Liga Zon Sagres.
Estádio Municipal de Leiria.
União Desportiva de Leiria (UDL), 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 5
Os campeões nacionais voltaram a casa, isto é, subiram ao primeiro lugar da Liga acabando, para já, por colocar a concorrência à distância respeitosa de dois pontos, à terceira jornada da prova.
Vi confirmada a minha a minha previsão sobre o que poderia vir a ser esta partida e até que ponto poderia o Leiria incomodar o FC Porto, atendendo àquilo que lhe vira fazer contra a Académica de Coimbra, cujo resultado lhes foi também desfavorável (1-2). A equipa de Caixinha está a tentar praticar um jogo virado essencialmente para o ataque, os seus jogadores não têm receio de jogar no campo todo, mas abre muitos espaços às transições rápidas o que, no caso do adversário desta noite, é letal.
E poderia ser bem pior não fossem três pormenores que que pouparam os leirienses a mais dura punição, que sereia de todo imerecida pois devem ser louvados por não recorrerem ao anti-jogo e à táctica do autocarro dentro da grande área da baliza defendida por Goutardi.
O primeiro factor que aponto foi o, para mim, claro propósito de alguns dos nossos profissionais de não estarem muito virados "a meter o pé". Muita leveza nas entradas arriscadas, pouca avidez na procura dos espaços e desleixo preocupante na precisão do passe. Depois, a irregularidade da relva que dificultava a condução da bola nas jogadas tentadas individualmente, de que HULK, ao contrário do que ontem lhe vira fazer na Inglaterra contra o Gana, usou e abusou em seu prejuízo e da equipa. Fez mais de vedeta esta noite do que alguns dos seus colegas da canarinha ontem no estádio do Fhulan. Por último, Maicon, não o do Leiria mas o Yul Bryner que veste a camisola do Futebol Clube do Porto, mas, quem sabe, não estaria ele melhor a fazer fitas com o Manuel de Oliveira do que andar a tentar ser jogador de futebol.
Ao ritmo intermitente das lâmpadas de neon avariadas, que irritantemente não acendem de vez nem se apagam para sempre, assim jogou o Campeão Nacional na Marinha Grande. É nestas circunstâncias que os cronistas desportivos aplicam o chavão "foi melhor o resultado do que a exibição". É verdade: e foram nada mais nada menos do que sete (!) os golos que obtivemos: cinco marcados a nosso favor e dois à conta de Maicon, para descontar, na baliza de Helton. E os rapazes do Lis, até foram demasiado tímidos...
Nem tudo foi mau e a vitória tem mérito porque James Rodriguez não facilitou. Jogou sério, para si e para a equipa e marcou dois, e um deles o primeiro que sempre é muito útil. Fernando, fez de eucalipto e secou tudo no espaço onde se movimenta. Saiu de cabeça alta e calou muita gente. Belluschi teve uma noite agradável e a Lua, lá em cima, agradeceu-lhe com um sorriso. E Kléber, finalmente Kléber, sereno e perfeito no primeiro, no sítio certo no segundo. Assim se inicia o voo dos falcões.
Helton, e, Fucile, Rolando e Álvaro, Moutinho e Hulk, depois Souza e Varela, cumpriram serviços mínimos. Tanta cerimónia e trabalho de rotina vistos esta noite, em jogos mais exigentes pode ter maus resultados. Ao cuidado de Vítor Pereira (a propósito: alguém sabe ler nos lábios? O que foi que ele disse no segundo golo "de Maicon"? Está bem, está bem, um homem não é de ferro...).
Seteven Defour estreou-se de azul-e-branco e quem o vê pensa em Moutinho.Foi pouquinho, mas o desenho não anda longe do original. Veja-se o lance da assistência para o último golo.
Nota final: suficiente + (É a nota que merecem os bons alunos quando não rendem o que sabem)
Esta Capela vale tanto ou mais que muitas igrejas antigas que por aí existem. Um ou outro lapso, não dele mas de um dos seus ajudantes, não prejudicam a boa nota do seu teste.
Foram estes os rapazes que trouxeram lá da ex-cidade do vidro, o jarro das flores de líder solitário:
Helton, Fucile, Rolando, Maicon e Álvaro Pereira. Moutinho (Defour), Fernando (Souza) eBellucshi.
Hulk, (Varela), Kléber e James Rodriguez.
Golos: James Rodriguez (2); Kléber, (2) e Varela (1).
Venha de lá esse Setúbal. Recordam-se do jogo da época passada?
A ausência de alguns internacionais não impediu que os Campeões nacionais escalonassem um onze forte, competente e eficaz. O plantel dispõe de óptimas soluções. Álvaro Pereira reapareceu a titular, tal como Fernando, Belluschi e James Rodríguez. E até Hulk, que jogara no dia anterior pelo Brasil, foi também titular.
ResponderEliminarO treinador do União de Leiria, apresentou um esquema de futebol no campo todo, com especial atrevimento ofensivo, como eu gostava aliás, que todas as equipas assumissem.
