sábado, setembro 29, 2018

POR UM TIQUINHO ASSIM, MAS JUSTO DE PRINCÍPIO AO FIM.

 
 (Foto OJogo online)

Liga NOS
6.ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Tv - Hora: 20:30
Tempo: bom
Relvado: muito bom
Assistência: + 40000
2018.09.28 (sexta feira)


        FC DO PORTO, 1 - CD Tondela, 0
                            (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, aos 80' Hernâni, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Sérgio Oliveira, aos 59' Jesùs Corona, Hèctor Herrera (C), Otávio, Yacine Brahimi, Vincent Aboubakar, aos 64' Tiquinho Soares e Moussa Marega.  Suplentes não utilizados: Vaná, Chidozie, Óliver Torres e André Pereira.
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição

CD Tondela alinhou: Cláudio Ramos, David Bruno, Ícaro, Ricardo Costa, Joãozinho, Helder Tavares, aos 70' Jaquiité, Bruno Monteiro, Sérgio Peña, aos 87' Arango, Murillo, Xavier, aos 15'  Juan Delgado e Tomané. 
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Pepa

Árbitros: Luís Godinho (AF Évora). 4º árbitro: Hugo Pacheco. VAR: Helder Malheiro; AVAR: Pedro Mota 

GOLO E MARCADOR: aos 85' por TIQUINHO SOARES: Yacine Brahim tira um remate à entrada da área, Cláudio Ramos ao centro da baliza não segura e permite que a bola salte para a sua frente, e Tiquinho Soares antecipa-se rápido e desvia a bola para as redes. 


      A dúvida sobre o desfecho da partida ficou esclarecida (apenas)aos 85' da partida, porque até esse momento não foram concretizadas pela equipa portista uma mão cheia de flagrantes oportunidades para o fazer.  Se algumas das situações não obtiveram a melhor finalização por parte dos dragões, outras foram negadas por ação da eficácia defensiva do Tondela e, especialmente, pelo brilhantismo da exibição de Cláudio Ramos, toldada pela responsabilidade no lance infeliz que ditou a derrota da sua equipa.

     Globalmente, o jogo constituiu um bom espetáculo de futebol, pela dinâmica atacante de ambos os conjuntos ainda  que a maior intensidade e número de ataques pertencessem ao campeão nacional em título, mas de que o Tondela nunca abdicou se e quando lhe foi concedida margem de manobra para tentar aproximar-se à baliza de Iker Casillas, o qual, verdadeiramente, não chegou a ser incomodado. O FC do Porto atacou muito e mais, somou uma diferença enorme de posse de bola, mas nem sempre a usou melhor do que o adversário muito por causa do excelente desempenho individual e coletivo dos jogadores visitantes. Valeu ao Dragão a persistência da equipa nas tentativas de furar o compacto bloco defensivo beirão, onde o central Ricardo Costa sobressaiu, as oportunas e felizes chamadas ao jogo de Soares, Corona e Hernâni, e o apoio fantástico dos quarenta mil adeptos que enchiam as bancadas.

      Desfecho justo, limpo e compensador.

      Iker Casillas teve um jogo sem problemas complicados, não me recordando de uma única intervenção dentro dos postes. Maxi, valeu-se da sua capacidade de luta e experiência, Felipe e Éder Militão com trabalho difícil não tiveram falhas, Alex Telles com dificuldades a defender mas sempre em jogo, Sérgio Oliveira, bem, Hèctor Herrera ainda algo irregular na influência que se lhe exige no conjunto, Otávio no melhor desempenho desta época, Brahimi perdeu e ganhou na apertada vigilância que lhe é imposta, Aboubakar muito empenhado mas desastrado ou infeliz, Moussa Marega, idem aspas tal como Yacine Brahimi.
Corona e Hernâni participaram com gana no desmantelamento da tática de Pepa, mas coube da TIQUINHO SOARES, o título de honra da noite pelo que mexeu no ataque, e, muito mais, pela oportunidade com que fez o resultado.

