domingo, novembro 27, 2016

DEFESA DE BETÃO E ATAQUE DE ALGODÃO.



Liga NOS
Estádio do Restelo, Lisboa
11ª jornada
2016.11.26

Espectadores: cerca de 6000
Estado do tempo: chuva intensa
Estado do relvado: ensopado e relva irregular


              FC "Os Belenenses", 0 - FC do PORTO, 0

FCP alinhou: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Ivàn Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, aos 68' André André, Otávio, aos 74' Silvestre Varela, Jesùs Corona, aos 60' Depoitre e André Silva.

Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro: António Manuel Oliveira (AF Porto)


             Estavam decorridos 5' e o Belenenses consegue o primeiro remate da partida que passou ao lado da baliza; aos 13' é André Sousa que atira rasteiro ao poste perante a estirada de Casillas; aos 22'Jesùs Corona executa um passe a rasgar para Óliver Torres que entra na área isolado e não remata nem passa bem, gorando-se a primeira oportunidade flagrante de golo do FC do Porto; aos 32' Iker Casillas estica-se para socar um cruzamento, a bola segue para um avançado do Belenenses que executa um remate torto e mal; aos 41' Felipe é "cabeceado" na testa por Camarã, é vê um amarelo do Oliveira; aos 52', o mesmo jogador remata de cabeça ao lado da baliza em pontapé de canto; aos 55' Floirent, defesa da equipa da casa, safa sobre o risco um golo à vista, a grande oportunidade do Dragão em todo o encontro; aos 67' é André Silva a oferecer duas vezes seguidas, de cabeça, a bola ao g. redes de Belém; aos 69' Depoitre está em campo, Otávio vê-o e isola-o com um excelente lançamento, o belga escorrega (pareceu) rem remata nem passa; aos 75' Camará, que continua lá e não no balneário a tomar banho, remata à rede lateral; aos 79' é Maxi Pereira a tirar um bom cruzamento, três portistas três, nenhum deles acerta na "borracha" e a defesa da casa despacha para a frente; agora, vai o jogo nos 85', e Iker Casillas evita com uma grande defesa que Espírito Santo não core de vergonha quando tiver que se explicar na conferência de imprensa; chegados aos 89' em branco, André Silva a pedir descanso desperdiça serviço a jeito de André André; com 90'+1', Danilo Pereira tenta driblar para sair a jogar, escorrega, cai, faz falta, livre apontado não deu resultado e pouco depois, jogo acabado.

           É muito difícil comentar o desempenho da equipa do Futebol Clube do Porto neste confronto (difícil) com "Os Belenenses", porque não sou capaz de falar negativamente da equipa que tem nas camisolas o símbolo sagrado do meu clube do coração. Também, porque se o fizesse, juntar-me-ia ao bando daqueles que, por vício de profissão e proselitismo encapotado, o fazem em maior dimensão e muito mais competentemente do que eu, seguramente, o poderia fazer.

          O FC do Porto é uma equipa sem sorte, nesta temporada. Teve nesta semana um jogo desgastante em Copenhaga, teve que defrontar um Belenenses com tempo de sobra para chegar ao jogo física e psicologicamente bem preparada. Sendo um conjunto fisicamente bem dotado, o estado ensopado do relvado permitiu uma melhor adaptação às condições em que a partida decorreu. Jogo viril e musculado, intenso e desgastante, a equipa da casa esteve sempre mais à vontade do que o a dos Dragões, mais jovem e mais leve na maioria dos seus atacantes, habilidosos no trato da bola mas nitidamente mais desgastados embora empenhados. A equipa do Porto partiu-se em muitos períodos do jogo, abrindo um deserto entre o ataque e a defesa, permitindo que os jogadores de Belém percorressem grandes espaços sem oposição, situação em parte sustida após a entrada de André André. Para além do mais, dadas as condições climatéricas, e o que a mim me pareceu desgaste físico de alguns dos seus atletas, talvez que Nuno Espírito Santo devesse ser mais ousado e criterioso levando a jogo dois ou três elementos dotados de características adequadas para contrariar o maior poderia físico dos belenenses. É para isso que os clubes têm plantéis com vinte e sete unidades. Noite muito desinspirada na equipa do Norte, castigada por um resultado comprometedor para as aspirações e nefasta para crença do universo azul.

