segunda-feira, novembro 08, 2010

VERDADE DESPORTIVA.

No Estádio Mais Lindo da Europa, ontem:

                 (DE)GOL(E)ADOS e DEPENADOS.

  FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 5 - SL Benfica, 0


                                                                CINCO
                                                                 (golos)

                                                                  DEZ
                                                               (Pontos)


                                                           EM    DEZ   JOGOS!
A VERDADE DESPORTIVA.

                                                        A NOITE PERFEITA! (I)

           Tendo voltado a casa, são e salvo, a desoras e carente de recuperação emocional e psicológica, da zona militarizada do território situada a norte do Rio Douro, cujo centro nevrálgico da beligerância fratricida convergia para o Estádio do Dragão onde me havia infiltrado, oh, suprema imprevidência e insensatez!, já não tive condições para postar mais do que inserir, em imagens, o balanço do embate final a que acabara de assistir. Moldei, ao meu jeito, a almofada para construir a covinha onde coloquei o lado direito da face, fiz a habitual evocação introspectiva das minhas intenções espirituais e entreguei-me, sem resistir  às benesses repousantes do retemperador Morfeu.
(o  cenário é menos clássico)



Ficheiro:Waterhouse-sleep and his half-brother death-1874.jpg
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            Olhei para o espelho e pensei: obrigado, meu bondoso Jesus, pelo graça que me concedestes de ter optado pelo clube que trago no coração desde que me conheço, pela chuva abençoada depois do verão de S. Martinho, pelo helicóptero com o seu foco de luz que enviaste para me proteger , pelo magusto soberbo da noite de ontem e por teres criado à tua imagem e jeito, o Sport Lisboa e Benfica!

                                        
                        Foi linda a festa, pá!
                                                       A NOITE MÁGICA (II)

           Não há equipas perfeitas nem exibições colectivas ou individuais que não possam ser superadas. Mas é um facto incontestável que, na alcatifa natural do relvado do Estádio Mais Belo da Europa, o Futebol Clube do Porto esteve perto da nota máxima ao produzir uma exibição absolutamente notável e poucas vezes disponível em Portugal e mesmo no estrangeiro. Foi uma superioridade clara, inequívoca, imaculada, seja qual for o prisma da apreciação que se escolha. Exibições individuais de qualidade superior, movimentação táctica ao nível da tecnologia de ponta , capacidade física, concentração máxima dos jogadores e motivação sem limites. E uma imensa mole de adeptos em delírio!
 A nossa voz e o símbolo do MELHOR.

           Já ninguém estranha a sovinice de certos escribas nos elogios que dedicam aos méritos do FCP, e, por isso, não vai faltar quem agora fique calado ou pretenda salvar a face atribuindo a humilhação a que foi sujeito o clube da dona Vitória, à inspiração de uma noite excepcional ou aos caprichos esporádicos de talentos individuais. Não é verdade. O Futebol Clube do Porto actuou na linha que vem seguindo num processo de ascensão natural do jogo colectivo em todos os vectores, tendo naturalmente conseguido o seu melhor desempenho.
 "Arrumados" para o canto.

           É certo que HULK, foi um autêntico Pander que o Davidinho jamais esquecerá. Mas não tem sido sempre assim, esta época? E o Bellushi, senhores, só ontem é que o viram? Ah, repararam no João, o agora João Mess...inho. Cheguei a acreditar que havia mais do que um em campo, pois, fosse qual fosse o metro de relvado para onde dirigisse o olhar, ele estava lá. Pois, o Falcao, claro, só dão por ele quando a bola já está no fundo da baliza, ou quando, "enfeita" o golo que deixa o guarda-redes em estado de sair dali para o psiquiatra. Varela, esse é mais fácil dar por ele, senão pelos golos decisivos que consegue, mas porque é diferente. Guarin, tem a força e a vantagem de estar no sítio certo, na hora exacta. Sapunaru, não treme e sobe de produção em cada jogo. Rolando e Maicon, vão a caminho da dupla perfeita e Álvaro Pereira, o Palito, é insuperável no vai-vem no seu corredor. Helton, o capitão, parece estar a ficar ansioso e embirrento com os adversários: não lhe dão trabalho e reduz-lhe a oportunidade de mostrar o seu imenso valor. Repararam no "puto" que entrou a dez minutos do fim? Não? Não faz mal, ainda ireis vê-lo mais vezes, para vossa consumição...
Rúben, não é notado apenas pelo seu giro sotaque madeirense: ele anseia por mostrar à cidade e ao mundo, o seu bailinho e obrigar os adversários a dançá-lo ao ritmo certo. E para o momento fatal, está aí "seu" Valter, para servir de bigorna a qualquer veleidade dos nossos concorrentes.


                       Dragonas felizes.

            Este Villas Boas, está a tornar-se um case study. Lembram-se dos jocosos chistes a propósito da sua contratação como treinador do FCP? Das críticas ao PRESIDENTE? Ouvem-nos, agora? Onde estais, biltres?
"Infiltrados", mas sob vigilância particular.

            Não vou, não quero falar do Benfica, que ontem vi na alcatifa natural do Estádio-Mais-Belo-da-Europa, nem do momento em que me cruzei no fim da A-3 com o autocarro em que se deslocavam a velocidade dos filmes de guerra, com escolta de carros com pirilampos e sirenes, polícias de motas de piscas piscas a apagar e a acender e capacete com viseira, cortes da via para os não incomodar, quando estava em causa, apenas e só, um encontro de futebol entre duas equipa de um MESMO PORTUGAL!.
                                                        O "Incrível" adepto.

