segunda-feira, julho 14, 2014

FALTOU À ARGENTINA "LA MANO DE DIOS" DE 1986.

             

                A Alemanha vingou a Inglaterra da derrota de 1986 quando a Argentina foi campeã do Mundo com um golo de Diego Maradona obtido com a mão, lance que ficou imortalizado pela designação da "La Mano de Dios".

                Mesmo que não haja qualquer relação entre o célebre lance protagonizado pelo fantástico jogador argentino Diego Maradona com o resultado ontem verificado no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, desfavorável aos argentinos derrotados por 1-0 aos 113' de uma grande final mundial de futebol, estou em crer que uma pequena ajuda que tivesse havido por interferência divina, a Argentina estaria hoje a celebrar a (muito) ansiada conquista do ceptro de maior do mundo!

               Os homens do país das pampas fizeram tudo o que tinham a fazer para ganhar este jogo contra a melhor equipa da prova. E fizeram-no (muito) bem, menos no essencial: falharam onde menos poderiam fazê-lo, na eficácia.

              Logo aos 21' os alemães cometem o primeiro grande erro entregando a bola a Higuaín que, paulatinamente, retomava uma posição legal no terreno; isolado, caminhou na direção de Neur que saía da baliza ao seu encontro e atirou, torto e fraco, alguns metros ao lado do poste. Aos 29' Higuaín bate o intransponível guarda-redes alemão numa jogada rapidíssima de Messi pela direita com centro milimétrico para o avançado do Real Madrid que entrou na baliza, mas, o lance foi invalidade (bem) por fora de jogo do marcador. Depois foi mesmo Messi a desperdiçar uma excelente oportunidade, aos 40' rematando ao lado e, a seguir, aos 43', permitindo que Neur defendesse sem aperto. Já em período de 2' de adição de tempo é a Alemanha que, aos 47', esteve a ponto de marcar na sequência de um canto.


A melhor Alemanha de sempre fez história na América
Fotografia © EPA
             Lavezzi ressentiu-se de uma dura entrada sofrida no primeiro tempo e não regressou na segunda parte, entrando no seu lugar Aguero. Lavezzi tinha tido grande relevância na sua ação, tal como Masesserano, e os argentinos sofreram rude golpe. Ainda assim conseguiram fazer inquietar a máquina alemã e Messi, de novo, aos 47' rematou ao lado gorando outra oportunidade de abrir o marcador. Aos 57' Neur sai abrutamente para socar uma bola e choca violentamente contra Higuaín, dentro da área. Parece falta nítida para ser marcado penalti, mas Nicola Pizolli, italiano, deixou andar.. A Alemanha sob o ritmo no prolongamento, ma Argentina parece estar a ceder, esgotada. Aos 91', a Alemanha dispõe de grande oportunidade mas Romero não permite com uma monumental defesa. O grande falhanço que terá ditado a derrota da Argentina foi protagonizado por Palácios, aos 97', que, perante Neur, sem oposição, pretende fazer um "sombrero" ao guarda-redes, deu-se mal a bola mesmo assim encaminhava-se na direção da baliza mas saiu ao lado.. Aos 108', Aguero agride o médio alemão de nome difícil de escrever (que grande exibição!), porém o italiano perdoa. E, aos 113', MÁRIO GOETZE, numa jogada fantástica do tal médio em velocidade pela esquerda, serve um passe envenenado a Goeteze, que, numa soberba execução obtém o golo que vale o título de melhor do mundo.

             Há justiça na vitória da Alemanha mas a Argentina bateu-se com  argumentos de peso para também poder ganhar merecidamente. Não gozava do favoritismo popular, mas, para quem já tem experiência de muitos campeonatos e jogos não apostava ao acaso na vitória azul celeste. Com Di Maria, em grande forma, poderia ter feito a diferença, já que Messi não brilhou como se esperaria. O guarda-redes, Rojo (que grande surpresa!), Garay, Lavezzi, enquanto jogou, Mascherano e Enzo Peres, entre os restantes, não ganharam o que mereciam pelo trabalho (fantástico) que executaram.

            Depois de ter visto arbitrar o senhor Nicola Rizzoli e bastantes mais outros em partidas anteriores, vou ter que fazer um grande esforço para reconhecer que os árbitros de casa não são tão maus como pensava.

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