sábado, outubro 16, 2010

VIEIRA, O "FURA BOICOTES".


 (foto "recuperada" do blog RENOVAR O PORTO)

          Vieira, o apóstolo votado à causa da pacificação e regeneração do futebol luso, numa cruzada quiçá inspirada no altruísmo e devoção mística de uma Teresa de Calcutá, ao lado de quem espera sentar-se em lugar apenas reservado aos que na Terra pertenceram ao clube restrito dos homens honrados, como ele é, fez mea culpa e engoliu a bula onde decretava o bacoco boicote aos jogos que a equipa que dirige tem que efectuar fora de casa.

          Alguém ficou surpreendido? Nem por isso.

           Este Filipe IV, na ordem da dinastia que terminou com a Restauração, é useiro e vezeiro em macaquear os episódios que Cervantes imortalizou na figura de D. Quixote e no seu escudeiro Sancho Pança: primeiro foi a mal sucedida tentativa de converter a Europa do mon ami Platini, com a parceria vitoriana, cujos resultados deram no que deram; virou-se, a seguir, para a Assembleia da República, chamando a reforçar a embaixada o Rui dos caracóis para lhe transportar os dossiers da sua nova encíclica sobre os meios audio-visuais que a UEFA e a FIFA teriam de aplicar no futebol no mundo: Blater e mon ami Platini, já desesperam por não verem os resultados por que tanto esperam; antes de parir o comunicado da greve das comparências da equipa e dos adeptos aos jogos fora de casa, o incansável Vieira esteve no Terreiro do Paço a concertar a estratégia para a arriscada incursão a fazer no norte do país e avaliar dos efectivos e tanques a requisitar.

           Pelo que acima fica dito, que não é tudo quanto se poderia dizer sobre tal matéria, a reviravolta da requisição dos bilhetes por parte do clube de dona Vitória só pode surpreender quem ande distraído ou aprecie o estilo do comportamento do seu principal responsável. Mas ridículo mesmo, ó Vieira, é invocar Villas Boas para justificar as cagadas com que andas a conspurcar o bom nome das pessoas de bem.

           Vieira, engole mais esta asneira e, CALA-TE!

         

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