sexta-feira, novembro 30, 2012

CORAGEM DA EQUIPA NÃO FOI PREMIADA.

Taça de Portugal
8ºs. Final
Estádiod AXA, em Braga

 2012.11.30



 "Uma displicência que não pode ficar impune"


           Sporting de Braga, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
                                      (ao intervalo: 0-1) - Golo de Mangala, aos 12')

                  Esta eliminatória da Taça de Portugal foi toda ela um acto de coragem que não foi compensado como merecia, e determinou o afastamento do Futebol Clube do Porto da conquista da segunda prova mais importante do futebol português.

                  Apesar de saber que teria de voltar a vencer no seu próprio estádio uma equipa que é, nesta altura, a segunda melhor do futebol português a  viver um momento de resultados negativos e com imperiosa necessidade de continuar na disputa desta prova que ambiciona conquistar, Vítor Pereira foi de peito aberto para a luta chamando oito jogadores menos assíduos na equipa como titulares. Não obstante, ninguém diria, ao ver esta equipa jogar com tanta garra, empenho na luta e pelo futebol que praticava, que não fosse capaz de superar o seu categorizado oponente.

                O Futebol Clube do Porto chegou ao golo logo aos 13', premiando a sua melhor organização que se manteve até à altura em que Castro foi expulso pela acumulação de cartão amarelo; depois da saída do médio Fernando, substituído por Danilo, o Braga cresceu e começou a pegar no comando da partida, com resultados no marcador depois da expulsão do médio Castro. Num momento de incrível displicência de Danilo, em má hora chamado ao jogo, que não pode deixar de ter consequências para um jogador com as suas responsabilidades, pago a peso de ouro, o Braga recebeu por baixo de mão um prémio justo. Quando, Éder, 5' minutos após a "traição" do Danilo, fez o 2-1, já só o coração portista acreditava que não tinha acabado ali a carreira invicta deste ano nas provas oficiais da equipa bi-campeã nacional.

              O Sporting de Braga voltou a mostrar que tem uma excelente equipa e pratica um futebol de muita categoria, mesmo que alguns jogadores não possam esconder algum abaixamento de forma. Fez muito por vencer este jogo, que lhe restitui o estatuto de uma excelente equipa que tem vindo a consolidar de há anos a esta parte.

              Dez amarelos e um vermelho, 28 faltas sofridas é coisa de surpreender numa equipa que, na Liga Zon Sagres e na Liga dos Campeões, tem uma folha absolutamente normal em termos disciplinares. A anormalidade, esteve em quem dirigiu a partida. Há jogos onde um simples robot poderia substituir com vantagem um árbitro a quem "encaixaram" na cabeça um programa no lugar onde deveria estar um cérebro.

              Otamendi, à frente de Mangala e Abdolaye, Castro, Défour e James, logo a seguir, levaram vantagem exibicional relativamente aos demais, excluindo destes Kléber, o qual só a eles se igualou na luta. 

              Danilo, tem que assumir ter sido o causador da equipa não ter alcançado o prémio que os seus colegas mereciam.

                 

CORAGEM DA EQUIPA NÃO FOI PREMIADA.

domingo, novembro 25, 2012

PROFECIA DE JESUS CONFIRMADA EM BRAGA.




Colombianos a tempo e horas dão a vitória ao FC Porto
Liga Zon Sagres
Estádio AXA - Braga
20112.11.25

                   Sporting de Braga, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
                                                 ( ao intervalo: 0-0)

    GOLOS: James Rodriguez, aos 89' e Jackson Martinez, aos 90'+ 3'.

    Sorte, muita sorte é ter um jogador como JAMES RODRIGUEZ na equipa! E rir-me-ei de quem venha a dizer que o ressalto da bola no pé de Douglão que produziu o efeito para a levar a bater na trave e a entrar na baliza de Beto no primeiro golo que abriu o caminho do triunfo em Braga é um golpe de sorte, desvalorizando a fantástica execução individual do lance por parte do prodigioso colombiano do FC Porto.

