PAÇOS DIFÍCEIS.

    Em Paços de Ferreira, Estádio da Mata Real:

           Paços de Ferreira, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3
                                           (Otamendi, Hulk e Valter)

           Desta vez, toda a gente acertou na previsão quanto à curta mas complicada deslocação do Futebol Clube do Porto a Paços de Ferreira. Aconteceu, de facto, uma vitória dos dragões mas à custa de muito trabalho e alguma dose de felicidade, contudo justa, com um resultado com alguma dose de exagero pelas oportunidades criadas, na segunda parte, pelos pacenses e não aproveitadas.

           Como se impunha, os portistas tiveram uma entrada fortíssima, do melhor que já lhes vi fazer na presente época, estando por várias vezes perto do golo. Porém, só na sequência de um livre, Otamendi, aparecendo nas costas da defesa local, logrou bater Cássio, num bom batimento de cabeça sem hipótese de defesa.

           Na segunda parte o FC Porto permitiu que o seu adversário tomasse as rédeas da partida, jogando quase sempre no meio campo defendido pelos azuis-e-brancos entrando, em jogadas rápidas e bem elaboradas, com muita facilidade nos espaços que criavam e só a deficiente concretização dos lances e a categoria de Helton, impediram o merecido golo aos castores.

           O FC Porto procurava ripostar através de lances de transição rápida, beneficiando da velocidade de Hulk, mas nem este conseguia ultrapassar a sua cansativa tendência  para não passar a bola ninguém, a não ser a ele próprio ou aos adversários, ou quando dela se desfazia o lançamento do passe era interceptado com facilidade pela defesa da casa.

            Os golos da pena imerecida aplicada aos pacenses vieram já nos últimos momentos da partida, o primeiro a castigar um mão na bola que parece existir e o segundo, mesmo no fim, numa entrada rápida de Valter a responder a um cruzamento mortal, rasteiro de Hulk.

             Individual e colectivamente, toda a defesa, incluindo Helton, esteve bem. O argentino afirma-se e ganhou gosto pela baliza; no miolo, Guarin ganha pontos em cada jogo e, Moutinho como Belluschi, mais o Messinho que o Fernando B. tiveram boa nota. Souza, entrou hesitante mas corrigiu depressa e cumpriu. Na frente, Falcao, esteve perto de marcar não fora Cássio, em grande defesa com os pés, impedir de o fazer. Não voltou do intervalo, ao que parece por estar no limite do esforço. É razão aceitável já que não deixa de dar o "corpo ao manifesto" em todos os jogos em que entra. Jámes, de novo, mostra classe e, também, que virá a ser ainda melhor do que é no presente. Estes jogos físicos dão-se mal com o talento sem muita experiência...

             Valter e Hulk: já disse que o "Maciço" é grande jogador e reafirmo-o. O tempo o confirmará. O "Incrível" está a tornar-se, para mim, numa contradição: uma vezes é, outras, parece-me que é. E o que me parece que é, é o que há-de servir de argumento aos putativos compradores do seu passe para não "bater", de caras, a cláusula de rescisão compatível com um jogador que, de facto, mostra (sempre) em campo que é e não o que parece ser.

             Artur Cartão Dias, imitou um carteiro a entregar boas-festas na época de Natal. Irra, ia ficando sem stock!

             Concorrência: não lamento ter o MELHOR CLUBE DO MUNDO contribuído para as vossas Festas Natalícias menos felizes. Estavam à espera do bolinho rei, não estavam? Pois contententem-se com a fava.
      
             FESTAS FELIZES E BOM ANO NOVO. Para todos... e desculpem qualquer coizinha.