segunda-feira, abril 18, 2011

PATRÍCIO BEM CAÇOU MAS FOI FALCAO QUEM PAPOU.

            FUTEBOL CLUBE DO PORTO CONTINUA CAMPEÃO INVICTO

LIGA ZON SAGRES.

             No Estádio-Mais-Belo-da-Europa,

             FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - Sporting Clube de Portugal, 2
              (Falcao, 2 e Valter)

            

Quem se meter com o Futebol Clube do Porto, leva!
A frase acima é inspirada numa declaração de um político da nossa praça que com ela pretendia advertir a concorrência de que quem pretendesse afrontar o partido a que pertencia ficaria exposto a uma consequente reacção retaliadora. Em certa medida,  a entrada de rompante dos leões na partida não terá "caído bem" na intenção dos dragões aureolados em não impor um ritmo acelerado ao jogo, intentando mantê-lo tanto quanto possível em ritmo de slow de orquestra de salão. E quando os lisboetas, por volta dos dez minutos, tiveram o descaramento de se adiantar no marcador, aí as coisas mudaram de figura e os campeões resolveram, finalmente, entrar no baile.

           
             Pé na tábua, a máquina ganhou o gás necessário para atacar a corrida pelo lado esquerdo, onde Álvaro Pereira, Hulk e Varela, municiados por Guarin e Moutinho, (ontem cada vez mais Messinho) abriam alas ao voo de Falcao para vencer Patrício. O colombiano, brincava às escondidas na sombra do pinheiro Torsiglieri e chegava sempre melhor e mais alto à bola, mas, Patrício, o keeper leonino, umas vezes, e o seu amigo poste, noutras, retardavam o que estava à vista: Falcao, a voar entre os centrais, e a bola que lhe obedece cegamente, cumpre a ordem recebida.
             Estrebucha o Sporting ansioso por que a sorte volte a sorrir-lhe como no remate que atraiçoou Helton no ricochete feito pela bola no golo inicial, à espera que a sorte de novo estivesse do seu lado. Porém, o intervalo chegou sem que o resultado se alterasse, podendo tê-lo sido com um Patrício menos feliz.

             Do descanso trouxeram os portistas os ajustamentos programáticos dos computadores do especialista Villas-Boas e, para azar dos 47 000 pagantes (com duas "borlas" a cada um chegariam aos 100 mil...), Falcao andou outra vez lá por cima e, zás, pega Patrício, vai lá e dá cá. E ele foi: 2-1.

             Bom, ainda falta muito tempo para o fim, a gente ainda temos aí um problemazito para resolver na quarta-feira, o Helton até teve que dar o lugar ao Beto, o Falcao já tinha dois e merece algum descanso e há que dar lugar a outros. Vai, Mariano, vai lá mais uma vez mostrar tudo o que já todos sabem de ti, aproveita bem este tempo que não vai durar sempre. Ainda desta vez, o argentino-capitão, cumpriu.

            Não posso esconder que o moço me caíu no goto. É talvez a sua cara redonda meio simplória, a sua volumetria esqueleto-muscular, a forma de jogar. É tudo. "Seu" Valter, o Maciço, entrou com ganas, andou atrás do esférico como um brasileiro de feijoada e,-ah, "menina", esta não come o Patrício: lá para dentro e, 3-1. Estava o jogo ainda com bastantes minutos para jogar, que maçada, a gente quer é festa, também já chegava de bola, o povão estava nesta quando o Matias não vendo nenhum defesa do Porto ali por perto, talvez Maicon já tivesse ido ao banho e, pum, 3-2. Bolas, que chatisse, isto ainda vai acabar mal, ou eu me engano muito. Já não faltam muitos minutos para os 90 e a compensação terá que ser grande (mais 8'). Aí, Rolando desiquilibra-se (acontece a quem perde concentração...) e, bem, lá está encontrado o pretexto de que o Sporting precisava para justificar mais este fracasso.

            Esgotada a compensação dos 8' minutos a festa acabava mesmo ali, com Rui Patrício a cumprir o frete de agradecer a vinda ao norte da claque leonina para não se esquecer como é ser campeão nacional.

