DRAGÃO EM ASCENSÃO.

1 LIGA
2ª Jornada
Estádio do Dragão
Espectadores: 41 009
2012.08.26

                                FC PORTO, 3 - SC Marítmo, 0
                                             (Ao intervalo: 2 - 0)

GOLOS: 27', Jackson Martinez; 37', Licá e aos 49', Josué (g.p.)

EQUIPA DO FCP: Helton, Danilo, Otamendi, Mangala(Maicon, aos 46'),Alex Sandro; Lucho, Fernando e Defour; Josué (Quintero, aos 66'), Jackson Martinez e Licá (Iturbe, aos 77').

Árbitro: Jorge Ferreira


                Serão muito poucos os adeptos que neste momento ainda tenham dúvidas de que o Futebol Clube do Porto está a caminho de construir uma equipa ainda mais completa e forte das que apresentou nas últimas épocas, capaz de produzir um futebol de espectáculo, atraente para os adeptos e apreciadores imparciais, virado para o ataque e concretizador.

                A partida desta noite num Dragão efervescente e expectante, sem ter atingido um brilhantismo permanente mas com fartos motivos para agradar em grande parte da sua duração, perante um adversário moralizado e com aspirações na prova, logrou fazer passar uma imagem de coesão, força colectiva e individual e uma organização de jogo da equipa treinada por Paulo Fonseca que reforçam o seu estatuto de forte candidato à renovação do título.

               A história do jogo desta noite foi o FC Porto que a escreveu do princípio ao fim, sujeitando-se o Marítimo ao papel de mero comparsa a quem em momento algum lhe foi permitido levantar a voz para que pudesse dizer o que pretendia. E, não fora uma ou outra jogada menos conseguida e um aparente levantamento do pé no acelerador na última meia hora do encontro dos locais, os vencedores do Benfica na primeira jornada da Liga teriam saído do Dragão com danos muito mais elevados.

               A equipa do FC Porto começa a evidenciar-se mais pela sua organização colectiva que propriamente pelo valor das suas individualidades. É notória a sua harmonia colectiva, uma maior rapidez na construção  do ,jogo ofensivo, que se consegue fazer com menos passes, metendo mais jogadores na frente com o consequente aumento de unidades a atirar à baliza.

               Paulo Fonseca repetiu a equipa que fez jogar em Setúbal, o que acabei de imediato por compreender e concordar. Foi uma óptima decisão que os jogadores devem ter apreciado pela confiança que lhes transmite. 

               Os comportamentos individuais atingiram níveis muito aceitáveis. Naturalmente houve jogadores que se eram mais nas vistas, mesmo que colectivamente não sejam muito notados os que trabalham bem para a equipa em jogos vistos na TV. Necessariamente tenho que apontar Licá como o mais destacado e influente jogador da equipa, pelo que trabalho em prol da equipa, pela assistência de "golo feito" a Jackson no primeiro na sequência de um jogada magistral junto à linha e ao marcar o segundo, rápido e oportuno. Josué, quase a par de Licá, sobressaiu entre os consagrados e está a caminho de ganhar estatuto de titular indiscutível. Muito bom, quando anda pelo meio. Alex Sandro e Danilo, Fernando, Lucho e Maicon em 45' merecem nota alta. Quintero, deu mais nas vistas que Iturbe, que entrou já no período de descompressão da equipa.

                      Tive algumas dúvidas sobre o local onde foi cometida a falta sobre Otamendi que deu origem à marcação do penalti de novo muito bem apontado por Josué, que deu o terceiro ao FC  Porto; tive outras tantas no lance em que Josué foi tocado nas costas por um defesa do Marítimo dentro da grande área que daria lugar à marcação de falta passível de grande penalidade e que Jorge Ferreira considerou simulação e valeu um amarelo (!!).

                      58º MESES SEM DERROTAS NO DRAGÃO!