segunda-feira, novembro 28, 2011

COMEÇA A TOMAR BRILHO A CHAMA DO DRAGÃO.

        

          Os jogos ultimamente realizados pelo Futebol Clube do Porto que terminaram com dois saborosos e importantes triunfos, deram sinais positivos de que a equipa está a tentar inverter o processo de desmantelamento dos seus objectivos e está empenhada em reencontrar o rumo que a conduzirá ao sucesso. Não obstante um dos objectivos prioritários já ter sido perdido, com a eliminação sem honra contra a Académica na prova da Taça de Portugal, o muito que ainda está em jogo na actual época será, em caso de vitórias, um grande sucesso.


        Um dos primeiros objectivos do treinador deverá ser a estabilização da equipa evitando mexer, na medida do possível, na composição das suas pedras. Pelo menos num determinado núcleo de jogadores que garantam a execução do plano do técnico para cada jogo e o élan do conjunto. Depois, que cada um dos escolhidos seja mantido o maior número de jogos no posto para cujo desempenho tem mais aptidões e melhor pode render.


         Reportando-me às últimas opções de Vítor Pereira devo entender que Maicon só foi posto a defesa direito esporadicamente e o lugar será entregue a um dos seus melhores intérpretes disponíveis no plantel: Fucile e Sapunaru; e que Hulk, apesar da sua polivalência, nunca substituirá um bom ponta de lança de raiz e o seu rendimento decresce, em termos individuais e colectivos, se deixar de aparecer com a necessária frequência nos corredores direito ou esquerdo do ataque, mais vezes no primeiro.


          As subidas de forma claras de João Moutinho (desde os jogos da selecção) e de Fernando, aliadas à opção por Défour em detrimento de Belluschi, arescentaram mais valias ao miolo agora mais simples e prático na concretização das jogadas, sobretudo as de ataque pelo sentido de apoio do belga.


          Dentro do sistema em 4X3X3 que é o paradigma normal do jogo do Futebol Clube do Porto desde há muito, um ponta de lança "de raiz" é fulcral. Kléber ou Valter, neste momento, porque é o que há. A não ser que que Pinto da Costa ande por aí na cata de alguém que se pareça com Lima...


          Termino a falar de HULK. Desde que assisti no Dragão à sua estreia até agora, muitas das arestas que então lhe apontei já foram limadas. Está naturalmente melhor. Mas não tanto melhor como gostaria que estivesse. Com efeito, o Incrível tarda em deixar cair a tendência para se apegar à bola, prendendo-a quando era necessário cedê-la a um colega capaz de prosseguir a jogada com êxito, usa muitas vezes o um para um quando se impunha o passe e, em jogos que não lhe correm como queria, é bastante intermitente no brilho e no apagamento. Para além de fazer tudo para da r razão ao árbitro quando este não tem razão nenhuma para o admoestar. O brasileiro de ouro da equipa, deve convencer-se, que tanto pode ser considerado um jogador excepcional quando faz golos como os de ontem, como quando executa jogadas MÁGICAS como a que deu a Kléber a oportunidade de chegar ao 3-0.


    

         

domingo, novembro 27, 2011

CRISE RESOLVIDA À BOMBA!

            Liga Portuguesa.

            Estádio do Dragão
            2011.11.27
     
                             FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - Sporting de Braga, 2

    
            Melhora a olhos vistos o estado de saúde da equipa azul e branca se valorizarmos mais os sinais positivos da sua recuperação do que algumas sequelas que ainda persistem do período crítico que atravessou.

                                          HULK, A FIGURA.

            Tomando como referência a reacção positiva operada em Donetsk, esta noite, no Estádio Mais Belo da Europa e perante o apoio e incentivo esfuziante dos seus adeptos, o Futebol Clube do Porto ratificou, melhor dizendo, ampliou uma imagem inequívoca de que está determinado a mudar, radicalmente, de vida.

             Como se antevia o adversário tentou logo de início uma postura de intimidação com vista a que o FC Porto se intranquilizasse, optando por uma atitude de manter o jogo no meio campo portista e esperar a construção de uma oportunidade para Lima. Nos primeiros 25' o Braga foi mais ofensivo, e, os Dragões tinham muitas dificuldades em chegar área de Quim, quer em razão do acerto da defesa bracarense quer porque as transições e os despiques umxum falhavam. 

          Aos 36' e quando o Porto já tinha assumido o comando do jogo, James aproveitou algum espaço no lado direito e com um centro tirado a régua e compasso serviu HULK que, no sítio exacto, bateu de cabeça para o 1-0. Um belo lance, superiormente concretizado pelo Incrível.

                      HULK, a voar entre os centrais.


          A segunda parte começou em ritmo mais baixo por parte do Braga e o FC Porto intensificou o domínio que assumira no primeiro tempo mas não lograva aumentar a vantagem. Então, já quando Jardim tinha iniciado as substituições, foi a vez de Vìtor Pereira mexer, substituindo de uma assentada Djalma e Défour, entrando Cristian Rodriguez e Souza. Por momentos pareceu-me que o Dragão reagiu, desagradado, mas sem razão como se viria a confirmar com a subida do rendimento da equipa.

                      HULK, chega (sempre) primeiro.

          Aos 77' surgiu o 2-0, de novo por HULK a passe de Moutinho. Ainda mais bonito que o desenho da jogada foi o estupendo remate com o pé esquerdo e ao seu jeito do ariete portista, sem chances para a defesa de Quim, que voou em vão na perseguição do meteoro. Já com Kléber, que entrara a substituir James, apareceu o fácil 3-0 num encosto à marca de penalti de uma bola servida na bandeja por HULK, que a enfeitou com a arte de um cozinheiro consagrado.


                                      Os festejos.

          A três minutos do fim do encontro os jogadores do Futebol Clube do Porto foram para o banho deixando em campo apenas as camisolas. Impensável, inadmissível, imperdoável, incompreensível alheamento do jogo da equipa campeão nacional! Hulk, travou dentro da área em falta nítida o jogador do Braga que foi deixado completamente sozinho, na direita, e teve tempo para tudo. Na conversão, Lima, que não tivera uma única oportunidade de marcar no decorrer do jogo, fez o 3-1, sem hipóteses para Helton. Logo a seguir, agora do lado direito, o centro sobre a nossa baliza foi feito sem qualquer oposição e, servido de novo Lima para a frente da área, este, completamente à vontade, fez um excelente remate e bateu Helton, sem apelo nem agravo, pela 2ª vez, terminando a partida 2' minutos depois com o Porto na eminência de fazer o 4-2.

          Como ficou claro no início deste comentário ainda desta vez o resultado superou a exibição. Mas foi justa a vitória, até nos números, porque o Braga também não mereceria um resultado mais contundente.