       Nada tenho a apontar de negativamente relevante sobre a arbitragem do eborense Luís Godinho e dos seus auxiliares, incluindo o VAR. E o jogo não foi de todo fácil de julgar dada a impetuosidade dos jogadores, sobretudo dos tondelenses. Cometeu algumas avaliações usando critério diferente, mas para ambos os conjuntos. Não agravou o que era já era difícil e soube distinguir o essencial do acidental. Pouco habitual, mas que parece querer mudar, isso pareceu. Aliás, pode ser impressão minha mas que já não acontecem tantos escândalos na arbitragem com antes, a mim parece-me que algo está a mudar...

Remígio Costa

    

domingo, setembro 23, 2018

SER FELIZ EM TRÓIA EM LOUVOR DO MÉRITO.

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Liga NOS 
5.ª jornada
Estádio do Bonfim, Setúbal
TV - Hora: 21:00
Tempo: noite de verão
Relvado: piso irregular
Assistência: -+ 10000
2018.09.22


            Vitória FC, Setúbal, 0- FC DO PORTO, 2
                        (ao intervalo: 0-1)

Vitória de Setúbal alinhou com: Joel Pereira, Artur Jorge, aos 81' Zequinha, Vaz Fernandes, Dankler, Mano, Semedo, Éber, Bessa, Valdu Te, aos 65' Blender Cadiz,André Sousa, aos 66' Alex.  e Hildeberto. Suplentes n/utilizados: Costinha, Cristiano, Rúben Micael e Nuno Valente.
Equipamento: oficial tradicioanl
Treinador: Lito Vidigal

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera, Otávio, aos 60' Sérgio Oliveira, Yacine Brahimi, aos 80' Jesùs Corona, Vincent Aboubakar, aos 74' André Pereira e Moussa Marega. Suplentes n/ utiizados: Vaná (g.r.)m Chidozie, Hernâni, Óliver Torres.
Equipamento: alternativo de cor azul
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitros: Manuel Oliveira (AF Porto), auxiliado por Pedro Ribeiro e Tiago Laranjo. 4.º árbitro: José Rodrigues. VAR: Vasco Santos. AVAR: Luciano Maia 

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 17' por Vincent ABOUBAKAR  no aproveitamento dentro da pequena área de ressalto de uma jogada de Maxi Pereira no flanco direito; 0-2 aos 78' por SÉRGIO OLIVEIRA, na execução de livre direto à distância de alguns metros da linha da grande área, batendo forte e rente à relva para o lado direito do guarda redes setubalense, o qual terá sido traído pelo efeito da bola ao bater no chão junto às mãos, escapando-se-lhe sob o corpo.

         Foi uma vitória bastante difícil e muito suada mas inquestionável limpa e merecida do campeão nacional, perante um Vitória de Setúbal extremamente combativo e muito bem organizado defensivamente e com apurado sentido de exploração do jogo de contra ataque.

         O FC do Porto entrou bem no jogo e manteve uma toada ostensivamente ofensiva de princípio ao fim do primeiro período do confronto, procurando insistentemente desmantelar a prudente e bem executada estratégia do astuto Lito Vidigal. Nem o golo obtido aos 17' fez baixar o ânimo e a determinação dos sadinos, nem a equipa portista aliviou a pressão para consolidar o resultado e garantir a conquista dos três preciosos pontos da vitória.

         O período complementar teria contudo um desenvolvimento bem distinto do primeiro. O Vitória optou por um plano B algo surpreendente, avançando as linhas e alargando o espaço de circulação da bola, condicionado com êxito as movimentações ofensivas dos nortenhos, e equilibrado as oportunidades de aproximação à baliza até cerca do setenta minutos, chegando mesmo ao golo iam decorridos 49', na conclusão de jogada rápida de contra ataque, mas que viria a ser anulado com recurso ao VAR em virtude de Valdo, aparecendo isolado na área, ter controlado notoriamente a bola com o braço.