            Falcao deverá ser considerado o "melhor em campo", porque a crítica afere muito estas avaliações em função de quem concretiza e não de quem mais contribui para isso. Pessoalmente, porque entendo que foi o único que se entregou de princípio ao fim ao jogo com elevada intensidade, elegeria João Moutinho. Destacar o trabalho de Hulk, Varela, Álvaro Pereira, Guarin, compreendo. Rúben, já vi fazer melhor, tal como Rolando. Helton e Beto, nada podiam fazer nos golos que sofreram. Restam Maicon e Sereno: não sou eu, felizmente para os dois, quem tem que fazer o relatório do jogo. Todavia, não tenho qualquer dúvida, que o departamento técnico tem lá muito boa gente que o fará muito melhor do que eu.

         
              Artur Soares Dias parece possuir qualidades para vir a tornar-se um árbitro de valor, mas não vai lá chegar fazendo trabalhos como o de ontem. No Estádio, não consegui perceber se o critério foi aplicado com equidade em relação às duas equipas, tendo-me parecido que o desfavorecido foi o campeão. Preocupação em demonstrar distanciamento em relação às reacções do público? É possível, mas não serve para justificar desigualdade de tratamento no julgamento das faltas idênticas.
           Como acima já referi, o lance em que foi reclamado penalti, que poderia igualar o resultado, a bola atingiu o braço de Rolando. Viu Artur Soares Dias, o seu auxiliar, e os 47 000 espectadores presentes. Só que, em lances em que, claramente, não há vontade inequívoca de usar o braço para cortar a bola, como foi inequivocamente este, o juiz usa o seu direito de decidir pelo não sancionamento do lance. E, nesta situação, considero a sua atitude correcta. É claro que não espero ver um único sportinguista a perfilhar esta posição e, durante muito tempo, o jornalismo capturado vai lembrá-lo em desmerecimento do FC Porto, esquecendo o que foi a arbitragem de Jorge de Sousa no jogo de primeira volta em Alvalade e o que esteve na base do empate tão obtido pelo Sporting.







          Termino com um pequeno reparo. A quando do primeiro golo dos lisboetas dei conta, pelos festejos verificados, estarem muitos sportinguistas entre os adeptos do clube portista. Curiosamente, não dei conta de que algum deles tivesse sido linchado...o que, em terras de bárbaros, é acontecimento que deveria merecer títulos de cacha alta.
           


            

            

         

8 comentários:

  1. Que dizer de um jogo em que o melhor jogador adversário foi o guarda-redes, apesar de ter sofrido 3 golos?

    Quem for sério dirá tratar-se de um jogo com um resultado muito lisonjeiro para o Sporting, que em condições normais teria saído do Dragão vergado a uma goleada das antigas.

    Mas a mentalidade calimero e seus defensores, não deixarão de a reduzir a uma falha da arbitragem, na falta marcada sobre Helton, que efectivamente não existiu e a uma grande penalidade por mão na bola de Rolando, que existiu, na sequência de uma escorregadela que desequilibrou o defesa, tendo efectivamente tocado a bola com a mão apenas no movimento incontrolável da queda. Ora só é penalti quando o toque é intencional.

    Evidentemente que para os chorões, desde que seja na área contrária é sempre penalti, claro!

    De resto foi um jogo em que a superioridade portista esteve quase sempre presente, de forma categórica. Mesmo a perder, fruto de um golo fortuito, o FC Porto foi sempre a melhor equipa, a que melhores argumentos apresentou e um vencedor justo.

    A invencibilidade no campeonato continua ao alcance, numa época de sonho para AVB.

    Bateu o recorde de pontos conquistados (em campeonatos com 16 equipas) e igualou o recorde de António Oliveira, com 15 vitórias consecutivas.

    Grande FC Porto.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. O FC Porto continua a perseguir o segundo objectivo do Campeonato, a invencibilidade, até agora com êxito, uma vez que conseguiu nova vitória, frente ao Sporting, de forma justa e categórica, ainda que o resultado tenha sido tangencial.

    A isso se deve especialmente a magnífica exibição de Rui Patrício, o principal obstáculo para que o resultado fosse mais desnivelado. O guardião leonino manteve um interessante duelo com Falcao, negando-lhe mais alguns golos. Foram aliás, os melhores homens em campo.