           O trabalho de Manuel Oliveira honra a arbitragem nacional. Qualquer árbitro inglês (ou até espanhol) que assistisse ao jogo ficaria envergonhado. É verdade que não assinalou penaltis contra o FC do Porto (erro criticável), não exibiu cartão vermelho a Felipe no lance em que foi agredido à cabeçada, André Silva não estava a dois metros da linha da defesa da casa para evitar estar fora de jogo, Óliver Torres não esperou que a bola fosse além da linha de cabeceira cinco metros para o fiscal de linha ter razão ao anular o lance, Otávio não ficou sem uma perna para Oliveira ver a entrada que sofreu e punir o causador, Maxi Pereira não levou calções com bolsos onde pudesse meter os braços ou levá-los atados atrás das costas e foi justamente punido com um cartão amarelo. Tudo bem, pá! Nota máxima para o Oliveira, já!

quinta-feira, novembro 24, 2016

PENAS DE CRESCIMENTO

FC Porto



Liga dos Campeões
Fase de grupos 
5ª jornada - 2ª mão
Em Copenhaga (Dinamarca)
2016.11.22

Assistência: 38 000 espect.

Tempo: frio e seco

Estado do relvado: irregular.

                     
                       Copenhaga, 0 - FC do PORTO, 0

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alerx Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, Otávio, aos 84' Evandro, Jesùs Corona, aos 84' Silv estre Varela, André Silva e Diogo J.
Equipamento: alternativo de cor amarela.

Treinador: Nuno Espirito Santo 

 Arbitro: M. Maži 


               Decorridos dois dias sobre o encontro de Copenhaga, o penúltimo da fase de grupos de Liga dos Campeões, o que continua mais presente do que me foi dado observar é que ao FC do Porto a sorte do jogo (mais uma vez na presente época) não o favoreceu. Numa partida que se desenrolou sem anormalidades da arbitragem e em que as equipas se empenharam honestamente para alcançar o melhor resultado, o jovem conjunto português superou, na qualidade do futebol praticado e no desempenho individual dos seus jogadores, a aguerrida e bem estruturada equipa dinamarquesa justificando amplamente um triunfo concludente.

              Foram várias e flagrantes as oportunidades de golo criadas pela equipa portuguesa, mais no período complementar, no decorrer da qual os "miúdos" dragões deram um verdadeiro festival de futebol! Óliver Torres, Otávio, Diogo J, André Silva e Jesùs Corona, um quinteto de fogosos e talentosos executantes como não se vê em todos os campeonatos da Europa no mesmo clube, brilhou num relvado irregular e escorregadio, contra um adversário difícil e com aspirações na prova,  surpreendendo os assistentes dinamarqueses empolgando a animada claque dos apoiantes portistas que se vez ouvir no estádio. Alguma imaturidade dos intervenientes ou quiçá um pontinha de sorte na conclusão das oportunidades criadas negaram à equipa do Futebol Clube do Porto um triunfo que seria, de todo, absolutamente justo e largamente merecido.

             Aos 13', 71', 72' e 83' Diogo J., aos 35', 56', em dois remates sucessivos, aos 69', 77' e 83' André Silva, aos 72' Jesùs Corona, 73' Danilo Pereiranão alcançaram as boas graças de um deus benfazejo e justo.

             A defesa manteve-se sólida e coesa e fechada aos golos como vem a conseguir há alguns jogos. Danilo Pereira aumenta de jogo para jogo a sua importância na equipa e o seu grande potencial. Os cinco magníficos acima referidos, mantendo a postura demonstrada neste jogo difícil e determinante, poderão continuar a dispensar os favores dos comentadores arcaicos mafiosos e dos media capturados da Corte centralista, porque têm qualidade acima da média e as vitórias que alcançarão a curto prazo irão comprová-lo. 

            Nuno Espírito Santo não mexeu na equipa antes de tempo e quando tirou da partida Jesùs Corona, o mexicano estava no limite, tal como Otávio que Evandro substituiu no momento próprio.

            A passagem à fase seguinte será decidida no Dragâo, contra os ingleses do Leicester, no último jogo da fase. Não tenho dúvidas de que se o Futebol Clube do Porto mantiver o espírito de Copenhaga e o apoio inteligente dos que estarão no estádio o grande objetivo do momento será atingido. Contra tudo e todos.

