segunda-feira, janeiro 24, 2011

NO REINO DA IMPUNIDADE.


          Está em curso na comunicação social a campanha de branqueamento da chapada que o treinador do clube da Dona Victória desferiu na cara do brasileiro do Nacional da Madeira, no final da partida de sábado à  noite.

          A agressão foi transmitida em directo pela TV e suficientemente repetida e testemunhada para que possa ser negada ou desmentida pelo agressor, por mais tentativas que este e os seus encobridores façam para se refugiarem na troca da palavra que define a acção: agressão por empurrão.

          Este grave atropelo às regras da ética desportiva e disciplinar é passível de instauração de processo para efeitos de responsabilização do seu autor, não colhendo a invocação de que não foi relatado pela equipa de arbitragem e delegado ao jogo nem terá sido matéria que devesse constar de relatório policial, de acordo com a opinião do especialista em direito desportivo José Meirim.

          Tendo sido frequentemente invocada pelos dirigentes encarnados o propósito de liderar um movimento nacional a favor da verdade desportiva, esta é uma boa oportunidade para testar a convicção e a vontade de contribuir para esclarecimento da verdade, disponibilizando-se os impolutos  dirigentes do clube alfacinha do bairro de Benfica para não levantarem obstáculos, antes incentivando e apoiando, a instauração do inquérito que tem que ser feito a favor da verdade que tão cara lhes é.

          Mais uma vez me surpreendeu a atitude do actual treinador e antigo defesa central do clube madeirense, Predrg Iokanovic. Ao contrário do que lhe tenho visto em outras ocasiões muito menos lesivas dos interesses do clube que lhe paga e, em particular, na defesa que lhe competia fazer do seu jogador nesta agressão, o por vezes irascivo e incontrolado jugoslavo, optou por refugiar-se num suspeito neutralismo numa atitude complacente e pseudamente conciliadora a rondar o servilismo dos bajuladores, atitudes que só o vejo assumir em relação do clube do Eusébio.

          O sururu da noite de 22 é mais um a juntar aos que o palco do clube do regime tem sido fértil. Sejam as invasões para "cachacear" juízes de linha ou as armadilhas nas catacumbas do túnel, ou as agressões perpetradas pelos Javis, Luisões, Davids & Cª. deixam de ser apetitosas para os media que delas se desinteressam escasso tempo decorrido após terem acontecido. Para que isso não possa suceder, é nossa missão dar-lhes nestes espaços o tempo e a relevância suficientes para lhes refrescar a memória.



          





          

5 comentários:

  1. Caro Remígio
    Óptima a sua postagem sobre o assunto em causa.
    Perante o branqueamento dos factos, pela generalidade -(onde, a honrosa excepção?!...)-da c.s. e das tv's, que ... fazer?
    Começo a pensar que nós,Portistas,andamos a ver o que os barbalhostes da capital,não enxergam.Um senhor (Luís Sobral do wwww.maisfutebol.com) tem a suprema lata de escrever :(...)"os factos são especialmente graves?Do meu ponto de vista não......... No fundo,acho que fazem parte do futebol." Para terminar o artigo,remata :"Um momento mau de treinador e jogador.". Sendo como este cavalheiro diz (e não sei como ele terá analisado,p.e., o caso do Vandinho, na época passada) estamos conversados e resta-nos seguir o raciocínio generalizado da "nomenklatura" instalada nas poltronas da capital.
    O nosso verbo contra a esponja, só pode ser: GANHAR! no gramado-e-bola-no-véu-da-noiva!
    Resto de noite feliz
    Abraço amigo
    João Carreira

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  2. Caro João:

    O meu amigo, mais uma vez, é claro e objectivo nos muito estimáveis comentários que faz. Eu, não conheço esse Luís Sobral que cita, mas, mesmo sem gostar de formular juízos de intenções, sou levado a crer que, tivesse sido Villas-Boas o autor da agressão e escreveria:"os factos são especialmente graves? Do meu ponto de vista são.
    É óbvio que não alimento quaisquer expectativas quanto ao rumo que o caso vai ter. Não andássemos nós nisto há tempo mais que suficiente para conhecer a corja que os protege e apadrinha.
    Como o meu caro amigo, sempre continuarei a acreditar, e satisfazer o meu desejo de justiça, é a conjugação do verbo GANHAR, na 2ª pessoa do presente indicativo.

    Boa noite com um abraço amigo.

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  3. Uma vergonha, mas há sempre alguém que não se cala e em relação ao Sobral, que tal deixar lá um comentário? É o que eu vou fazer já a seguir.

    Um abraço

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  4. Boa Tarde

    Claro está que isto vai dar em nada. O Polvo vai movimentar-se de forma a que isto passe impune uma vez mais. Com estas e outras em que esta gente é reincidente, acho que nós portistas andamos a ver imagens trocadas de certeza, vemos outro campeonato que não o deles, devemos ser todos burros. Estas análises sobre situações idênticas mas com tratamentos diferentes seriam até cómicas, não fosse o caso de serem de facto graves. Ainda não ouvi da parte do FCP qualquer reacção, a não ser do treinador, mas isso não chega, porque AVB mais não fez do que defender-se e dar o troco, depois de ter sido bombardeado nas suas expulsões. A SAD tem o dever de reagir, por nós, pelo FCP e por todos aqueles que são sistematicamente atropelados pelas diabruras deste polvo vermelho que tudo pretende controlar.

    Um abraço e força aí na defesa do nosso FCP

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  5. Já se sabe que eles vão passar uma esponja sobre tudo...
    Enquanto isso, felizmente o Porto não lhes dá hipótese de aproximação, pondo-os já a 11 pontos depois da vitória de ontém sobre o Nacional.
    Gostei da exibição, com passes arriscados, de modo a apanhar de surpresa o adversário, e a fazer pressing, enfim em mais uma boa prestação. Apesar de na 2ª parte não ter havido golos validados, pois houve um que foi mal invalidado, além da bola que foi ao ferro e algumas outras jogadas que podiam ter resultado, foi um bom jogo no seu todo.
    Do que se passou em Vila do Conde, antes e durante, se fosse com o Porto mesmo em pequena escala, o que a comunicação social não dizia... Assim tudo como dantes...!
    Mas voltando a nós, no fim de contas um aspecto merece também relevo: Hulk foi na verdade uma grande contratação, como muitos anos antes foi o Madjer, por exemplo, que andava quase escondido por França, etc.
    E esta época, mesmo alguns nomes que pareciam de menos valia estão a revelar-se promissores, como no caso do Rafa, que começa agora a mostrar-se, pelo que se viu no jogo de ontém.
    E, noutra vertente: Villas-Boas respondeu bem aos críticos de trazer por casa, aos jornaleiros e a Mourinho...
    Abraço.
    http://longara.blogspot.com/

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