    O FC Porto começou a perder, com um golo muito fortuito, de André Santos beneficiando de um desvio em Matías Fernández, que tirou Helton do lance. Os Dragões não desanimaram e partiram com convicção à procura do empate. Desperdiçaram três ou quatro boas ocasiões para alterar o resultado, porque Patrício em dia sim e o poste retardaram o inevitável. Falcao haveria de empatar num belo golpe de cabeça. O empate ao intervalo era absolutamente lisonjeiro para os Sportinguistas.
    Veio o segundo tempo e a exibição portista fazia adivinhar o que se seguiria. Um autêntico assalto à baliza contrária, no sentido de garantir a 15ª vitória consecutiva e a manutenção da invencibilidade. Falcao e Walter, que entretanto rendera o colombiano, davam uma expressão mais justa ao marcador com dois golos que definem a classe dos seus autores.

    O desafio parecia ter conhecido, nessa altura o seu epílogo, mas o Sporting, tirando partido de alguma desconcentração provocada pelos festejos do terceiro golo, voltou ao jogo de imediato com o segundo golo muito consentido.

    Os Dragões voltaram a carregar no acelerador e criaram mais um conjunto de boas oportunidades que o guardião leonino foi resolvendo.

    Houve ainda uma jogada na área dos azuis e brancos, polémica, porque o árbitro entendeu e bem, que Rolando não colocou a mão na bola intencionalmente. Artur Soares Dias, bem perto do lance viu o defesa portista escorregar e no movimento da queda tocar com a mão na bola sem qualquer intenção.

    Claro que a mentalidade de calimero vai fazer correr muita tinta.

    ResponderEliminar
  3. Você é mesmo doente, sítios como este devia ser fechados...

    Toda a gente viu o penalti...

    Trate-se...

    Afonso Barbosa

    ResponderEliminar
  4. dragao até à morte:
    onfesso que hesitei muito em colocar no título do post, Sporting C.P., apeteceu-me muito colocar Calimeros C.P. É preciso ter lata! Vão a 35 pontos, repito, 35 pontos do primeiro lugar; se não fosse S.Patrício tinham levado uma abada, mas quem os ouviu falar no final do jogo, foi o árbitro que não marcou um penalty - Rolando corta o lance, escorrega e ao escorregar toca, sem qualquer intenção, com o braço na bola, isto é grande penalidade? É o árbitro auxiliar que está no lado do banco da equipa que joga em casa - como é em Alvalade? -, é mais isto e aquilo.
    Haja pachorra para esta cultura. Entram uns, saem outros e é sempre a mesma conversa. Tenham dó e aprendam como se ganham campeonatos. É com competência, qualidade e profissionalismo, o profissionalismo que a equipa portista hoje demonstrou de forma que nos deixa orgulhosos. Não é com constantes queixinhas, lamúrias, a culpa é do árbitro, do vento, da chuva, da falta de sorte, da bola que bate na trave e não entra, etc., etc.
    Vamos lá ao jogo...
    Até começamos a perder, fruto de uma má abordagem a um lance que estava controlado e sem que a equipa sportinguista fizesse qualquer coisa para merecer a vantagem. Mas não acusamos o toque e rapidamente arrepiamos caminho, fomos para cima deles, não os deixamos levantar a cabeça e só não empatamos, primeiro porque foi uma espécie de tiro ao boneco, depois, porque quando não batia no boneco, batia no post. Mas quem porfia sempre alcança e quem tem Radamel Falcao marca golos. Empatamos e quando chegou o intervalo, por tudo que se passou, o resultado era muito lisonjeiro para a equipa leonina.

    Na segunda metade, novamente clara superioridade e domínio do F.C.Porto, que chegou merecidamente à vantagem, novamente por Falcao e apenas não dilatou a contagem porque S.Patrício continuou a fazer milagres. Estava o jogo assim, o terceiro ameaçava, quando Helton se lesionou e demorou vários minutos a recuperar. Com a paragem, cerca de oito minutos, a equipa de André Villas-Boas perdeu concentração e o Sporting foi tentando equilibrar, tornou-se mais perigoso, mas sem nunca ser tão ameaçador como o Campeão 2010/2011. Com o terceiro golo, por Walter - gostei do brasileiro. Acho que se tiver juízo e vontade, vai chegar lá... -, parecia tudo resolvido, mas novamente, na euforia que se seguiu ao golo, voltamos a facilitar e o Sporting reduziu, acreditou e acabamos o jogo com algum, muito pouco, sofrimento, que, pela forma como o jogo se desenrolou, não mereciamos.
    Resumindo: vitória clara e justíssima do F.C.Porto, que teve mais domínio, jogou muito melhor, nas oportunidades goleou, como goleou nos cantos, oito a zero.

