quarta-feira, agosto 14, 2013

QUE SE LIXEM O PIB E OS MEXIAS

                               Por mais estranho que pareça começo a ficar de pé atrás com o que poderá ser a carreia do Futebol Clube do Porto, nesta época. E tenho, pelo menos, duas boas razões para desconfiar que a costumada senda vitoriosa da equipa azul e branca poderá não ser o "mar de rosas" para onde muitos andam a pretender enviá-la.

                          Com efeito, mal me lembro de outra pré-época tão consensualmente elogiada como a deste ano tem sido feita ao clube com mais títulos oficiais ganhos em Portugal. O aplauso quase sem reservas pela contratação de Paulo Fonseca e da sua equipa, até ver das novas contratações e saídas de jogadores, as exibições e os resultados alcançados e a concordância praticamente inquestionável pelas decisões assumidas pelo novo treinador, e, até as turbulências que sempre agitam o mercado dos jogadores foram, ou estão em vias de o ser, superadas sem grandes alaridos no domínio do Dragão.

                          Uma "seca" para as primeiras páginas de alguns desportivos e crónicas avinagradas sem assuntos escabrosos com que costumam adulterar e mascarar uma realidade que a crueza dos números evidencia com clareza.



O Benfica Ao invés, na Disneylândia do futebol alfacinha e do forrobóbó da política nunca houve um começo tão atípico e desinteressante como o deste início de época, se bem tiver sido interpretado o que (principalmente)  a imprensa escrita dá à estampa. Só incertezas, intranquilidade, desavenças, contestação, indefinições, serviovichts, derrotas, batotas e cambalhotas. O Rui Gomes da Silva apresenta-se na TV com ar de quem entra numa ourivesaria e é tomado por assaltante. O Malheiro, cada vez mais luzidio e rouco, vê a palha que consome a escassear no palheiro...Contratos que deveriam chegar dos ricos da Europa são remetidos em mala posta (ou vêem-nos passar no avião para o Mónaco)  e a mercadoria apodrece no contentor...  E, anedotas como a sincera contrição do Tacuara Cardozo pelo ultraje público a Jesus, feita por comunicado para ele ler em casa com calma, já não faz rir, de gasta.Este não é o slb cheio de nobreza, se bem que bafienta, basofista, "cantador" que nós adoramos degladiar, fazer sofrer, derrotar por 5-0, ou aos 92' (ah, garnizé de crista de galo!), a obrigá-los a assistir aos nossos festejos sem vergonha ou respeito, na sua própria cerca, títulos de campeão, a tê-los confortavelmente abaixo de nós no número de troféus oficiais conquistados a maior parte em confronto directo, a terem que recorrer à cassete em que eles próprios já nem acreditam para esquecer as frustrações e trafulhices próprias do seu clube, a assistir incógnitos à missa acolitada por Vale e Azevedo...

                        É este o benfica que nos faz falta, o slb que nos dá alegrias, o Dona Victória que nos consola!

                        Que se lixem o pib e os Mexias porque as lágrimas que os portistas choram ao menos essas são de alegrias.

                       

                       

                        

                        

                        

                         

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