          Também individualmente os jogadores subiram de rendimento em relação ao passado recente. Helton continua seguro e confiante. Maicon, manchou a ficha na jogada que deu o segundo ao Braga; Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira têm nota positiva mas o Palito ainda não tem a alça regulada para os centros que sabe fazer; no miolo, Fernando, Moutinho e Défour, com James mais adiantado, trabalhou muito e, após os 20' iniciais, quase sempre bem, mas o colombiano não brilhou como se espera do craque que é. Djalma terá cumprido o plano que lhe confiaram, todavia não foi muito produtivo. Tanto Kléber, que regressou à equipa e aos golos, como Cristian Rodriguez e Souza, não comprometeram a aposta que neles fez o treinador portista que, deste modo, arrefeceu a veia crítica dos seus detractores.



                HULK, o maior, foi a figura de maior destaque de entre os vinte e seis que participaram nesta partda.


                                           A linha inicial.


           Verdadeiramente lastimável e desprovida de imparcialidade foi a arbitragem de Artur Soares Dias. Errou vezes de mais, cometeu falhas grosseiros e julgamentos desprovidos de senso, interferiu no andamento do jogo por tudo e por nada, colaborou até ao limite da tolerância com simulações de faltas dos jogadores, coincidentemente em desfavor do Futebol Clube do Porto, nem podendo ser-lhe concedida a desculpa de ter sido uma partida de elevado grau de dificuldade. Só não foi uma noite estragada porque os jogadores não alinharam nas suas asneiras. Provavelmente, não gosta dos árbitros ingleses mas, pelo menos, seria recomendável que tivesse assistido ao jogo da véspera, no " galinheiro". 



                                 O pior da noite.
            

sexta-feira, novembro 25, 2011

UMA RECAÍDA AGORA SERIA FATAL.

            

 
          O Futebol Clube do Porto não podia trazer da Ucrânia outro resultado senão uma vitória. As circunstâncias em que partiu para Donetsk não permitiam qualquer cenário de derrota e apenas um triunfo conseguiria diluir o panorama sombrio que pairava sobre a equipa, o seu treinador e, quiçá do próprio presidente Pinto da Costa.

         O silêncio que rodeou a partida da comitiva para a Ucrânia era sintomático quanto ao estado espírito dos jogadores e responsáveis, que sentiam a pressão da comunicação social hostil e ávida de despojos, e, muito mais elevada ainda, a dos próprios sócios e adeptos.

         O Futebol Clube do Porto não conseguiu uma exibição arrasadora, daquelas que não deixam qualquer hipótese à crítica mal intencionada e capturada aos interesses a quem se venderam. Foi feliz, sem necessidade de se envergonhar dessa felicidade porque lutou muito, sentiu a responsabilidade do momento e a imperiosidade de vencer e foi justamente recompensada com um triunfo que mereceu.

         É necessário, porém, não esquecer que nem tudo acabou com o triunfo que coloca os campeões nacionais, de novo, na rota certo da Champions. E, uma recaída (leia-se insucesso) no próximo jogo para o campeonato no Dragão, contra a excelente equipa do Sporting de Braga, poderá ter como consequência nefasta uma recaída de consequências fatais.

         Estou convicto de que o estado actual psicológico dos jogadores do FC Porto, de que estaria afectada toda a equipa e se agravou com a "noite negra" de Coimbra, é actualmente bem diferente.Outrossim, a massa adepta (apesar de não totalmente confiante), arrefeceu algo na sua animosidade contra os jogadores e técnico e não regateará apoio à equipa no Estádio Mais Belo da Europa, no próximo domingo. E não deveria ser de outra forma.


         Tal como todo o staff portista carregou até Donetsk o fardo pesado de ter obrigação de vencer uma equipa que, também ela, alimentava aspirações na prova, cabe agora aos adeptos comportarem-se como verdadeiros trunfos exteriores para levar de vencida este difícil obstáculo. É preciso reconhecer sem hesitações ou reticências que o nosso adversário seguinte é uma das melhores equipas do nosso campeonato, e, se aliar ao bom futebol que produz uma noite de estar de bem com a sorte, a tarefa que temos pela frente é de respeito.


         O Braga é um bom conjunto recheado de jogadores de categoria em grande forma actual: Alain, é provavelmente o que se encontra em pique mais apurado, mas, Hugo Viana nunca o vi em melhor condição como agora, E Mossoró sempre me impressionou por ser uma cópia de Deco (que maravilha o "nosso" mágico gostar tanto do clube e da cidade onde foi tão feliz); Helder Barbosa atravessa um momento muito bom e terá motivação acrescida por vir actuar no cenário de sonho que bem conhece. Mas quem é verdadeiramente uma ameaça é, sem dúvida Lima: inspirado, se tiver uma folga, faz parar o sangue de qualquer mortal. É uma ameaça verdadeira. Tivesse tido uma noite feliz e o Sporting teria regressado das nuvens à terra sem razões para se lamentar.


          Não o fiz na quinta-feira passada e não o farei agora. Mantenho a confiança em Vítor Pereira, na equipa técnica e nos jogadores, já que no Presidente foi, é e será, incondicional até ao fim.


          Que querem? Sou assim, sou Porto e já não vou (nem quereria) mudar.





        

quinta-feira, novembro 24, 2011

MELHORIA DA CHAMPIONS TESTADA NO CAMPEONATO.

      
     Estádio do Dragão: a beleza que não cansa!

            Cumprida com êxito a operação na Ucrânia é tempo de preparar a defesa das nossas próprias linhas com vista a rechaçar firmemente a ambição bracarense e assegurar a liderança sem esperar benefícios colaterais.

             Os jogadores do Futebol Clube do Porto vão estar de novo à prova, agora sob a vigilância directa dos seus adeptos que se deslocarão ao Estádio do Dragão, o Mais Belo da Europa, ansiosos por confirmarem a recuperação psicológica da equipa e a crença nas suas reais capacidades. Aliviada a pressão das últimas semanas, é de esperar que a melhoria da confiança em si própria, possa ajudar ao triunfo a confirmar a esperança no regresso aos dias felizes.

              Tenho, naturalmente, acompanhado a carreira do Sporting de Braga e vi o jogo que foi disputar a Alvalade para a Taça de Portugal, do qual saiu eliminado com o resultado de 2-0. Tive, até, preparado um post para publicar logo após o jogo, com comentários sobre a prestação dos intervenientes, mas, quando me aprestava para o divulgar cometi um erro ao premir as teclas e...foi tudo "p'ró caneco", e, o que então lá dizia sobre  a equipa de Jardim, pode agora ser tomado como elogio fora de tempo e conotado com o que vai acontecer no Dragão.