  O Futebol Clube do Porto venceu com justiça uma magnífica equipa num jogo excelente, com ambos os conjuntos interessados em chegar à baliza contrária à procura do golo, com períodos onde predominou o equilíbrio mas com o bi-campeões a controlar e a superiorizar-se aos bracarenses na maior parte do encontro.

  Toda a gente estava avisada quanto às dificuldades desta deslocação a Braga tanto pela valia do adversário como pelo benefício que para ele representaria nesta fase menos brilhante que está a atravessar, vencer o líder da Liga e do grupo a que pertence na Liga dos Campeões. As declarações de Peseiro quanto à determinação em não consentir a dilatação da desvantagem que já tinha em relação do primeiro lugar são esclarecedoras da vontade dos bracarenses em garantir a conquista dos três pontos em disputa.

  O FC Porto esteve à beira por duas vezes de abrir o marcador logo entre os 1' e 2´de jogo, em duas oportunidades flagrantes criadas, com uma bola no poste e uma recarga, logo a seguir, que se perdeu por cima da baliza. Também o Braga o poderia ter conseguido se o critério com que Xistra avaliou a bola no cotovelo de Sandro tivesse sido igual ao de Rui Silva, no sábado na Luz, no julgamento da "falta" que originou o penalti do primeiro golo contra o Olhanense aos encarnados.


   Nos primeiros vinte minutos, as despesas do jogo correram todas por conta do FCP que dominava as operações diante de um Braga algo receoso, bastante retraído no seu no seu meio campo, um pouco surpreendentemente contra o que lhe é próprio fazer. Mas, quando aos 22' Mossoró alvejou a baliza portista obrigando Helton a aplicar-se, estava dado o aviso de que o Braga estava londe da rendição.

   Com o jogo mais equilibrado, ambas as equipas procuravam chegar ao golo. Lucho, remata por alto, aos 24'; aos 31', Nuno André Coelho, aponta com força um livre para Helton defender para canto; aos 32', nova defesa de Helton e, aos 35' é Mangala a intervir num corte de cabeça; Fernando, vê amarelo aos 38', por entrada aparentemente agressiva.

   Já com a segunda parte a decorrer á a vez de Custódio ser amarelado aos 52', e, logo a seguir, James Rodriguez protagoniza uma das suas grandes jogadas individuais, com Beto a enviar para canto. Na sequência da marcação, é Jackson a rematar de cabeça, por cima da travessa. Varela, vê amarelo aos 63', e, aos 67', Hugo Viana dá o lugar a Rúben Amorim, no SCB. Vítor Pereira, responde fazendo entrar Atsu para o lugar de Varela; aos 71' e 72', Ismaily e Otamendi, são advertidos com  o cartão respectivo; Moutinho, sai aos 80' e entra Défour; aos 85', Rúben Micael cede o lugar a Djamal. Helton, nega o golo aos bracarenses aos 86' com uma grande defesa; Leandro Salino, entra na lista doa amarelados aos 87', e, nesse mesmo momento, Lucho tira Kléber do banco.

    Faltava um minuto para o momento do jogo, quando "El bandido", o prodigioso JAMES RODRIGUEZ, aos 89', chegou à fórmula mágica e patenteou o invento do golo: percepção do êxito, rapidez de execução, arte no desenho da trajectória, potência de remate, crença! Estava lá o pé de Douglão? Pois estava; se tivesse apenas uma perna não estaria lá...

   Estava a ver que a fortuna tinha virado as costas ao Jackson Martinez. Andou todo o tempo a desassossegar a defesa bracarense, a esforçar-se como javali cercado pelos caçadores para romper o bloqueio sempre à espera da ajuda que não lhe chegava, quando Douglão, ainda a carpir mágoas pelo golo sofrido pela sua equipa, lhe franqueou a porta de saída para o chá-chá-chá da festa final. Foi castigo demasiado para um Braga que já viveu dias mais eufóricos? Admitamos que sim. Porém, por em causa a justiça da vitória do Futebol Clube do Porto, no jogo, é mera e irrelevante conjectura.

