TRAÍDOS PELOS DETALHES.

Liga dos Campeões
Fase de Grupos - 2ª Mão
Estádio do Dragão, Porto (Portugal)

2013.10.01            

                    FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 1 - Atlético de Madrid, 2
                                             (ao intervalo, 1-0)

 (Golos: Jackson Martinez, aos 16', pelo FCP e, aos 58' e 86', por Godín e Arda, pelo Atlético de Madrid, respectivamente)

                         A melhor exibição desta época, contra a melhor equipa espanhola da actualidade, terminou com uma derrota do FC Porto com origem em dois lances de bola parada os quais a defesa portista, com Helton incluído, tinha obrigação de evitar.

                        Contra uma equipa muito bem estruturada, moralizada e bafejada pela "sorte do jogo", os campeões nacionais somaram excelentes períodos de supremacia sobre a equipa espanhola, com relevo para a estupenda meia hora inicial onde exerceu sobre o seu adversário um domínio total, no decorrer do qual poderia ter consolidado um resultado em conformidade com a superioridade demonstrada.

1 de Outubro, 2013

                       

               Após a obtenção do empate na sequência de um canto onde os centrais, incluindo Helton, poderiam ter feito mais para evitar o cabeceamento de Godín para fazer o 1-1, os colchoneros regressaram ao seu meio campo depois de terem equilibrado o jogo durante alguns minutos. O FC  Porto voltou à sua tendência ofensiva, os espanhóis regressaram à sua táctica defensiva para tentar surpreender o Porto em golpes de contra ataque rápido que a defesa azul resolvia com maior ou menor dificuldade. Aos 76' Helton, com uma defesa com os pés evitou um golo que esteve iminente.

                      Aos 86', Mangala cometeu, imprudentemente, uma falta inútil perto da linha da grande área e, na sequência do livre, o defesa foi apanhada pela invenção da jogada e, Arda, isolado a poucos metros da baliza assinou a sentença iníqua da morte súbita do Dragão.

                      Ouvi já algumas perguntas dos jornalistas que insistem na explicação da quebra da equipa, que é incapaz de jogar no mesmo alto ritmo do primeiro tempo, segundo se infere das suas palavras. A verdade é que raramente qualquer equipa o pode fazer naquela intensidade, durante todo o tempo, ou por impossibilidade física ou porque tem pela frente uma equipa de excelente nível, como é a do Atlético de Madrid, que naturalmente usa as suas armas da forma que achar por mais adequada.

                     Habituadas ás equipas e ao ritmo a que em Portugal decorrem a maior parte dos jogos, quando vão defrontar equipas onde o futebol se pratica em ritmo muito mais veloz e o jogo tem outra intensidade, os clubes portugueses têm que duplicar a sua energia para superar o maior andamento dos antagonistas. Apesar dessa desvantagem, no jogo desta noite o Futebol Clube do Porto, nunca esteve em inferioridade perante o poderio espanhol.

                    Nada tenho a dizer em desfavor dos jogadores do FC Porto. Estiveram a um nível muito superior ao que têm vindo a fazer internamente e todos eles merecem uma nota bastante alta. Saliento, apenas, Fernando, Josué, Jackson e Varela, somente porque terão dado mais nas vistas. Mangala e Helton têm contra si a participação nos golos sofridos.

                   Este percalço não põe em causa o futuro do FC  Porto nesta prova. Vem aí o Zénit e, agora, a imperiosidade de vencer será maior. Contudo, pelas evidências favoráveis que hoje revelou, a equipa estará cada vez mais forte e preparada para vencer em qualquer campo.

                   A equipa:

                   Helton, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro, Lucho, Fernando, Défour, Josué e Varela. Subst.: 60', Josué, por Licá, aos 68' entrou Quintero para o lugar de Lucho e, aos 89' saiu Mangala e entrou Ghilas.