domingo, novembro 20, 2011
DRAGÃO EFERVESCENTE.
Pinto da Costa, o "comandante" que sabe vencer desafios difícies.
Por mais que se procure perceber a actual conjuntura que vive a equipa do Futebol Clube do Porto, não se encontram razões suficientemente fundamentadas que possam justificar o estado comatoso a que ontem pudemos assistir, o qual, mesmos para os mais optimistas, não tem muito de inesperado se nos recordarmos do que, de há tempos a esta parte, estava à vista de todos: exibições medíocres a que correspondiam resultados positivos (muito) sofridos ou, até, negativos, desempenho dos jogadores muito abaixo do nível técnico que lhes é reconhecido, aparente desmotivação e aplicação de alguns com reflexo nas suas atitudes em campo.
Em Coimbra, o "chumbo" foi a confirmação da cabulice dos estudantes impreparados.
Como o que se passa nos balneários (nos bastidores do palco onde o público não tem acesso), não chega ao conhecimento dos seguidores do FC Porto, estes fundamentam as suas opiniões no que é visível "à vista desarmada", o que explica em grande medida a frustração perante os insucessos que vão acontecendo.
E o que se tem visto, ouvido e lido, é que a equipa joga abaixo do que seria legítimo esperar num plantel constituído por jogadores com provas dadas de categoria superior, os resultados são decepcionantes e, pior do que isso, não se augura melhoria das actuais condições nos tempos mais próximos.
O que mais dúvidas me suscita é que o plantel desta época, não é substancialmente inferior ao da época passada mas o nível das exibições é mais baixo. É certo que saiu Falcao e a sua substituição, por valor aproximado que fosse, não está a ser conseguida. Mas não é razão bastante e não serve para justificar o nível exibicional do conjunto. Um jogador não é (não pode ser) a equipa.
Então, o problema é o treinador, dirão muitos. Não sei, mas, certo é que é ele que responde pela carreira da equipa. É o líder, a chave do sucesso ou o "bode expiatório" que paga o fracasso.
Vítor Pereira não é uma escolha ao acaso. Não caiu no Olival vindo do céu em parapente. Não é crível que lhe tinha sido concedida a responsabilidade de assumir o lugar se não lhe fossem reconhecidos atributos compatíveis com a exigência das funções. Pelo menos técnico-científicos, mas, também não era debutante no plano da experiência quando chegou à liderança.
Pelo que posso opinar, como um vulgar conhecedor empírico igual a tantos outros, o que mais me tem impressionado desfavoravelmente é a atitude dos jogadores, bem diferente, para pior, do que constatei na época anterior. Arrastam-se pelo campo alguns, não sabem o que hão-de fazer à bola outros, erram passes sucessivos infantilmente, parecem abúlicos, protestam a despropósito, não sorriem, não parece estarem ali. Como se encontrariam, justificadamente, se se vissem numa situação de desemprego face à deslocalização anunciada da fábrica onde trabalham.
Não subscrevo a substituição de um treinador no decurso da época se não for em situações irremediavelmente imperiosas. Não sei se é este o caso e desconheço a vontade de Vítor Pereira em continuar, ou não, mesmo que o Presidente decidisse pela sua manutenção. Que alguma coisa tem que ser feita, já, é fundamental e impreterível.
A Pinto da Costa só restam três opções: manter Vítor Pereira como treinador, prescindir de imediato dos seus serviços, ou, "despachar" os jogadores que não se sentem bem com Vítor Pereira e sonham ir à procura dos Messias milagrosos. Extrapolando o espectáculo deplorável da noite negra de Coimbra para uma situação típica de vontade de jogadores em despedir o treinador, não ficaram dúvidas sobre o elo que vai partir...
São de enorme expectativa, os tempos mais próximos. Esperemos com a calma possível.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Meu caro :
ResponderEliminarOs jogadores do F.C.PORTO (principescamente pagos) têm obrigação de jogar melhor .
Seja com este treinador, com outro ...
ou , até , sem nenhum !
Um abraço
Um post sereno e cheio de tranquilidade.
ResponderEliminarUma história:
Como sabe, fomos campeões de Andebol com Carlos Resende a treinador. O Carlos é uma excelente pessoa, um treinador com qualidades, mas em termos de exigência não tem nada a ver com Obradovic. Quando o sérvio chegou e tentou implantar novos métodos, os jogadores habituados a mais brandura, torceram o nariz e tentaram criar problemas. Nos dois primeiros jogos, duas derrotas. Alguém foi ao balneário e disse: o treinador é este, nem que percamos os jogos todos. Quem não estiver bem que diga e tem a porta da saída aberta. Ninguém saiu, Obradovic já foi Bi-Campeão e está em luta para o Tri.
Acho que é significativo. Ou acreditamos, damos um murro na mesa e quem não estiver bem, vai à vida. Ou não acreditamos e aí não podemos ficar à espera que o treinador caia pela contestação da rua.
Abraço