               Mas é o que penso e, sendo assim, estou à vontade para dizer que o Braga é, no actual momento, uma das melhores equipas do campeonato. Superior ao Sporting, não obstante as melhorias que os leões evidenciam desde que Domingos Paciência é o treinador. Os leões não têm, ainda, a harmonia de movimentos do conjunto bracarense, o seu fio de jogo e a temporização e execução individual  dos seus jogadores é inferior aos dos bracarenses que têm em Alain o seu máximo expoente. No jogo em questão, ao Braga escasseou a eficácia que o Sporting conseguiu, chegando ao golo numa jogada nos limites do fora de jogo (para usar um eufemismo para o fora-de-jogo), e, no segundo, o seu autor poderia ser um poste onde a bola tivesse embatido socada por um guarda-redes da escola de Roberto (de boa memória...). De resto, mesmo a jogar com 10 ainda antes do intervalo por expulsão (justa) de Adewlson, o Braga foi, em todo o jogo a equipa que fez mais remates, teve mais posse de bola, mais cantos a favor e cometeu menos faltas. Aos sportinguistas sobra coração que sustenta a raça e a agressividade competitiva,  que tem alimentado um "estado de graça" que pode terminar já no próximo fim de semana...

                Atenção, pois, Vítor Pereira. É essencial incutir na mente dos jogadores que este encontro não é muito diferente do da Ucrânia, porque, no meu modesto entendimento, o Shakhtar não será melhor do que o Braga e deu o trabalho que todos vimos, e, se a felicidade não tivesse estado connosco, estaríamos todos os portistas que vivem e sofrem a vida do clube, a carpir comentários de mágoa e decepção e a pedir a cabeça de jogadores, técnicos e, até, de Pinto da Costa.

               

              

            

quarta-feira, novembro 23, 2011

DE NOVO BESTIAIS!



         

   Liga dos Campeões

             Em Donetsk, Ucrância - 23.11.2011

                       Shakthar Donetsk, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2

                                                                     (Hulk, aos 78' e p. baliza, aos 89')

             A vitória nesta noite gélida na longínqua Donetsk, na Ucrânia, restituiu ao Futebol Clube do Porto o direito de lutar pela passagem à fase seguinte desta importante competição europeia, e poderá ter posto termo à crescente onda de inquietação que se vinha instalando no seio dos seus adeptos que têm, ao fim de uma série de resultados negativos, novas razões para sorrir.


             Os Dragões superaram com mérito esta dificílima prova num momento crucial, não apenas pela vitória alcançada frente a um adversário sempre perigoso, mas, sobretudo, por poder contribuir para uma superação do estado de confiança que parecia afectado.

             O FC Porto não entrou muito bem na partida e os primeiros 20' estiveram longe de ser vistos com tranquilidade, dando a ideia de que estávamos longe de obter o objectivo que nos convinha, a vitória. O fantasma das exibições decepcionantes pairou em quase toda a primeira parte, mostrando a defesa a mesma intranquilidade e desacerto e nos passes e transições e demasiada premiabilidade valendo,  então, a falta de eficácia dos jogadores ucranianos, embora Hulk, aqui e além, mas só e desamparado, obrigasse à vigilância privilegiada dos seus raids alguns concluídos, um deles, aos 4' quase resultando em golo.


             Na segunda parte o jogo foi mais interessante e o Futebol Clube do Porto subiu, claramente, de rendimento. Mais solto, com mais iniciativa e mais assertivo, foi aos poucos tomando conta da partida a ponto de a ter terminado em plano correspondente ao seu prestígio. Aos 72' ocorreu aquele que terá sido o momento do jogo, quando Helton desviou para o poste, com a ponta da luva, uma bola de golo feito. Vítor Pereira, finalmente, apesar do frio do estádio, tinha, afinal, os pés bem quentes, pois, já no primeiro tempo a trave rechaçou um remate do jogador da equipa da casa.

             O prémio para a equipa que o vinha merecendo veio aos 78' quando Moutinho "sacou" um dos seus passes de compêndio e serviu HULK, a desmarcar-se na perfeição para o receber, e, apertado, chutou com o pé direito e fez o 0-1, numa altura em que já estava em campo Cristian Rodriguez, substituindo Djalma. 


              O Porto era, então senhor do jogo, e só uma jogada individual de um dos excelentes brasileiros ao serviço do Shakthar, poderia alterar o resultado em nosso prejuízo. Entretanto, aos 80', saía James Rodriguez para dar lugar a Varela e aos 87' foi Défour a ceder a posição a Souza. Com a sentença proferida, a vítima já nem estrebuchava e um defesa ucraniano ajudou à alegria da vitória portista, marcando o segundo para o 0-2 final.


              Já ficou mais ou menos implícito que a vitória foi excelente seja qual for o ângulo por que se encare. Todos os portistas sabem porquê. Os outros, que se recolham às tocas e fiquem à espera na esperança de poderem voltar a deitar "os corninhos" de fora.


              Helton esteve, de novo, magnífico. Maicon, foi um susto durante o jogo todo pelo passado recente, mas não se transformou em pesadelo e merece elogios. Rolando e Otamendi, tiveram mau começo mas melhoraram, depois. Álvaro, ainda não foi o que sabemos que é, mas já andou perto. No miolo Moutinho, foi o melhor, mas, tanto Défour como Fernando, cumpriram com boa nota. Djalma, a surpresa, deu boa luta e teve jogo com bola e sem bola, tal como James Rodriguez, mas o colombiano não fez um grande jogo. Hulk, lutou e trabalhou, mereceu vigilância reforçadíssima e prendeu o jogo do contra-ataque adversário. Discutiu menos, e isso, também favoreceu a nota do melhor da equipa. Cristián Rodriguez, outra aposto de Vítor Pereira, entrou no jogo e Souza não teve tempo de suar a camisola.


              Equipamento bonito, o do Porto, esta noite.


              "A fé move montanhas", foi o primeiro título que me ocorreu para este post, acabando por optar pelo que consta do cabeçalho a pensar no que vão dizer, amanhã, e depois, os críticos e os cépticos. Por mim, estou já a pensar no próximo jogo no Dragão, com a esperança de o ver repleto de portistas a mostrar aos jogadores, equipa técnica e direcção quanto nos deixam felizes estas saborosas vitórias obtidas "contra tudo e contra todos".


             



            


            

VENCEREMOS O SAHAKTAR DONESTK!


Shakhtar v Porto: press kit

             A menos de duas horas do início do jogo Shaktar Donestk - Futebol Clube do Porto, já não espero que haja muitos visitantes com a pachorra suficiente para o ler. A esta distância, ainda muitos portistas estarão no seu local de trabalho ou na estrada a caminho de casa e alguns, apesar da vontade de chegar ao início da transmissão podem não vir a consegui-lo. Faço votos que, ao menos, possam chegar a casa sem incidentes de maior. A mim próprio me dá algum jeito estar ocupado porque, com o pensamento preso ao encontro da Ucrânia não é fácil entregar-me a outras tarefas que me ajudariam a "encurtar" a hora a que o encontro vai começar.