         Ultrapassado este obstáculo sempre arriscado de jogar fora de casa após uma jornada na Liga dos Campeões, no seguimento próximo da jornada inicial da Liga dos Campeões enfrentando em Gelsenkirchen o Schalke04 sub-campeão alemão, e contra um renovado e bem preparado Setúbal treinado pelo sagaz e experimentado Lito Vidigal, o trabalhoso triunfo dá algum conforto por garantir a  distância pontual na classificação da Liga e ao permitir estabilizar o nível de confiança da equipa e dos jogadores.

         O regresso à inviolabilidade defensiva fica a dever-se à melhoria de entrosamento de Felipe e Éder Militão, ao desempenho de Alex Telles e á classe de Iker Casillas, bem como à disponibilidade física do comendador Danilo Pereira. O capitão H. Herrera continua a ser uma pedra-chave na coordenação do jogo da equipa; Yacine Brahimi não cobra a fatura em golos do trabalho que desenvolve no desgaste do adversário, e Moussa Marega representa a ameaça de fogo nas costas do antagonista. A exibição e utilidade de Sérgio Oliveira reclamava uma entrada mais tempestiva, tal como André Pereira, uma garantia de trabalho e de qualidade para o ataque e, tal como de Jesùs Corona, desconcertante.

         Manuel Oliveira,  auxiliares, e VAR, estão implicados nas falhas ocorridas no julgamento de faltas de ambos os contendores. Comentando apenas as mais polémicas, os erros graves principiaram aos 7' de jogo com a não marcação de uma grande penalidade, ao não ser considerada falta um empurrão a Moussa Marega, dentro da área. No golo (bem) anulado ao Setúbal foi o recurso ao VAR que abriu os olhos a Oliveira e ao juiz auxiliar. No insistentemente lembrado lance em que dois jogadores do FC do Porto, um deles Felipe, anularam a tentativa em se isolar do avançado setubalense, só no recurso à repetição das imagens na tv se poderá aceitar por intuição, que há um toque acidental no pé do jogador, pelo que terá ficado por apontar um livre direto a favor do Setúbal e a amostragem de cartão amarelo ao central portista. Curiosamente, o lance assemelha-se, quanto à nítidez do toque, ao que levou à marcação do penalti em Gelsenkirchen do segundo marcado a favor do FC do Porto, sendo que, aqui, TODA A MARALHA "viu" que não houve falta do defesa alemão, o que leva a concluir que a cegueira de muitos é uma comprometida aldrabice. O juiz espanhol e o apitador português mereciam ter "olhos de águia" tal como (não) têm as ceguinhas (!?)toupeiras...

Remígio Costa

       

quinta-feira, setembro 20, 2018

CURRICULUN VITAE DO DRAGÃO MAIOR (INCOMPLETO...)

Pinto da Costa:
80 anos  (35 no trono de sonho)
58 títulos de futebol
174 árbitros 'comprados'
256 namoradas
3 esposas
2 filhos
1 livro

Comendador
Chave d'ouro da Cidade do Porto
(adaptado)

(do facebook, com  a devida vénia)
 

quarta-feira, setembro 19, 2018

A PRINCIPIAR, SUCESSO PELA METADE

 Schalke 04-FC Porto (onzes): Danilo titular
Liga dos Campeões
Fase de grupos - 1.ª jornada
Estádio Veltines Arena, Gelsenckirchen, Alemanha
TVI - 20:00 horas
Tempo e relvado: bons
Assistência: +-60000
2018.09.18

             FC SCHALCK04, 1 - FC DO PORTO, 1
                           (ao intervalo: 0-0) 

FCS alinhou com: Fahrman, Sané, Naldo, Nastasic, Caligiari, Serder, aos 84' Harit, Bentalep, Sehopf, Mchennie, Embolo, aos 72' Burgstella e UTh, aos 65´Konoplyanka.
Treinador: Domenico Tedesco

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 90' Hernâni, Yacine Brahimi, aos 82' Sérgio Oliveira, Vincent Aboubakar e Moussa Marega. Suplentes n/ utilizados: Vaná, Chidozie, Óliver Torres e Ádrina Lopez.
Equipamento: alternativo de cor cinzento
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Jesùs Gil Manzano, Espanha
Assistentes: Angel Rodriguez e Diego Sevilla
4º árbitro: Javier Nicolás

