LIGA EUROPA.
Em Moscovo (Rússia):
C.S.K.A., 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1
O GOLO
Depois deste jogo em Moscovo o Futebol Clube do Porto adquiriu duas significativas vantagens para a segunda parte da eliminatória, a disputar no próximo dia 17 (quinta-feira): um vitória sem sofrer golos fora de casa e jogar a segunda parte da eliminatória no Dragão.
Fosse pela falta de adaptação à relva ou intranquilidade, o FC Porto sentiu no início do jogo algumas dificuldades, sobretudo no eixo da defesa, em travar a acção dos avançados moscovitas do que resultaram algumas situações complicadas. Dobrados os primeiros dez minutos, o meio campo começou a funcionar melhor, não obstante os passes nem sempre saírem a preceito e, outras vezes, Hulk, sob uma marcação dupla e até tripla, perdia-se em dribles sem poder servir Falcao. O mesmo acontecia com James Rodriguez, sem embargo de ter tentado alguns passes com êxito.
Com o jogo equilibrado e uma melhoria do controle de bola o jogo passou, alternadamente, a jogar-se ora numa ora noutra metade do sintético e, em ocasiões mais ou menos repartidas, os golos poderiam ter acontecido.
A segunda parte decorreu totalmente sob o controle da nossa equipa com Fucile e Sapunaru a subirem pelos seus corredores e com Guarin e Fernando a recuperar a bola e a entregá-la em boas condições na frente do ataque.
Villas-Boas fez entrar Varela no hora certa e ele correspondeu às expectativas do treinador, fazendo os últimos tinta minutos num nível muito bom. O Porto atacava agora com mais gente perto da área e, Guarin, muito bem durante todo o jogo, numa jogada em que mostrou muita serenidade e melhor técnica, tirou um remate com muita classe para chegar ao golo.
Entraram, depois, Cristian e Souza e a produção da equipa acentuou-se, tomando conta do esférico, trocando-o de jogador para jogador para, a seguir, tentar explorar os espaços abertos na defesa contrária, podendo ter o marcador atingido número mais adequado à superioridade demonstrada.
Apesar do tremor do início do jogo, a defesa esteve à altura, com Rolando e Otamendi muito seguros; Fucile, melhor do que Sapunaru porque não desperdiçou dois bons lances para golo como o romeno: Fernando teve algumas dificuldades iniciais e Moutinho andou algo perdido, abaixo do que faz habitualmente; Guarin, esteve impecável, evidenciando muita serenidade e excelente pormenores técnicos. Pelo magnífico golo da vitória que conseguiu e pela exibição, merece ser o homem do jogo.
Falcao não marcou, desta vez, mas merecia-o pelo seu esforço e empenho que evidenciou. Hulk, muito marcado como já referi, ganhou e perdeu lances tendo sido substituído pelo desgaste a que esteve sujeito e pelas entradas que sofreu dos seus adversários. Helton, foi ele próprio: no bom e no mau que esteve para acontecer...
Nada ainda está ganho mas vamos disputar em vantagem os restantes noventa minutos. Hoje, ficou demonstrado que temos mais equipa que o C.S.K.A.. Mas não devemos aliviar a vigilância. Estes russos sabem jogar, constituem uma excelente equipa e quase todos os seus jogadores são excelentes executantes.
O ESTÁDIO
A EQUIPA DE ARBITRAGEM
Primeira-parte, dura, sofrida, por culpa de uma equipa boa, muito boa no último terço do campo, com três avançados do melhor que temos visto - W.Love, Doumbia e Honda -, criativos, rápidos, mas também por culpa própria, por culpa de um F.C.Porto desadaptado, a errar muitos passes, "sem Hulk", a dar muito espaço e a permitir que os jogadores russos chegassem à frente com vários jogadores, em velocidade e com a bola controlada. Valeu Helton, em duas ou três ocasiões, para que o marcador ficasse a zero, enquanto a equipa portista, hoje de amarelo, também criou perigo, mas sem as oportunidades da equipa da capital russa.
ResponderEliminarResumindo: melhor o resultado que a exibição, num empate que se tivesse sido desfeito, esteve mais perto de acontecer para a equipa russa que da equipa portuguesa.
Na segunda-parte tudo foi diferente. André Villas-Boas rectificou e se nos primeiros minutos ainda deu a ideia que tudo ia ser igual, rapidamente essa impressão se desvaneceu. A equipa portista passou a estar mais junta, mais unida, a dar menos espaço, passou a controlar, dominar, Sapunaru ameaçou e Guarín, aos setenta minutos, marcou, dando uma vantagem que, a partir de certa altura, se começava a adivinhar. Em vantagem a equipa portista não se encolheu, continuou a jogar da mesma maneira, longe da sua área e se o resultado, pelo que foram os noventa minutos, se aceita, estivemos mais próximos dos dois a zero que os russos de empatar.
Foi a sexta vitória fora, a nona em onze jogos, com um empate e apenas uma derrota, sem consequências, num jogo em que fomos claramente superiores. É um currículo excelente, prova provada que o sistema existe, está vivo e recomenda-se. Mas atenção, ainda não passamos e o CSKA pode vir fazer ao Dragão o que nós fizemos na Rússia. Para que isso não aconteça e alcancemos os nossos objectivos de estar nos quartos-de-final, é necesssário um Porto que em casa, pelo menos, consiga também, tal como aconteceu em Moscovo, cidade talismã, não perder. Desta vez não será às cinco horas e portanto, vamos encher o nosso belíssimo anfiteatro.
Nota final: apenas vou destacar, Guarín, para mim o melhor em campo e com um golo fantástico. É assim, aproveitando as oportunidades e mostrando qualidade para ser titular, que se conquistam lugares na equipa. Não é com amuos, caras feias, deixa rolar... Helton, porque foi decisivo, evitando dois ou três golos certos.
E o nosso treinador, que, mais uma vez, esteve muito bem ao intervalo. O F.C.Porto da segunda-parte não teve nada a ver com o da primeira. Villas-Boas e a sua equipa técnica - o treinador, sem complexos, distribui os louros... -, corrigiram, alteraram e ninguém tem dúvidas, houve bastante Porto na etapa complementar. Um Porto que honra e prestigia o futebol português, um Porto que responde, em campo, à calúnia, à inveja e aos vermes, especialistas em denegrir a sua imagem.
Um abraço
Foi uma vitória feliz, num relvado difícil, a avaliar pelas dificuldades sentidas por grande parte dos nossos jogadores.
ResponderEliminarHelton esteve gigante a assegurar o nulo, na primeira parte, para no segundo tempo vir ao de cima a maior classe do FC Porto, que finalmente tomou conta do jogo, conseguindo o triunfo com um belo golo de Guarín (para mim muito mais útil que Belluschi) e com a sensação de que o marcador poderia ter sido alargado.
A eliminatória está longe de se considerar ganha, mas que este resultado constitui um passo importante para o conseguir, ninguém o pode negar.
Um abraço
Amigo Remígio :
ResponderEliminarNão gosto do futebol jogado em relvados sintéticos .
No entanto , o F.C.PORTO esteve bem !