    Helton, adquiriu já as características do bom velho vinho do Porto, está em excelente forma. Otamendi está cada jogo mais consolidado no posto. Mangala, começa a adquirir a frieza do aço. Danilo aumenta jogo a jogo a confiança; Alex Sandro, é craque garantidamente influente na manobra da equipa; Fernando, regressou em grande, Moutinho esteve à sua altura na primeira parte, mais apareceu menos na segunda; Lucho, fez o seu trabalho habitual, estando sempre no lugar certo à hora conveniente; Varela, apresenta-se em bom estado de forma, mas nem sempre completa o que pensa, ou, o contrário. Jackson, já acima dei conta da sua relevância para a equipa. JAMES RODRIGUEZ, esteve muitíssimo bem: foi um constante quebra-cabeças para a defesa do Braga, muitas vezes travado em falta, e foi decisivo para o resultado final do encontro.

    Défour poderia ter ido a jogo um pouco mais cedo. Está em boa forma, sente-se que procura ganhar pontos aos olhos de Vítor Pereira. Sexta-feira está já aí e o treinador do FC Porto, diz que gostaria de poder por todos a jogar...Atsu, como já vem sendo hábito, ajuda muito quando entra. Kléber, ontem, não conta.


    Esperava uma "xistrada" à moda antiga, mas o "homem" aguentou-se, apesar de continuar a refugiar-se nos cartões. No lance polémico da bola no braço, já tenho visto muitos intocáveis tomarem idênticas decisões em lances ainda menos duvidosos como este foi.

    O Vítor estava cansado? Mau, deixem o rapaz dormir um pouco que bem merece.

   


 



   

  

quarta-feira, novembro 21, 2012

DÉFOUR DE ALTA TENSÃO DINAMIZOU O CAMPEÃO.

        
 
Maestro Moutinho assina 150.ª vitória internacional
   Liga dos Campeões

             Estádio do Dragão (O Mais Belo da Europa)
             2012.11.21

               FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - Dínamo de Zagreb, 0
                                 (ao intervalo: 1-0)
             (GOLOS: 20', Lucho; 67', Moutinho; e, aos 85', Varela)

             Todas as condições estavam reunidas para que o Futebol Clube do Porto alcançasse esta noite no Dragão uma vitória tão tranquila quanto esperada. Nem a bola que bateu no interior do poste da baliza do senhor guarda-redes do FC Porto, de seu nome Helton, logo aos 13', recusando o golo ao Dínamo teve um efeito de descrença em relação ao que haveria de ser o resultado final.

             A equipa do FC Porto passeou pelo relvado de princípio ao fim sem nunca ter necessidade de recorrer à quinta velocidade, sem que, por outro lado, tivesse adormecido ao volante. Poder-se-à dizer, para manter a linguagem automobilista, que a jogou em "velocidade controlada", querendo eu dizer com isso que só uma equipa segura de si, moralizada e sem estar sujeita a pressões tem categoria para seguir este comportamento.

             É evidente que esta atitude tem perigos, sobretudo se em momentos de desatenção ou falha como teve Otamendi, o adversário souber aproveitar. É também de bom senso não confiar no 1-0 durante muito tempo, porque, o adversário tem objectivos, e, no caso desta noite o Dínamo, que não é uma grande equipa europeia teve futebol bastante para concretizar, pelo menos em parte, alguns deles.

             A vitória é claríssima e permite ao FC Porto manter a liderança. Os números poderiam ter atingido outra expressão, mais altos para os Dragões e, com alguma justiça, um pelo menos para o Zagreb se o Varela tivesse estado pelos ajustes. 

             Já que falei no "drogba da caparica" devo dizer que deve ter sido o que esta noite mais toques deu na bola, o que não significa ter jogado muito bem. Marcou um golo e mereceu-o. Teve as luzes dos holofotes sempre em cima mas faltaram as lantejolas para se ver o brilho.
         