             

sábado, novembro 19, 2016

SANTOS E CAPELAS NÃO SÃO PARA O FUTEBOL





Taça de Portugal
4ª eliminatória
Em Chaves, Estádio Municipal Engº Branco Teixeira
Assistência: 7900 (Capacidade do estádio: 8000)
Condições do relvado: aceitáveis
2016.11.18


                 CD de Chaves, 0 - FC do Porto, 0  (após prolongamento)
                      (3-2 na marcação de penaltis) - Dragões eliminados


FCP: José Sá, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, André André, (90' Miguel Layún) Otávio (aos 77' Depoitre), Silvestre Varela (aos 90' Evandro) André Silva e Diogo J.
Equipamento: tradicional oficial
Treinador: Nuno Espírito Santo


Árbitros: Quadrilha lisbonense comandada por João Capela


               Ter sido afastado de uma competição numa só mão contra uma equipa do mesmo escalão a jogar no seu próprio estádio, não é um escândalo por aí além. Está longe de ser um acontecimento raro em jogos desta natureza e acontecem até em maiores proporções quando uma equipa tida por favorita é desfeiteada por outra muito menos cotada na situação de visitado, como noutros tempos sucedeu ao Futebol Clube do Porto no então Estádio das Antas. É futebol, diz-se.

              Por isso, quem ontem viu através da transmissão televisiva o Chaves afastar da segunda prova mais importante do calendário nacional e para a qual partia na situação de claro favorito, o Futebol Clube do Porto, face ao desempenho das duas equipas, nem sequer terá ficado surpreendido. A equipa transmontana logrou atingir o seu objetivo através de muita aplicação, transpiração, garra, raça, manha, experiência, astúcia e muita frieza quando dela precisou (na decisão das grandes penalidades) logrou gizar algumas excelentes jogadas e criar uma ou outra situação passível de se adiantar no marcador no decorrer do encontro. Contra as expetativas (depois do que se lhe viu fazer no Dragão na receção à equipa alfacinha Dona Victória para o campeonato da I Liga), o Futebol Clube do Porto dececionou ao não ser capaz de encontrar a chave para ultrapassar a fechadura do sucesso. Com José Sá na baliza por troca com Iker Casillas e André André a jogar por Óliver Torres no miolo, o Dragão foi para Trás os Montes com a tropa de elite. Ou pareceu, porque dentro das quatro linhas nem de longe esteve à altura do que seria presumível pudesse ser capaz. Nem a equipa, nem Nuno Espírito Santo.

            O FC do Porto mostrou-se incapaz de domar o seu antagonista, de impor os seus argumentos de assumir o comando da partida. E, se a defender não cometeu erros fatais, a não ser a visível intranquilidade de José Sá na anulação de lances na imediação da sua área de intervenção, quando lançada ao assalto da baliza do Chaves foi de uma calamidade medonha. Péssima finalização, passes a destempo, aparentes sinais de apatia nas desmarcações, nenhum vislumbre de inspiração, e um treinador abúlico, de braços cruzados, confundido, indeciso, incapaz de fazer uma leitura do jogo correta e tomar as decisões requeridas sem estar à espera da hora prevista para o fazer. Poder-se-à dizer que o FC do Porto veio de uma semana atípica onde dez dos seus jogadores andaram envolvidos nas seleções dos seus países e que está no horizonte um jogo decisivo para a Liga dos Campeões, e que o seu adversário teve tempo para treinar e se motivar mas não era suposto que os jogadores andassem no jogo a pensar no dia seguinte. 

           O Futebol Clube do Porto e Nuno Espírito Santo poderiam e deveriam ter feito mais e melhor? Sim, é verdade que tinham obrigação e competência para vencer uma partida difícil, sem dúvida, mas teoricamente obrigado a ganhar porque possui potencialidades suficientes para o fazer.

          Eu não posso escrever aqui o que o João Capela merecia. Este escarro de personagem abjeta e incompetente no mais baixo grau de avaliação, teve interferência direta na eliminação do Futebol Clube do Porto. Nem sequer vou destacar as penalidades (várias, por exagerado que pareça) que não quis decidir contra os flavienses, por demais claras e inequívocas para serem vistas por Steve Wender quanto mais por uma juiz honesto e imparcial que mão é o Capela, nem nunca será sendo da escola de um tal Paixão que anda há décadas a infernizar e a conspurcar o futebol português. Por que se permite a estes energúmenos apadrinhados  desempenhar um tão relevante papel no espetáculo futebol? Por que se nomeiam para jogos de decisões que têm implicações desportivas e financeiras relevantes, para lançar sobre a atividade desportiva ondas negras de suspeição e prejuízos irreparáveis? Por que é o baluarte do norte e de Portugal perseguido e desrespeitado pelos decisores da arbitragem portuguesa?
A miserável demonstração de incompetência do bando do chefe capela, foi evidente deste o primeiro sopro no apito na permissão de entradas violentas aos tornozelos dos jogadores do FC do Porto, na dualidade de critério na avaliação dos lances, na permissão de queima de tempo, nas substituições feitas com os substituídos a sair em maca numa inovação ridícula que se espera não faça carreira, na deficiente avaliação das distâncias das barreiras na marcação de livres, na excessiva tendência para aconselhar calma e contenção do ímpeto na disputa da bola aos jogadores da casa. Só mesmo visto.

