Liga Zon Sagres
Estádio do Dragão
2012.08.25
FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 4 - Vitória de Guimarães, 0
VENCER E CONVENCER.
Não encheu totalmente o Mais-Belo-Estádio-da-Europa mas o salão de festas onde a equipa recebeu os trinta e cinco mil quinhentos e três espectadores que ontem se deslocaram ao Dragão para o primeiro jogo da época, proporcionou-lhes a oportunidade de assistirem a uma surpreendente exibição do bi-campeão nacional, que, deste modo, superou com brilhantismo os efeitos negativos causados pelo indigesto galo de Barcelos, há oito dias atrás.
Antes de mais, e porque este post sobre o jogo só mais logo ficará concluído, devo dizer que a vitória do Futebol Clube do Porto sobre o Vitória de Guimarães não oferece qualquer controvérsia, tal foi a superioridade evidenciada sobre o seu adversário de ontem em todos os itens e em todo o tempo de jogo. Vitória, pois, clara e inequívoca em consequência do futebol praticado, da disponibilidade dos jogadores para encarar a partida com muita seriedade e responsabilidade, da categoria de algumas excelentes exibições individuais, dos golos marcados, do equilíbrio que a equipa demonstrou e do acerto do treinador nas decisões tomadas.
A goleada, porém, que sempre atira para segundo plano e minimiza as insatisfações e dúvidas passadas, não deve contribuir para escamotear o que, para além dela e dos efeitos benéficos que produz na auto estima dos adeptos, poderá ainda vir a ser melhorado substancialmente.
Quando Lucho bateu Douglas, pela primeira vez, aproveitando uma bola de ressaca à entrada do centro da área, já o golo vinha a ser adivinhado muito antes face à frequência com que a bola andava nas imediações da baliza vimaranence. Andava, mas nem sempre Sandro e Atsu, pelo lado esquerdo, e, Danilo e Hulk, do lado contrário, davam o melhor seguimento aos lances criados, ou por mérito dos defesas que se lhes opunham ou, outras vezes, por falharem a finta ou drible para escapar-lhes. Moutinho, sempre muito activo como nos seus melhores dias, nem sempre definia como conviria o passe para os avançados e, Jackson, quando não tinha apoio por perto, não criava oportunidades para atirar ao golo. Fê-lo uma vez, a despropósito, sem causar perigo.
Aos 33' minutos o Miguel, dono do apito, deu o seu contributo para a confraria dos anti-dragões, e, tal como o seu confrade Gomes, em Barcelos, levou para oferecer aos seus amigos alfacinhas mais um roubo de um penalti, quando, bem à frente dos seus olhos, um defesa dos visitantes impediu com os braços uma remate de chegar à baliza. E vão dois, para memória futura, em igual número de jornadas. Mouros rascas, ladrões contumazes.
O cariz de jogo não se alterou até ao intervalo, com o Porto dono e senhor do relvado, mas com os brancos de Guimarães ainda longe da capitulação e sempre à espera que a sorte lhes permitisse bater Helton. E quase o conseguiam, em duas vezes que estiveram perto de aproveitar deslizes nossos.
O intervalo trouxe um Guimarães mais afoito e atrevido e, nos primeiro quinze minutos a nossa equipa pareceu surpreendida perpassando para a bancada a sensação de que o Vitória poderia estar a preparar uma surpresa inoportuna. Em duas ocasiões sucessivas, o empate poderia ter surgido se a bola rematada na sequência de um canto não tivesse ido dirigida à figura de Helton.
Com o golo, "à Hulk", surgido na típica jogada do Incrível e no local onde nunca falha o remate fatal, o Futebol Clube do Porto, deu início ao festival de futebol que haveria de ser a imagem que marcou todos os que viram o jogo. Domínio total e absoluto da partida, criatividade dos criativos, remates à baliza, sucessão de faltas para travar o jogo, mais um golo de Lucho a aparecer na recarga a um remate de Atsu, um penalti à Panenka, show de bola e um Guimarães de rastos pedindo misericórdia aos deuses para aplacar o Dragão impiedoso.
Lucho foi, sim, o homem do jogo, porque esteve em todo o campo recuperando e criando com a classe dos eleitos, e pelos dois golos (importantes) conseguidos. Hulk, logo a seguir, ou mesmo ao lado, como nos habituou; Moutinho, perto do Messinho que conhecemos nos melhores momentos. Maicon, cada vez mais senhor e, Otamendi, desta vez sem pecado. Fernando, o polvo do costume, quase comprometia num descuido reparado a seguir.
