sábado, agosto 20, 2011

EXCESSO DE VINAGRE TIRA SABOR AO (BOM) GALO.




d;">>2ª JORNADA da Liga Zon,

Estádio do Dragão:

FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - Gil Vicente, 1

(Golos: HULK, aos 9,40´ g.p. e 49', de livre directo e Sapunaru, aos 16', de cabeça na sequência de um canto apontado por Hulk). O golo dos gilistas foi obtido de grande penalidade, logo aos 2,50', por falta indiscutível de Otamendi sobre o avançado da equipa de Barcelos que se encaminhava para a baliza de Helton numa situação clara para fazer o golo.

Toda a gente de bom senso que comenta ou escreve sobre futebol, não se cansa de alertar para a possibilidade de jogos como o que ocorreu ontem à noite no Dragão possam causar amargos de boca às equipas claramente favoritas, as ditas surpresas, que afinal não o chegam a ser pelos menos para quem alertou sobre a possibilidade de elas surgirem. E, se neste momento, não estou aqui a falar de um escândalo acontecido perante quase 45 mil adeptos que foram ao Estádio-Mais-Belo-da-Europa ver o FC Porto golear, só Helton, Hulk e a ineficácia dos jogadores do Gil Vicente evitaram que isso pudesse ter acontecido.

O anedótico lance protagonizado pelo "artista" Sapunaru logo aos 2' quando numa imperdoável perda de bola viu o gilista partir com ela como uma flecha com toda a confiança do mundo para desfeitear Helton, "abatido" dentro da área por Otamendi com um impacto de um meteorito vindo do espaço de encontro à Terra, acabou por confirmar tudo o que, no post anterior, escrevi aqui, poderia ser o jogo.

Entrando a perder e contando com os onze jogadores em campo por sentença benévola do árbitro, o Futebol Clube do Porto esboçou a reacção que se impunha, e foi à procura do empate mas nem sempre bem e depressa. O Gil não deixava, fazia pressão intensa sobre os nossos jogadores do meio campo, multiplicavam-se nas marcações quando eles pretendiam lançar-se no ataque e nunca deixavam de tentar explorar o amplo espaço que a subida da nossa defesa lhes oferecia nas suas costas.

Hulk, aos 9,40', de grande penalidade sofrida por ele próprio quando foi empurrado pelas costas dentro da área e, aos 16' por Sapunaru de cabeça, num canto apontado por Hulk, levaram o Porto para a frente do marcador sem mérito claro dada a réplica do adversário que, aos 17' e 22,25' tiveram o golo à vista, primeiro por mérito do enorme Helton e, a seguir, por má concretização do remate do avançado de Barcelos.

Com a defesa azul e branca sempre muito subida o Gil espreitava uma oportunidade de contra atacar, continuando a nossa equipa em toada lenta, a errar passes em demasia, com Varela enervantemente inoperante a permanecer em campo e com HULK, só e sempre ele, a procurar remar contra a maré. Ainda foi reclamado, aos 37' um penalti cometido sobre Varela, mas sem qualquer justificação.

Ao contrário do que esperava a equipa veio do descanso sem alterações e, talvez por isso, o panorama do jogo manteve-se. Até porque haveria de ser de novo o "Incrível" a resolver a dúvida quanto ao resultado, ao bater o guarda-redes barcelense num portentoso pontapé de livre directo colocando o marcador em 3-1.

Só aos 72´Vítor Pereira entendeu mexer, tirando Guarín e Varela e metendo no jogo Belluschi e Djalma. O argentino deu outra dinâmica ao jogo com os seus passes de rotura mas a equipa no seu todo não reagiu como se desejaria. Djalma, à esquerda, teve jogo mas não lhe deu a sequência requerida e a qualidade continuou baixa. Valter, o Maciço, voltou à equipa depois de alguma ausência e, se não fez muito de prático, criou pelo menos a ideia de que Kléber teve a mais o tempo que a ele escasseou.

A exibição da equipa nesta sua primeira apresentação no Dragão foi frustrante. Sinceramente, contava ver muito melhor já nesta altura. Haverá atenuantes e, da próxima vez, poderá ser diferente, para muito melhor. Confio, tenho a certeza, de que temos potencialidade para fazer muito mais e melhor.

Nas apreciações individuais é HULK que mais se evidencia. Trabalhou, sem se esfalfar, marcou duas vezes, é temido e os adversários têm razões para os pesadelos que ele provoca. A seguir, é Helton, enorme, a esbanjar confiança. Não fora ele...
Dos restantes, só Fucile, Souza e Gaurín merecem nota positiva. Sapunaru, NÃO! O erro do tamanho da Torre dos Clérigos que cometeu logo no início da partida não se apaga com o golo obtido e pelo aceitável desempenho que teve durante o resto da partida.
Reitero a opinião favorável que tenho a respeito das qualidades e capacidade de progressão de Kléber. Ontem, porém, quase não se deu por ele.