        Quem esteve muito bem foi o Défour. É óbvio que estou a ser polémico porque o belga não marcou nem jogou o tempo todo. Mas, meus caros: enquanto lá esteve foi excepcional:  sempre onde era preciso, procurando dinamizar e acelerar o jogo, servindo à frente e ajudando na rectaguarda, tenho para mim que nenhum outro dos nossos o suplantou. Muito bem, concordo, o João Messinho, aliás Moutinho, quando passou para a posição onde mais gosta jogou com é próprio dele, marcando um golo de livre (!) soberbo. Otamendi, penitenciou-se do pecado que lhe apontei, está perdoado. Mangala, talvez o mais certinho e o jovem Abdloyie também "cheirou" a asneira mas não provou. Lucho é D. Lucho, el Comandante, e anda por ali sempre com os outros debaixo de olho. Vocês viram onde ele estava e como concluiu a partitura composta por Moutinho e Jackson que deu o primeiro...É preciso mais? Danilo, bastante discreto sem nota negativa, James Rodriguez à solta, a andar por ali a fazer diabruras  como acontece com os meninos dotados sem necessidade de fazer os TPC (trabalhos para casa) que o professor (Vítor Pereira) lhe exige noutras ocasiões mais exigentes. Jackson Martinez, alternou o excelente, com o bom e, algumas outras vezes, o suficiente. Não marcou, mas quem é que o faz em todos os jogos?

         Fernando e Alex, depois Atsu, com mais e menos tempo de jogo, respectivamente, entraram para dar a conhecer à plateia que estão prontos para todo o serviço.
        Já em Braga?

        O "barbeiro" italiano, se lhe descontarmos uns leves cortes de navalha mal segura nas mãos deve ser considerado um fígaro de qualidade.

         Acho que me "alarguei" mais do que inicialmente pensava fazer. Por isso, aos que tiveram a pachorra de chegar até aqui só tenho a desejar-lhes bom sorte para a dose dupla de Braga...

         
        

  
                                       

                            

sábado, novembro 17, 2012

O QUE É PORTO É (UM) LUCHO!


Plano B vale vitória portista ao ritmo de Atsu

Taça de Portugal
Ilha da Madeira (Choupana)
2012.11.17

                              Nacional, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3
                                              (0-1, AO INTERVALO)
                                           (Lucho, Mangala e Kléber)

                                  Um treinador cada vez mais decisor (Vítor Pereira), uma defesa com a consistência do aço (Otamendi), um  artista do tango de luxo a comandar a orquestra no centro da pista (Lucho González) e um africano especialista na arte do batuque (Atsu), e mais uns quantos "diabretes" a fazer das suas, merecem que deles se diga que "O QUE É PORTO É (UM) LUCHO.
   

segunda-feira, novembro 12, 2012

POUCA CARUMA PARA GRANDE MAGUSTO.


*
  Liga Zon Sagres
     Estádio do Dragão - Porto - Portugal
     2012.11.11


           FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2 - Académica de Coimbra, 1

  
                              Não terá sido a que se esperava a exibição do Futebol Clube do Porto realizada ontem à noite no Estádio Mais Belo da Europa, na partida contra a Académica, mas, a justiça da vitória é inquestionável. Não foi um grande magusto em dia de São Martinho porque escassearam as castanhas e a caruma para as assar.

                              O ritmo em que decorreu o primeiro tempo foi muito baixo, os jogadores do FCP saiam mal nas tentativas das jogadas individuais, raramente um passe chegava ao destino pretendido facilitando a eficácia do bloco defensivo dos estudantes e as suas incursões ao meio campo portista, sobretudo por intermédio de Wilson Eduardo, a obrigar a defesa da casa a trabalho atento para evitar surpresas. Neste período foi Jackson que esteve em maior evidência apesar de não ter estado feliz numa tentativa de chapéu ao Ricardo que saíra da baliza um tanto precipitadamente e ao rematar por alto uma chance de chegar ao golo.

