O REGRESSO DO GRANDE PORTO.

          Ontem. no Estádio Mais Belo da Europa.

                      FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - S C NACIONAL,           
                          (Hulk, 2 e James Rodriguez, 1)

           Fui obrigado a ver o jogo de ontem à noite que decorreu no Dragão na companhia de uma visita, não de todo inesperada por sempre aparecer nesta época, mas suficientemente incómoda e aborrecida para me influenciar negativamente no meu humor e disposição. Estava, e continuo, sob os efeitos negativos de um estado gripal de tal modo incomodativo que me feneceu a vontade de fazer coisa diferente que não recolher a penates e buscar em vale de lençóis algum lenitivo retemperador.

           Gostei do que vi e não apenas pela vitória que nos coloca a doze pontos do segundo classificado. O Futebol Clube do Porto, voltando a poder contar a contar com  a quase totalidade das suas mais influentes pedras está a voltar, como já aqui tinha previsto, à sua melhor condição de equipa favorita para vencer esta prova.

            Com o regresso de Fernando e Varela, faltam apenas Radamel Falcao e Álvaro Pereira para estar reunida a nata do melhor que tem o plantel para construir uma grande equipa. A subida de rendimento e da boa forma dos restantes, designadamente, Helton, Sapunaru, Beluschi e James Rodriguez, e agora de um sensacional Rafa de jogo para jogo mais ambicioso e capaz, são a garantia de um futuro consubstancial e não apenas de esperança ilusória.

            Hulk é fenómeno e não se fala mais disso!

            O "banco" tem "activos" rentáveis bem longe do panorama do SLN/BPN de tempos atrás, para gerir no momento certo e de acordo com os interesses e importância das provas em que participamos: Guarin, Beto, Cristian Rodriguez, Souza, Valter, Mariano, Fucile, ganharam estatuto de titulares e, quando for necessário, integrados num conjunto forte e moralizado estarão à altura da chamada.

            O treinador o Nacional não negou a justiça do resultado (pudera...) mas entendeu que devia culpar de inépcia a sua equipa por ter "facilitado" os golos do Futebol Clube do Porto, obtidos "em contra-ataque", e achou não dever relevar o mérito indiscutível do vencedor. Que eu visse, antes do primeiro golo, não ocorreu qualquer ataque do Nacional e, depois, durante toda a partida só de bola parada estiveram perto das luvas do Helton. E, o que foi claro para todos, não obstante os objectivos de repetição da feliz vitória na anterior visita que os animasse, é que os Dragões, pela forma superior como actuaram não deram a mínima chance ao seu adversário para que pudesse ter discutido o resultado final, bastante escasso para a diferença do jogo praticado por cada uma delas. Não foi o Nacional que não jogou nada, foi o Futebol Clube do Porto que produziu muito melhor exibição do que o seu antagonista.

           Dir-se-à que Paulo Baptista fez uma arbitragem aceitável e que um ou outro erro não são suficientes para manchar o seu trabalho. Não lhe louvo, porém, o seu excesso de zelo na atribuição de amarelos aos jogadores do Porto e na preocupação em não favorecer a nossa equipa em faltas por assinalar. Só ele saberá por que anulou um golo à nossa equipa onde ninguém consegue ver a causa.

           Depois da "sangria" do Paixão feita ao Rio Ave no jogo anterior poucos não preveriam que o clube da Dona Victória não passasse às meias-finais da Taça de Portugal. Ainda bem, que assim é. Estes, são os jogos que os portistas mais gostam de jogar. E ganhar...