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Ter coragem é, para mim, a principal virtude que um indivíduo deve possuir para poder aspirar a ser tido como um árbitro de futebol credível, para além dos conhecimentos técnicos exigidos. Deve possuir outras mas, esta, é fundamental.
O desempenho de Jorge Gomes (e da sua equipa) no encontro de ontem entre leões e dragões, foi tudo menos corajoso e o árbitro portuense esbanjou uma boa oportunidade para demonstrar que o epípeto de cobarde não lhe assenta como um sapato bem ajustado à medida do pé que o calça.
Justifico.
A campanha de que se encarregaram os media, a que até se juntou um comissário responsável pelas forças de segurança, fazendo massivos apelos no sentido de envolver o regresso de João Moutinho ao clube que representou durante dez anos num clima de coação psicológica capaz de limitar as suas excepcionais capacidades, acabou por condicionar mais a isenção e autonomia de decisão do árbitro da partida do que o médio portista.
Incapaz de se alhear da pressão que levou para o relvado, as decisões foram sendo tomadas a partir dos ouvidos e não do cérebro, cedo denunciando que não estava ali para ser imparcial. Por isso, a dualidade de avaliação das faltas, foi escandalosamente permissiva nas sucessivas entradas violentas sobre João Moutinho, contemporizando com uma hipótese plausível de premeditada acção para o excluir, à força, da partida. Por outro lado, deixava-se influenciar facilmente marcando as "faltas inteligentes" bem ensaiadas em Alcochete quando elas pudessem ser cometidas aos jogadores do Porto e "fechando" os olhos se acontecesse o contrário.
Na validação errónea do golo de Valdès a culpa não lhe pode ser assacada. Até ao liner são reconhecidas atenuantes num lance que, no estádio, é muito difícil de ver. Mas, in dubio pro reo, e Maicon, sendo agora réu, está inocente. O golo foi falso.
Na expulsão do "ingénuo" central do FC Porto, o erro grosseiro do Jorge não pode ser repartido com outrém. Resulta, inteirinho, do seu estado de pânico ao faltar-lhe a coragem para amarelar o simulador fast food internacional português, perito costumeiro em desafiar a inteligência e a seriedade de árbitros como o de ontem, expulsando, com VERMELHO DIRECTO, um jogador por não ter cometido qualquer falta, num local ainda afastado da baliza e sem iminência de acontecer golo.
Disse um político um dia que, alguém que se julgue injustiçado e não possa contar com a denúncia solidária da afronta sofrida, tem "direito à indignação". Concordo. Villas Boas, não tinha outra forma de manifestar a sua (indignação) e fê-lo no momento e local adequados. Foi expulso, o árbitro terá encontrado razões suficientes para o sentenciar. Eu, depois do que presenciei no decorrer do jogo, perdoo-lhe mil vezes a verberação pública do seu algoz porque ela traduz a revolta contra a arbitrariedade e a injustiça.
Meu caro :
ResponderEliminar..."Villas Boas, não tinha outra forma de manifestar a sua (indignação) e fê-lo no momento e local adequados"...
Plenamente de acordo , sendo que , a reacção do senhor árbitro , só revela que ele não estava ali para ser isento !
Isto é doentio, blogue destes deviam de ser fechado tal a imparcialidade neles contida...
ResponderEliminarDevia ter vergonha e fechar a boca...
Já tinha idade para ter juízo, e mais não digo
António Fonseca Costa
anónimo das 17:27
ResponderEliminarSe bem interpreto, parece-me ler uma paradoxo no seu primeiro parágrafo. Ora reveja.
Quanto ao segundo, é suposto dizer-se que a vergonha está na cara. Como penso que tenho e sempre tive, a minha anda sempre descoberta e tem um dono e uma identidade comprovada: Remígio Manuel Silva da Costa.
Não sei que idade possa ter um anónimo. Se conhece a minha que consta do meu cartão de cidadão, tenho a certeza absoluta que, se António Fonseca Costa não fosse um anónimo e pudesse obter um, ser-lhe-ia atribuída uma mas do ano em que teria nascido o seu avô e, já agora, com um nome verdadeiro.
Ora, ora.
Sr. Remígio, este anónimo está todo revoltado porque provavelmente não percebeu muito do que atrás está escrito! incrível como no ano em que estamos, cada vez menos pessoas percebem bom português escrito de forma inteligente...
ResponderEliminarCaro anónimo, eu ajudo-o a perceber tudo numa breve frase:
Fomos roubados! o arbitro validou um golo que era um fora de jogo! expulsou um central azul sem sequer ter feito falta! permitiu entradas duras sobre os jogadores azuis nunca sancionando os verdes com os respectivos amarelos, permitiu anti jogo (relembro o toque de calcanhar por exemplo de Postiga quando lhe foi marcado um fora de jogo em que empurrou a bola para a linha lateral e não viu amarelo [o dos 88minutos seria o segundo]) deu cartao amarelo ao capitao de equipa azul por se dirigir ao arbitro (coisa que lhe é permitida justamente por ser capitão) expulsou um técnico quando este tinha toda e mais alguma razão do Mundo...
Se calhar já alonguei demasiado esta breve frase e continua a ser muito complicado para a sua cabeça suponho...
Enfim...
Mesmo assim o FCP regressou ao Norte pela A13!!
Gabriel Pereira, 24 ANOS! ;)
Caro Gabriel:
ResponderEliminar´Ninguém pode dizer que este não é um espaço aberto mesmo para quem entenda usá-lo anonimamente.
Com isto quero dizer que, por formação e educação, aceito todas as críticas e opiniões que aqui chegam, salvaguardadas que sejam as normas comuns à nossa sociedade.
O Anónimo a que se refere não excedeu, até agora, os limites razoáveis da tolerância, dando de barato que, na alusão que faz à minha idade, não teve o propósito de escarnecer de um idoso (cometeria uma gafe tremenda de falta de educação), pelo que ainda não fui obrigado a puxar do cartão vermelho.
Pena é que se limite, o irreverente quiçá jovem Anónimo, a discordar sem contradizer com argumentos que julgue poderem desmentir aquilo que afirmo. Ainda neste aspecto, goza da minha compreensão e tolerância porque, estou certo, se neste capítulo possuir algum déficite de capacidade, será certamente muito competente noutro ofício a que se dedique e alcança sucesso.
Fica aqui um abraço de amizade para si. Bom dia.