                          E pouco mais se terá visto neste fraco período inicial da partida, sobrando alguma apreensão quando os jogadores desceram aos balneários sobre o que poderia vir a acontecer na segunda parte com a Académica a reforçar ainda mais as suas linhas defensivas e o FC Porto a manter o torpor demonstrado ao longo dos primeiros quarenta e cinco minutos.

                           No regresso ao relvado foi  notória a mudança de atitude. Mais velocidade de execução com a bola, rapidez na movimentação e precisão no passe. O jogo mudara e isso era patente. Lucho descobre James, na direita, este entra na área bem determinado e fuzila a baliza pelo poste mais próximo, sem hipótese para Ricardo: 1-0, estava aberto o ferrolho. O assédio à baliza dos académicos mantinha-se e, João Moutinho, inspirado, desfere cá de fora um excelente remate de pé direito e eleva para 2-0 o marcador. Ficava decidido o jogo? Nem pensar.

                           Porquê, então? 

                            O FC Porto tirou de novo o pé do pedal e a Académica reagiu e alterando um pouco a estratégia do seu jogo fazendo entrar jogadores com características mais agressivas e rápidos. Wilson continuava muito interventivo e aos 73' a Académica esteve à beira de marcar. Atsu, que substituíra Varela, entrou muito rápida na área e, perante Ricardo, falhou uma grande oportunidade de fazer o 3-0. Aos 79', um remate feito à distância pelo melhor jogador da Académica no jogo de ontem, Wilson Eduardo (quem haveria de ser?), bateu Helton, traído pelo efeito que a bola adquiriu ao bater na relva deixando que ela lhe passasse por baixo. Pareceu mal batido, mas são contingências que acontecem aos melhores.

                            Aos 85', Castro entrou para o lugar de Moutinho e aos 91, Kelvin foi ocupar o lugar de James.

                            Pelo que acima vai referido o Futebol Clube do Porto não produziu uma grande exibição, mas fez o que era preciso para ganhar e mereceu a vitória. Há certamente atenuantes para a falta de brilhantismo a que já nos vem habituando, mas o jogo menos conseguido da noite de ontem não apagam o que já é evidente esta época: o Futebol Clube do Porto está na rota certa para se tornar uma equipa temível, cada vez mais consistente e personalizada capaz de agradar aos seus simpatizantes e associados.

                           Individualmente, Otamendi e Mangala, na defesa, excelentes;  Défour, Lucho e João Moutinho (na segunda parte até merecia que dissesse João Messinho), andaram perto do bom; na frente, foi James, o mais brilhante e decisivo, com Jackson logo atrás, mesmo que não tivesse mantido a série dos remates certeiros. Varela, não me pareceu muito feliz, mas, mesmo assim, cumpriu. Castro, dentro do que se lhe conhece, e, Atsu, como sempre muito rápido terá de ser mais eficaz para se tornar um caso sério.

                                 Hugo Miguel não complicou.

                           Continuamos em primeiro e isso é bom.

                            

                      
                             
  

terça-feira, novembro 06, 2012

MELHOR, SÓ GANHANDO...

      ( Sol)
O FC Porto empatou esta noite na Ucrânia frente ao Dínamo Kiev.
   Liga dos Campeos
      Em Kiev (Ucrânia)
      2012.11.06

                  Dínamo de Kiev, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 0

                               Com um empate, o Futebol Clube do Porto cumpriu o seu principal objectivo que era passar à fase seguinte da competição máxima do futebol europeu. Porém, a classe com que ilustrou a sua exibição e o controle exercido sobre o seu adversário na maior parte do tempo de jogo justificavam a obtenção da vitória.

                              Ressalvados os escassos cinco minutos iniciais de que precisou para marcar e ocupar os territórios onde cada um deveria mover-se, o FC Porto jamais deixaria o seu adversário explanar o seu jogo e, chegados os 20' minutos, já tinha ganho a confiança necessária para desenvolver jogadas ofensivas com perigo e levar o jogo para o meio campo ucraniano.

