1. SANTOS AJUDAM JESUS.
A bola nunca teria encontrado Coentrão na clareira aberta na defesa do Marítimo porque muitos minutos antes, em pelo menos duas situações, ele tinha perdido o direito de continuar no jogo. A primeira, quando mandou o Santos da bandeirinha para aquele sítio onde um dia viu pela primeira vez a luz do dia e, agora com o auxiliar do outro lado mais atento ao "diabo encarnado de Gaia" do que ao louro oxigenado de Caxinhas, não viu o Djalma a enfiar o nariz no cotovelo do "anjo" autor do golo de ouro.
Um é surdo o outro, cego.
Cardozo, já aqui o disse é, a longuíssima distância, o melhor jogador a actuar em Portugal, quiçá até na Europa, a jogar com os cotovelos. Ficou claro que, antes de Luisão cabecear para a baliza e bater Marcelo, o "cana alta" mete claramente o cotovelo no estômago do guarda-redes do Marítimo, obstruindo a sua acção no sentido de este poder afastar a bola com os punhos.
Jesus, estranhamente possesso e fora de si, desceu aos infernos e protagonizou uma cena dos diabos, à moda dos tumultos de "fins de feiras" medievais quando o vinho se sobrepunha à razão e as contas se saldavam com os varapaus e abrirem as cabeças dos beligerantes. E o Santos da bandeirinha que terá ousado avivar a consciência do Santos do apito para o esbulho que se aprestava a consumar terá pensado que era chegado o fim dos seus dias.
Com a adrenalina a espirrar por todos os lados em forma de insultos, empurrões, esticões e, presume-se, muitas palavras a rimar com ões, entra no baile o " aveludado senhor" director de futebol, com a "gasolina" indispensável para apagar a fogueira.
Não me perguntem o que teria acontecido se por artes do mafarrico, Jesus tivesse ido ao tapete KO de que foi salvo no último golpe do round!

2. QUERIDA COMUNICAÇÃO SOCIAL.
Durante mais de 75 minutos o Benfica, vindo de uma desgastante partida na Alemanha onde eliminou o 17º classificado em 18º participantes, vagueou pelo relvado como um náufrago ao chegar à praia e, só na parte final do jogo, quando passou a jogar dentro do meio campo do Marítimo e os seus jogadores não tinham de percorrer grandes distâncias à procura da bola (perguntem ao Martins porque fez as substituições que fez mantendo a equipa recuada). A exibição, com excepção dos momentos finais, esteve longe do que se deveria exigir de um candidato que está a DOZE pontos do primeiro classificado (8, agora, + 5aZero+3 da Luz=12, isto é matemática pura), e diz que está apenas a CINCO pontos do Futebol Clube do Porto, o primeiro, foi muito pobrezinha.
Pensava eu que as capas dos jornais seriam feitas de títulos como "Benfica salvo à beira da morte", "Jesus, perto da loucura, culpa Santos" "Coentrão poupado foi a solução", etc, etc..
Pelas pessoas que se juntam nos escaparates para "ler" jornais, é possível chegar à conclusão de como é fácil alimentar os "mito" do grande clube da Dona Victória.
![[ze+telhado.gif]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_CzYBuXW0mdeKjxuLfP6R1iQRYsKf5RTKfKhM_kvxpz0q845eh0vovbJp6wCl10QSVduJqmCvKTQj7gKuUHOyJfzbs_2pcMnfc_b0WW1PzKGLg04iIUYFPMG9YBSLH8GWGu6FCNUekNuL/s1600/ze+telhado.gif)
3. OLEGÁRIO, SALAFRÁRIO.
Num resumo que vi do Oliveirense-Leixões, clubes que lutam pela subida de divisão, era "árbitro" o Olegário, soube-o no decorrer do comentário. Mas não seria necessário porque dois dos lances inseridos na peça, só poderiam ter por protagonista um personagem como Benquerença.
O golo da Oliveirense é, OSTENSIVA E CLARAMENTE, obtido com a mão e, o penalti que assinalou a favor do Leixões, para compensar e que esta equipa não aproveitou, é espantosamente inexistente.
Olegário, no seu melhor!

4. AZENHA, JÁ NÃO É AZELHA!
Acreditava, e continuo convencido, que Carlos Azenha tem bagagem para se tornar num grande treinador de futebol. Contudo, muitas vezes, os técnicos que iniciam a sua carreira aceitam tomar conta de equipas sem projectos ambiciosos ou em situação de debilidade e direcções instáveis.
Carlos Azenha não tem tido espaço e tempo para mostrar a competência que lhe reconheço e os resultados que obteve desde que deu início à carreira estão longe do que dele se poderia esperar.
À frente, este ano, numa equipa que luta pela manutenção na Liga, Azenha ainda não sabia o que era ganhar e ainda há pouco tempo o seu lugar esteve em causa.
Ontem, AZENHA alcançou a sua primeira vitória da sua carreira como treinador.
Espero que, definitivamente, passe a ser reconhecido por Carlos AZENHA.