ESCOLHAS DE GRAÇA

        

                  Mesmo que outros tivessem sido os resultados dos jogos em que participou, sempre diria que a pré-época do Futebol Clube do Porto cumpriu com muito proveito, do meu ponto de vista de adepto apaixonado minimamente atento ao que é publicado em alguns jornais e divulgado pelos meios audio-visuais, o programa estabelecido.

                 Sem desvalorizar as vitórias sempre bem acolhidas por todos os portistas, estou certo de que à equipa técnica interessou mais testar outros aspectos da preparação da equipa para a época oficial que se segue, relacionados com a forma física dos jogadores, a avaliação do valor das novas aquisições, o ensaio de diferentes opções e esquemas, a preparação psicológica a escolha final do plantel. Se, a tudo isto, se puderem adicionar vitórias é ouro sobre azul. E, neste capítulo, o êxito só não foi total por detalhes.

               Salvo alterações de vulto, que podem ocorrer até final do mês em curso, augura-se para a nossa equipa uma temporada de molde a satisfazer o estatuto de melhor equipa nacional (e a que tem mais títulos conquistados). A equipa técnica dá indícios claros de ter assumido inteiramente o controle dos acontecimentos, os jogadores que chegaram dão garantias de qualidade elevada para contribuir para a melhoria do nível colectivo, não transparecem situações incómodas de relacionamento com as hierarquias, tudo parece fazer-se com método e profissionalismo. À Porto, evidentemente.

              Não tenho muita apetência pela especulação sobre quem fica ou quem não terá, por agora, lugar no plantel. É um exercício especulativo, apenas,  por carência de dados que escapam às massas e só internamente circulam. Mas sentiria a falta de Castro, de Josué, de Iturbe, do Izmaylov, do Kelvin, como seria uma decepção ver partir Fernando, o "polvo", o Cha, Cha, Cha, o Mangala ou mesmo o Nico Otamendi, por exemplo.

              Sendo assim, não vale nada mas arrisco o "meu" time base inicial; Helton, Fucile, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Lucho, Fernando e Defour; Varela, Jackson e Iturbe. Prontos, na fila: Fabiano, Danilo, Abdolaye, Maicon, Diego Reyes, Herrera, Quintero, Ghilas, Carlos Eduardo e Licá. Ricardo e Tiago Rodrigues, dois jovens promissores internacionais portugueses, estão nas cogitações de Paulo Fonseca, porém, não adivinho o destino que ele lhes dará. Até poderão ficar.

               Ah, e o Bruma. Dava jeito...

               

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