FALCAO, à falcão decide a eliminatória.
(Foto DN online)Em Moreira de Cónegos:
Moreirense, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
Villas Boas previu e preveniu: é um jogo de risco e o Moreirense tem tudo a ganhar e pouco a perder. Todo o risco corria por conta do FCPorto que, em caso de derrota, perderia um capital de equipa 100% vitoriosa que não ostentaria em Alvalade. Daí que, o jovem técnico dos Dragões, não arriscasse muito na poupança dos activos de que dispunha tendo feito alinhar de início um grande número de jogadores que vão defrontar o Sporting, no próximo sábado.
Como era de prever, o Moreirense, apesar de jogar no seu terreno, foi sempre uma equipa de bloco defensivo muito baixo, difícil de penetrar dado o excessivo número de pernas por centímetro quadrado dentro e fora da sua área, tanto mais hermético quanto a baixa velocidade usada pelos avançados portista e a inadaptação de Valter, o favorecia.
O resultado que se verificava ao intervalo não deixava de corresponder ao que se havia passado no relvado, quer em termos de jogo jogado quer pela inexistência de ocasiões de golo de ambas as equipas.
O panorama só seria alterado com o aproximar do final do encontro e, principalmente, depois das substituições introduzidas nos Dragões, cuja influência foi decisiva para chegar à vitória, tendo Falcao como protagonista principal ao decidir com um golo ao seu estilo, depois de um estupendo pontapé de Bellschi que o guardião local desviou para a barra e o nº 9 portista, rápido como um verdadeiro falcão, recargou sem hipóteses, para dentro.
Sendo indisfarçável que o FCPorto não estava interessado num jogo de grande ritmo, isso foi consequência do rendimento individual que, com poucas excepções, foi pouco aceitável e poderia, num lance ocasional, ter causado engulhos nos objectivos em vista. Tal não aconteceu e a vitória incontestável da melhor equipa no terreno, foi um corolário natural da superioridade dos dragões.
Emídio Rafael, ninguém estava à espera que ele fizesse o que Álvaro consegue. Não complicou e pareceu descontraído. Beto, não fez uma única defesa em todo o jogo e bem que se dispensava a cena do amarelo, por inútil e pouco desportiva para o estatuto da equipa. Moutinho, enquanto esteve em campo, fê-lo com a disponibilidade que é a sua imagem de marca. Guarin, no seu estilo e Belluschi, destacaram-se. Castro e Rúben, entraram bem no jogo, Ukra, não. Valter e Hulk, estiveram lá e o "Incrível" pareceu-me, a partir de certa altura, que não estava em noite de ir à pista. Se vai assim para Alvalade...
Quem não dorme em serviço é FALCAO. Nem o "futuro melhor treinador do mundo"...
Sim, andava lá um tipo de preto com um apito, obviamente, porque é preciso para que se cumpra o regulamento.
Jogo complicado que o FC Porto não conseguiu simplificar, como era sua obrigação.
ResponderEliminarDetestei assistir ao conformismo, à impotência, à falta de atitude, ao excesso de confiança que a grande maioria destes atletas patenteou neste jogo. Ficou claro que o facto de estarem a defrontar um adversário mais frágil lhes retirou motivação e clarividência.
Alguns jogadores banalizaram-se de tal forma que se não estivessem com a camisola do nosso Clube bem poderiam passar por amadores.
Não, não me contento com vitórias. Exijo atitude, raça e ambição.
Um abraço
Primeira-parte perdida.
ResponderEliminarÉ óbvio e dos manuais do futebol, quando a equipa mais forte não coloca em campo todos os seus atributos, não pressiona, joga devagar e um futebol previsível, a equipa mais fraca fica com a vida facilitada. Foi isso que aconteceu. Bastou ao Moreirense manter juntas as linhas, a concentração, fechar as laterais, para que o conjunto portista passasse por dificuldades e só nos últimos 5 minutos criasse um lance de verdadeiro perigo, por Belluschi, junto à baliza da equipa do Moreirense. Tudo somado, resultado certo no fim dos primeiros 45 minutos.
A segunda-parte, foi melhor, mas apenas um pouquinho melhor.
Aumentamos a velocidade, não muito, diga-se, controlamos melhor o jogo, mas continuamos a ser pouco esclarecidos e pouco agressivos no último terço. Ukra não jogou, Walter quase não jogou e Hulk deu-lhe para complicar e raramente foi capaz de perceber que tinha as linhas para a diagonal tapadas, teimando sempre nas piores soluções, em vez de jogar simples. Valeu Falcao que ao entrar fez a equipa mexer, passar a ter uma referência na área, desorganizar um pouco o último reduto da equipa da 2ª Liga. E tinha de ser o colombiano a decidir um jogo que se arrastava a caminho de um prolongamento, que seria penoso, mas era um castigo que o Dragão fez pouco para não merecer. Até porque mesmo a ganhar a equipa do F.C.Porto nunca foi brilhante, nunca foi capaz de encontrar as melhores soluções para matar o jogo, antes perdendo-se num futebol incaracterístico que fez com que a equipa de Casquilha acreditasse até ao fim e obrigando o último reduto portista a atenção máxima.
Enfim, tudo somado, não há nada a dizer da vitória, que foi justa, perante uma equipa que tem mérito, sem dúvida, mas que beneficiou muito da forma como o F.C.Porto se apresentou. O objectivo a caminho do Tri na Taça foi conseguido, mas com serviços mínimos. Aliás, como tinha acontecido frente ao Portimonense. Espero que o F.C.Porto capaz de serviços máximos regresse em Alvalade. A época não cabou nos 5-0 ao Benfica.
Um abraço
Não foi um bom jogo, longe disso. Nada se pode comparar ao jogo frente ao Benfica, ou por exemplo ao Sporting de Braga, mas o que interessa é que vencemos.
ResponderEliminarVenha o Sporting!
Um abraço.