segunda-feira, outubro 20, 2014

JÁ PASSOU!

      


       Irritação, foi o sentimento com que fiquei depois de ter assistido no Dragão à inesperada derrota frente ao Sporting, principalmente pela forma indecorosa como o FC  do Porto consentiu a violação da sua baliza com três golos capazes de dar a volta ao miolo a um santo! E a minha estupefação foi ainda maior quando mais tarde  vim a saber que o primeiro foi o defesa Marcano, num golpe de cabeça de fazer inveja ao próprio Falcao, de tão boas recordações, pois no Estádio não me apercebi de que a cabeçada não poderia ter sido de um jogador adversário, tal a categoria do gesto.

       No segundo só me não atirei da bancada abaixo para não comprometer o vizinho sportinguista disfarçado que ocupava a cadeira ao lado, não viesse ele depois a ser culpado de homicídio. O terceio, mesmo nas minhas barbas que por acaso nem sequer tenho, já eu estava tão abúlico como deve estar um perú antes de lhe cortarem o pescoço. E, antes de todas aquelas javardices a que me sujeitaram, ainda tive que aguentar um Óliver Torres, isolado, a atirar o remate "à mancha" do guarda-redes quando eu já  "via" a redondinha lá dentro e o Patrício (salvo seja, mouro) a "chorar como o Tibi", segundo a expressão do inesquecível Gomes Amaro.

       E outro penalti falhado? Minha nossa quem pode aguentar tanta MERDA!

       Depois do que nos aconteceu foi o "delírio" que se instalou na carneirada mé-mé.mé dos comentadores e  comentadeiras e a sabedoria de pacotilha verteu-se em tudo quanto servisse para zurzir em Julen Lopetegui, vasculhando por tudo quanto pudesse levantar a fogueira onde o espanhol basco haveria de arder à moda da Inquisição. E, como também era corrente à época, não faltaram os "denunciantes" a corroborar o churrasco previsto.

       Meus caros. Julen Lopetegui não é Deus, por isso erra como qualquer outro seja qual for a profissão que exerça. Eu posso julgar que sim, que houve erros de que é responsável, porque o meu juízo é feito depois do acontecimento. E nestes casos, como pensa o filósofo João Pinto, não há melhor comodismo do que esperar pelo fim dos acontecimentos para nunca correr o risco de se enganar. Depois, todos somos uns sábios do caraças.

      Uma pequena chamada de atenção para os nossos "companhons de la route". A caminhada está ainda muito longe de estar concluída, muitas  barricas de Vinho do Porto vão sair dos armazéns de Vila Nova de Gaia antes que se conheçam as peripécias por que vai passar a época de 2014/2015. Há que aguentar os percalços e confiar que o trabalho que está a ser desenvolvido vai ter balanço positivo. Não há que comparar a atual situação com outras passadas, Lopetegui é diferente de Fonseca, os cenários são completamente desiguais, os treinadores também; Paulo Fonseca desistiu mas estou convencido de que o basco "é duro de roer" e irá prová-lo. Há ainda lutas internas aliciantes para travar, inclusive, com o deslumbrado vencedor de sábado passado, não nos podemos esquecer que o inimigo visceral continua a ser a penosa espécie e não o decrépito basófias que se enebria com os restos que lhe levam à jaula.

      É preciso manter a guarda e acompanhar de perto os movimentos manhosos do verdadeiro inimigo que vale a pena combater e vencer.

      

      

     

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