         Morre, capela,  f. da p.!

                                  

segunda-feira, novembro 07, 2016

IGUALDADE PREMEIA VULGARIDADE.



Liga NOS
10ª jornada
Estádio do Dragão, Porto.
Lotação esgotada
Bom tempo
2016.11.06


                             FC do PORTO, 1 - Benfica, 1
                                    (ao intervalo: 0-0)

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Otávio, Jesùs Corona, aos 66' Rúben Neves, Óliver Torres, aos 76' Miguel Layún, André Silva e Diogo J, aos 87' Hèctor Herrera.
Equipamento: tradicional oficial.
Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)

GOLOS: 1-0 aos 50', por Diogo J: Jesùs Corona conduz a bola da direita até ao semicirculo da área, serve Diogo J desmarcado do lado esquerdo que, depois de contornar um adversário remata forte e rasteiro entre o guarda redes e o poste. O empate "caiu do céu" aos 90'+2' na sequência de um pontapé de canto provocado por lance desastrado de Hèctor Herrera ao pretender pontapear a bola  contra um adversário e tentar interromper o jogo a seu favor, de cuja execução resultou num golo obtido por L. Lopez em golpe de cabeça.

             O Futebol Clube do Porto produziu a melhor exibição desta época em todas as competições em que está envolvido e reduziu à vulgaridade da sua real dimensão um adversário que em momento algum da partida fez por merecer um resultado positivo. O empate acontecido num lance fortuito em tempo de compensação, festejado no fim do encontro por técnico, jogadores e dirigentes do clube da Dona Victória como se do título nacional se tratasse, tem a forma de compensação injusta e indevida à mediocridade, à ausência de caráter competitivo, à falência de campanhas empoladas de falsas grandezas, sem correspondência real e efetiva quando confrontados com adversários capazes de desmitificar os cenários fantasiosos de um valor que o clube do regime (antigo e novo) está longe de merecer. 

            O FC do Porto foi dono e senhor no jogo do estádio do Dragão na noite de ontem, submetendo o seu opositor ao papel de ator secundário, de terceira linha. Jogou e criou lances de entusiasmar, os seus jogadores mostraram a sua classe individual na técnica e arte de bem criar futebol, confundindo e desorientando o adversário apenas preocupado em "fazer sombra" e confiar na fortuna. O primeiro tempo teve laivos de massacre, com Ólver, Otávio, Diogo J e André Silva, a asfixiarem os desorientados victorianos da segunda circular alfacinha, deixando-os sem folgo para ultrapassarem a linha do meio campo. Depois do golo de Diogo J. a equipa portista desacelerou um pouco e consentiu um primeiro remate, à distância, à baliza de Iker Casillas, gasta que estava a hora do começo do jogo! O lance terá sido o mais perigoso criado pelo adversário em todo o encontro e não houve qualquer outro digno de registo. Para tão louvado adversário, convenhamos que é deveras insignificante!

          O "coronel" Vitória treinou o Fátima e terá confiado na Senhora. Milagre houve, a menos de dois minutos do fim através de um lance caricato protagonizado por Hèctor Herrera. Aconteceu, é futebol, com soi dizer-se. É, acontece, porque não há justiça num jogo de bola. Contam os golos, e a sorte dos tolos...

          Quem viu este jogo tem muito por onde escolher entre os jogadores do Dragão, os que mais se destacaram. Quase todos, no meu entendimento, com variantes em pormenores de classe que cada um tem especificamente. Não destacarei nenhum. Foram extremamente esforçados, deram tudo que lhes seria legítimo pedir. Tudo teria sido perfeito não tivesse acontecido o lance de que resultou o escandaloso empate, na origem e na conclusão.

