sábado, novembro 13, 2010

NÃO ABRANDAR A GUARDA.

           É bom que o universo portista mantenha a lucidez e não entre pelo caminho fácil da euforia e do relaxamento traiçoeiro. É imperioso aos adeptos não se deixarem embalar no mavioso canto das sereias que subitamente se soltou das luzes vermelhas das entradas das casas de fado do Bairro Alto e da Mouraria, num convite à lassidão libidinosa que enfraquece a vontade de lutar e se expõe ao golpe imprevisto do inimigo.

           Não corre risco de abrandamento no trabalho e na sustentação do nível da ambição do comandante isolado com dez pontos à maior, quando apenas vai cumprido um terço da prova, o sensacional FCPorto, a fazer fé nas sensatas e substanciais declarações do técnico Villas-Boas, hoje divulgadas. É bom que assim seja, é necessário e imprescindível.


            Confio que, no jogo de amanhã contra o Portimonense a decorrer no Estádio Mais Belo da Europa, nenhum adepto portista pense que acontecerá uma noite como a que se viveu no Porto-Benfica. Cada jogo tem a sua página própria no livro do campeonato e nenhuma delas é igual a outra e escrita antes de ter acontecido a história a contar. Que se tenha em conta que um excelente Portimonense é sempre melhor do que um mau Benfica e se, previsivelmente, aquele não compete com os Dragões para a vitória na Liga, estará fortemente motivado para não sofrer a humilhação a que foi sujeito na Invicta cidade do Porto, o campeão em título.

            Com excepção de Fernando todos os restantes jogadores estarão aptos para as escolhas do treinador e, pelo que se pode deduzir, não serão muitas as mexidas a fazer. Pelo que deixou transparecer, Otamendi vai estar em jogo, com o sensacional Maicon a ver a felicidade do argentino de regresso à selecção do seu país. Oportunidade para um suplente de luxo e para um elogio à decisão do técnico pela inteligência da opção tomada.

            Que seja mais uma alegria, mais uma vitória e que os adeptos presentes cumpram bem o trabalho que lhes é pedido: APLAUDIR, incondicionalmente, em qualquer circunstância mas, sobretudo, quando se tornar mais necessário.

        

1 comentário:

  1. Derrotada sem apelo nem agravo a fanfarronice, a arrogância e o trauliteirismo sem sustentação nem substracto, que vive agarrado ao mito dos "6 milhões" e a um passado dos tempos da televisão a preto e branco; tirado o pio a Vieira populista e demagogo que quando ganha ninguém o cala, mas quando leva na "tarraqueta", sai a meio e abandona a equipa à sua sorte; digerida uma fantástica exibição, um hino ao colectivo que potenciou o génio, a criatividade dos talentos e fez o "glorioso" virar glorigozo; é a hora de deixar para trás uma noite que fica para memória futura, é tempo de regressar à normalidade, colocar os pés no chão, que agora é a sério.
    E porque agora é a sério é preciso manter a mesma atitude, o espírito certo, a concentração, não relaxar nem acreditar em facilidades. Se fizermos isso é meio caminho andado para ganharmos ao Portimonense e continuarmos neste rumo, um rumo que tem deixado em estado de euforia o universo do F.C.Porto e em estado de choque os mais directos rivais. É esse o desafio que Villas-Boas e os seus pupilos têm pela frente e acredito vão ganhar.
    Nós os adeptos lá estaremos para apoiar e ajudar.

    Um abraço

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