LIGA ZON SAGRES
Estádio Mais Belo da Europa, esta noite:
FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - Vítória de Setúbal, 0
O Futebol Clube do Porto reforçou a liderança na Liga, ao obter a quarta vitória consecutiva à 4ª jornada, estando agora a cinco pontos dos seus concorrentes mais próximos.
Numa partida cujo resultado apenas foi construído na segunda parte, os campeões nacionais foram inquestionavelmente a melhor equipa no relvado e, o resultado só em parte corresponde à superioridade que se verificou em toda a partida, mais evidente a partir dos 25' minutos iniciais, período em que a bola circulou quase sempre no meio do rectângulo de jogo.
Embora se não possa considerar que os Dragões fizeram uma grande primeira parte, o 0-0 que se verificava ao fim dos 45' era bastante lisonjeiro para os sadinos, que viram a bola ir bater nos ferros da baliza de Diego em três lances, um dos quais num remate de Kleber num gesto de grande estilo.
João Moutinho entrou no jogo no início da segunda parte em substituição de Souza e o rendimento de Cristián Rodriguez subiu em flecha, passando a partir daí o jogo a ter um único sentido, sucedendo-se os lances de perigo e o golo era, apenas, um vírgula que faltava na mensagem que as jogadas previam. Foi João Messsinho a violar Diego, num belo remate de 25´bastante, forte e colocadíssimo, que entrou junto à base do poste do excelente Diego, sem hipótese de defesa.
Em vantagem o FC Porto manteve o seu pendor atacante mas foi o Setúbal a ter oportunidade de empatar a partida numa sucessão de faltas mal assinaladas contra os locais, de que resultaram três minutos de algum sufoco para a nossa baliza, tendo Helton evitado o pior, negando o golo ao Vitória na única oportunidade de que desfrutaram em toda a partida.
Entretanto, Vítor Pereira fez sair Kleber entrando para o seu lugar Hulk que, cerca dos 75´proporcionou ao prodígio colombiano, James Rodrigues, o golo mais bonito da noite, ao controlar o passe de calcanhar do Incrível, dentro da área, na sequência de uma jogada em que o esférico passou, sucessivamente e em progressão, por cinco elementos da nossa equipa, escolhendo com precisão e fria serenidade o local onde quis colocar a bola.
Já depois de ter entrado Djalma para o lugar do esgotado Cristian Rodriguez, foi Belluschi que fixou a marca final, com um remate da sua lavra fazendo a bola seguir o caminho que Moutinho, antes, lhe ensinara.
Vítor Pereira surpreendeu com as alterações que tomou em relação ao jogo como o Leiria, voltando a preferir Souza a Fernando e, não sem surpresa quase geral, dando a titularidade pela primeira vez a Defour. Moutinho e Hullk estiveram no banco estrategicamente, entrando a tempo de poderem apresentar as suas credenciais.
A exibição do Futebol Clube do Porto, sem ser deslumbrante e não isenta de alguns momentos menos aceitáveis em que os jogadores não acertavam com as suas posições e se chegaram a estorvar na disputa da bola, mostrou, porém, estar no caminho que Vítor Pereira vem prometendo. Ultrapassado que está o período conturbado das transferências e os jogos das equipas nacionais a que pertencem ONZE internacionais do plantel, o treinador do Futebol Clube do Porto tem, neste momento, todo plantel à sua disposição para por em prática as suas concessões de treino.
Desde Helton a Djalma, não encontro razões de peso para censurar o desempenho dos jogadores, mas confesso que, de novo Maicon pareceu ir cometer o dislate da sua marca. É isso: quando ele intervém eu tremo à espera da abébia que ele gosta de repetir em cada jogo que entra. Desta vez, não me decepcionou mas também pouco fez para merecer total confiança.
Se James joga a bola com o enlevo dum menino a brincar com um berlinde, tem a inteligência e a precisão dum cientista de nanotecnologia. O miúdo joga como se estivesse de playstion na mão, circula como num jardim uma criança na perseguição de uma bola e executa como um predestinado dirigente de uma orquestra famosa. VALE OURO O "MENINO" JAMES!