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 64' por EMBOLO em jogada iniciada perto da área do Schalke onde Hèctor Herrera deixou escapar a bola dando origem a um rápido contra ataque a explorar o adiantamento da defesa portista, concluída com desvio feliz para a baliza deserta com a saída de Iker Casillas e desentendimento entre Jesùs Corona e Felipe para afastar a bola: 1-1 aos 75' por OTÁVIO na conversão de uma grande penalidade por derrube a Moussa Marega quando este se aprestava a ultrapassar com a bola dois defensores da equipa alemã; o médio do FC do Porto bateu forte e colocado rente à relva para o lado contrário da estirada do guarda redes alemão. Aos 13', Alex Telles não conseguiu converter uma grande penalidade a punir mão na bola a desviar um centro sobre a área, porque não viu Fharman a "voar" para o lado por ele escolhido ainda antes de ter batido a bola em remate forte e colocado.

     Não foi uma estreia sensacional do Futebol Clube do Porto na sua 21ª participação na maior prova mundial de clubes, número que partilha apenas com o Real Madrid, FC Barcelona e Manhester United, mas, quer o resultado como a exibição do campeão nacional, nesta primeira ronda e a jogar na casa do segundo classificado do campeonato alemão, não foram de modo algum negativos.  No apuramento final das incidências da partida, o Futebol Clube do Porto foi inquestionavelmente quem mais e melhores atributos exibiu, individuais e coletivos, para merecer vencer com inteira justiça um jogo em que foi manifestamente a melhor equipa.

      Podendo contar com todas as pedras basilares do plantel, Sérgio Conceição pôde escolher quem entendeu poder estar à altura das exigências de um jogo desta natureza e das potencialidades do adversário. Manteve a confiança num surpreendente Éder Militão, restituiu a titularidade a um sensacional Danilo Pereira, e juntou na frente dois verdadeiros tanques de combate, os africanos Vincent Aboubakar e Moussa Marega. Não levou na mala a "vedeta Fortuna" , o senão que inviabilizou a (justa) vitória que fez por merecer.

     Com mais e melhor seguimento pelas câmaras da televisão, estiveram em foco pela positiva os centrais Felipe e Éder Militão, implacáveis e impecáveis, e à frente no miolo, o sensacional Danilo Pereira; Iker, Maxi, Marega e Otávio, a seguir; Yacine, alvo privilegiado com honras de vigilância apertada, depois; e Telles, e Hèctor Herrera(!) e Aboubakar, aplicação e suor. Jesùs Corona não conseguiu sincronizar-se com o andamento do jogo no momento em que nele pretendeu envolver-se; Sérgio e Hernâni, sem tempo para mostrar utilidade.

     Assinalar duas grandes penalidades, no mesmo jogo, a favor do Futebol Clube do Porto, daria em Portugal o fim da carreira de um árbitro! Felizmente para Jesùs Gil MANZANO, é espanhol, competente, jovem e bem formado. E o seu desempenho avaliado pela UEFA. Fará carreira.

Remígio Costa

    

    

sábado, setembro 15, 2018

HERNÂNI ENTROU COM A CHAVE MAS O FERREIRA MUDOU A FECHADURA


 
Taça da Liga
Fase de grupos (3.ª) - 1ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Tv - Hora: 20:30
Tempo: verão
Relvado: bem tratado
Assistência; +- 37000
2018.09.14 (sexta-feira)


        FC DO PORTO, 1 - GD Chaves, 1
                               (ao intervalo: 0-0)

FCP alinhou com: Vaná, João Pedro, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 84' Vincent Aboubakar, Jesùs Corona, aos 60' Yassine Brahimi, Adrián Lopez, aos 72' Hernâni e Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Iker Casillas, Eder Militão, Marius e Íliver Torres.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Vítor Ferreira (AF Braga)
4º árbitro: João Pinto

Golos e Marcadores: 1-0 aos 74' por HERNÂNI, com remate de pé esquerdo fulminante, pondo fim a uma sucessão de remates que esbarravam nos jogadores do Chaves acantonados dentro da área; 1-1 aos 83' por EUSTÁQUIO na conclusão de uma saída rápida em contra ataque de  dois avançados flavienses num remate forte à entrada da área, culminando um centro bem medido vindo da ala esquerda numa excelente jogada de futebol.

