA.

          

  Mesmo que a Taça da Liga seja tida como uma prova menor principalmente pelos clubes com pretensões a  participarem em provas internacionais, a competição está longe de merecer a má fama que a ensombra desde que foi criada. É certo que melhor cumpriria os objectivos a que se propõe com uma melhor adaptação do seu regulamento à realidade actual das composições dos planteis dos clubes de forma a permitir que os mais jovens e de nacionalidade portuguesa a ela acedessem prioritariamente.

            Constando como a penúltima prioridade para os actuais objectivos do Futebol Clube do Porto depois do afastamento da Taça de Portugal, da Liga dos Campeões e, mais tarde, da Liga Europeia, após o desaire ocorrido na que já era considerado o nosso melhor "salão de festa" fora do Dragão -o Estádio-Mais-Belo-da-Europa- o derradeiro objectivo -quiçá o mais importante de toda a ÉPOCA está na conquista do campeonato. Escrevo derradeiro, porque é impensável que depois de, sucessivamente, termos visto fugir a concretização da maior parte do programa inicial, tenhamos de reformular as aspirações (e obrigações) normais num clube da dimensão do FC Porto e passar a competir para assegurar o segundo ou terceiro lugares.

            É por esta razão que o jogo em Paços de Ferreira, e os seis seguintes, assumem foros de testes decisivos onde ninguém pode falhar, vincadamente o treinador ainda mais do que os jogadores. Independentemente das arbitragens, das condições dos relvados, dos bloqueios ou obstruções nos jogos ou nas cabeças de fartas e coloridas jubas, dos conhecimentos de motricidade e psicologia do professor Manuel Sérgio, só existe uma saída que os seguidores do Futebol Clube do Porto aceitam: GANHAR!

            

           

terça-feira, março 20, 2012

VONTADE E RAÇA NÃO CHEGARAM.

         
Benfica derrota FC Porto e está na final (3-2)


  Taça da Liga

           Estádio da Luz

                                 SLB,  3 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
                                                (Mangala e Lucho)

          Ainda não será este ano que o Futebol Clube do Porto irá vencer a Taça da Liga, uma vez que foi eliminado nesta meia final ao perder por 3-2 (2-2 ao intervalo), no Estádio onde há pouco tempo atrás ali fora vencer brilhantemente para o campeonato pelo mesmo resultado.

          Esta noite os Dragões fizeram também, como então, uma exibição à altura das circunstâncias, com muita entrega e clara vontade de obter sucesso e prosseguir na prova, tendo até estado por cima no resultado depois de ter sofrido, logo aos 3', o primeiro golo do encontro.

          O Futebol Clube do Porto nunca foi inferior ao seu antagonista na maior parte do tempo de jogo, apenas não terá sido tão feliz nas substituições como as que aconteceram na equipa adversária, tendo consentido o terceiro golo aos 77' de jogo numa jogada de contra-ataque no único remate do jogador que entrara alguns minutos antes.

           Ao contrário do que se havia visto na primeira parte, no período complementar houve pouco Hulk, o que resultou num menor poder de fogo do ataque portista.

           Algumas surpreendentes alterações tácticas e redistribuição de lugares (como a colocação de Álvaro Pereira na frente esquerda do ataque, Lucho atrás de Kléber e Alex Sandro a lateral esquerdo revelaram-se ajustadas pecando, apenas, por alguma falta de rotina e o menor rendimento que Álvaro Pereira tem vindo a evidenciar ao longo desta época.

            Moutinho foi, de novo, a grande figura da equipa, mas Mangala, Lucho (enquanto durou)  Hulk (na primeira parte) e Sapunaru andaram acima dos companheiros. Em esforço, vontade e profissionalismo estiveram todos ao mesmo nível.

           Não falo de Artur Soares Dias e do seu critério de julgamento das faltas cometidas pelos jogadores de ambas as equipas porque não quero fazer passar a ideia de que o Futebol Clube do Porto perdeu por causa da arbitragem.

UMA (GRANDE) PAIXÃO QUE VEM DE LONGE.

