quarta-feira, novembro 02, 2011

SÓ UM "PALITO" É MUITO POUCO PARA DENTES FURADOS.


"A equipa está sem alma,desgarrada,velocidade nula, nada- sai- bem ! Jogadores de mão cheia a falhar passes,situações de circulação de bola não há, os outros parece que chegam sempre primeiro.."

           A transcrição é parte do comentário de João Abel Calais que fui buscar à caixa de correio do post anterior sob o título de "Toque a Finados em Dia de Todos os Santos", que traduz de forma sucinta o (mau) momento que a equipa do Futebol Clube do Porto está a viver. Não há que escamotear a verdade: esta equipa não produz o que devia, os jogadores evidenciam clara desmotivação e intranquilidade e o futebol exibido não convence ninguém. Por que é que isto é assim? Não sei, nem é da minha conta e só posso opinar sobre o que vejo e leio.

          A importância do jogo de ontem contra o Apoel era por demais sabida e, por isso, havia a esperança de que a equipa daria uma resposta categórica e alcançasse, se não o triunfo que seria absolutamente normal, pelo menos atingisse um nível exibicional dentro dos seus pergaminhos e pudesse tranquilizar a massa adepta quanto ao futuro. Não foi assim, e os campeões nacionais viram-se superados em todos os capítulos de jogo deixando em Chipre as pretensões de prosseguir na Liga e aos seus fiéis seguidores o sabor amargo de ter que reconhecer que os cipriotas nos ganharam com  toda a justiça.

          O futebol actual dos portistas é um manancial de equívocos com os atletas aparentemente à deriva e sem papel próprio a desempenhar no todo do conjunto. O futebol é desligado, aos repelões e os passes quase sempre mal dirigidos por culpa do estaticismo posicional do receptador a quem é dirigido. A velocidade é de baixa rotação, como se estivesse dependente dos condicionamentos do tráfego local e as decisões quanto ao caminho adequado a dar ao esférico são, muitas vezes, a destempo.

          O desempenho de alguns atletas é um intrigante mistério. Rolando, não anda por cá, Moutinho está este ano longe de ser Messinho, sempre sacrificado à táctica está em todo o lado menos onde devia. Belluschi, um dia parece que agarrou a posição no outro decepciona. Guarin, nunca mais mostra o que foi no final da última época, como Varela, que não melhora significativamente apesar das oportunidades. Kléber, deu ontem um sinal inequívoco que não tem estofo para grandes jogos, pelo menos para já, foi simplesmemnte decepcionante. Hulk, bacocamente de cabeleira oxigenada, não pode esperar que o admirem só por isso. Nem sequer é original e, as imitações, são sempre detestáveis. E, claro, já todos perderam a paciência para as suas manifestações de irritação despropositadas.

           Apesar das falhas fatídicas para o resultado final, Álvaro Pereira, o "Palito" esteve empenhado e deu um ar da sua categoria. Tal como Mangala, que não acusou o ambiente e deu boas indicações para o futuro.

           Termino apenas lembrando que foi a partir da entrada em jogo de James Rodriguez que o Futebol Clube do Porto pareceu ser melhor do que o Apoel. Já "Inês era morta"...

           Não faço contas. Nunca gostei muito de Matemática...

                                          Um pouco de humor talvez ajude a descontrair...


           

2 comentários:

  1. Não há palavras para descrever o que se passou ontem em Nicósia. Se já não eram abundantes depois das exibições em São Petersburgo e, depois, no Dragão, fiquei ontem sem qualquer aspecto positivo para apontar em relação a esta nossa caminhada na Liga dos Campeões.

    Pior(!!!) são as palavras do nosso treinador(?), mas como ele próprio disse "não temos nada a ver com isso".

    Há que mudar, há que mudar e tem de ser rapidamente, porque só temos mais dois jogos pela frente e - se queremos marcar mais uma presença nos oitavos-de-final - não podemos vacilar em nenhum dos encontros.

    Um abraço

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  2. Amigo:

    ..."O desempenho de alguns atletas é um intrigante mistério"...

    Podes crer !

    Abraço

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