NÃO DÁ PARA ENTENDER.

  Expliquem-me, por favor, como é que uma equipa recheada de craques num plantel escolhido a dedo para vencer todas as provas em que participa, treinada por um técnico capaz de num abrir e fechar de olhos pôr uma equipa a jogar o triplo do que fazia antes e se auto- intitula inventor da "pressão alta" e "rei da táctica", (também há quem lhe atribua a paternidade de mastigar pastilha elástica com os molares), tem cinco milhões novecentos e noventa e nove mil  novecentos e noventa e nove adeptos, ainda que no últimos quinze anos apenas tenha ganho dois títulos de campeão, que tem o singular privilégio de poder dispor de uma escolta especial a expensas da Fazenda Pública para efectuar um jogo oficial no Estádio do Dragão, acabando cilindrada por um catastrófico vendaval  onde o resultado de CINCO golos sem resposta não traduz o volume dos danos causados no ego dos arrogantes dirigentes e seguidores do clube da Dona Vitória, possa ter saído desta verdadeira hecatombe ciclónica que os reduziu à real expressão da sua dimensão, possa ser capa de um jornal a frase posta na boca do sortudo Saviola que, miraculosamente, escapou ao vendaval que destroçou os seus colegas de equipa.



          Se a RECEITA do Dragão se mostrou tão eficaz a ponto de "tornar forte a fraca gente" então é caso para esperar que a dose venha a ser repetida já no próximo domingo quando o torpedo "NAVAL", despoletado por Rogério Gonçalves, acabe por atirar ao fundo, de uma vez por todas, a verborreia e jactância dos campeões da treta (ou túneis?).