Resultado, uma goleada. Nem foi necessário ao FC Porto apresentar um futebol de grande gabarito. Limitou-se a marcar um ritmo intermitente, ora acelerando espalhando o pânico ou marcando golos, ora acalmando o jogo permitindo-se a devaneios que lhe haviam de custar dois golos muito consentidos.
James Rodríguez foi a estrela mais cintilante da constelação azul e branca onde brilhou também Belluschi. O colombiano mostrou-se muito inspirado e com pontaria afinada. Jogou, fez jogar, marcou e assistiu para golo. Já o argentino emprestou criatividade, foi importante na pressão alta, conseguindo ganhar dessa forma o lance que haveria de resultar no primeiro golo de Kléber. E por falar em golos, todos eles foram conseguidos de bola corrida, quiçá para calar determinadas vozes que empolavam o facto de o FC Porto só ter marcado, até hoje, de bola parada! CINCO num só jogo, isto talvez vos remeta para um determinado jogo da época passada.
Referência muito especial para a disponibilidade de Hulk, que apesar de desgastado mostrou-se sempre dinâmico, empreendedor e perigoso. Saiu logo a seguir ao «apagão» de que o Estádio Municipal da Marinha Grande foi acometido, queixando-se de um toque no joelho. Destaque também para os dois golos de Kléber, importantes sobretudo para a moralização e aumento da confiança de que o atleta vinha necessitando.
Um abraço
Três jogos, três vitórias e o primeiro lugar na tabela classificativa, portanto tudo normal. Atenção aos donos da verdade desportiva, pois se não me engano, andam pelos hotéis a cozinhar uma verdade que os façam ganhar sem ser no relvado.
ResponderEliminarConcordo, mas para além dos factores referidos, acrescento-lhe mais um: estivemos a preparar o jogo sem a maioria dos jogadores e chegamos a um facto que se não é inédito, quase - eu não me lembro de nenhum -, de ter um a jogar e outro no banco, dois jogadores que tinham jogado 24 horas antes. Nesta altura, mais que tudo, importa ganhar. As equipas adquirem confiança e crescem com as vitórias. Mas quero mais, queremos mais e temos qualidade para mais.
ResponderEliminarAbraço
Caro Remígio
ResponderEliminarAcabei de ler uma notícia na RR que,sùbitamente, me desviou do essencial (na Marinha Grande ) para mais um Gaspar-este, ramos - e que diz que: "... o perigo vem do Norte "...Este gaspar-marmanjão, que,invariàvelmente, em tempos de crise - i.é.,quando as vitórias escasseiam lá p'rós lados do Colombo - a "abençoada" RR vai ouvir, como se ouvisse um cardeal,se tivesse um mínimo de senso, mantinha o bico bem fechado e desaparecia de vez do panorama... Só p'ra nós que ninguém nos ouve,até os benfas, suspirariam de alívio...
Sendo então do Norte, "que vem o perigo ", há que nos determos um pouco na confusa,pouco conseguida e às vezes "péssima" prestação do n/ FCP versus União de Leiria. Li comentários diversos e avulsos na blogesfera e o seu,como é hábito.Desta vez, não coincidimos na análise, e vou mais pelo Vila Pouca... Isto é,"desgostei" do Fernando,do Maicon,do Varela,do Moutinho(só a espaços,"honrou" o cognome que o Remígio lhe consagrou - MESSINHO) e no geral, olhei para aquele meio campo e fiquei "assustado",sendo que a observação conta com outros capítulos já passados... Ganhámos ?! Ah, pois, ganhámos! mas que a coisa foi "maning" fraquinha,na minha opinião,FOI!
Coisas boas, para além do apagão - DÁ SORTE,CARAGO! - claro que também houve: os golos do Kléber,os golos e o jogo todo do JAMES, o "reentrar" do Palito,que quanto a mim, fez exibição em crescendo , e o Belluschi é sempre jogador a ter em conta, se a equipa é mais ofensiva,i.é.,se não o "obrigarem" a defender.Já agora,alguém saberá explicar porque é que o SOUZA,não foi titular?!...
Para me não acusarem de "ver" p'ra lá do que devo,agradeço me "considerem" como portador do grau mais ínfimo da escala do(s) "mister(es)",não tendo, sequer, chegado ao ..."técnico de bancada" ,embora reconheça que,disfarço bem...ou assim-assim ou nem-por-isso .
Esperemos, entretanto, que VP vá ganhando,o n/ artista HULK, não tenha nada que a embrocation não cure,e para melhor opinião , reservo-me para as 23h/23 e pico do dia 13Setº p.f.,após o jogo com o Shakttar.
Até lá,vamos falando, e ouvindo esta(s) nova(s) doutrina(s) na guerra anunciada pela posse da FPF ... Que será que o godinho quer,associado que nem um anjo ao... khaddafi ?!...(os órgãos de Staline ?).
Abraço amigo
João Carreira
(a suar - de novo - as estopinhas, no reino dos algarves. QUE CALOR,MARAFADO,caríssimo Remígio !)