    Com uma primeira parte sem vivacidade e de futebol desordenado e ineficaz, a equipa do Futebol Clube do Porto mostrou-se incapaz de vencer um jogo em que dominou territorialmente  o adversário, criou situações várias para acionar o marcador, e deixou-se surpreender pelo adversário a escassos minutos do termo da partida, quando estava a vencer, num dos raros momento em que os flaviense se atreveram a passar a linha do centro do relvado. Composta por jogadores menos convocados para equipa principal, o que teoricamente terá originado menos coesão e qualidade coletiva e individual, o FC do Porto deparou com uma equipa a jogar num sistema tático de ferrolho tradicional, antipático e conflituoso, resultadista, nesta partida bem sucedido porque fielmente cumprido e apadrinhado por um arbitragem de iniciado confundido, aturdido e  por vezes atarantado perante as muitas incidências negativas que aconteceram ao longo do tempo de jogo (e depois...).

    O regresso após afastamento de oito meses por lesão do Comendador Danilo Pereira, é o facto mais relevante da noite. Melhor ainda foi constatar que o internacional campeão da Europa mantém intactas as qualidades que o caraterizam, podendo afirmar-se ser ele o grande reforço da temporada. Pela negativa, Adrián Lopez. Não pode queixar-se de não ter tido oportunidades para provar merecer envergar tão prestigiada camisola. João Paulo denuncia excelentes atributos  que a experiência irá sublimar, a seu tempo. Excecional uma recuperação no relvado para anular com êxito um jogador do Chaves que se isolara em direção à baliza defendida por Vaná.

   O jogo tornou-se difícil de arbitrar quando os jogadores do GD Chaves se aperceberam da tibieza evidenciada por Vítor Ferreira na aplicação das leis  do jogo em sucessivos lances passíveis de sanção. Falta sobre falta, simulação ensaiada a cada toque, interruções antes de nova paragem logo a seguir, preguiça congénita no regresso à posição vertical, esgotamento sistemático do tempo razoável na reposição da bola em jogo. Faltas por assinalar em ambas as áreas passíveis de pontapé de penalti, sendo que aos 89', Vincent Aboubakar sofreu TRÊS de diferentes adversários  na mesma jogada. Concedeu Ferreira 2' de compensação no primeiro período e 6' no segundo. Metade do que seria exigido, no mínimo.

   


segunda-feira, setembro 03, 2018

MAIS BISPO DO QUE CÓNEGO


1/35
Liga NOS: FC Porto x Moreirense

Liga NOS
4.ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Via tv - hora: 20:30
Tempo: de verão
Relvado: excelente
Público: + de 43000
2018.09.02 (domingo)

            FC DO PORTO, 3 - Moreirense SC, 0
                  (ao intervalo: 2-0) 

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Eder Militão (estreia absoluta), Alex Telles, Otávio, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, aos 74' Óliver Torres, Yacine Brahimi, aos 82' Danilo Pereira (regresso após 5 meses de ausência por lesão), Vincent Aboubakar, aos 64' Jesùs Corona e Moussa Marega.
Não utilizados: Vaná (g.r.) Diogo Leite, Marius, Adrián Lopez.
 
Equipamento: oficial tradicional

Treinador: Sérgio Conceição

MSC alinhou com: Jhonathan, João Aurélio, Mohamed Aberhoum, aos 71'm Nené, Ivanildo, Bruno Silva, Neto, aos 61' Alan, Loren, Heriberto, Chiquinho, aos 80' Pato, Bilel, Pedro Nuno.