      

Muita polémica e pouco Sporting na vitória do Gil Vicente
    
            É fácil de prever a choradeira que os sportinguistas vão fazer nestes tempos mais próximos a propósito da arbitragem que esta noite esteve em Barcelos no Gil Vicente 2, Sporting, 0, culpando-a da derrota e consequente risco de perder o objectivo de ultrapassar o Marítimo no quarto lugar da classificação geral. 

            Não há neste país ninguém que não saiba, há muitos anos, quanto vale como árbitro este Bruno Paixão e os sportinguistas se, como parece, têm razão em considerar mal assinalado o primeiro penalti contra a sua equipa, que Rui Patrício acabou por defender dando um passo em frente, e, possam discordar do amarelo que deu origem à expulsão de Scaars para sancionar uma entrada muito pouco amigável a um gilista, não pagam ainda o campeonato que este mesmo Paixão lhes concedeu num célebre jogo realizado em Campo Maior há alguns atrás, quando o Futebol Clube do Porto já o tinha praticamente assegurado. E, pelo que se viu, e, relativamente a muitos outros em que o Paixão arbitrou os Dragões, não seria pelo trabalho feito esta noite, em que quase nada estava em jogo para além do quarto lugar e a manutenção dos minhotos, que se diria que o setubalense nunca teve competência como árbitro de futebol.
            

         

sábado, março 17, 2012

CONFISSÕES EM TEMPO DE QUARESMA.

        
O FC Porto venceu hoje o Nacional por 2-0. (Foto "Sol") 


    O FUTEBOL CLUBE DO PORTO até poderia ter obtido no Estádio da Madeira um resultado mais gordo em números, o que, a acontecer, ampliaria ainda mais a ideia de uma exibição bem conseguida que, em boa verdade, não se verificou. Sendo indiscutível que o triunfo foi claro, merecido, e, o lucro dos três pontos arrecadados úteis para a contabilidade final da prova, sendo muito, não terá deixado inteiramente satisfeitos os exigentes seguidores do mais belo emblema do mundo. 

          Ao FC Porto não se exige, apenas,  que vença mas também que convença impondo a superioridade que intimida o opositor e consolida a linhagem distinta que lhe permite ombrear com as melhores equipas da Europa.

           É comum dizer-se que as vitórias dão ânimo e aumentam a fé dos crentes adeptos na possibilidade futura de novos êxitos, o que, em abono da verdade eu não vejo existir apesar das vitórias e do primeiro lugar da classificação geral, nem, tão pouco, nos mais incondicionais e dedicados e tolerantes e ferrenhos adeptos tripeiros.

          O PORTO CANTA MAS NÃO ENCANTA!

          Coisa muito estranha é que, em comparação com o passado recente que trouxe para o Dragão todo o ouro da campanha em que andou envolvido, não contando com o influente Falcao, é certo,  mas fortalecido com novas contratações, na época que corre já só competimos, nesta altura, em duas provas: a taça que nunca valorizámos e a competição maior. Quem arrisca vaticinar que, pelo caminho que a equipa tem trilhado, sejamos competentes para vencer as duas, uma que fosse?

            Não tenho vocação para especular, mas, excepto em raríssimas e fugazes ocasiões, a imagem que a equipa me transmite na época que decorre é de incomodidade dos jogadores dentro da camisola, carência de alegria espontânea, laivos de uma certa melancolia, escassez de criatividade, sobranceria que advém do conhecimento da superioridade própria, ausência de fulgor físico para se impor aos adversários, atributos que são o NDA para criar, e alimentar, a empatia entre os apoiantes e os figurantes.

             Haja, porém, crença até ao momento em que tudo estiver consumado. Andámos a vencer desde 1893, faz bem lembrar.
           

           

           

         

        

HÁ HISTÓRIAS BANAIS QUE ACABAM BEM.

  (Dispenso que me descrevam o que eu vejo, por isso sigo as transmissões dos jogos do FC Porto pela TV com total ausência de som. As minhas emoções são genuínas  porque são despoluídas de excrescências alheias nefastas à saúde).    