                             Aos 35' o golo assombrou a baliza dos da casa, quando Jackson, entrando de cabeça a um centro preciosos de Danilo (?), proporcionou ao guarda-redes do  Kiev um estiranço fantástico mandando com os dedos a bola para canto. 

                             Já na segunda parte, aos 56' foi Varela a atirar ao lado um passe de Jámes, num cabeceamento mals orientado. Aos 62', num livre directo, Moutinho bateu, o esférico desviado para canto não foi aproveitado. Porém, aos 67', Danilo entrega a um adversário que atirou fraco e Helton, atento, defendeu. 

                             Após as alterações introduzidas na equipa o Dínamo subiu alguns metros no terreno mas o Porto acabou por recompor-se voltando ao comando das operações, mas, os seus movimentos de ataque eram agora mais em controle, menos rápidos, com mais preocupação de manter a bola com o objectivo de manter, pelo menos, o empate.

                            Tenha esperança de ver o FC Porto confirmar neste jogo importante, fora de casa, contra um adversário que no Dragão dera boas provas de ser uma boa equipa, assumisse o jogo com classe demonstrando estar perto de ser uma equipa temível e capaz de fazer grandes coisas nesta prova. As minhas expectativas não saíram defraudadas porque a equipa foi categórica, personalizada, coesa, audaciosa, e, principalmente, demonstra que está consciente das suas capacidades.

                            Helton, esteve fantástico. Danilo não tão bem como Otamendi e menos que Mangala, porque, estes, foram brilhantes. Abdolayie BA, só teve um pequeno erro sem consequências, o que para um estreante nesta prova é de louvar. Está ali um central de futuro garantido. No miolo, as exibições de Moutinho e Lucho já não surpreendem e primam pelo esforço, capacidade técnica e organização de jogo. Défour não é jogador que interesse aos cameraman mas percorre quilómetros pelo relvado à procura da bola. Jámes Rodriguez dá perfume ao jogo e cria jogadas de estarrecer os adversários. Só mesmo "à cacetada" o conseguem travar. Varela foi dos que mais trabalhou, todavia faltou-lhe "um bocadinho assim" para ludibriar os dois ou três adversários que lhe pareciam no caminho. Jackson Martinez não marcou, mas manteve o nível das excelentes exibições que vem fazendo.

                            Vinte valores para a equipa de arbitragem. Afinal, nem sempre sopra mau vento de Espanha...

                            Não vou escrever que este resultado sabe a vitória porque o paladar de um empate não é tão saboroso como quando se ganha. Atendendo a que a equipa só não conseguiu os três pontos pelos imponderáveis que fazem parte do futebol e, em termos práticos, obteve o que queria não poderia deixar de estar por demais contente e feliz.












     

sábado, novembro 03, 2012

COISA MAIS BONITA!

    

             Costumamos dizer, quando alguma coisa nos agrada sobremaneira e não conseguimos encontrar forma de a expressar à altura da satisfação que ela nos causou, -palavras para quê?. Foi com esse estado de espírito que, após ter visto pela TV o jogo que se realizou no mais lindo estádio da Europa, entre o FC Porto e o insular madeirense Marítimo, achei melhor não me alargar nas considerações sobre o encontro e dizer tudo numa simples afirmação: "o melhor em campo hoje foi a equipa".

              Com efeito,o Futebol Clube do Porto jogou muito bem, principiando logo após a ordem vinda do apito, assumindo o controle da partida do primeiro ao último minuto como ainda esta época não lhe víramos fazer. Posse, progressão rápida, desmarcações constantes, passes certeiros, recuperação de bola e segurança defensiva, quase parecendo que estavam sozinhos no relvado. Jogadas bem delineadas, de que foi paradigma o magnífico lance que deu o primeiro de Jackson e do jogo, ao ritmo e beleza do chá-chá-chá. E Varela, logo a seguir que preferiu a janela à porta por onde tinha entrado o colombiano, para ordenar à bola que fosse colar-se ao véu para ser ainda mais linda.