             Como dizia, apenas algumas tretas e poucas letras. O meu Porto, o inigualável Futebol Clube do Porto que transporto em mim há uma extensa "data de dias, meses e anos", vai aproveitar hoje esta grande oportunidade de restituir aos seus milhões de seguidores espalhados pelos quatro cantos da Terra, o clube que eles conhecem de há anos a esta parte, uma esquadra de combate sedenta de vitória, uma equipa abnegada e estóica, solidária na entreajuda e briosa do símbolo que ostentam sobre as cores azuis-e-brancas da camisola que têm o privilégio de vestir.

Futuro não preocupa Vítor Pereira
              
             Estou, neste momento, inteira e sinceramente, com Vítor Pereira e creio nas palavras de confiança que exprimiu na apresentação do jogo e à garantia que me deu de que os nossos atletas estão determinados a lutar, sem peias ou engulhos. Estou certo de que chegaremos à vitória se estiver em campo o espírito dos grandes momentos, a vontade indómita de ultrapassar montanhas por mais adversas e perigosas que sejam, se todos fizerem chamada às capacidades técnicas, experiência e responsabilidade e o respeito que devem merecer uma equipa com a história e palmarés do grandioso Futebol Clube do Porto.

              Eu, penso positivo: VAMOS VENCER!

        

domingo, novembro 20, 2011

DRAGÃO EFERVESCENTE.

    
 Pinto da Costa, o "comandante" que sabe vencer desafios difícies.

          Por mais que se procure perceber a actual conjuntura que vive a equipa do Futebol Clube do Porto, não se encontram razões suficientemente fundamentadas que possam justificar o estado comatoso a que ontem pudemos assistir, o qual, mesmos para os mais optimistas, não tem muito de inesperado se nos recordarmos do que, de há tempos a esta parte, estava à vista de todos: exibições medíocres a que correspondiam resultados positivos (muito) sofridos ou, até, negativos, desempenho dos jogadores muito abaixo do nível técnico que lhes é reconhecido, aparente desmotivação e aplicação de alguns com reflexo nas suas atitudes em campo.


            Em Coimbra, o "chumbo" foi a confirmação da cabulice dos estudantes impreparados.


            Como o que se passa nos balneários (nos bastidores do palco onde o público não tem acesso), não chega ao conhecimento dos seguidores do FC Porto, estes fundamentam as suas opiniões no que  é visível  "à vista desarmada", o que explica em grande medida a frustração perante os insucessos que vão acontecendo.

            E o que se tem visto, ouvido e lido, é que a equipa joga abaixo do que seria legítimo esperar num plantel constituído por jogadores com provas dadas de categoria superior, os resultados são decepcionantes e, pior do que isso, não se augura melhoria das actuais condições nos tempos mais próximos.


            O que mais dúvidas me suscita é que o plantel desta época, não é substancialmente inferior ao da época passada mas o nível das exibições é mais baixo. É certo que saiu Falcao e a sua substituição, por valor aproximado que fosse, não está a ser conseguida. Mas não é razão bastante e não serve para justificar o nível exibicional do conjunto. Um jogador não é (não pode ser) a equipa.


            Então, o problema é o treinador, dirão muitos. Não sei, mas, certo é que é ele que responde pela carreira da equipa. É o líder, a chave do sucesso ou o "bode expiatório" que paga o fracasso.


            Vítor Pereira não é uma escolha ao acaso. Não caiu no Olival vindo do céu em parapente. Não é crível que lhe tinha sido concedida a responsabilidade de assumir o lugar se não lhe fossem reconhecidos atributos compatíveis com a exigência das funções. Pelo menos técnico-científicos, mas, também não era debutante no plano da experiência quando chegou à liderança.


             Pelo que posso opinar, como um vulgar conhecedor empírico igual a tantos outros, o que mais me tem impressionado desfavoravelmente é a atitude dos jogadores, bem diferente, para pior, do que constatei na época anterior. Arrastam-se pelo campo alguns, não sabem o que hão-de fazer à bola outros, erram passes sucessivos infantilmente, parecem abúlicos, protestam a despropósito, não sorriem, não parece estarem ali. Como se encontrariam, justificadamente, se se vissem numa situação de desemprego face à deslocalização anunciada da fábrica onde trabalham.


             Não subscrevo a substituição de um treinador no decurso da época se não for em situações irremediavelmente imperiosas. Não sei se é este o caso e desconheço a vontade de Vítor Pereira em continuar, ou não, mesmo que o Presidente decidisse pela sua manutenção. Que alguma coisa tem que ser feita, já, é fundamental e impreterível.


             A Pinto da Costa só restam três opções: manter Vítor Pereira como treinador, prescindir de imediato dos seus serviços, ou, "despachar" os jogadores que não se sentem bem com Vítor Pereira e sonham ir à procura dos Messias milagrosos. Extrapolando o espectáculo deplorável da noite negra de Coimbra para uma situação típica de vontade de jogadores em despedir o treinador, não ficaram dúvidas sobre o elo que vai partir...


             São de enorme expectativa, os tempos mais próximos. Esperemos com a calma possível.

             


            


             


           

             

sábado, novembro 19, 2011

"NÃO HÁ PONTA POR ONDE SE LHE PEGUE", diz VÍTOR PEREIRA.

  

          Taça de Portugal


           Em Coimbra, 2011.11.19


                            AA COIMBRA, 3 -FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 0

                            Comparsas da indigna atitude presenciada esta noite em Coimbra de uma "equipa" que precisou de 50' para efectuar um remate à baliza do adversário!!!  


                            Treinador: Vítor Pereira


                             Jogadores:


                                                        - Braccali
                                                        - Maicon
                                                        - Otamendi
                                                        - Rolando
                                                        - Álvaro Pereira
                                                        - Belluschi
                                                        - Fernando
                                                        -  João Moutinho
                                                        - Hulk (capitão)
                                                        - Varela
                                                                          e
                                                        - James Rodriguez
                                                        - Defour
                                                        - Kléber


                  Árbitro: Bruno Paixão.

                  "Não há ponta por onde se lhe pegue", a única coisa acertada que até hoje se ouviu de Vítor Pereira.


                   Pinto da Costa tem, obviamente, uma opinião bem diferente...


                  


                 

quarta-feira, novembro 16, 2011

FICAMOS NA EUROPA, APESAR DA TROIKA.

             Apuramento para o Campeonato da Europa de 2012
             Jogo da 2ª mão, em Lisboa 
             2011.11.15

                                           PORTUGAL, 6 - Bósnia e Herzegovina, 2
                                                         (ao intervalo 2-1)
                                                   (Resultado da 1ª mão: 0-0)

             GOLOS DE PORTUGAL: Helder Postiga (2), Cristiano Ronaldo, (2), Nani e Miguel Veloso.

             Equipa portuguesa: Rui Patrício. João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fábio Coentrão; Moutinho, Veloso e Meireles; Cristiano Ronaldo (cap.), Helder Postiga e Nani.
             Jogaram ainda: Rúben Micael (Raul Meireles), Carlos Martins (Nani) e Quaresma (Helder Postiga).