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   Primeira Liga
             Estádio da Madeira
             2012.03.17

                           Nacional, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
                                              (Yanko e Alex Sandro)

             Dir-se-à que o campeão cumpriu com a sua obrigação de ir à Madeira vencer o Nacional e amealhar mais três pontos para se manter na liderança do campeonato à distância de um ponto dos segundos classificados, caso ambos venham a vencer os respectivos jogos que têm de realizar. Foi um triunfo merecido, obtido sem polémica de lances que pusessem em dúvida a legitimidade do resultado, sem embargo de ter que se reconhecer a extrema felicidade que proporcionou a Yanko abrir o marcador e a Alex Sandro a obtenção do segundo aos 90+2', a menos de três minutos dos cinco (!!!) concedidos pelo árbitro Carlos Xistra, pouco tempo depois de ter entrado em campo.

             A vulgar história desta partida teria sido sem dúvida bem diferente, quiçá dramática para as nossas aspirações se, logo aos 2' após o apito do início de jogo, os madeirenses tivessem aproveitado o que foi uma das melhores oportunidades de chegar ao golo em toda a partida, e, no decorrer dela, Mateus não tivesse esbanjado uma boa mão cheia delas como raras vezes é dado ver num único jogo.

             Obrigado a mexer, Vítor Pereira voltou a surpreender e recorreu à sua rábula preferida de colocar o central Maicon à direita e chamar Otamendi, contrariando o entendimento de Maradona que utilizou o argentino nessa posição. Défour, foi a pedra para o buraco deixado por Fernando e, na frente, Hulk, a beneficiar da folga que lhe concedeu Marco Ferreira no jogo contra a Académica, foi rendido por Cristián Rodriguez.

             Só por breves períodos em todo o jogo o Nacional mostrou querer complicar a vida aos campeões nacionais, que, não sendo forçados a um ritmo muito alto iam controlando com maior ou menor empenho o ritmo algo lento em que o jogo decorreu. 

             O FC Porto chegou ao golo num lance verdadeiramente insólito, com um defesa nacionalista a aliviar, sem aperto, um bola dentro da sua área batendo-a de tal modo que esta fez tabela no pé de Álvaro Pereira de que resultou uma assistência para o austríaco postado a dois metros do guarda redes que, sem dificuldade lhe meteu o esférico por baixo do corpo.

              Individualmente, Moutinho foi o melhor: fez o seu papel habitual, o de Fernando e, até em parte de Lucho. Atrás e à frente, à direita, ao centro ou à esquerda, passando e rematando, o algarvio brilhou. Jámes, Helton, Maicon (ai, aquela distracção com o tempo a acabar que por milagre não deu o 1-1...), bastante acima da mediania dos demais. Lucho, cada vez se assemelha mais a um Mercedes a gasóleo com 800 000 Km no motor. Yanko, não fez um jogo mau: foi igual a si próprio, fez um golo importante fácil e podia ter feito o segundo mas, no lance, o guarda-redes saiu muito bem ao seu encontro. Rolando, já aprendeu alguma coisa com  ele e, isolado, a cinco metros dos postes atirou dez por cima deles uma bola que "estava dentro".

              Veremos o que nos vai trazer a próxima terça-feira...




segunda-feira, março 12, 2012

DRAGÃO JOTA.

            A revista J, que o jornal diário desportivo "O Jogo" edita aos domingos, insere na secção "Zona J" da última edição, na pág. 14, uma referência ao DRAGÃO, SEMPRE!, com uma sinopse onde se alude à  essência dos objectivos que este blogue prossegue e à acrisolada devoção do seu autor pelo FUTEBOL CLUBE DO PORTO.

            Uma referência como esta numa publicação onde abundam tão expressivos como belos pretextos para nos prender a atenção (em determinados assuntos é irrelevante o clubismo de cada um(a), ninguém é perfeito...), é motivo de agrado pessoal ter tido oportunidade de usufruir do meu  "minuto de fama".


          

sábado, março 10, 2012

CAPAS NEGRAS ENSOMBRAM O DRAGÃO.