A chamada de Danilo, Sandro e Atsu, teve o condão de estabilizar o porta-aviões azul e branco colocando-o na rota que o levará até ao Pacífico, caso escape a qualquer furacão que possa ainda surgir...lá da Rússia ou outras paragens perigosas. Os brasileiros, mais Danilo que Sandro, (tem que rapidamente aprender a soltar a bola a tempo) têm muita "quolidade" e em breve farão o nosso contentamento. ATSU, bem, Christian vai ser um caso (muito) sério. Que jóia!
Ao Jámes fez (muito) bem passar pelo banco. Que raiva, rapaz! Calma, menino, não precisas provar nada. Não há já ninguém por essa Europa fora que não sonhe contigo. Chegará o teu momento.
Varela, entrou bem no jogo e Défour, pelo tempo e momento que a equipa já vivia quando chegou ao jogo, passou despercebido.
Atenção amigos portistas. O Porto jogou bem, marcou quatro golos e recuperou a auto-estima. Reparem: o jogo era no Dragão, a equipa precisava de justificar-se aos adeptos, e o adversário é, neste momento, uma formação ainda em construção, macia, com jogadores novos e inexperientes. Os vimaranences não foram excessivamente agressivos nem defensivos e deram deliberadamente muito campo ao FC Porto, o que facilitou a nossa predisposição ofensiva. Vítor Pereira escalonou a equipa para jogar ao ataque e jogou desse modo. Como será em jogos em que for aconselhável defender? Será que Danilo e Alex Sandro podem desempenhar bem as funções de defesa e de atacantes contra equipas mais poderosas e perigosas? Como será já em Olhão, na próxima jornada?
Depois de um longo período sem ir ao Dragão, foi um regalo ter presenciado ao vivo um jogo de futebol. Podem descobrir ecrãs gigantes, altas definições, colocar dezenas de câmaras, fazer replay, contratar comentadores "especializados", saborear um bom wisky: FUTEBOL É NO ESTÁDIO, NO CAMPO PELADO, NA RUA, visto, interpretado e vivido por quem gosta realmente de futebol autêntico.
Quando Lucho bateu Douglas, pela primeira vez, aproveitando uma bola de ressaca à entrada do centro da área, já o golo vinha a ser adivinhado muito antes face à frequência com que a bola andava nas imediações da baliza vimaranence. Andava, mas nem sempre Sandro e Atsu, pelo lado esquerdo, e, Danilo e Hulk, do lado contrário, davam o melhor seguimento aos lances criados, ou por mérito dos defesas que se lhes opunham ou, outras vezes, por falharem a finta ou drible para escapar-lhes. Moutinho, sempre muito activo como nos seus melhores dias, nem sempre definia como conviria o passe para os avançados e, Jackson, quando não tinha apoio por perto, não criava oportunidades para atirar ao golo. Fê-lo uma vez, a despropósito, sem causar perigo.
Aos 33' minutos o Miguel, dono do apito, deu o seu contributo para a confraria dos anti-dragões, e, tal como o seu confrade Gomes, em Barcelos, levou para oferecer aos seus amigos alfacinhas mais um roubo de um penalti, quando, bem à frente dos seus olhos, um defesa dos visitantes impediu com os braços uma remate de chegar à baliza. E vão dois, para memória futura, em igual número de jornadas. Mouros rascas, ladrões contumazes.
O cariz de jogo não se alterou até ao intervalo, com o Porto dono e senhor do relvado, mas com os brancos de Guimarães ainda longe da capitulação e sempre à espera que a sorte lhes permitisse bater Helton. E quase o conseguiam, em duas vezes que estiveram perto de aproveitar deslizes nossos.
O intervalo trouxe um Guimarães mais afoito e atrevido e, nos primeiro quinze minutos a nossa equipa pareceu surpreendida perpassando para a bancada a sensação de que o Vitória poderia estar a preparar uma surpresa inoportuna. Em duas ocasiões sucessivas, o empate poderia ter surgido se a bola rematada na sequência de um canto não tivesse ido dirigida à figura de Helton.