Mas que grande surpresa Mr. Stefen Defour! Que pulmão, que entrega, que conhecimento do sentido colectivo da equipa! Um sistema no conjunto de sistemas que formam a equipa do futebol Clube do Porto! É um jogador que qualquer treinador não dispensa ter no seu plantel.
DEFOUR fez uma magnífica exibição.
Marco Ferreira é pequeno demais para este escalão. Antes doutra coisa, que alguém lhe ensine o que quer dizer TER CRITÉRIO, pois foi coisa que ele mostrou à saciedade não fazer a mínima ideia do que isso seja.
36 511 Dragões de bancada a uma sexta-feira a aplaudir a equipa é notável. O que seria se fossemos um grande clube...
Terça-feira, há mais. Tripas à moda do (FC) Porto? Uma boa dose, cá para o rapaz!
O melhor de tudo é a confiança que esta equipa está a dar. Como exemplo (e por não poder estar presente), quando soube o resultado ao intervalo (o que noutras alturas dava para nervoso miudinho) só pensei, tal a confiança, que no segundo tempo tudo se resolvia e bem, faltando só entrar a primeira bola (golo)para o resto vir por acréscimo... como aconteceu.
ResponderEliminarComo só vi as imagens à posteriori, limito-me a inteirar-me de tudo e mais alguma coisa pelos blogs amigos e pelo Porto Canal, feliz com mais esta vitória.
Armando:
ResponderEliminarTambém eu, como o Armando, ao ver o jogo na TV e a forma como o FCPorto estava a aplicar-se, nunca senti receio de que a vitória não fosse nossa.
Bons jogadores, bom técnico e bons adeptos, fazem um grande clube..
Bom fim de semana.
Depois de um período que durou 15 a 20 minutos, em que a equipa pareceu desorganizada, lenta, previsível e sem encontrar as melhores soluções para desmontar a teia sadina, o F.C.Porto arrancou para uns 25 minutos finais da 1ª parte de grande domínio, excelente dinâmica, encostou o Vitória lá atrás e só não chegou ao intervalo a vencer por manifesta falta de sorte. Se a diferença mínima, seria escassa, o nulo era uma grande injustiça.
ResponderEliminarSe a 1ª parte foi muito boa, se excluirmos os referidos minutos iniciais, a 2ª foi fantástica. Tirando Souza - não estava a jogar mal...- e fazendo entrar J.Moutinho, o técnico portista disse ao que ia. O pequeno grande jogador, que ainda não tinha aparecido ao nível da temporada anterior, entrou muito bem, começou a "pegar" mais à frente, arrastou com ele Defour, Belluschi e a equipa, para uma exibição de grande qualidade, com períodos de grande fulgor, empolgamento e galvanização, que entusiasmaram os mais de 36 mil espectadores que se deslocaram ao Dragão.
Como corolário e naturalmente, o golo apareceu e por quem tinha feito por isso, o inspirado nº 8 do F.C.Porto. A ganhar a equipa não baixou, nem o ritmo, nem a qualidade e numa jogada belíssima que meteu toque de calcanhar de Hulk, James fez o 2-0 e sentenciou o jogo. A perder por dois golos de diferença e sem nada a perder, o Setúbal reagiu, incomodou por duas vezes Helton, mas o capitão portista evitou a alteração do resultado com duas belas defesas. O terceiro, por F.Belluschi, deu outro colorido a um marcador, que, mesmo assim, ficou aquém do que a equipa campeã nacional merecia.
Resumindo: uma bela noite de futebol e uma exibição que convenceu o mais exigente dos adeptos. Estamos no caminho certo, temos qualidade e quantidade para mais uma época à altura dos pergaminhos do melhor clube português.
Notas finais:
Moutinho foi grande, mas não foi o único. Houve vários, mas apenas vou abrir outra excepção e referir outro que me encheu as medidas: S.Defour.
Quem joga pela primeira vez a titular e perante a exigente plateia do mais belo estádio do mundo, mostra tanto à vontade e qualidade, como se estivesse no F.C.Porto há muitos anos, só pode ser um grande jogador e uma grande aquisição.
Pela negativa, tenho pena, mas só pode ser Maicon. Mas também esperava mais de Kléber...
Abraço