        Dragões seguram liderança com penálti tardio

    Primeira Liga
             Estádio do Dragão (O Mais Belo da Europa)
             2012.03.10

               FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1 - Académica de Coimbra, 1

                         Quem viu o jogo da vitória no Estádio da Luz e assistiu à primeira parte do encontro desta noite no Dragão, ainda deve andar a esta hora a tentar perceber o que andaram os jogadores do Futebol Clube do Porto, campeão em título e líder do actual campeonato, a fazer no relvado. É que, individual ou colectivamente, jogar à bola eu não vi porque, é sabido, as camisolas só por si não ganham jogos. É um lugar comum, mas serve para ilustrar o apagamento dos primeiros quarenta e cinco minutos da partida.

                        Se dentro das quatro linhas andavam onze fantasmas de branco vestidos usufruindo de total liberdade de acção sob os holofotes mas, apesar disso, invisíveis para os jogadores do FC Porto, no "banco" portistas registavam-se (julgo eu) os passes sem nexo interceptados ou perdidos, aos cestos, dos jogadores azuis e brancos.

                        Veio o golo adivinhado para os "capas negras" antes do regresso ao balneário e, até Ronaldo, o terá considerado merecido tão fraca foi a oposição ao marcador Edinho (e eu, que não vi Sapunaru por ali, fiquei a pensar se já teria ido para o descanso...).

                        Estando a mata a pegar fogo soou, na segunda parte, o "toque dos sinos a rebate". Espuma para cima, investidas e recuos, sirenes e contra-fogos, e mãos de desespero a apertar a cabeça. Debalde, isto é, só mesmo de penalti, que até o Ferreira que é Marco, assinalou, desta vez (não era o Hulk...).  No fim, no finzinho mesmo, Hulk garantiu o ponto, o pontozinho que mantém o Braga a salivar como um cachorro à espera do osso.

                        Tarde, demasiado tarde.Nessa altura, "já Inês era morta".

                       Queria ser apenas eu, neste momento, a pensar que o campeonato não vai precisar de oito jornadas para se conhecer quem vai ser campeão...

                      

                          

                        

          

ROTA SEGURA COM A CARTA NA MÃO.

          https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxClPl7f8VSplDFaUUp1-I-lvB-NCsZS_fh7jfHxz7x2XldqH5HsVhUBJd3bHs8BVawUNZp6yw6NZ0meMYqfVf5CXaCs3jAL9sRck5p6UtNCPTWljVHLy0PI21ayAoK37ZEvnzva3aWv79/s1600/20120310-oJogo.jpg

       A diferença pontual que nos diferencia no primeiro lugar da classificação em relação ao Braga e ao Benfica não é, realisticamente, a nove jornadas do fim do campeonato, qualquer garantia de que a questão do título seja assunto encerrado. Disso mesmo deverão estar cientes tanto os jogadores e equipa técnica do Futebol Clube do Porto como, também, todos os seus adeptos e simpatizantes.

            A fazer fé no que se vai lendo e ouvindo, tanto Vítor Pereira como os jogadores que, após o raid levado a cabo a semana passada que esforricou o acampamento vermelho da Luz, em Benfica, têm vindo a prestar declarações, estão cientes de que para chegar ao título há ainda um árduo percurso pela frente. Outro tanto, acontece com a grande maioria dos adeptos dragões como frequentemente se constata, não apenas nas conversas de circunstância mas, também, no que se pode ler na maioria dos blogues portistas onde se vem alertando para os males que podem surgir de um abrandamento da guarda relativamente aos jogos que temos de cumprir.

          É bom que assim seja e se mantenha o apoio total aos nossos atletas e seus treinadores,  independentemente dos juízos pessoais, quase sempre sem fundamento, que sobre eles tenhamos.

         


           

segunda-feira, março 05, 2012

CHAMARAM-ME "CEGUINHO"!




           Está um cidadão tranquilamente sentado à mesa do café na manhã de domingo, a tomar a primeira bica do dia na companhia de um jovem amigo da família portista tecendo alguns comentários sobre o que o jornal "O Jogo" dizia a respeito da vitória inquestionável do Futebol Clube do Porto sobre o impante clube da segunda circular do bairro de benfica, quando um bronco atarracado, facies vermelhusca e com ar de negociante de gado das antigas feiras de Ponte de Lima, que se encontrava ao balcão na companhia do que mais tarde constatei ser um irmão, se virou inopinadamente para nós vociferando possesso que "éramos ceguinhos" ao mesmo tempo que executava com a mão aberta o movimento em frente aos olhos que exemplifica o que se pretende dizer com tal movimento.

