domingo, janeiro 18, 2015

COM PENA MAS FIEL.



Oliver Torres a celebrar o golo (SOL)
José Coelho/Lusa
FC Porto vence o Penafiel (3-1)

I Liga
17ª Jornada
Estádio 25 de Abril. Penafiel
2015.01.17


                        FC de Penafiel, 1 - FC do PORTO, 3
                                  (Ao intervalo: 0-2)

GOLOS: 0-1, aos 30', por Héctor Herrera; 0-2, aos 34', por Jakson Martínez; aos 50', 1-2 por Rabiola; e, aos 63', 1-3 por Óliver Torres.

FC do Porto alunhou: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro (65' Evandro), Héctor Herrera, Óliver Torres, Ricardo Quaresma (54', Marcano), Jackson Martínez (83', Evandro) e Tello.

Árbitro; Artur Soares Dias (Porto)


                        Nesta partida o Futebol Clube do Porto teve que superar dois grandes obstáculos: a capacidade de luta da equipa adversária e as condições impróprias do relvado causadas pela chuva intensa que sobre ele se abateu no decorrer do jogo.

                       Naquelas condições o jogo não poderia ser fácil para a equipa do Porto que teria de adoptar uma forma diferente de se impor ao adversário privilegiando o passe "acima da linha de água e lama" em que se tornou o palco do jogo, principalmente no período complementar. Ganharia vantagem quem melhor e mais depressa conseguisse conjugar a resistência física com um tipo de futebol mais direto e prático.

                      Mesmo depois de estar a perder por dois golos de diferença,  a equipa de Rui Quinta abrandou a sua entrega ao jogo e lutou com garra para inverter ou pelo menos retardar a vitória portista. a sua atitude foi em parte compensada com  a redução de 1-2 do resultado que veio premiar a atitude dos penafidelenses, que tinham vindo do intervalo com a mesma determinação com que tinham iniciado a partida. Quando Óliver Torres apontou o 1-3 que fechou o resultado, o Penafiel cedeu à superioridade do seu poderoso adversário.

                      A vitória do Futebol Clube do Porto é inquestionável mas o FC de Penafiel foi um conjunto muito digno, lutador e corajoso. Talvez o 1-2 tivesse sido o resultado mais consentâneo com o que as equipas fizeram, tanto mais que os pupilos de Julen Lopetegui poucos oportunidades flagrantes de golo conseguiram criar.

                     Louve-se o espírito combativo de quase todos os jogadores do FC do Porto numa partida incómoda pelo adversário e pelo estado do relvado. Digo quase todos porque, aparentemente, Danilo pareceu muito preocupado com a sua integridade física do que com a equipa e Tello não disfarçou a sua relutância em "meter o pé" quando era exigido que o fizesse.

                    Grandes foram Óliver Torres e Jackson Martínez Eu elejo o espanhol como o mais valioso só porque ele parece um puto no meio de matulões e faz deles "gato sapato" e assistiu e marcou. Jackson Martínez, tem "peso de medida" para  jogos destes e uma técnica excepcional que fazem dele um dos melhores europeus da atualidade a jogar na sua posição.

                    Não esqueço a rábula que foi o comportamento da defesa no golo do Penafiel. Caricato.

                    Artur Soares Dias é um árbitro preconceituoso. Provou-o ao exibir o cartão amarelo a Casemiro num lance faltoso, é certo, porque o brasileiro saltou com  o braço por cima do ombro do adversário mas não o atingiu. Falta e amarelo só mesmo para quem foi para o jogo com os nomes dos jogadores a quem tinha que os mostrar.

                   Não há ilegalidade em qualquer dos golos obtidos por Herrera e Óliver. Fiquei com dúvidas em relação ao primeiro mas que foram desfeitas mais tarde pelas imagens divulgadas. De qualquer modo, a haver fora de jogo e o golo invalidado, o FC do Porto tinha pela frente mais de uma hora para jogar e ganhar a partida o que é muito diferente de ver validado um golo ilegal a poucos minutos do fim e, com ele, vencer a partida.

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