FC Porto. Um rei do tamanho da Torre dos Clérigos
por Rui Tovar, Publicado em 02 de Setembro de 2010 | Actualizado há 10 horas
Nos últimos cinco anos, os portistas são aqueles que mais dinheiro fizeram com vendas de jogadores: 249,1 milhões, o dobro do Benfica.
(Jornal I, online, hoje)
Van der Vaart acordou de manhã em Madrid com a perspectiva de treinar com José Mourinho mas antes do pequeno--almoço já estava apalavrado para o Bayern Munique, por 21,8 milhões de euros. Às quatro da tarde, o seu preço baixara para os oito milhões e à noite o holandês foi para o Tottenham por 11 milhões. É assim o mercado, sobretudo no dia de fecho, como anteontem - mais esquizofrénico que nunca.
O caso de Van der Vaart é só um, entre muitos, e serviu essencialmente para o Real Madrid encaixar finalmente algum dinheiro com uma transferência, após um Verão inteiro a gastar 81 milhões de euros em reforços (Di María, Özil, León, Khedira, Ricardo Carvalho e Canales). Com Van der Vaart no Tottenham, o Real Madrid ultrapassa o Inter no ranking dos clubes mais vendedores nos últimos cinco anos. Porque isto do negócio do futebol não é só comprar e comprar, e também passa por vender uns activos, os madridistas sobem ao segundo lugar mas continuam atrás do FC Porto, o rei do mercado.
Incrível mas verdadeiro. É português o clube que melhor vende (por favor, não confundir com o clube que mais vende, em quantidade de jogadores) desde o Verão de 2006 até ao de 2010 - e, atenção, não estamos aqui a contar com os 98,9 milhões de euros do Verão 2004 (ver ao lado), quando o FC Porto se deu ao luxo de despachar sete recém-campeões europeus, incluindo os três marcadores de golos dessa final da Champions, com o Monaco: Carlos Alberto, Deco e Alenitchev. Não, aqui não entram esses números exorbitantes. É só de 2006 em diante e, mesmo assim, o FC Porto domina as atenções, com 29 milhões de euros de avanço sobre o Real Madrid.
Se estendermos o ranking de 2004 a 2010, o FC Porto é ainda o rei, com 397,9 milhões de euros, seguido do Real Madrid (306,2 milhões de euros), Inter (305,7 milhões) e Manchester United (279,2 milhões).
REALIDADE Todos os anos, o FC Porto vende com critério, sem targets específicos. No top 10 dos mais vendidos de 2006 a 2010, só há um clube repetido: o francês Lyon, com Lisandro e Cissokho. De resto, é uma autêntica Torre de Babel, que não entra em conflito com a dos Clérigos. Que o diga Manchester United (Anderson), Real Madrid (Pepe), Inter (Quaresma), Zenit (Bruno Alves), Chelsea (Bosingwa), Marselha (Lucho González), Liverpool (Raul Meireles) e Werder Bremen (Diego).
Há todo um leque original de compradores que vão ao baú do FC Porto e enchem-no de dinheiro: 249,1 milhões de euros, para ser mais exacto. Quase o dobro do Benfica (125 milhões), a segunda força nacional neste capítulo das vendas. O Sporting está em terceiro, com 64,7 milhões de euros - aliás, no panorama dos grandes da Europa, os leões foram os menos empreendedores dos últimos cinco anos, só acompanhado de perto pelo Bayern Munique (80 milhões), sempre cauteloso na hora de pagar por quem quer que seja, menos por Robben, a quem deu 24 milhões de euros ao Real Madrid e agora paga 11 mil euros por dia para o ver a recuperar de uma lesão até Janeiro.
Virando o bico ao prego, o melhor Verão de sempre em termos de vendas foi do Inter, em 2009, com 104,4 milhões, graças sobretudo ao Barça (69,5 milhões por Maxwell e Ibrahimovic) e ao Genoa (28 milhões pelo quinteto Acquafresca, Bonucci, Meggiorini, Fatic e Bolzoni).
.......................................................................................