    ResponderEliminar
  5. Como lhes custa aceitar o óbvio!
    São 35 pontos de diferença e mesmo assim ficam a choramingar por um penalti completamente duvidoso, como se isso fosse a razão da derrota.
    O Porto foi melhor e ponto final. Violinha no saco e toca a ir cantar o fado da desgraçadinha para Guimarães e assim tentar ver o Braga por um canudo.

    ResponderEliminar
  6. A festa foi mesmo bonita... e foi um dia bem passado.
    Grande abraço.

    ResponderEliminar
  7. Caro Remígio
    Parabéns pelo "relato" do jogo com o "sporingué"...Também vi assim pela sporttvhd,com uma "vantagem" considerável sobre o meu amigo (in loco,já sei):havia um leal a fazer comentários que era um assombro...imagine-se que o asno só via p'ra um lado,sinal que as "palas"(do jumento) tinham o efeito dos óculos de 3D num filme normal -Zero!. Aquela alminha-jumentosa não foi capaz de "ver": arte,codícia,intuição ,classe em nenhum dos golos do Falcao,mas soube logo gritar "penalty!",no auto-atropelanço do Rolando e (ainda!) por pouco jurava, a-pés-juntos,que, afinal, o "sporingué" até-que-merecia-(NO MÍNIMO) o ... empate!
    Talvez que "entusiasmados" por estas dicas, os abutres do costume,que aguardavam tocaiados,pela presa, e por um "pratinho" que o Rola - malgré tout - lhes "serviu"... vêm hoje de bico afiado e "kalashnykovam" por todo o lado, esvaziando os carregadores...Engraçado como o gaby-careca vem à liça,acolitado que tinha sido pela manhã, por um delgado(ito) a desenterrar os calhamaços do apito e a "dar a táctica" ao j.j. e à "instituição" p'ró jogo da taça - qual Valdivieso p'rós lados de Torres Vedras há maning de anos ... Amanhã-3ª feira-teremos -seguramente- o sr. cruz (dos santos) e o guerra (fernando),munidos com lança-granadas-foguete para estilhaçarem o que resta.Entretanto, pode ser que nos"vendam "(no e-bay) o HULK,O FALCAO e o BELLUSCHI... Seria pedir muito, que os deixassem jogar (por nós,claro) a final da Liga Europa?...
    Aguardemos então, os desenvolvimentos da semana,estejamos atentos à fogachada- SOS -dos marmanjões e saibamos- en la cancha - responder-lhes com o nosso fogo de barragem.
    Abraço amigo
    João Carreira

    ResponderEliminar
  8. joão abel calais:

    Era de esperar, meu caro. Ultrapassados como foram nas suas basófias e prosápias do início da época, tentam ressuscitar a velha táctica das suspeições e da calúnia, contando com a costumada cumplicidade de uma grande parte do jornalismo que, em sucessivas campanhas, a sustenta e desenvolve.
    Não nos deve preocupar por aí além o que dizem, quem e onde. São correios de droga informativa, e só ludribuiam quem estiver dela precisar para esquecer a realidade e viver no mundo da fantasia.
    J. Gabriel, R. Gosma da Silva, Delgados, Pinhonas, Guerras e quejandos, são o espelho que reflete a face dos Vales e Azevedos e Madoffs da construção imobiliária que contribuem para a história negra da instituição que se considera acima de qualquer suspeita.

    Amanhã, partimos com alguma desvantagem mas possível de anulação. Sem dúvida que temos melhores argumentos do que o adversário. Caso não aconteça uma arbitragem como na festa o título, estamos preparados para vencer. De novo.

    Forte abraço. Já estava a sentir a falta da sua visita.

    ResponderEliminar