Tenho dito muitas vezes que o jogo visto no campo é muito diferente daquele que nos é mostrado pela televisão. E quando se perde o hábito de assistir a ele ao vivo, mais se torna difícil ajuizar do trabalho do árbitro. Esclareço, desde já, que só hoje soube o nome do árbitro e, no Dragão, não pude identificá-lo como uma das figuras da arbitragem mais conhecidas. Independentemente das dúvidas que me mereceram um ou outro lance da partida, sem grande expressão no prejuízo eventual que originaram, tenho certezas em relação aos dois lances capitais. O primeiro, que resultou no golo gilista, embora estivesse a mais de cem metros de distância do local da falta, mesmo que estivesse aqui em Lanheses, teria vista a "tesourada". Adivinheia-a, quando vi Otamendi a correr em diagonal para o ponto onde o kamicase vermelho iria passar e abateu-o, com precisão! Entranhei, confesso que estranhei, que tivesse continuado em campo.

No penalti que HULK sofreu, estava a vinte metros. Se fosse a tribunal e um juiz me pergunta-se: -Jura que viu o empurrão nas costas do cidadão Hulk, pelo réu identificado nos autos, dentro da área?, eu responderia com toda a convicção: Sim, juro, senhor doutor Juiz!

Em termos práticos estamos à frente da classificação e com mais pontos do que no último campeonato. Para já, é bom.

Vítor Pereira, não precisa de envolver-se numa guerra de palavras com Jorge Jesus, o treinador dos lampiões. Deve saber que não chega, para a vencer as fragilidades notórias de comunicação do treinador do clube da Dona Victória, ter pelo seu lado a razão dos factos que se vão verificando todas as semanas já que, como é notório e comprovável, o "inventor da táctica" no futebol sempre estará protegido pelo manto largo do "quinto poder" representado pelos media da "capital do Império".









3 comentários:

  1. Não seria um jogo fácil e a equipa de Barcelos confirmou isso logo nos primeiros minutos. Tinha a lição bem estudada e as posições acertadas, mas conseguimos mais uma vez contrariar e ultrapassar as oposições e acabámos por sair do Dragão com um resultado positivo, apesar de uma exibição algo murcha - onde apesar de tudo já se notaram melhorias, especialmente na segunda parte.

    Agora resta-nos continuar a trabalhar e preparar da melhor maneira o jogo com o Bercelona.

    Um abraço

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  2. Caro Remígio
    Juro ! que consegui ver daqui-650 kms a sul,na antiga capital do Reino dos Algarves,o mesmo que o meu preclaro amigo topou "in loco".O "sapunaresco" crime no dealbar da partida,consequente penalty do Ota e da dupla punição possível, só termos sofrido o golo... deixou-me no mínimo: inquieto e ansioso.
    Li, com toda a atenção,diversas crónicas ao jogo nos blogs portistas e na imprensa desportiva da "especialidade". Honra lhe seja feita -porque devida - que o seu relato dos acontecimentos em tudo se assemelha ao que segui num fantástico plasma de cento e tal cms.No fim,a minha realíssima dúvida,é a que muitos portistas "temem" : como será, a jogar assim, no dia 26 de Agosto?! contra aquela que é sem dúvida (e sem mourinhos...) a melhor equipa do mundo...
    Sabe o que me pareceu ao ver o João Messinho a arrastar-se no campo,sem nervo,sem tino,sem classe (a pior exibição que ele alguma vez já fez no FCP ?!)? Pois a mim, deu-me a sensação que o gajo também já ... foi!
    E porquê o "Palito" a continuar no banco,com um Sapu a destoar TOTALMENTE ?! Porque não o Fucile à direita (aonde pertence) e o Álvaro no corredor que tão bem domina ?...Ou será que este também já ...foi?!...
    Varela?! - não há nutricionista p'ra lhe "aparar" o mataco?! A ver se vêm, em breve ,o Iturbe e o James pode ser que a concorrência lhe faça bem...
    P'ra fim de papo também acho e estou consigo( a 300% !) que o Vitor Pereira -que até tinha afirmado que a "guerra" com o pastilhas era no relvado - deveria manter por aí (relvado) as disputas.O "pagode" está farto destas merdas !
    Um ou dois conselhos (gratuitos) ao Vítor P. : treine bem a rapaziada,não jogue com essa defesa tão subida,proteja o cuzinho cá da malta,senão qualquer dia somos ...(salvo-seja!) "enrabados" !Nas chatérrimas conferências de imprensa (não sendo da sua competência,acabar com elas), invente o possível para ser sucinto e "FAÇA A DIFERENÇA ",desde logo,para c/ com os jesuses & machados que por aí andam... e para com outros que cheirando (ainda) a cueiros, já vêem "fantasmas" e coisas obscuras e que não controlam(?) qdo perdem com o CAMPEãO,em casa do CAMPEÃO...
    Já vai o sermão longo...preparo-me para ver -daqui a pouco - os nossos rapazes sub 20 e o outro rapaz do Brasil (DANILO) no jogo da final.
    Um bom domingo
    Abraço amigo
    João Carreira

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  3. Concordo, o Vítor Pereira não deve usar palvras difíceis para falar de Jesus. Ele não entende, confunde-se, mete os pés pelas mãos e depois lá temos nós de perder tempo a mostrar o nível do JJ... Coisa que farei amanhã, com todo o prazer, pois meter-me com um catedrático em futebol é uma tara de tenho de miúdo.

    Abraço

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