           É claro que, a partir daquele momento, a conversa azedou  e só não descambou para níveis de violência física porque os valores etários em presença não recomendariam outra forma de beligerância que não a verbal, onde, ponderadas as consequências, estava mais à vontade.

           Ver é uma faculdade própria da homem que ele usa para melhor se orientar no ambiente em que se move, não significando isso que todos vejamos a mesma coisa mesmo que o objecto olhado seja o mesmo. Cada um vê o que quer e ninguém pode obrigar que outros olhos não vejam de forma diferente da nossa. Mas, visto o que no vídeo acima está registado com olhos de querer ver a realidade, mesmo que não agrade aos frustrados adeptos do clube da Dona Victória, só mesmo um considerável calhau com dois olhos na cara terá dificuldade em discernir o que até a um verdadeiro invisual seria perceptível.
           

domingo, março 04, 2012

A CADEIRA DE PESADELO DE ANDRÉ VILAS-BOAS.

      

Villas-Boas perde a guerra e rescinde com o Chelsea

             André Vilas-Boas foi atrás de uma miragem depois de ter visto um sonho transformado em realidade. Trocou a sua "cadeira de sonho" onde foi e tornou felizes os seguidores do Futebol Clube do Porto, para correr atrás de uma miragem em forma de poltrona dourada a petrodólares.


           Há sonhos que acabam assim...

sábado, março 03, 2012

POSTAR "A POSTERIORI".

            "O benfica não ganhou as três últimas partidas que disputou porque não pôde contar com Javi Garcia. Se ele tivesse estado em S. Petersburgo, (3-1), em Guimarães, (1-0) e em Coimbra (0-0), os encarnados estariam confiantes para "castigar" Bruno Alves no jogo da segunda volta pela "tentativa de homicídio" a Rodrigo e iriam mais logo a jogo com a confortável vantagem de CINCO pontos sobre o segundo, e não com os campeões nacionais à frente por força do melhor gol-average. Quer dizer: o clube da Dona Victória, tivesse podido contar com o fenomenal "Rabi", teria vencido facilmente todos os jogos em que participou, pois ele, por si só, teria superado a evidente desaceleração e a notória quebra exibicional que vinha mantendo a equipa, a ponto de não haver ninguém que não fizesse questão de anunciar a entrega do titulo de campeão no época ainda longe do fim."

                              Uh,uh,uh,...O terror das águias.

             "A ideia de que com a chamada do espanhol ao jogo de logo à noite vai mudar tudo a favor do benfica não passa de uma tentativa ingénua de intimidar os jogadores do Futebol Clube do Porto, porque não há-de ser por acção individual de um único jogador que todo o resto que está por detrás desta quebra de produção dos lampiões não possa vir a ficar a descoberto esta noite por acção do seu antagonista Dragão."
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             Não pude concluir (por razões de natureza inadiável) o post que tinha intenção de publicar antes do jogo de ontem à noite, mas, por me parecer que no texto acima inserido se poderá já inferir o essencial do que se pretendia salientar entendi que, face ao desenrolar das peripécias do jogo e à sensacional vitória do Futebol Clube do Porto, que pôs a nu o bajulado rei balofo da corte alfacinha e a do seu bobo Chicletes, a sua divulgação tenha (ainda) oportunidade.


            

sexta-feira, março 02, 2012

"NÓS FALAMOS NO CAMPO", diz LUCHO GONZÁLEZ.

           Primeira Liga
           21ª Jornada
           2012.03.02
                                               ESTÁDIO DA LUZ 

                                sl benfica, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3

            HULK e JÁMES RODRIGUES  criaram dois golos do "outro mundo"; ainda assim, do que gostei mais foi o que marcou MAICON...

        
James, autor do segundo golo, festeja com Maicon tento que deu vitória ao FC Porto