             Portugal foi um justo vencedor e dominou a Bósnia e Herzegovina em todos os capítulos de jogo em quase todo o tempo do encontro, cujo desempenho ficou abaixo das expectativas que se criaram depois do que se viu no jogo da primeira mão. Os portugueses entraram muito forte na partida e, um golo logo aos 7' apontado por Cristiano Ronaldo num livre da marca CR7, abriu cedo a janela da qualificação, que viria a escancarar-se aos 24' quando Nani, num remate de bandeira, elevou para 2-0 a vantagem. Este é, muitas vezes o tenho constatado, um resultado perigoso se o adversário fizer o 2-1 perto do intervalo, como resultou de uma "Coentrada" a imitar outras que, naquele estádio, ficam por assinalar quando os árbitros se deixam impressionar pelos protestos dos adeptos da casa...


             No reinício depois do intervalo Portugal voltou como no princípio da partida e Ronaldo, aproveitando um passe mortal de João Moutinho, recolheu a bola numa desmarcação e sprinte tremendos e coloca a marca em 3-1. Era já improvável a anulação da diferença, porém os bósnios, agora já reduzidos a 10 elementos, aproveitando-se da cegueira pedante e prepotente da equipa alemã, chegam ao 3-2 e o banho de água fria, se não teve o efeito do que vem do sistema de rega existente no local, ainda assim o desconforto só foi quebrado com o 4-2, do Postiga, no primeiro remate que até ali conseguira. Animado com a proeza, emenda de "testada" para o canto da baliza o 5-2, para, o Veloso num livre jeitoso, chegar ao 6-2 gostoso, numa altura em que o Dzeko começava a ficar danado do caneco.


 Uma festa do caraças que a malta gosta de complicar as coisas fáceis e deixa sempre para a última hora aquilo que não faz quando devia. Mas Portugal está no europeu porque foi sério, competente e guerreiro, como deveria sempre acontecer. E, vamos lá, sr. Bento deixe-se de falsas modéstias porque o mérito é tanto seu como dos jogadores.


             Até vou ter que dizer que o Postiga esteve bem porque fez dois excelentes golos em três remates efectuados. Ronaldo, enfim Cristiano Ronaldo Português (CRP), é o tal e eu concordo. Mas a alma da equipa, o bico do gás, o coração português estava naquele "puto de barbas" de pouco mais de 150 cm que dá pelo nome de MOUTINHO, João Moutinho, o meu afilhado Messinho!

Portugal apurado para o Euro 2012



             Olha alemão, até podes ser um bom bancário, picar o ponto todos os dias à hora exacta, dormir com a Merkel, mas, como árbitro estás ao nível de um Lucílio Setubalense, ou melhor, de um Jorge Gomes merdoso. E não digo isto só pelo cartão amarelo ao Postiga, um controle de bola com a mão a um defensor bósnio dentro da sua área, a falta não assinalada sobre Coentrão antes de este ter metido a mão à bola ou o amarelo a Rúben Micael. Tudo isso é nada, comparado com o segundo amarelo e consequente vermelho a um jogador da Bósnia, porque este terá posto em causa a sua douta decisão de validar o golo a Portugal, sem atender ao estado de espírito do atleta e ao desgaste emocional em que se encontrava pela frustração do desaire da sua equipa.

              Ao mesmo plano da equipa de arbitragem deve situar-se o público que se encontrava no Estádio, que conseguiu chegar a um nível de comportamento ainda mais baixo do que se viveu em Zernica. Acabaram por dar razão àqueles que, há oito dias atrás, quiseram desrespeitar-nos no momento em que se ouvia no estádio o nosso hino nacional...

            

         

sábado, novembro 12, 2011

GNR: PUROS E MADUROS NA MÚSICA HÁ 3O ANOS.

            RUI REININHO os GNR, Tirana, numa retrospectiva outonal dos tempos vividos.


RELVADO MALVADO DEIXA TUDO ADIADO.

      


     Play-Off para apuramento do Campeonato da Europa.

            Em, ZENICA, Bósnia e Herzgovina (Balcãs)

                                 Bósnia e Herzegovina, 0 - PORTUGAL, 0

             Gostei da EQUIPA portuguesa, do jogo e de...(finalmente!) do Cristiano Reinaldo, jogador da selecção nacional.

             Foram portugueses os nossos representantes: corajosos num ambiente a viver ainda o trauma recente de uma violência estúpida, absurda e bárbara; determinação guerreira, de quem tem consciência do perigo e conhece como o vencer; classe individual e colectiva.

             Numa apreciação final. a ideia que domina é a de que Portugal tinha argumentos para vencer esta primeira parte da eliminatória; no período inicial andou sempre à tona do jogo, tendo feito tudo para desmanchar a estratégia cínica tentada pelo técnico bósnio, fechando as fronteiras do seu território aos raids do caçador furtivo DZECO, que teve de fazer papel de simples batedor, enquanto o general Bento mantinha  a ofensiva desgastante embora sem danos úteis. No segundo período a equipa da casa resolveu ir a jogo e mostrou a sua ambição e a batalha recrudesceu de tom alargando-se a toda a área da quinta, mas Portugal não foi às covas e aceitou o repto: taco a taco, meus caros, sabemos como agem os snipers e temos recursos para os anular. Só uma vez o laser teve a vítima sob a mira mas Dzeco só imitou o que Cristiano Ronaldo lhe tinha mostrado na primeira parte; malvado relvado, generoso relvado. Nem sempre tem boa sorte o vilão que pode começar a pensar, agora, como se há-se safar no jogo da segunda mão, que está aí a chegar.


               A máquina é fiável e satisfaz quando todas as peças respondem ao que se lhes exige. E todas são importantes, sem que não se possa reconhecer que uma ou outra não tivesse estado acima e abaixo do rendimento desejado. Pepe, imperial, limpo de cima abaixo, decisivo e senhor absoluto do castelo luso, trouxe-me ao pensamento o que o dinheiro pode comprar...Tudo, no futebol, até a grandeza dos clubes.

               E, Cristiano Ronaldo, (qual R7, qual treta do markting especulador). Talento e arte em prol da equipa das quinas, empenho e responsabilidade. O que se exige a um craque é isso: mostrar, seja onde e em que circunstâncias, que o é de facto.

Cristiano Ronaldo: "não era um relvado era uma horta"

               Postiga, foi sempre um jogador que faz algumas coisas boas e outras assim, assim, como muitos ou fim e ao cavo. Ontem, estava na noite do assim, assim, assim e Hugo, nem assim nem assado. Mas, como resolver a dúvida com Nuno ou Tomás, no armazém? Nani, pareceu afectado pelo "terror do ambiente", pareceu esconder-se. Talvez tivesse condicionamentos de ordem táctica. Mas é melhor do que mostrou.