              Andava por ali  "mau olhado" porque, quando menos se esperava, Fernando, primeiro e Maicon, a seguir, tiveram de deixar o baile mais cedo por terem  sofrido lesão. A  Helton, havia de suceder o mesmo na segunda parte, mas a bateria não ficou sem caixa entrando Fabiano para manter o ritmo alto.

              Jámes, já na primeira andou a folhear o livro e, na segunda, chegou ao capítulo que tratava dos golos e escolheu dois, para gáudio do Presidente o último mereceu entusiástico festejo. 

              Já lá estavam cinco e com o tempo a esgotar-se para desgosto dos adeptos que achavam que o jogo deveria ter prolongamento, os jogadores ainda não tinham abrandado no afã de aumentar o score.

             Estou-me borrifando para quem diz que o FC Porto jogou bem porque o Marítimo "não jogou nada". Já tenho assistido a inúmeros jogos onde, mesmo contra equipas que "não jogam nada", os favoritos ganham "à rasca" ou até perdem deixando ainda, para mal dos adeptos, uma péssima impressão pelas paupérrimas exibições que realizam.



Capa do jornal O Jogo - Lisboa             
           Já tive oportunidade de afirmar antes, que o Futebol Clube do Porto estava no caminho certo para alimentar a esperança de ter a breve prazo uma equipa de respeito. Ontem, ficou demonstrado à saciedade o potencial dos seus jogadores, quer tenham ou não iniciado a partida por opção do treinador. Vítor Pereira revela agora muito mais segurança nas suas decisões, melhora na imagem com  que iniciou as suas funções e está de bem com a felicidade. Independentemente dos resultados que se verificarem daqui para a frente, os adeptos já poderão confiar que, se acontecer algum desaire, há força bastante para o superar.

           Já me penitenciei interiormente e entre os amigos portistas sobre os juízos precipitados que formulei em relação a Jackson Martinez. Tem feito tudo para que eu me convença das minhas limitadas capacidades de avaliação do valor de atletas, sobretudo por ter tido a petulância de a concluir tendo-o visto actuar apenas ao fim de o ter visto nos dois ou três primeiros jogos com a camisola do FC Porto. Só espero que continue a humilhar-me cada vez mais! Até desejo, e vou torcer quanto mais puder que aconteça, para que não supere alguns dos defeitos que agora revela (ele não é perfeito, é bom lembrar...), não vá o Barcelona (!?) querer fazer o mesmo que o At. Madrid fez com Falcao...

          Não gosto do Cosme e pronto! Também me irritava com o cabo gibo analfabeto que tive o azar de  encontrar na recruta quando fui prestar serviço militar obrigatório, porque achava que ele tinha mais aptidão para guardar porcos no Alentejo que para fazer a revista às botas que eu trazia calçadas por não terem o lustro que ele exigia.

           

           

sexta-feira, novembro 02, 2012

JACKSON ENTROU PELA PORTA, VARELA PELA JANELA E DE JÁMES TUDO SE ESPERA.ES

       

'Jackshow' Martínez e James arrasam em festival portista


       Liga Zon Sagres
           

             Estádio do Dragão (Portugal)
             2102.11.02
  
             FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 5 - Marítimo, 0                           
                           (ao intervalo: 2-0)
                       
                   Golos: Jackson Martinez, 4 e 72'; Varela, 35' e Jámes Rodriguez, 59' e 77'

            Neste jogo, o "Melhor em Campo" é a equipa. Numa partida onde todos os jogadores estiveram bem ou muito bem, quem mais brilhou foi o conjunto. Não sendo (ainda) perfeita, cresce a cada jogo a minha convicção de que esta equipa do Futebol Clube do Porto encontrou a rota certa para vir a atingir o patamar de excelência.

           

  • Liga Zo0  Estádio do Dragão (Portugal)2012.11.02