Esta é a dura realidade dos números. É o nó na garganta dos invejosos e despeitados fidalgos arruinados que tudo fazem para segurar a venda dos olhos aos milhões de fanáticos que dizem ainda ter, impedindo-os de de reconhecer que, de há anos a esta parte, o grande vencedor em Portugal é, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO.
O caso de Van der Vaart é só um, entre muitos, e serviu essencialmente para o Real Madrid encaixar finalmente algum dinheiro com uma transferência, após um Verão inteiro a gastar 81 milhões de euros em reforços (Di María, Özil, León, Khedira, Ricardo Carvalho e Canales). Com Van der Vaart no Tottenham, o Real Madrid ultrapassa o Inter no ranking dos clubes mais vendedores nos últimos cinco anos. Porque isto do negócio do futebol não é só comprar e comprar, e também passa por vender uns activos, os madridistas sobem ao segundo lugar mas continuam atrás do FC Porto, o rei do mercado.
Incrível mas verdadeiro. É português o clube que melhor vende (por favor, não confundir com o clube que mais vende, em quantidade de jogadores) desde o Verão de 2006 até ao de 2010 - e, atenção, não estamos aqui a contar com os 98,9 milhões de euros do Verão 2004 (ver ao lado), quando o FC Porto se deu ao luxo de despachar sete recém-campeões europeus, incluindo os três marcadores de golos dessa final da Champions, com o Monaco: Carlos Alberto, Deco e Alenitchev. Não, aqui não entram esses números exorbitantes. É só de 2006 em diante e, mesmo assim, o FC Porto domina as atenções, com 29 milhões de euros de avanço sobre o Real Madrid.
Se estendermos o ranking de 2004 a 2010, o FC Porto é ainda o rei, com 397,9 milhões de euros, seguido do Real Madrid (306,2 milhões de euros), Inter (305,7 milhões) e Manchester United (279,2 milhões).
REALIDADE Todos os anos, o FC Porto vende com critério, sem targets específicos. No top 10 dos mais vendidos de 2006 a 2010, só há um clube repetido: o francês Lyon, com Lisandro e Cissokho. De resto, é uma autêntica Torre de Babel, que não entra em conflito com a dos Clérigos. Que o diga Manchester United (Anderson), Real Madrid (Pepe), Inter (Quaresma), Zenit (Bruno Alves), Chelsea (Bosingwa), Marselha (Lucho González), Liverpool (Raul Meireles) e Werder Bremen (Diego).
Há todo um leque original de compradores que vão ao baú do FC Porto e enchem-no de dinheiro: 249,1 milhões de euros, para ser mais exacto. Quase o dobro do Benfica (125 milhões), a segunda força nacional neste capítulo das vendas. O Sporting está em terceiro, com 64,7 milhões de euros - aliás, no panorama dos grandes da Europa, os leões foram os menos empreendedores dos últimos cinco anos, só acompanhado de perto pelo Bayern Munique (80 milhões), sempre cauteloso na hora de pagar por quem quer que seja, menos por Robben, a quem deu 24 milhões de euros ao Real Madrid e agora paga 11 mil euros por dia para o ver a recuperar de uma lesão até Janeiro.
Virando o bico ao prego, o melhor Verão de sempre em termos de vendas foi do Inter, em 2009, com 104,4 milhões, graças sobretudo ao Barça (69,5 milhões por Maxwell e Ibrahimovic) e ao Genoa (28 milhões pelo quinteto Acquafresca, Bonucci, Meggiorini, Fatic e Bolzoni).
.......................................................................................
Esta é a dura realidade dos números. É o nó na garganta dos invejosos e despeitados fidalgos arruinados que tudo fazem para segurar a venda dos olhos aos milhões de fanáticos que dizem ainda ter, impedindo-os de de reconhecer que, de há anos a esta parte, o grande vencedor em Portugal é, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO.
CARÍSSIMO
ResponderEliminarHá pouco,poucochinho,tinha estado a ler o artigo que o m/ amigo,verteu pªa o S/Blog...