               O que o UEFA consente! Como é possível que se dispute um jogo oficial nestas condições havendo alternativas que cumprem os requisitos da dignidade, respeito pelos intervenientes e pelos organismos envolvidos? O que pensam os responsáveis da UEFA sobre a coação psicológica a que esteve sujeita a selecção portuguesa, em especial dos laser de que foi alvo, NO DECORRER DO JOGO, Cristiano Ronaldo? Vinga-te, Ronaldo. Quadruplica a tua raiva e enche-os de chumbo, que eles aprendem como na guerra fratricida que travaram.


             

            

                         

                   

quarta-feira, novembro 09, 2011

CRISES E MEZINHAS PARA AS CURAR.

      
Se eu fosse um feiticeiro

         Não tenho memória de ter acontecido no Futebol Clube do Porto uma época tão conturbada no que diz respeito ao aliciamento de tão grande número dos seus atletas para se transferiram para outros emblemas estrangeiros, o que, quanto a mim, muito tem contribuído para aparente desmotivação que se diz estar implantada no seio da equipa, com reflexos nos resultados menos conseguidos nalgumas partidas. Não sei, e, como eu a maior parte dos meus familiares portistas, bem como, acredito, a grande maioria dos comentadores também não sabe, é fundamentada ou não passa de mera especulação alimentada para fins de aumento de audiências e matéria para encher jornais.

           Falaciosa ou autêntica, certo é que que alguns factos vindos a público ainda no prelúdio da época 2011/2012, alguns deles até confirmados posteriormente pelos visados, atribuem à especulação resquícios de de verosimilhança, se algum fumo lançado sobre a maior parte dos jogadores corresponder ao fogo que lhe estaria na origem.

           Desde a saga da saída de Falcao + Rúben Micael e a sua consumação praticamente "em cima" do começo da época e a "deserção" do protagonista do sonho da cadeira para o Chelsea dos "petro-abramoviches", já antes do final da Taça de Portugal Fernando estava "descartado" do Clube, e, assim se prolongou pelo tempo adiante, até hoje. Rolando, Otamendi, Belluschi, Moutinho, Guarín, até Hulk, ou Varela, foram  dia-sim-dia-sim, bolinhos de bacalhau para os crédulos degustarem; Álvaro Pereira, aguardou até à última hora no aeroporto o chek-in do embarque que lhe terá sido recusado in-extremis, e, antes como hoje, Guarín, Fernando, Guarín, Fernando, Guarín, Fernando, Gua...Fern..., empresário, Fernando, Guarín, empresário, twitter, namorada, crise de forma, lesões, ineficácia, lesões contraídas ao serviço das selecções dos seus países..., tinham que levar a um responsável: Vítor Pereira

           O elo mais fraco.

            Encontrado o bode expiatório, que nestas circunstâncias é sempre o mesmo, lá vem a lapidação popular com as pedras que a comunicação social prodigaliza em abundância aos indignados justiceiros de conta própria. E sugestões surgem em catadupa, vêm a baila os nomes mais esconsos, toda a gente conhece um milagreiro, um mágico, um cérebro altamente científico que mandará para a reciclagem das novas oportunidades o "analfabeto" Vitinho ex-adjunto de luxo e os seus colaboradores. Diabo, que em Portugal o que não faltam são Sócrates e Coelhos capazes de resolveram num ápice as crises por mais terminais que sejam as doenças que as provocam.

            Vejam lá, amigos, se são também capazes de restituírem à vida os meus ricos subsídios de férias e de Natal. Dão uma ajudazinha?

             Agradecido.

           

segunda-feira, novembro 07, 2011

UM GRANDE RIO FAZ-SE DE AFLUENTES.

      

            Os sócios e simpatizantes são importantes para a existência dos clubes e sem eles as agremiações desportivas não passariam de verdadeiras empresas industriais dedicadas à exploração do futebol como actividade económica. Ainda que o actual enquadramento legal seja, grosso modo, equiparado à maioria das  empresas com o aparecimento das SAD, são os sócios e simpatizantes quem mais contribui para o seu sucesso e grandeza.

             Sendo certo que aos sócios lhes é reconhecido pelos estatutos o direito de emitir opinião e criticar os seus dirigentes nas Assembleias Gerais onde tem direito a participar os seguidores, na prática a verdadeira maioria formada pelos não sócios, não dispõe de melhor oportunidade de manifestar os seus protestos ou concordância do que no "Tribunal" das bancadas do estádio quando ali se desloca para ver e apoiar a equipa que escolheram amar.

             Mesmo que as reacções emotivas dos seguidores tenham uma enorme carga de irracionalidade, porque são tomadas no calor das emoções vindas do que observam e conhecem, que é apenas uma parte da realidade, não podem ser ignoradas pelos dirigentes que sobre elas não devem deixar de ponderar e decidir.

            Tudo isto para dizer que este desassossego que incomoda a massa adepta do Futebol Clube do Porto nesta fase menos esfuziante, não passa desapercebido ao presidente Pinto da Costa e à sua Direcção, pelo que é fácil de concluir estar a situação sob controle e as decisões, se o assunto o justificar, não deixarão de ser tomadas.

            Porque me parece que uma parte (não sei se grande ou pequena) de apoiantes do FC Porto e, também, sem surpresa, uma boa fatia da imprensa escrita e visual de que nem "O Jogo" se desvinculou, vou aqui relembrar algumas outras situações que, não dizendo respeito ao Futebol Clube do Porto, podem ajudar a acalmar alguns espíritos mais inquietos e de julgamentos fáceis.

           Alex Fergunson, o lendário treinador escocês do Man United de Nani, Rooney, Giggs, Van der Saar e outros "deuses",  foi há pouco tempo trucidado em Old Trafford pelo Manchester Cyty com 1-6, redondo e grosso, como o ministro grego das finanças Evangelos Venizelos e segue com vários pontos de atraso em relação ao primeiro lugar.

            Aqui ao lado, na Catalunha, o "outro" melhor do Mundo (para mim), Pep Guardiola, vê o empate (2-2) cair-lhe do céu por entre os pingos de chuva no último suspiro do jogo em S. Mamés, porque Messi não deitou fora o brinde que lhe deu um defesa do Bilbao, E o fenomenal Barça, de Iniesta, Xavi, Poyol, Fàbregas, Vila e não sei quantos mais "ultras", este ano ainda sem mostrar a mínima exuberância, lá viu o Real Madrid a afastar-se rumo ao título que persegue com a fome do jejum forçado de alguns anos.

            Chegou a Stranford Bridge cheio de "cagança" por ter vencido a Liga Europa e, com as primeiros vitórias, dizia-se que ainda superaria o "special one". O pior foi quando viraram a moeda e apareceu a cara má das derrotas e o nariz cada vez mais vermelho do mister dezoito milhões. Mas continua seguro, por enquanto, que o russo Abramovich apesar de rico sabe o valor do dinheiro.

