sábado, agosto 13, 2011

XISTRA, COM COMANDO À DISTÂNCIA?


                                                                                                                                                            
Marat Izmailov fez o empate no primeiro jogo do Sporting  
             
            Vi partes dos jogos realizados esta tarde no campo dos Arcos, em Vila do Conde, onde jogavam o Rio Ave e o Sporting de Braga e, à noite, em Alvalade, o Sporting e o Olhanense.

             O primeiro foi um jogo agradável de se ver, corrido, com ritmo, com ambas as equipas empenhadas apenas na disputa de lances sem recurso à falta e sem subterfúgios, com os bracarenses mais motivados pelo futebol de ataque e tendencialmente a ter mais tempo de bola no campo do adversário.

             A equipa de Leonardo Jardim apareceu a praticar um futebol de posse de bola, de triangulações e demarcações em movimento, muito interessante e com beleza, sem atabalhoamentos e claramente diferente do que seguia com Domingos Paciência. Os jogadores respiram serenidade, executam sem precipitação quando em posse da bola, e continua a dispor de excelentes jogadores. Quim, esteve muito seguro, a defesa muito certa e coesa, e linha intermediária muito activa e Alan, Pizzi e mais tarde Mossoró, com a técnica acima da média que se lhes reconhece. Pode ser uma grande surpresa o seu futebol neste campeonato se melhorar o "calcanhar de Aquiles" que ontem não superou: ineficácia de remate.

             O jogo terminou com o resultado de 0-0, mas se o Braga tivesse ganho pela diferença mínima teria havido justiça. A arbitragem de Duarte Gomes não teve falhas significativas.

             De Alvalade o que me surpreendeu foi ver o Sporting ainda numa fase primária de futebol que o tempo de preparação que já tem exigiria fosse de nível mais elevado. Contra um Olhanense muito defensivo mas melhor organizado, o Sporting não encontrava soluções de chegar ao golo, que obteve com todo o merecimento mas com alguma fortuna por arte do excelente russo, Ismailov, já quando pairava sobre os adeptos o silêncio fúnebre dos velórios.

             Três momentos do jogo para comentar particularmente: o espectacular remate de Wilson Eduardo, emprestado pelos leões ao Olhanense que colocou os algarvios à frente do marcador e assim se manteve durante largos minutos, a anulação de um golo a Helder Postiga, num lance mal julgado por pretenso fora-de-jogo do marcador que, no pior critério estaria em linha, como foi entendido pelos comentadores da SportTV, sem gaguejos, e eu concordo e, por último, uma entrada CRIMINOSA de mais um caceteiro importado para o futebol português pelo Sporting, entrando A MATAR com os dentes da bota a um colega de profissão. Afinal, ainda acontecem milagres porque, só por graça divina, um atleta continua com duas pernas.

             E, que lhes parece (os que não viram directamente as imagens da TV) terá acontecido ao delinquente? Foi expulso e imediatamente ficou sob custódia policial para ir dali para o chIlindró? A sanção ajustada ao acto cruel foi imediatamente aplicada? NÃO! O "Juiz", a centímetros do local do crime, permaneceu imóvel e aparentemente concentrado durante largos segundos e, sem mexer um músculo que fosse da face, sacou do bolso um cartão...AMARELO!!!

              Eu já nada me surpreende quanto ao que se pode fazer na área das telecomunicações electrónicas e aqueles "fones" que as equipas de arbitragem metem nos ouvidos pode estar conectados sabe-se lá onde e com quem. Pela demora da tomada de decisão e pelo ar concentrado que me pareceu ver no árbitro, a cor do cartão a exibir poderá ter vindo da linha lateral, do camarote presidencial, dos balneários ou, quem sabe, do "patrão" que o nomeou. Surpresa? Nenhuma.

             O "receptor" estava na orelha de CARLOS XISTRA...

1 comentário:

  1. O campeonato não começou mal, com os desaires dos mouros vermelhos e verdes...
    Contudo, temos também de fazer pela vida, ganhando. E esse jogo em Guimarães, é para vencer, mais com a moral reforçada pelos empates dos rivais lisboetas. Mas tem de haver nervo e fé, sem confiança demasiada, como na época passada no mesmo campo, além de se ter de contar com a arbitragem do olarápio... Não sei se no fim conseguirei comentar, pois estarei longe do meio ambiental, mas o importante é que se ganhe.
    Abraço.

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