quarta-feira, março 09, 2011

CORREIO AZUL (17)

 
anapixel
Messi celebra uno de sus goles ante el Arsenal    
          
          1. O PRINCÍPIO E O FIM DO FUTEBOL.

          Tem feito tantas e tão belas coisas a jogar futebol que parece já não ser capaz de me surpreender. Mas MESSI, o argentino do F.C. Barcelona, não é deste mundo, é um GÉNIO, um MITO feito realidade, a encarnação holística do futebol. Mas a divindade não conhece limites.
          O golo que marcou ontem em Nou Camp a Almúnia (que não é um  guarda-redes qualquer) ninguém jamais poderá descrever com palavras. Não há, nos dicionários, adjectivos bastantes para o qualificar. Só visto, com alma do tamanho do Universo para entender.

           Tenho que recuar a 27 de Maio de 1987, à noite fantástica do Prater, em Viena de Áustria, e evocar o GESTO do mágico argelino RABAT MADJER, para recordar uma obra de arte superior à que MESSI criou na noite de ontem.

Barcelona-Arsenal

           2.ÁRBITRO ANTI-FUTEBOL.

            Um árbitro, tenho-o dito, deve agir em campo como um Juiz. Mas, para isso, não lhe basta conhecer os regulamentos de fio a pavio sem errar uma vírgula e aplicá-los como o faria um computador. Deve ter capacidade para decidir e gerir de acordo com as circunstâncias e de forma ajustada à relevância das infracções que detectar.
            Um jogador do Arsenal, numa altura em que era manifesta a competência da equipa inglesa, viu-se excluído da partida por ter pontapeado a bola que conduzia na direcção da baliza do Barcelona, já depois do árbitro italiano ter sancionado a indicação do fiscal de linha a assinalar a sua posição irregular. Insensível aos protestos do jogador que invocava ter sido o barulho dos noventa mil espectadores do estádio que o impediu de obedecer à ordem vindo do silvo do apito, Massimo Busacca expulsou-o do campo, pela exibição de um segundo cartão amarelo.
            De conformidade com a letra do regulamento, a sanção é legítima. Mas, nem o gesto aparentemente nada ostensivo e provocatório, que o jogador na emoção do momento não sopesou, nem a defesa do espectáculo e, no limite, a verdade desportiva foram devidamente estimados pela sentença do pragmático julgador.
         
            Perdeu o espectáculo, nada beneficiou o futebol.



         
         

2 comentários:

  1. Pena, o Barça, pela fantástica equipa, os fantásticos jogadores que tem e o maravilhoso futebol que apresenta, não merecia que ficassem dúvidas que ganharia na mesma...

    Um abraço

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  2. Amigo Remígio :

    ..."Perdeu o espectáculo, nada beneficiou o futebol."...

    100% de acordo .

    Abraço

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