            Por falar em Mourinho, lembre-se o que foi a sua luta no ano passado e as vozes que se levantaram sobre a sua capacidade para levar os merengues ao sucesso. E o que Florentino Perez teve que investir na presente temporada para o satisfazer em termos de plantel.

            Por cá, Leonardo Jardim, teve a mala à porta, posta pelos adeptos, há pouco mais de quinze dias e, após uma vitória retumbante por 5-1 contra um clubezito dos balcãs, e, um empate contra outro de igual valor ontem no Axa, os mesmos que o apedrejaram cantaram hinos à sua arte. Justiça foi o que lhe fizeram porque o Sporting de Braga, nos dois jogos referidos atrás, só no último ficou àquem nos golos que a justiça do resultado merecia.

            Jesus, o "magnífico "self made man" meteu os pés pela língua no falhanço que sofreu na tentativa de chegar ao trono isolado da classificação geral e, não fosse a ajuda do seu homónimo de Braga, estaria de novo na calçada do Calvário. Nem viu que o jogo teve as mesmas partes para as duas equipas, embora a dele só estivesse em campo na compensação de tempo da última...sendo salvo por um auto-golo cujo autor desviou a trajectória que a levaria a Quim.

           Em Alvalade, meu Deus!. Vi alguns minutos em zaping e os dez finais seguidos. Que espectáculo! Nem na serenata da Romaria d'Agonia, em Viana do Castelo, atiram tantos foguetes para o céu! Só não sei quem  ganhou o bacalhau! Não seria fácil de encontrar o "artista" que conseguiu atirar a bola mais alto.

           Vítor Pereira nasceu este ano como treinador principal de uma equipa de topo e não tem curriculo de  vitórias extenso, mas, também os grandes rios nascem com pequeno caudal que aumenta ao longo do seu percurso até à foz com a ajuda dos afluentes que se lhe juntam no caminho. Assim os sócios e adeptos do FC Porto não deixem de alimentar o caudal  para tornar irresistível a força da corrente que nos levará à vitória final.

           A substituição de um treinador no decurso de uma época nem sempre é garantia de medida acertada. Não sou adepto de chicotadas, mesmo as ditas psicológicas, e, só as compreendo com fundamento em conflitos insanáveis entre dirigentes e dirigidos. Não me parece ser o caso vertente do treinador Vítor Pereira e Pinto da Costa vai ratificar o seu apoio à sua escolha primitiva, até porque, não sendo Pedro Emanuel ou Jorge Costa, as hipóteses mais verosímeis nesta altura, não há no horizonte próximo um sobredotado capaz de fazer melhor nesta conjuntura.

           

            

        

sábado, novembro 05, 2011

PIOR SORTE SERIA PERDER.


50.º jogo do FC Porto sem perder soube a derrota
        LIGA ZON SAGRES
            2011.11.05
            Em Olhão:

                                  Olhanense, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 0

           Um adversário de excelente valia, uma equipa sem crença no trabalho que desenvolve e uma Capela que não passa de uma reles tasca da mouraria, com alguma dose de infortúnio à mistura, explicam o resultado inesperado que só um golpe de fortuna poderia ter alterado a favor do FC Porto.

          
          
           

HABLAN ESPAÑOL, MUCHACHOS.



        De novo aproveito a sugestão do amigo Calais, por coincidência vinda lá das algarvias terras onde hoje anda o nosso FC Porto, que me proporcionou este "naco" de inexcedível humor, na interpretação hilariante do José Esteves, do artista Herman José.

TEMPO DE GANHAR E NÃO DE VERANEAR.



           Sabe bem do que falou Vítor Pereira na conferência de imprensa de ontem quem leva já muitos anos a viver (a sentir) este tratamento discriminatório da comunicação social sediada em Lisboa, a qual sempre assumiu um descarado proteccionismo a favor dos clubes sediados na capital e uma clara atitude inamistosa em relação ao Futebol Clube do Porto (FCP).

             É uma verdade comprovada que, entre muitas arbitrariedades e atropelos cometidos em alguns órgãos de comunicação social instalados no "país" alfacinha, estão, por um lado a apologia hiperbólica dos sucessos dos clubes de quem são adeptos e a desculpabilização e menorização dos seus insucessos, e, por outro,  a irrelevância e frieza que dedicam aos feitos gloriosos do FC Porto.

             Apesar de tudo, mesmo com esta atitude, que configura o que é comum entender-se com o que é concedida a "filhos e enteados", o Futebol Clube do Porto venceu um batalha que durou os quarenta anos do domínio dos "clubes do regime" para se  consagrar como o clube MAIS VITORIOSO DE PORTUGAL.

             Sem contestação.

             O momento que se vive actualmente no reino do Dragão é absolutamente controlável e está, sem qualquer surpresa, a ser explorado até à náusea com fins sobejamente escrutinados "há séculos", numa estafada cruzada que tem objectivos claros de criar instabilidade no seio da equipa e fomentar animosidade entre esta e os seus simpatizantes, debelando as suas reais potencialidades e facilitar a vida aos seus adversários. Não vão consegui-lo, agora, como não foram capazes no passado.

             Dentro de poucas horas vamos enfrentar o Olhanense, de Daúto Faquira, na cidade algarvia de Olhão. Se, como sempre estive convencido, não há jogos fáceis, este, é, seguramente, um obstáculo de enorme dimensão. Mas não é o Everest que, apesar das dificuldades de toda a ordem que se colocam a quem o tenta escalar, pode ser vencido. Sem necessidade de negociar ao jantar um atleta da equipa adversária.

             

              Porque, SOMOS PORTO. SOMOS CAMPEÕES.

             

             

sexta-feira, novembro 04, 2011

TODAS AS VITÓRIAS PODEM (ainda) SER NOSSAS.


Vitor Pereira: "A última época é irrepetível"

           É sabido que as vitórias alimentam a paixão dos adeptos e constituem o melhor argumento para esgrimir nas discussões travadas com adversários simpatizantes de outros clubes, pouco relevando se elas são obtidas por força da superioridade do vencedor sobre o vencido, ou são alcançadas por capricho da fortuna, de aproveitamento circunstancial de uma fase menos boa do adversário ou, como muitas vezes sucede, por erros grosseiros de arbitragem. O fundamental é vencer, porque vitórias morais, já deram o que tinham a dar.

           Os adeptos do Futebol Clube do Porto desde há muito que se habituaram às vitórias, a vencer provas, a andar sempre na frente em todas as competições em que participa, em ganhar aos adversários mais cotados. Todavia, a exigência dos seus seguidores vai, actualmente, para além das vantagens práticas das vitórias e cobra aos protagonistas a quem idolatram e aplaudem que o façam com brilho e classe.