Antes,li- na íntegra- uma "curiosa" entrevista ao Júlio Magalhães(TVI),dada à estampa no DN de hoje(e tb.on line),debrucei-me nalguns blogues portistas(desde a "Reflexão" até ao "FootBlog Club do Porto",passando pela Mística /Super Porto/Portistas de Bancada,etc,etc,e etc...)e por todo o lado, ressalta -cada-vez-mais- o "asco" pelo centralismo lisboeta,a denúncia das situações que a cada passo se (nos) deparam,o modo como as notícias são "fabricadas:desde o "catedrático" j.j.(seria mesmo ele, a dizer tal javardice?...) ao "fabuloso" e astronómico negócio Makukula,passando pelos três pontos que o FCP vai perder, a favor da fadistagem(ao Marítimo-directamente-fariam MUITO MAIS JEITO!),à sibilina "mensagem " d'um secretário de estado que "acha" que seis meses de suspensão-está-bué-da-fixe,e que os órgãos próprios, têm que cumprir o seu ... dever!(onde andaria a excia.,qdo Hulk & Sapunaru,à revelia de qualquer direito - DIREITO,foram punidos e NÃO ressarcidos,após o longo cumprimento da pena?!...).É difícil,realmente, "gerir" tanta afronta,tanta notícia enviesada,tanto "rumor" transformado em coisa verídica...mas, gostei muito, da frontalidade e acuidade do R.Oliveira e Costa no programa "Trio d'Ataque" que vi (já requentado) num Blog portista...Pena que Rui Moreira,tenha ficado off-side...Só lembra(mesmo)ao ...diabo (vermelho)uma amostragem daquele calibre,de largos e patéticos minutos, na estação
pública (ai, o meu belo dinheirinho!...) de um g.r.- que só poderia ser do slb e "roberto"(como tenho saudades, das feiras do antigamente!...).
Valha-nos que,apesar de tudo,lá vamos ganhando nos $$$$$$$$$$$$ e no gramado...e na forja, já temos mais uns qtos $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$... p'ra facturar.
VIVÓ FCP!
ABRAÇO AMIGO
João Carreira
Caro João:
ResponderEliminarNa verdade, meu caro, este Portugal está a ficar (muito) perigoso. Quem vai dando alguma atenção a esta estonteante sucessão de episódios rocambolescos da vida portuguesa, seja social, política ou desportiva, não pode deixar de que tudo, mais tarde ou mais cedo, não passará sem consequências, sejam elas quais forem...
Então, em questões de justiça, o futuro apresenta-se pavoroso e virá o tempo em que rezaremos para que Deus nos livre de um dia precisarmos de a ela recorrer.
Um dos meus conceitos mais arreigados desde os bancos da escola era o de pertencer a um Portugal uno e indivisível. Quando do referendo para decidir, ou não, sobre a regionalização a falta de esclarecimento e insuficiente maturação da ideia limitaram as minhas capacidades de opção, e fui pelo não. Hoje, pensando melhor e mais informado e considerando a deterioração ou degeneração, ou arbitrariedade ou descriminação ou seja lá o que for da administração central, não hesitarei no sim, ainda que isso me obrigue a dar o voto seja a quem for desde que o eleito esteja de acordo com a regionalização.
Provavelmente, o Trio de Ataque, vai ser tema com mais alguns episódios.
Abraço.
Quem é este Tovar, o pai ou o filho? Se for o filho calo-me, se for o pai, cinismo, puro cinismo, um hino à hipocrisia.
ResponderEliminarUm abraço
Caro Vila Pouca:
ResponderEliminarA velha raposa Rui Tovar conheço eu há muito tempo.
DA cria, Rui Miguel Tovar, já não posso dizer o mesmo porque, presumo eu, andará por lugares que não costumo frequentar.
É de crer ser o pai o autor da peça. A avareza dos adjectivos que emprega por se tratar duma realidade onde o FCPorto arrasa, podem denunciar a sua inveja de leão afastado da manada. O facto de constar como Rui Tovar e não Rui Miguel Tovar também me parece relevante.
Mas números são números e estes não podem ser manipulados em proveito próprio.
Bom fim de semana.