quinta-feira, junho 26, 2014

PORTUGAL, 2 - GHANA, 1

                         


  

                       JÁ NÃO ACONTECEM MILAGRES COMO DANTES.

                 

               Ou não se rezou o suficiente ou também já os milagres não se fazem como dantes. A verdade é que a missão da equipa das quinas era quase impossível de obter sucesso porque os males que a afetavam eram de ordem terrena e não, seguramente, do foro das potestades celestiais. 

                Porém, os jogadores quiseram ganhar, esforçaram-se para isso, mas claramente não deram mostras de estarem convencidos de passar a fase seguinte. As fraquezas, mal disfarçadas, continuavam lá, apesar do empenho posto para as diluir: nível de condição física baixo, jogadores desgastados, adaptações de recurso, baixo nível internacional de alguns atletas, falta de crença, de Cristiano Ronaldo "o melhor do mundo" e, insuficientes e sinceras "avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sóis vós..., valei-nos neste aperto porque muito Vos amamos.

              Com um Portugal como os portugueses de uma forma geral pensavam poderíamos levar ao Brasil para fazer figura, este Ghana era batível com relativa facilidade. A equipa portuguesa  tomou a iniciativa do jogo e dominou o seu antagonista nos primeiros 15'. Aos 6' já Cristiano rematou-centrou e a bola bateu no travessão; aos 12' CR dispõe de um livre central mas centrado no g.r. que manda para canto; são os ganeses que obrigam, depois, Beto a defender um livre forte, também à figura.

              Portugal adianta-se no marcador aos 23' na sequência de uma rápida recuperação de bola que passa por um trabalho excecional de Moutinho que dá a Veloso, na esquerda, este centra e Jone Boye, tentando o corte mete na própria baliza. Aos 32' CR remata forte, mas frontal; aos 34' Rúbem Amorim, conclui um boa jogada atirando ao lado; aos 45' e o "amigo" Boye que esteve prestes a bater Beto e, aos 45+1', o árbitro apita para o fim da primeira parte não deixando concluir uma jogada às portas da área dos africanos.

             Foi melhor neste primeiro tempo Portugal, mas muito longe do que seria necessário para merecer o "milagre.

             Na segunda parte ou Portugal abrandou ou foi o Ghana que melhorou, porque o relvado equilibrou. A partida tornou-se mais "tu cá-tu lá", e aos 57', duas gazelas ganesas "matam" o presumível predador: corrida pelo flanco, centro com peso, conta e medida, entrada fulgurante de cabeça e... "Nossa Senhora, onde estais, que morremos agora?" 1-1. E logo aos 61', foi mesmo milagre porque senão o empate passava a 1-2.

           Mexe o B(V)ento e leva João Pereira, trazendo na ressaca Varela; aos 69', é Éder a ceder para Vieirinha. Agita-se o jogo, parada e resposta sem espetacularidade mas aberto à possibilidade de haver mais golos em qualquer das balizas, quiçá mais na do Ghana. Ronaldo arrancou, entrou na área cai, reclama mas ninguém acreditou que o árbitro marcaria falta.

           O 2-1, aparece aos 80', numa jogada de Varela com CR à frente do guarda-redes do Ghana, este defende com as mãos para a frente e o Cristiano, com cansaço e tudo remate tranquilo.. Depois de um bom remate do Ghana aos 82' é a Ronaldo que se oferece a grande oportunidade da partida mas o remate saiu à mancha do guarda-redes. 


Nem lá perto

           Beto, visivelmente sofredor de uma anca, pede e é substituído por Eduardo e fica a chorar no banco, não sei se com dores ou pelo desgosto de ver o sonho desfeito. Já depois de noventa, ainda houve tempo para três remates perigosos mas que não somaram mais golos.

           Pelo jogo visto o resultado é equilibrado. Individualmente, quase todos os jogadores utilizados melhoraram o desempenho. William de Carvalho, não confirmou as esperanças dos que o queriam lá, Varela e Vieirinha pouco acrescentaram mas participaram. Cristiano Ronaldo fez o melhor dos três jogos mas neste momento é ridículo falar em "melhor do mundo". Beto não comprometeu e cumpriu

          Acima de todos esteve JOÃO MOUTINHO. Muito trabalhinho, quase sempre bonzinho.

          O jogo foi disputado no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e teve nas bancadas 67 540 espetadores. Foi arbitrado por um juiz do Bharein, qualquer coisa como Shvkala e foi isento.

          Portugal alinhou inicialmente: Beto, João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Miguel Veloso, William de Carvalho, Rúben Amorim, João Moutinho, Nani, Éder e Cristiano Ronaldo.

         Responsável da equipa técnica: Paulo Bento.

         Morreram os fracos, vivam os fortes! Continue a Copa Brasil 2014.


          

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