           O posicionamento em que se encontra nas competições em que este ano está a participar não afasta o FC Porto da possibilidade de vencer todas, com probabilidades reais de poder superar o número de troféus que venceu na última época. Inclusive, a Taça da Liga, que tem, por enquanto, lugar vazio nos escaparates da rica casa do Dragão. Apesar disso, o "mundo azul e branco" anda inquieto, agita-se e protesta, pede mais e, sobretudo, melhor.

           Não é possível escamotear uma realidade que se tem vindo a mostrar aos olhos de todos e que os seguidores do clube baluarte do futebol português nas últimas três décadas não deixam de encarar com apreensão e, sem dúvida, com algum nervosismo, porque se apercebem de uma indecifrável quebra anímica dos jogadores que se reflecte nas exibições tanto nos momentos de vitória como na derrota, como aconteceu em Chipre.

           Naturalmente que, aos adeptos (e também aos comentadores assalariados) faltam dados objectivos em que possam fundamentar as razões das suas críticas, as quais, muitas delas, adoptam critérios de gosto clientelista e são emitidas ao sabor da corrente que melhor vende no momento. Nesta conformidade, recorre-se ao boato, à insinuação, ao empolamento de vulgaridades que, num contexto de sucesso não mereceriam a mínima referência.

           Jorge Nuno Pinto da Costa é, para além de inteligente e sagaz, um profundo conhecedor do valor dos treinadores nacionais e estrangeiros e, quando escolheu Vítor Pereira para assumir o comando da equipa, sabia melhor do que ninguém o valor da escolha. Tinha um conhecimento prático de um ano de contacto com ele e referências fidedignas para decidir. A sua margem de erro seria, pois, mínima e só um mentecapto poderia admitir a contratação do jovem Vítor Pereira  para durar uns meses.

           Aparentemente, a gestão da equipa não tem sido fácil atendendo à agitação do mercado em relação a alguns dos nossos atletas, o reajustamento salarial, e, vá lá, o cerceamento de alguma ambição de saída para outros campeonatos de outros. Também não está a ser fácil ao ponta de lança Kléber, substituir o seu antecessor, obrigando a equipa e adaptar-se a outra realidade. Lesões e quebras de forma, cumprimento de obrigações com as respectivas selecções nacionais onde jogam, a adaptação de elementos vindos este ano, são dados que podem ter contribuído para a irregularidade de algumas exibições.

           Hoje, em declarações prestadas na conferência de imprensa, Vítor Pereira, denunciou alguma emotividade nas suas afirmações que, no meu entender, não o favoreceram. Não tinha necessidade, porque, estou convicto, ninguém dentro do Futebol Clube do Porto equaciona a sua autoridade. Não será perante os jornalistas que precisa de mostrar que é o líder e está firme no seu posto independentemente do que se quer insinuar no território hostil. Sou dos que confio na sua competência porque acredito em Pinto da Costa. E acredito na equipa, nos excelentes jogadores que temos e no trabalho sério que continua a existir no Olival.

          Acredito, acredito sempre, que será já no próximo encontro em Olhão, que Pinto da Costa, Vítor Pereira, a equipa e os adeptos unidos vão fazer calar os cães à passagem da caravana vitoriosa.


        

quarta-feira, novembro 02, 2011

SÓ UM "PALITO" É MUITO POUCO PARA DENTES FURADOS.


"A equipa está sem alma,desgarrada,velocidade nula, nada- sai- bem ! Jogadores de mão cheia a falhar passes,situações de circulação de bola não há, os outros parece que chegam sempre primeiro.."

           A transcrição é parte do comentário de João Abel Calais que fui buscar à caixa de correio do post anterior sob o título de "Toque a Finados em Dia de Todos os Santos", que traduz de forma sucinta o (mau) momento que a equipa do Futebol Clube do Porto está a viver. Não há que escamotear a verdade: esta equipa não produz o que devia, os jogadores evidenciam clara desmotivação e intranquilidade e o futebol exibido não convence ninguém. Por que é que isto é assim? Não sei, nem é da minha conta e só posso opinar sobre o que vejo e leio.

          A importância do jogo de ontem contra o Apoel era por demais sabida e, por isso, havia a esperança de que a equipa daria uma resposta categórica e alcançasse, se não o triunfo que seria absolutamente normal, pelo menos atingisse um nível exibicional dentro dos seus pergaminhos e pudesse tranquilizar a massa adepta quanto ao futuro. Não foi assim, e os campeões nacionais viram-se superados em todos os capítulos de jogo deixando em Chipre as pretensões de prosseguir na Liga e aos seus fiéis seguidores o sabor amargo de ter que reconhecer que os cipriotas nos ganharam com  toda a justiça.

          O futebol actual dos portistas é um manancial de equívocos com os atletas aparentemente à deriva e sem papel próprio a desempenhar no todo do conjunto. O futebol é desligado, aos repelões e os passes quase sempre mal dirigidos por culpa do estaticismo posicional do receptador a quem é dirigido. A velocidade é de baixa rotação, como se estivesse dependente dos condicionamentos do tráfego local e as decisões quanto ao caminho adequado a dar ao esférico são, muitas vezes, a destempo.

          O desempenho de alguns atletas é um intrigante mistério. Rolando, não anda por cá, Moutinho está este ano longe de ser Messinho, sempre sacrificado à táctica está em todo o lado menos onde devia. Belluschi, um dia parece que agarrou a posição no outro decepciona. Guarin, nunca mais mostra o que foi no final da última época, como Varela, que não melhora significativamente apesar das oportunidades. Kléber, deu ontem um sinal inequívoco que não tem estofo para grandes jogos, pelo menos para já, foi simplesmemnte decepcionante. Hulk, bacocamente de cabeleira oxigenada, não pode esperar que o admirem só por isso. Nem sequer é original e, as imitações, são sempre detestáveis. E, claro, já todos perderam a paciência para as suas manifestações de irritação despropositadas.

           Apesar das falhas fatídicas para o resultado final, Álvaro Pereira, o "Palito" esteve empenhado e deu um ar da sua categoria. Tal como Mangala, que não acusou o ambiente e deu boas indicações para o futuro.

           Termino apenas lembrando que foi a partir da entrada em jogo de James Rodriguez que o Futebol Clube do Porto pareceu ser melhor do que o Apoel. Já "Inês era morta"...

           Não faço contas. Nunca gostei muito de Matemática...

                                          Um pouco de humor talvez ajude a descontrair...


           

terça-feira, novembro 01, 2011

TOQUE A FINADOS EM DIA DE TODOS OS SANTOS.

FC Porto derrotado no último minuto com golo de Manduca
 

            LIGA DOS CAMPEÕES


            Em Nicosia, Chipre:


                    Apoel, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1


            Quem trabuca, MANDUCA. Emigrantes luso-brasileiros mostraram como se trabalha (e ganha) lá fora.


            Sem ilusões quanto ao apuramento para a fase seguinte nesta Liga, a época ainda pode ser melhor do que a anterior: SÓ PRECISAMOS DE UMA EQUIPA A JOGAR PARA O CONSEGUIR...