quinta-feira, setembro 22, 2011

NEM CAI O CARMO NEM A TRINDADE.




             Quase caiu o Carmo e a Trindade pelo empate cedido em Aveiro pelo Futebol Clube do Porto contra o Feirense , uma equipa vinda do escalão secundário e que nem sequer  tinha vencido a prova, pois fora apenas segundo da classificação final.

             Os jogadores, menos que Vítor Pereira, viram cair sobre eles um vendaval  de acusações e críticas  condenatórios e de todos os lados, umas mais previsíveis que outras, desancando à compita bordoada de "criar bicho", indiscriminadamente. Nada de surpreendente: as vitórias provocam elogios fáceis, palmadinhas nas costas, foguetes e aplausos até doerem as mãos; ESTAS são as ocasiões em que os "ratos" que vivem na toca roendo as raízes do despeito, ruminando o esterco que têm no estômago e lhes provoca a azia dos êxitos que não são deles e só vêm  à luz do dia nos momentos em que pensam ter razões suficientes para denegrir e apoucar.

             A equipa campeã nacional neste jogo não esteve à altura das aspirações dos adeptos e , porque o resultado da exibição foi um empate quando a vitória era indiscutível, Vítor Pereira, também não terá estado bem. Isto foi o que todos vimos. Mas ninguém, a não ser quem tem que fazer e decidir, conhece o que está para além do que todos vemos ou pensamos ter visto.

             Uma das várias críticas feitas a Vítor Pereira, tem a ver com as alterações introduzidas na formação habitual da equipa. O treinador do Futebol Clube do Porto fez o que usualmente fazem os grandes treinadores quando querem resguardar os seu melhores jogadores para os jogos que vão disputar a seguir e lhes interessa vencer. Sir Alex Fergunson, fez o mesmo quando se deslocou à Luz em véspera do jogo que queria ganhar contra o Chelsea, no fim de semana seguinte: tendo estudado devidamente a equipa de Jesus, chegou à conclusão de que, para obter um resultado positivo em Lissabon, bem poderia poupar meia equipa. Até o empate lhe ser viu: à volta, cá te espero.

             Um  empate à quinta jornada não tem nada de extraordinário. Aceito que é pior perder pontos nestes jogos do que com os mais cotados pretendentes ao título. Mas, atente-se nos últimos resultados do FC Barcelona, campeão europeu e de Espanha e do "invencível" Real Madrid do "melhor treinador do mundo" José Mourinho: há dois jogos que nenhum dos dois ganha e as exibições, tanto dos catalães como dos madrilistas foram, para não ser cruel, decepcionantes, tendo defrontado, com a excepção de ontem a noite do Real Madrid que jogou em Valência, equipas de muito menor valia.

              Muitas vezes se criticam os guarda-redes pelos falhanços que dão frangos e perdoam-se golos feitos aos avançados que, a serem convertidos, evitariam os resultados menos bons das suas equipas. Ontem, assistindo pela TV ao encontro de Valência, vi Soldado a salvar um golo na baliza de Vítor Valdez, seu adversário, desviando a bola para a linha de fundo, quando se encontrava a um metro da linha e sem ninguém na sua frente. Mesmo Messi, o fenómeno, tendo-se isolado e ficado apenas com o guarda-redes pela frente não fez melhor do que ter batido contra ele. Noutro jogo de ontem à noite, o Chelsea, a joga em Stamford Bridge contra o Fuhlan, para a Taça da Liga inglesa, não foi eliminado no último penalti da série que decorreu após o prolongamento (1-1), porque a bola bateu DUAS VEZES na trave e não entrou.

               Jámes Rodriguez é quase um debutante no futebol e faz do seu virtuosismo a arma da sua superioridade para se suplantar aos seu adversários. Pelo que leio e muitas vezes ouço dizer, os jogadores desta estirpe e com estas características devem ter uma atenção especial, ou deveria até escrever protecção, por parte do árbitros, porque são eles quem verdadeiramente dão beleza e arte ao futebol. Mas, como há muito sustento, o árbitro deveria comportar-se como um juiz e sentenciar sem que abjurasse do cumprimento da lei, o que não aconteceu em Aveiro, a um escasso minuto do fim da partida e num clima de grande tensão

            . Um gesto impulsivo e claramente inofensivo o "agressor", foi objecto de uma punição radical como é a da expulsão de um atleta do jogo em que estava a participar e no seguinte. 

              Nós conhecemos a subjectividade do julgamento das faltas que acontecem no decorrer dos jogos, mas também, quem segue com alguma atenção alguns praticantes, aqueles que usam e abusam da pusilanimidade de alguns árbitros que permitem verdadeiras barbaridades aos profissionais do uso do cotovelo, das entradas aos tornozelos, aos dedos nos olhos, aos "pisões"  aos takles assassinos que beneficiam, impropriamente, da tal protecção que é devida a quem sabe e quer jogar apenas à bola.

               Vamos estar atento ao que virá a seguir....

6 comentários:

  1. Meu caro :

    ..."Um gesto impulsivo e claramente inofensivo"...

    Quanto a ter sido "um gesto impulsivo"
    estamos de acordo !

    Um abraço

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  2. Caro Remígio
    ...tive um "apagão",agora mesmo,qdo ia para enviar o comentário da ordem...fIQUEI LIXADO,pelo facto.Tinha estado a rever a coisa,mais vírgula,menos vírgula,parágrafo em cima, parágrafo em baixo, acentuação à maneira (faço questão disso, qu'estou F A R T O ! de ver a n/ língua tratada abaixo de... cadela), cumprimentos,saudações,desejos disto e daquilo e pimba! porra!foi tudo abaixo!
    Como não consigo reescrever o que estava, fico-me pela parte final,que ainda está fresquinha e a saltar e que era assim :
    PARABÉNS AO KLÉBER , pela chamada à "canarinha".
    HULK!KLÉBER!DANILO! - e esta,hem?!
    (quero crer que se fosse lá pela mouraria...TRÊS! TRÊS ! seleccionados para a selecção Penta-Campeã do MUNDO,seria notícia de abertura dos telejornais !).
    Ao menos que NÃO falhe no --- PORTO-CANAL!
    Obrigadinho pelo vídeo. Há ali imagens de arrepiar e que qualquer pgr mandaria averiguar,por crime ... público. À Atenção da dra. Morgado!
    Abraço Amigo
    João Carreira

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  3. O importante, agora, é que as coisas menos boas tenham servido de lição e sirvam para empertigar as tropas... azuis e brancas.
    Para vencer os mouros, mais nada!

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  4. joao abel calais:

    Nesta magistral síntese adivinha-se a jóia perdida.Compreendo-o bem: é uma sensação idêntica àquela que fica de um sonho interrompido e que julgávamos ser realidade.

    A chamada de Kléber é um incentivo fenomenal neste momento para o atleta! Vem numa altura óptima e deve ter causado muita confusão em alguns lentes da sabedoria "futeboleira".

    Tirei a ideia do vídeo do nosso confrade Sérgio Oliveira, seu vizinho, autor do excelente Azul Dragão. É excelente ter amigos assim.

    Um abraço e boa noite.

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  5. Armando Pinto:

    Confio que amanhã vai ser diferente, para muito melhor.Seja por 4 ou por 1.

    Abraço e boa noite

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  6. Partindo do princípio que todos erram e os nosos erraram, os melhores são os que erram menos e mais, os que, quando erram, analisam, reflectem, corrgiem.
    Acredito que foi assim que as coisas se passaram e logo vamos estar à altura das exigências.

    Abraço

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