Com o golo, "à Hulk", surgido na típica jogada do Incrível e no local onde nunca falha o remate fatal, o Futebol Clube do Porto, deu início ao festival de futebol que haveria de ser a imagem que marcou todos os que viram o jogo. Domínio total e absoluto da partida, criatividade dos criativos, remates à baliza, sucessão de faltas para travar o jogo, mais um golo de Lucho a aparecer na recarga a um remate de Atsu, um penalti à Panenka, show de bola e um Guimarães de rastos pedindo misericórdia aos deuses para aplacar o Dragão impiedoso.
Lucho foi, sim, o homem do jogo, porque esteve em todo o campo recuperando e criando com a classe dos eleitos, e pelos dois golos (importantes) conseguidos. Hulk, logo a seguir, ou mesmo ao lado, como nos habituou; Moutinho, perto do Messinho que conhecemos nos melhores momentos. Maicon, cada vez mais senhor e, Otamendi, desta vez sem pecado. Fernando, o polvo do costume, quase comprometia num descuido reparado a seguir.
A chamada de Danilo, Sandro e Atsu, teve o condão de estabilizar o porta-aviões azul e branco colocando-o na rota que o levará até ao Pacífico, caso escape a qualquer furacão que possa ainda surgir...lá da Rússia ou outras paragens perigosas. Os brasileiros, mais Danilo que Sandro, (tem que rapidamente aprender a soltar a bola a tempo) têm muita "quolidade" e em breve farão o nosso contentamento. ATSU, bem, Christian vai ser um caso (muito) sério. Que jóia!
Ao Jámes fez (muito) bem passar pelo banco. Que raiva, rapaz! Calma, menino, não precisas provar nada. Não há já ninguém por essa Europa fora que não sonhe contigo. Chegará o teu momento.
Varela, entrou bem no jogo e Défour, pelo tempo e momento que a equipa já vivia quando chegou ao jogo, passou despercebido.
Atenção amigos portistas. O Porto jogou bem, marcou quatro golos e recuperou a auto-estima. Reparem: o jogo era no Dragão, a equipa precisava de justificar-se aos adeptos, e o adversário é, neste momento, uma formação ainda em construção, macia, com jogadores novos e inexperientes. Os vimaranences não foram excessivamente agressivos nem defensivos e deram deliberadamente muito campo ao FC Porto, o que facilitou a nossa predisposição ofensiva. Vítor Pereira escalonou a equipa para jogar ao ataque e jogou desse modo. Como será em jogos em que for aconselhável defender? Será que Danilo e Alex Sandro podem desempenhar bem as funções de defesa e de atacantes contra equipas mais poderosas e perigosas? Como será já em Olhão, na próxima jornada?
Depois de um longo período sem ir ao Dragão, foi um regalo ter presenciado ao vivo um jogo de futebol. Podem descobrir ecrãs gigantes, altas definições, colocar dezenas de câmaras, fazer replay, contratar comentadores "especializados", saborear um bom wisky: FUTEBOL É NO ESTÁDIO, NO CAMPO PELADO, NA RUA, visto, interpretado e vivido por quem gosta realmente de futebol autêntico.
Uma bela exibição cujo resultado peca por escasso tão demolidor foi a superioridade portista. Não foi assim o tempo todo. Nos primeiros 20 minutos da segunda parte os jogadores voltaram ao registo de Barcelos, mas sob a batuta de Lucho (que bela exibição)os Dragões acordaram e voltaram aos atributos da primeira parte, desta vez com mais pontaria.
ResponderEliminarDepois dos primeiros 15 minutos de jogo nunca tive dúvidas da vitória portista. A jogar daquela maneira era quase impossível não ganharem. Os Campeões nacionais dominaram em toda a linha e nunca deixaram os jogadores do Vitória pôr o pé em ramo verde, mesmo nos tais 20 minutos de «ausência».
Vítor Pereira desta vez não inventou e colocou os jogadores nos seus lugares, utilizando (a meu ver) os que, de momento, garantem um melhor rendimento. Parabéns também para ele.
Um abraço
Amigo :
ResponderEliminarÀ PORTO !
Abraço
Apesar do penalti que nos foi tirado ainda na 1ª parte, o F. C. Porto desta vez não deu hipóteses, teve atitude e partiu a loiça toda... das cantarinhas de Guimarães.
ResponderEliminarE agora, caro Remígio? Não dá para fazer um esforço e aparecer sempre?
ResponderEliminarFoi, de facto, muito bom e uma prova que se houver atitude, rapidez a pensar e a executar, as coisas ficam mais fáceis, mas tem que ser sempre este o espírito, não podemos passar do 8 para o 80 e novamente para o 8.
Gostei de o rever, um abraço