          Artur Soares Dias, do Porto, sim, não de Braga ou Leiria, Castelo Branco, Loulé ou Setúbal, ainda que tudo esteja sediado na capital sugadora dos impostos. Teve atuação equilibrada, como não se lhe vira fazer antes nos jogos em que participou o clube da sua região, fez por ser justo e imparcial. Fica, porém, por justificar, claramente, por que invalidou aos 25' um golo ao Futebol Clube do Porto. A bola vinda do ar foi ao braço de Mitroglou e daí foi à mão de Felipe. Se o lance foi invalidado por falta do defesa do Porto errou pois ela primeiro bateu no avançado encarnado. Não terá visto, mas, mais uma vez, Soares Dias decidiu contra o FC do Porto. Além do mais, num e noutro jogador a bola terá batido por acaso. Há, ainda, na segunda parte a anulação por fora de jogo mal assinalado de um ataque portista, mas é da responsabilidade do auxiliar do lado da bancada central.

quinta-feira, novembro 03, 2016

AMEAÇA SÉRIA DA MELGA BELGA.


(O Jogo online)

Liga dos Campeões
2ª volta - 4ª jornada
Estádio do Dragão, Porto.
2016:11:02 - Hora: 19:45
Espectadores: 32 310
Bom tempo


          FC do PORTO, 1 - Club Brugge KV, 0
                                    (ao intervalo: 1-0)

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe. Icván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), aos 61' Rúben Neves, Otávio, aos 79' Miguel Layún, Óliver Torres, Diogo J., aos 71' Jesùs Corona e André Silva.

Treinador: Nuno Espírito Santo

Árbitro: Umberto Uncliano Mallenco (Esp.)

GOLO: aos 37', por André Silva, na sequência de pontapé de canto executado na esquerda da baliza sul do Estádio, com o ponta de lança portista a desviar de cabeça ao primeiro poste a bola que vai entrar numa trajetória em arco no lado contrário, depois de ter batido na cabeça de um defesa belga e ganho o efeito.

           O objetivo era ganhar e foi alcançado. Mas o pior dos cenários esteve à vista e não devemos negá-lo: pior teria sido perder (ou até não ganhar) com esta exibição incipiente e tão preocupantemente desoladora como a que ontem a equipa azul e branca produziu no Dragão.

           Esperava-se mais, bastante mais da equipa orientada por Nuno Espírito Santo, no sentido do nível coletivo da exibição, pois que nada há a apontar aos atletas quanto ao generoso esforço doado com o propósito de alcançar um resultado positivo. Contudo, agravaram-se nesta importante partida as incapacidades antes denunciadas, designadamente a exagerada imprecisão de passes na conclusão das jogadas, o abandono da circulação da bola pelas laterais e a persistente inoperância dos intervenientes nos remates para finalizar jogadas ditas de golo.

          O Futebol Clube do Porto apenas esteve no comando do jogo em reduzidíssimos períodos e nunca conseguiu assumir o controle do insubmisso adversário. E teve que resolver situações bastante complicadas algumas delas não isentas de fortuna. Valeu o acerto da defesa e os desempenhos de alto nível dos dois centrais, Felipe e Iván Marcano, Danilo Pereira na linha intermédia e André Silva, à frente, ao lado e atrás.

         Não conheço (ainda) as declarações aos media de Nuno Espírito Santo (nem dos atletas) no final da partida. Não sei, por isso, se o treinador do FC do Porto deu alguma explicação plausível a propósito da decisão de prescindir de incluir no onze inicial Miguel Layún e ter esperado (de novo) pelos sessenta minutos de jogo para fazer alterações. Por que manteve na partida Héctor Herrera tanto tempo, com o mexicano desorientado e, com cartão amarelo, em risco de expulsão. Por que...

        Sofrer e sofrer; quando aos 25' a bola carambolava dentro da área portista e Óliver Torres postado em frente a Iker Casillas tem o braço direito aberto onde ela bate e Mallenco perdoa ao compatriota a falta passível de livre de onze metros; no suspense provocado por Iker Casillas acontecido aos 79' ao repor a bola em jogo para a frente da área numa atitude de principiante repetente, a qual foi intercetada pelos belgas e anulada por Iván Marcano (?), cedendo canto. E, aos 85' ao ver o guarda redes com mais jogos realizados na estatística do Real Madrid a "palmar" o golo do empate merecido da melga belga. Meu Deus, meu Deus, até quando!?...

        Danilo Pereira tem direito à valoração de "Melhor do Jogo". À altura dele, André Silva, Felipe e Ivan Marcano.

        Tendo poupado ao FC do Porto um penalti e quiçá o adeus à qualificação nesta fase da Liga dos Campeões, não escapa apesar disso a um "suficiente -" na avaliação do seu trabalho. Umberto Mallenco não está ao nível dos melhores árbitros de Espanha, longe disso e, se arbitrasse em Portugal, "empatava" com  Motas, Veríssimos, Pinheiros, Almeidas, Paixões, Xistras e Capelas, numa irmandade de suprema incompetência.