Compreende-se que Eduardo Betencourt tivesse tido necessidade de vir a público dar explicações aos sócios do clube de Alvalade, sobre a venda ao Futebol Clube do Porto do atleta e capitão da sua equipa, JOÃO MOUTINHO, um jovem vindo de Loulé ainda criança para a Academia sportinguista onde se manteve durante doze anos, até à data.
Pela sua atitude em campo feita de entrega, apego à luta e dotes técnicos acedeu à categoria de capitão de equipa e gozava de especial carinho e apoio na claque sportinguista que o idolatrava e aplaudia entusiasticamente com cânticos e mensagens inscritas em fachas gigantes levantadas nas bancadas, de apoio ao "enfant gaté" das hostes leoninas.
Embora nos tempos que correm estas transferências sejam já banais noutras paragens, o dirigente leonino receoso da reacção negativa ao negócio, inevitável e urgente, por parte dos apaniguados leoninos apressou-se a vir a terreiro e, numa atitude de bombeiro alarmado, vá de pegar na mangueira e atirar água para a fogueira na esperança de obter a acalmia do clã.
A dureza despropositada e descabida, bem como os termos em que o fez, para justificar uma iniciativa cuja responsabilidade lhe cabe por inteiro, e não aos sócios, colocam-no numa posição de vulnerabilidade se o objecto do seu despautério, João Moutinho, vier a ter, como é esperado dada as suas reconhecidas capacidades, o sucesso futebolístico e notoriedade no baluarte do norte que no clube que dirige não almejou alcançar.
Será, então, a altura de lembrar ao desdenhoso e comprometido gestor do débil património herdado do Visconde de Alvalade, em contrapartida com a metáfora com que intentou desvalorizar o efeito da bombástica transferência para o melhor clube de Portugal e um dos maiores da Europa, apodando o atleta de "maçã podre", que melhor andaria se comentasse, como a raposa perante a vinha carregada de sucolentos cachos de uvas maduras: "estão verdes, não prestam....".
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