            Jorge Jesus, merece todo o meu respeito. É um homem que chegou a pulso a um clube da grandeza do Benfica, onde foi campeão, depois de penar em clubes de pouca projecção e onde se lamentava por só poder aspirar a sê-lo na playstion. Apenas por ter chegado ao clube com a fama e o proveito de ser o "clube do regime" (e não é só pelo facto de serem benfiquistas o Presidente da República, o Primeiro-Ministro, o Ministro da Administração Interna, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e socialista António Costa, e outros que estão ou já estiveram no aparelho do sistema da governação), foi elevado ao pedestal digno de um Mourinho ou Guardiola. Não sou o profeta que os "cronistas do reino" e da Bolha e os que seguem a mesma cartilha fizeram de Jesus. O que tenho a certeza é que não está longe do dia da crucificação, ou, como é uso no Irão, de ter uma morte por lapidação... As primeiras pedras já começaram a cair...
Ambientação e aquecimento dos artistas.

           Com dez pontos de vantagem sobre o segundo classificado ao fim de dez jogos, com mais sessenta para conquistar nada pode ser considerado definitivamente consumado. Por isso, a única certeza que, por ora, nos basta é que ainda vamos melhorar e chegar mais longe...
Unidos (FCP) e dispersos (SLB), com os árbitros à espreita.

           Como antes escrevi, neste blogue, em  "JAMAIS SE VERÁ UMA GUERRA TÃO PACÍFICA",

"tem (o FCP) melhor dinâmica de vitória, joga no Dragão, tem melhor equipa, superior treinador e melhores executantes".
                                                         Pobre Roberto.

           Pese, embora, o facto do triunfo ter sido obtido sem mácula e fora de qualquer suspeita ou reticências, não é por isso que vou deixar de falar da equipa de arbitragem chefiada pelo sócio do Benfica e lisboeta de nascimento, Pedro "Gel" Proença. É verdade que os jogadores do FC Porto não lhe deram o mínimo argumento que justificassem erros como já cometeu noutros cenários. Ainda no decorrer da primeira parte, sancionou um fora de jogo ao ataque dos Dragões que eu, situado no campo contrário, tive a certeza de que foi mal assinalado. A poucos metros do lugar onde assisti ao jogo, foi clara a mão na bola, dentro da área benfiquista, que ele não ajuizou correctamente. Quando regressou do balneário para a segunda parte, tive a sensação de que se predispunha a inclinar o relvado para o lado da desmoralizada claque encarnada, tal era a dualidade do critério na avaliação de faltas idênticas, mas deve ter achado que não valia a pena perante a impotência de contrariar a enorme superioridade dos Dragões.

            Noite de sonho, das mais ricas do meu já vasto acervo de adepto do MELHOR CLUBE DO MUNDO!

           
                                                              Podemos sair?

          
    

4 comentários:

  1. HUMILHADOS! É sem dúvida a palavra para definir os vermelhos e este jogo magistral por parte, do meu, sempre fantástico F.C.Porto! Ora saiam lá 5 pratos de tripas à moda do porto para a malta da capital, que veio encher a pança até ao norte!!!! AH AH AH...Fica a pergunta no ar - Quantos tuneis da Luz ( e escoltas policiais ridículas )serão necessários para derrubar uma máquina enibriante como é o F.C.P.!?!

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  2. Uma noite inesquecível, mas que ninguém se atreva a dizer irrepetível.

    Um Porto Vintage, de qualidade superior, proporcionou uma noite mágica, da mais bela Ópera. Um maestro precocemente genial, dirigiu vários tenores extraordinários e juntos formaram um conjunto brilhante, que nos deixou a rebentar de orgulho Dragão.

    Felizmente, sou um dos que pode dizer: estive lá!

    Cumprimentos

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  3. CARO REMÍGIO
    Que maravilha o seu post sobre a Grande Noite no DRAGÃO!Respira-se o ambiente,a crença,a raça,a cor,a vida (nas fotos).Nota-se na prosa erudita, o saber "ler" e transmitir, as emoções geradas do espectáculo ao vivo. Magnifico comentário!Está tudo lá. Parabéns,meu amigo.Que vá mais vezes ao show e nos delicie...embora eu,devo confessá-lo,fique cheio de "invejinhas" por não poder estar-não no seu lugar,mas ao seu lado...Pode ser que um dia calhe.
    Hoje,cá pelo meu burgo,verdade seja dita,nem um só benfiquista me regateou ... parabéns.Foi tão limpinho,tão limpinho que me parece que a soberba (deles) foi mesmo pelo cano abaixo.Bem-feito,para saberem como é estar no tunel durante meses ...(Hulk!Sapunaru! PRESENTES!).
    Abraço amigo
    João Carreira
    Em Tempo
    O seu Falcão da Meadela acertou mesmo?!Tenha-lhe as chuteiras sempre à mão (nos pés).O bolo é lindo!Fantástico!
    Felicidades para ele.

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  4. CARO JOÃO:

    A festa foi, com efeito, muito bonita e não é possível (pelo menos com o meu jeito)descrevê-la fielmente. As incidências do jogo, a multidão em transe, a magia dos gestos que os nossos brilhantes jogadores executavam no tapete verde da relva natural, a beleza arquitectónica do espaço onde a festa acontecia, é coisa mais própria das emoções do que da razão.

    Tenho a certeza de que ainda se cumprirá o desejo recíproco de trocarmos aquele abraço, no Estádio mais belo da Europa, o cenário certo para selar, sob o signo do Dragão, um compromisso de duradoura amizade.

    Achei curiosa a coincidência dos números desenhados no bolo de aniversário do meu neto-menino, em Maio último, e que o meu filho me enviou logo a seguir ao jogo. Seis meses depois, aí está a melhor prenda para um futuro craque do gloriosos FCP.

    Abraço amigo.

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