sábado, março 24, 2012

AIMAR À "RABI" GARCIA.

   

       Quem verdadeiramente gosta de futebol adora ver jogar executantes predestinados que "fazem da bola o que querem", que lidam com ela tal como uma criança com o brinquedo estimado ou a delicadeza duma carícia no rosto da pessoa amada. Artistas predestinados como Messi, Ronaldo, Hulk, James Rodriguez, para só mencionar apenas alguns do top ten da actualidade são a essência suprema do espectáculo futebol que fascina e alimenta multidões.

             Já várias vezes referi neste blogue nos comentários que faço aos jogos a que assisto pela TV, que os árbitros devem aplicar com o máximo rigor o que as normas estabelecem sobre a violência de que são vítimas estes jogadores punindo de forma exemplar os caceteiros contumazes que recorrem à falta criminosa e planeada com vista a eliminar as mais valias do opositor para tentar equilibrar a diferença das forças em presença.

             Aimar, o argentino que milita no Benfica, é um fora-de-série, um artista criativo e de raro talento que executa e pensa como poucos a arte de jogar à bola a que só faltará, porventura, uma maior capacidade física para ombrear com os melhores atletas da actualidade. O seu perfil adequa-se, sem qualquer dificuldade, aos dos que merecem ser resguardados das marcações cirúrgicas dos "perna de pau" que pululam por aí à rédea solta.

             Ontem à noite, em Olhão, porém, Aimar "passou-se". Num ápice, a imagem de querubim alado e auréola cintilante capaz de seduzir o mais empedernido anti-lampião como é qualquer portista que se preze,
metamorfoseou-se de "Rabi" Garcia e "investiu" taurinamente como de engodo se tratasse o tórax do jogador olhanense. Céus, como é possível? Não foi o espanhol bilhardeiro, o Cardozo cotoveleiro, o Max fiteiro ou o Luisão matreiro a quem já não se estranham tais radicais gestos!!. Foi Aimar, senhores, Aimar o mártir, o flagelado, o sofrido, o favorito alvo de tantos treinadores que intentam dar-lhe o mesmo fim que teve Bid Laden.

             Nem Jesus, que é tido como isso pela falange que frequenta o templo da segunda circular, quis ver a "desconexão temperamental" do seu discípulo que terá exorbitado nas funções em que é mestre para se juntar à maioria qualificada que segue o catecismo que se treina no Seixal, onde os bloqueios ou obstruções são apenas simples exercícios de preparação para os mergulhos na área e provocar baixas por "acidentes" nas hostes contrárias. Tanto no flash interviw como na conferência de imprensa que se lhe seguiu, Jorge Jesus, confundido e frustrado, pelo resultado negativo, pela paupérrima actuação da sua equipa e crueza do acto do seu pupilo, tentou em vão justificar o que era injustificável e, ao mesmo tempo, branquear o desgaste físico dos seus jogadores onde apenas Luisão foi excepção.

     

3 comentários:

  1. Meu caro :

    ..."ambos os dois" ...

    Este Jesus está cheio de bloqueios !

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Meu caro, depois de Bruno César em Paços de Ferreira ter uma entrada ainda mais dura e não levar amarelo, quanto mais ser expulso, eles julgam-se impunes, que podem fazer tudo. Ontem tiveram azar...

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Caro Remígio
    Qdo. pelo meu Algarve, rabeia o vento de Levante e "está - o- mar-feito-num-cão ",os pescadores ficam em terra ou enfrentam mil dificuldades p'ra pescar...Quando se diz que há (ai)mar e (ai)mar há ir e (não) voltar, a expressão e o conceito ajustam-se que nem uma luva ao que se passou ontem,em Olhão.Do sueste que arrasou a armada do jesus, não houve notícia nem mandado...a não ser do próprio, que cego por uma das vagas que nessas alturas se formam no estreito, NÃO VIU,NÃO VISLUMBROU , motivo na expulsão do seu (ai)mar.Não tendo tido o cuidado de amarrar a pé-de-galo a embarcação,hoje, à comunicação social, chega um contratorpedeiro, com o casco feito em oito, a chegar fogo à peça, clamando: Isto -tá-tudo-"aldrabado" !Fomos abalroados! Sueste , Nunca Mais !
    Que bem me sabe ouvir este ... mar! estas procelas !
    Abraço amigo. Um belíssimo domingo...
    João Carreira

    ResponderEliminar