"SUPER DRAGÕES", NÃO MERECIAM.

          TAÇA DE PORTUGAL.

          No Estádio Mais Belo da Europa:


                  FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 0 - sport lisboa e benfica. 2.

          Incansáveis durante todo o encontro, os Super Dragões (e os adeptos do Futebol Clube do Porto em geral) foram  inexcedíveis no apoio à equipa, apoiando-a do princípio ao fim do jogo. Não foi pela falta de apoio e incitamento do nosso público que não conseguimos vencer. Parabéns, por isso, a todos com destaque merecido para a nossa maior claque.

          Quando aconteceu a dádiva do primeiro golo já estava a prever o pior pelo que me ia apercebendo na movimentação das duas equipas  nos primeiros minutos do encontro: a maior determinação do adversário em ter a posse da bola e a estranha intranquilidade e indecisão da nossa equipa. Sem posse de bola e incapazes de se libertarem da marcação individual agressiva e faltosa dos seus marcadores directos, os jogadores do Futebol Clube do Porto dificilmente lograram gizar jogadas  para ultrapassar a super povoada defesa encarnada. Apesar disso, depois de já estar a perder por 0-2 após novo golo dos visitantes (nova benesse celestial, agora da responsabilidade directa de Fernando e quiçá de Helton) Hulk e James Rodriguez, os dois no mesmo lance, falharam o desvio para o golo.

           A equipa do clube de Vale e Azevedo manteve na segunda parte o seu esquema e, com bastante serenidade, conseguia controlar as pedras mais desequilibradores da nossa equipa, onde as tentativas de Varela e Hulk para romper através de jogadas individuais o bloco defensivo dos encarnados não frutificava. As alterações feitas por Villas-Boas trouxeram alguma melhoria mas não foram suficientemente relevantes para operar o necessário volte-face.

           Os dois lances que fizeram o resultado desclassificam cruelmente o desempenho de qualquer defesa. O do primeiro golo é surreal em qualquer equipa, mesmo dos escalões e inferiores e constitui uma nódoa para Maicon e Helton. No segundo, Fernando assistiu o jogador espanhol permitindo um chuto a uma distância que não seria problema mesmo para o seu compatriota Roberto. E, em DOIS remates à nossa baliza feitos pelos jogadores do clube da Dona Victória em noventa e poucos minutos de jogo, (o do segundo golo e o de Cardozo, já no segundo tempo a proporcionar a Helton a defesa com o pé)), a primeira parte da eliminatória dá vantagem aos encarnados para o jogo da segunda volta.

           Vi o jogo no Estádio no alinhamento da linha da grande área com a bancada central, do lado do sul so relvado, para o qual a nossa equipa atacava na primeira parte. Tive uma visão privilegiada sobre os seguintes lances: marcação de um fora de jogo a um jogador portista inexistente; derrube iniludível a Bellushi, que se preparava para fazer golo; falta sobre James Rodriguez, a poucos metros onde me encontrava, junto à linha de cabeceira e dentro da área; agressão de Cardozo, (porquê?) que o juiz viu porque sancionou com cartão amarelo(!). Não vi, até ao momento em que posto, qualquer imagem televisiva ou comentário, mas aposto que não há ninguém que tenha visto UMA única falta assinalada pelo portalegrense que tivesse beneficiado o Futebol Clube do Porto.

           É claro que este triunfo vai ser o prato mais consumido nos tempos mais próximos. É fartar, enquanto dura. O futebol, como a vida é como os alcatruzes da nora: umas vezes estão em baixo mas logo trazem a água para cima...