quarta-feira, outubro 15, 2014

O REGRESSO DA SELEÇÃO PORTUGUESA.

                  A seleção portuguesa leva apenas dois jogos realizados sob a liderança de Fernando Santos, pelo que não há muito espaço para extrair ilações sobre os efeitos que a mudança da equipa técnica veio causar à equipa.

                  A estreia do novo selecionador em Paris, que terminou com uma derrota por 2-1, tinha carácter particular e terá servido mais para ele tomar o pulso à equipa e colher elementos para estruturar os planos para defrontar a Dinamarca em Copenhaga, em jogo crucial para o apuramento para o europeu em França em 2016, esse sim uma partida onde era "obrigatório" não perder e, a acontecer um triunfo, estava dado um passo decisivo para o conseguir.

                  Portugal venceu o o espinhoso obstáculo e pode agora respirar sem precisar recorrer à botija de  oxigénio. O trunfo foi útil pelos três pontos conquistados no reduto do pesumível concorrente direto, mas o ganho terá repercussões muito positivas ao nível da moralização e autoconfiança dos jogadores e da equipa técnica que irá seguramente refletir-se nos jogos a realizar.

                 Portugal não foi neste jogo claramente superior ao seu adversário o qual lutou muito e em alguns períodos muito bem,  para obter um triunfo o qual, se tivesse acontecido não era de modo algum injusto. Criou situações complicadas à equipa das quinas e, com o benefício da fortuna de que até os grande conjuntos não dispensam, poderia ter chegado à vitória.

                No cômputo geral, Portugal venceu com merecimento. Congeminou  várias jogadas que com mais acertada concretização constituiriam perigo para a Dinamarca, teve o seu domínio no jogo em períodos alargados, possui mais valores individuais e, nos momentos piores, nunca foi claramente inferior ao seu adversário. Foi feliz, no dealbar do apito final, venceu com apenas um golo mas com justiça.

                Há, claramente, outro ânimo e um renovar de entusiasmo no seio da seleção. Há mais confiança, mais entreajuda ou solidariedade entre os componentes, mais espírito de conjunto e vontade de jogar. Para mim é manifesto, o companheirismo, a compenetração no jogo, o esforço em fazer, vontade de ganhar e de sair do relvado de cabeça levantada e não afrimando que o vão fazer a seguir às derrotas.

                E, o que é fundamental, é que se percebe que os jogadores têm confiança em quem os dirige.

               
Jornal de Notícias

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