quarta-feira, abril 28, 2010

JUSTIÇA FICA POR METADE.

Jesualdo só apanha multa e vai estar no banco

por DN.ptOntem
Jesualdo só apanha multa e vai estar no banco
Treinador do FC Porto, expulso em Setúbal, foi multado em 500 euros mas não falha o clássico. Ao contrário de Falcao, suspenso por um jogo
A Liga de Clubes anunciou os castigos referentes à 28.ª jornada e o grande destaque vai para a sanção aplicada a Jesualdo Ferreira. Expulso em Setúbal por protestar contra o cartão amarelo mostrado a Falcao, o treinador foi castigado com duas multas - de 150 e 350 euros-, num total de 500 euros, mas foi poupado a qualquer jogo de suspeñsão, podendo por isso orientar a equipa do FC Porto no clássico de domingo com o Benfica.
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            Qualquer cidadão que presenciasse a reacção do professor Jesualdo Ferreira após a amostragem do cartão a Radamel Falcao, no jogo de Setúbal, não podia ter deixado de ficar surpreendido pela veemência e espontaneidade da reacção do treinador à violência da injustiça da sanção aplicada ao seu atleta. Todos o que seguem a actividade do veterano Jesualdo nas suas funções de técnico em diversos emblemas, conhecem a sua postura sóbria, comedida, respeitadora, que o caracterizam como um caso à parte do nosso indigente meio desportivo.
             Da sua enérgica reacção ressaltam dois aspectos que, para mim, a justificam. A primeira a de ter interiorizado a ideia de que alguma anormalidade haveria de acontecer que afastaria Falcão do confronto de domingo no Dragão e, ao ser confirmada, a sua revolta produziu o efeito de uma mina pisada por um tanque de guerra; a segunda o "direito à indignação" que assiste a qualquer lidere perante uma injustiça de que é vítima um dos seus comandados
            Não há motivo que justifique qualquer elogio à decisão do CD ilibar, em parte, o castigo que lhe permitirá fruir o gozo de participar num jogo que ele por certo não desejaria perder em nenhuma circunstância e que merece dirigir. É um mero acto de justiça mesmo que sem pedido de desculpas do autor dos fundamentos que levaram à sua aplicação.
            A magnanimidade do CD não se estendeu ao atleta penalizado sem culpa. Antes assim. Consideraria uma afronta imperdoável que Radamel Falcao fosse contemplado com a anulação do castigo iníquo que sofreu, não somente em função da inexistência de qualquer culpa a que devesse corresponder um castigo, mas por condescendência, um gesto de favor, para lhe permitir disputar em igualdade com o seu directo e único opositor a liderança de melhor marcador da Liga.

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