Equipamento: alternativo de cor roxa

Treinador: Ivo Vieira

Árbitro: Helder Malheiro (AF Lisboa)
VAR: Luís Ferreira

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 15' por HÉCTOR HERRERA, na sequência de canto apontado à direita por Alex Telles, com  desvio de cabeça dentro da área de Militão, com a bola a chegar ao capitão do FCP e este a desviar para a baliza; 2-0 aos 28', por VINCENT ABOUBKAR a completar na pequena área remate de de Moussa Marega ao poste na sequência de excelente jogada individual por ele desenvolvida pelo flanco direito; 3-0 aos 90'+4' por MOUSSA MAREGA, a finalizar uma incursão espetacular de Otávio até junto do poste da baliza do Moreirense e a assistir o maliano com um passe curto que este concluiu sem dificuldade.

    Para bem do espetáculo e de quem assiste aos jogos na bancada, as ditas equipas de "segunda linha" estão apostadas em jogar no Dragão sem complexos de inibição perante o ambiente e do historial e valor da equipa que vão enfrentar. Foi assim na jornada anterior contra o Vitória SC a quem o FC do Porto não logrou superiorizar-se, no desempenho como nos golos (2-3), e agora contra o Moreirense SC em que tendo obtido uma vitória consensualmente merecida, mas que esteve longe de ser fácil como ficou demonstrado em largo período da partida.
    Menos notada nos primeiros trinta minutos do confronto em que a equipa portista se esforçou por dominar e assumir o controle das operações obtendo lucro de dois golos, foi a partir daí evidente, de modo inesperado para a bancada, a partilha da bola e do relvado pelos dois conjuntos, e apenas no número de remates enquadrados com a baliza e nas melhores oportunidades para golo o campeão nacional em título conseguiu números bem superiores ao seu opositor. Pela excelente réplica que ofereceu e contributo que deu para o espetáculo, a equipa de Moreira de Cónegos orientada por Ivo Vieira (mais um excelente técnico a trabalhar na Liga) fez jus a uma diferença menos desnivelada no resultado final.

   O FC do Porto venceu sem deixar totalmente felizes e descansados os seus seguidores. A equipa parece ter entrado no relvado afetada pelo insucesso do jogo anterior o que não abona quanto à capacidade interior em superar o que de menos bom lhe possa acontecer. É óbvio que não se esperaria nem quiçá recomendável que a equipa estivesse hoje ao nível que possa vir a alcançar quando principiar a Liga dos Campeões, e depois em março ou abril do próximo ano quando mais provavelmente a renovação do título estiver a ser decidida, mas seria normal constatar no campeonato um comportamento compatível com as responsabilidades que o título de campeão nacional exige.

   Como apontamentos mais relevantes em relação à equipa portista há que saudar o regresso de Moussa Marega, o MVP da partida, à titularidade e aos golos; ao regresso do Comendador Danilo Pereira afastado da equipa por lesão no tendão de Aquiles desde há cinco meses. A estreia absoluta do brasileiro Eder MILITÃO, o qual atuou com a descompressão de um atleta maduro e com qualidades que amplamente justificam a contratação. E o papel da claque dos dragões do início ao fim da partida.

   A arbitragem da equipa lisboeta comandada por Helder Malheiro e do VAR Luís Ferreira não foi confrontada com situações de difícil julgamento, salvo num lance ocorrido dentro da área do Moreirense aos 10', ainda com o marcador em branco, em que Vincent Aboubakar parece ter sido derrubado em falta passível de marcação de penalti, e prontamente assinalado pelo juiz de campo. Já com Alex Telles mentalizado para a marcação, Malheiro é chamado a visionar as imagens e regressa com ordem para reverter a decisão. A verdade é que nas sucessivas repetições se vê a razão inicial do julgamento do lance, porque no chão, o defensor moreirense toca com a bota esquerda no pé do avançado portista. Menos evidente terá sido o lance no mesmo local que aconteceu na partida contra o Vitória SC, e que originou o penalti da reviravolta do resultado. Como é muito mais fácil aos árbitros decidirem em prejuízo do Futebol Clube do Porto. 

    Quinze dias de interregno no campeonato serão bem aproveitados por Sérgio Conceição.