Primeira Liga
Estádio da Madeira
2012.03.17
Nacional, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
(Yanko e Alex Sandro)
Dir-se-à que o campeão cumpriu com a sua obrigação de ir à Madeira vencer o Nacional e amealhar mais três pontos para se manter na liderança do campeonato à distância de um ponto dos segundos classificados, caso ambos venham a vencer os respectivos jogos que têm de realizar. Foi um triunfo merecido, obtido sem polémica de lances que pusessem em dúvida a legitimidade do resultado, sem embargo de ter que se reconhecer a extrema felicidade que proporcionou a Yanko abrir o marcador e a Alex Sandro a obtenção do segundo aos 90+2', a menos de três minutos dos cinco (!!!) concedidos pelo árbitro Carlos Xistra, pouco tempo depois de ter entrado em campo.
A vulgar história desta partida teria sido sem dúvida bem diferente, quiçá dramática para as nossas aspirações se, logo aos 2' após o apito do início de jogo, os madeirenses tivessem aproveitado o que foi uma das melhores oportunidades de chegar ao golo em toda a partida, e, no decorrer dela, Mateus não tivesse esbanjado uma boa mão cheia delas como raras vezes é dado ver num único jogo.
Obrigado a mexer, Vítor Pereira voltou a surpreender e recorreu à sua rábula preferida de colocar o central Maicon à direita e chamar Otamendi, contrariando o entendimento de Maradona que utilizou o argentino nessa posição. Défour, foi a pedra para o buraco deixado por Fernando e, na frente, Hulk, a beneficiar da folga que lhe concedeu Marco Ferreira no jogo contra a Académica, foi rendido por Cristián Rodriguez.
Só por breves períodos em todo o jogo o Nacional mostrou querer complicar a vida aos campeões nacionais, que, não sendo forçados a um ritmo muito alto iam controlando com maior ou menor empenho o ritmo algo lento em que o jogo decorreu.
O FC Porto chegou ao golo num lance verdadeiramente insólito, com um defesa nacionalista a aliviar, sem aperto, um bola dentro da sua área batendo-a de tal modo que esta fez tabela no pé de Álvaro Pereira de que resultou uma assistência para o austríaco postado a dois metros do guarda redes que, sem dificuldade lhe meteu o esférico por baixo do corpo.
Individualmente, Moutinho foi o melhor: fez o seu papel habitual, o de Fernando e, até em parte de Lucho. Atrás e à frente, à direita, ao centro ou à esquerda, passando e rematando, o algarvio brilhou. Jámes, Helton, Maicon (ai, aquela distracção com o tempo a acabar que por milagre não deu o 1-1...), bastante acima da mediania dos demais. Lucho, cada vez se assemelha mais a um Mercedes a gasóleo com 800 000 Km no motor. Yanko, não fez um jogo mau: foi igual a si próprio, fez um golo importante fácil e podia ter feito o segundo mas, no lance, o guarda-redes saiu muito bem ao seu encontro. Rolando, já aprendeu alguma coisa com ele e, isolado, a cinco metros dos postes atirou dez por cima deles uma bola que "estava dentro".
Veremos o que nos vai trazer a próxima terça-feira...
Este foi daquelas jogos em que o que interessou foi, única e exclusivamente, o resultado.
ResponderEliminarA exibição foi fraca, tudo foi fraco, e arrisco dizer que não perdemos pontos... por sorte, ou melhor, graças a Helton!
Há muito a trabalhar e muito a mudar.
Um abraço, Gaspar